5 resultados para Literatura infantil de Monteiro Lobato

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Este estudo objetiva analisar trs foras motrizes que muito influenciaram a escritura de Monteiro Lobato: o conto, a traduo e a ideologia humanista. Conhecido por sua literatura infantil, pouco se estudou sobre sua obra adulta e menos ainda sobre sua profcua atividade tradutria. Como contista, Lobato pode ser dito ao lado de Machado de Assis um dos grandes incentivadores do conto, resgatando-o de sua posio marginal e elevando-o categoria de gnero literrio em uma poca geralmente negligenciada pela crtica sua produo anterior Semana de Arte Moderna (1922) , alcanando seu pblico atravs de estratgias de marketing inovadoras e, portanto, formando um novo pblico leitor brasileiro. Seus ideais nacionalistas e suas crenas ideolgicas esto presentes em tudo o quanto escreveu, proporcionando ao leitor do sculo XXI um claro panorama de sua poca. O humanismo , se no a mais visvel ideologia em sua obra, a que gerou maior conflito, sobretudo em contraste com sua formao crist e seu refinado tom pessimista. Tendo traduzido mais de cem livros, Lobato contribuiu indiscutivelmente tanto para a circulao quanto para a edio de obras traduzidas inglesas e norteamericanas em sua maioria , enriquecendo, dessa forma, nosso polissistema literrio e promovendo uma sensvel mudana no status da traduo, marginal e secundria na poca. Ele consciente e cuidadosamente escolhia o que traduzia com o intuito de alcanar um objetivo: dar ao pblico leitor brasileiro especialmente ao infantil literatura estrangeira de qualidade. Segundo ele, Kipling estava arrolado entre os sumos contistas, o que o levou a traduzir e publicar suas obras, experincia que resultou tanto na apropriao quanto na expropriao daqueles textos, o que pode ser facilmente verificado por qualquer leitor atento tanto da contstica quanto do epistolrio de Lobato, nas muitas estratgias por ele empregadas: emprstimos, invocaes de personagens, reconstruo de histrias e imagens das narrativas de Kipling.

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Abordamos, nesta tese, quatro perfis do escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948). Primeiro, seu lado visionrio, que redundou na criao de uma extensa obra voltada para a infncia e, paralelamente, em uma grande investida no mundo empresarial. a utopia escrita e passada ao ato. Para levar a cabo seu trabalho hercleo, Lobato sorveu da filosofia de Nietzsche o quantum satis para lhe redobrar a mpeto intelectual. Este o segundo ponto discutido aqui. Fazendo tabula rasa dos ideais educacionais de seu tempo, Lobato criou personagens paradigmticos para povoar sua Utopia, calcados no pensamento de Rousseau (Emlio x Emlia) e nos ideais do Iluminismo. a matria do terceiro captulo. Para fechar o crculo, no quarto captulo, examinamos os vnculos do autor com a sociedade norte-americana do incio do sculo XX, que lhe forneceu o modelo de uma comunidade prspera e feliz, que o escritor sonhava implantar no Brasil.

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Esta dissertao discute a leitura de textos imagticos a partir da perspectiva da educao e da semitica visual, tratando das articulaes e relaes entre os elementos constitutivos da imagem em livros de literatura infantil sem texto verbal. A investigao busca revelar, na complexidade das relaes existentes entre elementos estruturantes das imagens nos livros O caminho do caracol e Cena de rua, o sentido que se inscreve no texto e a possibilidade da sua leitura no meio escolar. As obras literrias para a infncia veiculam a linguagem visual em juno com a verbal e propiciam experincias sensveis e inteligveis. A partir da teoria semitica greimasiana, aplicando instrumentos de anlise do percurso gerativo de sentido, a pesquisa demonstra que o texto imagtico estruturado por diferentes nveis de complexidade, impondo um modo de ler especfico. A identificao, descrio, classificao, bem como as relaes entre as categorias, nas suas dimenses cromtica, eidtica e topolgica, levam constatao que as qualidades plsticas da imagem organizam sistemas de linguagem, reunindo solidariamente o plano da expresso e do contedo, criam estruturas e geram efeitos de sentido. A imagem, ento, constitui-se como objeto de significao e a ilustrao presente no livro de literatura infantil, ao ser tratada como texto lisvel, torna-se objeto de leitura. A complexidade desse tipo de texto aponta a necessidade da formao especfica de professores para explorar a leitura escolar das linguagens visuais.

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A partir das teorizaes produzidas no campo dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas, utilizando algumas ferramentas da teoria de Michel Foucault, procurei subsdios para a realizao desta pesquisa ancorada numa perspectiva Ps-Estruturalista. Busquei, neste estudo, compreender quais os significados de gnero que crianas de 4 a 6 anos de uma escola particular de educao infantil atriburam a 11 histrias infantis no-sexistas, que nos seus textos problematizavam questes de gnero. Considerei tambm as brincadeiras e as manifestaes das crianas em diferentes momentos da rotina pedaggica como textos a serem analisados, procurando perceber os discursos que circulam em prticas de objetivao/subjetivao que so acionadas no governo das populaes infantis. Os resultados desta pesquisa mostraram-me a importncia de trabalhos deste tipo para educadores infantis e para todas as pessoas implicadas na produo cultural de crianas, uma vez que nos fornece pistas interessantes sobre as representaes que os sujeitos infantis possuem sobre identidades de gnero, relaes de desigualdade, cruzamento de fronteiras e outras questes de gnero.

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Apresento nesta dissertao, que inspirada nos Estudos Culturais, anlises discursivas sobre representaes de natureza, e outras que considero estarem a elas articuladas, na nova verso da srie televisiva (reproduzida em vdeos comercializados inclusive nos supermercados brasileiros) o Stio do Picapau Amarelo, produzida pela TV Globo. Esta srie, tal como as outras que a antecederam e que foram veiculadas pela TV Tupi (1951), TV Cultura (1964), TV Bandeirantes (1967) e TV Globo (1977), uma adaptao das obras infanto-juvenis de mesmo nome, escritas por Jos Bento Monteiro Lobato, na primeira metade do sculo XX. Neste estudo, considero tal srie, a partir de anlises conduzidas por Kellner (2001 e 1995), Giroux (2003, 2001 e 1995), Steinberg (1997), como uma importante pedagogia cultural. Nele detenho-me, especialmente, nos episdios: O Saci, As caadas de Pedrinho e O poo do Visconde, nos quais a mata, os arredores do stio e outros cenrios naturais so bastante destacados. A partir deles, discuto: os modos de endereamento da nova srie televisiva; o modo como se lida na srie com a dicotomia tantas vezes assumida entre alta e baixa cultura, bem como com situaes que envolvem e colocam em oposio o urbano e o rural, o global e o local; e com as representaes de natureza, que a configuram ora como ameaadora, ora como ameaada em muitos desses episdios. Destaco que, para o desenvolvimento das anlises, foram tambm considerados os textos das histrias de Lobato e uma das antigas sries (veiculada pela TV Globo nos anos de 1977 a 1986), a qual se constituiu em um extenso (foi apresentada durante nove anos) e muito apreciado programa televisivo para crianas.