16 resultados para Lingua espanhola
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
No português brasileiro (PB) há basicamente dois tipos de nasalidade: a nasalidade dita fonológica é a marca de nasalidade obrigatória que recebe a vogal quando seguida por uma consoante nasal na mesma sílaba (como em ‘campo’); a nasalidade dita fonética é a marca de nasalidade que recebe a vogal de uma rima vazia seguida de uma consoante nasal no onset da sílaba seguinte (como em ‘cama’). Em língua espanhola (LEsp), considera-se que o traço [+ nasal] não tem relevância fonológica, apenas fonética. Entretanto, mesmo que ocorra alguma nasalização, esta é praticamente imperceptível para um falante nativo e também não é auditivamente relevante para os falantes não-nativos em geral. Devido à proximidade entre português e espanhol e considerando a grande quantidade de brasileiros estudantes de LEsp que nasalizam a vogal oral /a/ em LEsp quando seguida de consoante nasal, desejamos verificar se o estudante de graduação tem dificuldade em perceber esse segmento. Para isso, os sujeitos da pesquisa – estudantes do Curso de Graduação em Letras-Licenciatura da UFRGS de diferentes semestres e falantes nativos de LEsp (grupo de controle) – foram submetidos a dois testes de percepção – um constituído por um texto e outro por uma lista de palavras -, nos quais deveriam identificar se um som vocálico era nasal [ã] ou oral [a]. Com esses instrumentos e baseados nos estudos de Sampson (1999), Moraes (1997) e Beddor (1993) sobre nasalidade e percepção vocálica, desejamos verificar se os estudantes percebem categoricamente a distinção entre vogal nasal e não-nasal e também se os estudantes em níveis médio e avançado mostram uma percepção melhor do que a dos estudantes dos níveis básicos. Falantes nativos de LEsp foram submetidos aos testes para fins de controle da confiabilidade dos mesmos e para verificarmos até que ponto a nasalização indevida das vogais pode prejudicar a comunicação.
Resumo:
Este trabalho desenvolve-se na área da Lingüística Aplicada ao Ensino do Espanhol como Língua Estrangeira. O propósito é o de examinar as provas de espanhol dos vestibulares de três Instituições de Ensino Superior de Porto Alegre e Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, no período compreendido entre os anos de 1996 a 2000, para depreender delas o tipo de conhecimento lingüístico exigido do candidato. Empregamos como base metodológica a avaliação formativa, com enfoque qualitativo na interpretação das informações e quantitativo na coleta e exposição dos dados, resultando em um quadro descritivo da realidade das provas examinadas. O estudo caracteriza-se como exploratório, sem levantamento de hipóteses. A falta de pesquisas sobre as provas de espanhol nos vestibulares, e de literatura específica sobre o assunto resultou na busca de uma base teórica que desse suporte a uma análise clara e ajustada ao objetivo. Teóricos clássicos como Saussure (1974), Bloom (1983) até autores contemporâneos como Ortega Olivares (1990), Orlandi (1987) e Wiggins e McThige (1998) constituíram o referencial teórico do trabalho. A análise das provas de espanhol foi organizada tendo em vista os conceitos de Orlandi sobre tipos de discurso, o de Wiggins e MacThige sobre os tipos de perguntas de compreensão e de Ortega Olivares sobre o conceito de gramática. Os resultados apontam para a presença dos discursos autoritário, lúdico e polêmico com a predominância desse último. As perguntas de unidade preponderam sobre as do tipo essencial e o conhecimento gramatical, em grande parte, ainda de base estruturalista indicam que uma nova postura deva ser adotada em relação à elaboração das provas de vestibular e à abordagem do conteúdo.
Resumo:
Este trabalho é um estudo da lateral pós-vocálica no que se refere à sua realização como variante velarizada ou vocalizada, sob a perspectiva variacionista. O corpus utilizado é a fala de vinte e oito indivíduos de quatro regiões representativas de diferentes grupos étnicos existentes no Rio Grande do Sul. São examinadas as variáveis lingüísticas e extralingüísticas envolvidas na variação em estudo, confirmando-se a variável grupo étnico como a que mais favorece a presença das duas variantes. Além disso, apresentam-se as regras de velarização e de vocalização da lateral pós-vocálica em termos de traços fonológicos na linha de Clements e discute-se a posição destas no sistema de acordo com a linha da Fonologia Lexical.
Resumo:
Um olhar diferenciado sobre o ensino de segunda língua é o que pretende apresentar este trabalho, olhar forjado a partir dos conceitos da Análise do Discurso de linha francesa. O que buscamos é um tratamento do ensino da língua do outro que, no encontro com o real e a opacidade constitutivos de toda língua, possibilite ao aluno mais do que a instrumentalização a fim de que esteja ele capacitado para reproduzir estruturas, mas que consiga tomar a palavra, encontrar um lugar nessa outra língua, espaço a partir do qual seja capaz de produzir sentidos. Para tanto fazemos uma incursão na teoria do discurso, buscando os conceitos fundamentais da AD e o modo como foram construídos. Isso possibilita que entendamos os deslocamentos necessários em relação à compreensão de língua e sujeito, de discurso e formação discursiva, entre outros conceitos, para que sejamos capazes de construir esse discursivo olhar sobre a língua estrangeira, para que sejamos capazes de vislumbrar uma prática diferenciada para esse ensino a fim de que trabalhemos a palavra do outro em movimento, a vida dessa estrangeira palavra, indo ao encontro do texto literário como um caminho para tal realização.
Resumo:
Esta dissertação estuda a cidade colonial ibero-americana, a partir de seu traçado, de sua configuração espacial e como produto da milenar tradição urbana do ocidente, em suas variáveis erudita e popular. Foram analisadas as circunstâncias políticas, econômicas e socioculturais que condicionaram os três séculos do período colonial na Ibero-américa e que influenciaram, de um ou de outro modo, o arranjo espacial das cidades. O trabalho identifica os elementos da arquitetura grega, romana, medieval cristã, muçulmana, renascentista, pré-colombiana e barroca que foram naturalmente selecionados, sintetizados e re-elaborados em sua implementação na cidade ibero-americana. Uma tipologia de malhas urbanas é proposta e, a partir da observação e redesenho de plantas urbanas do período colonial, o trabalho analisa e classifica 21 assentamentos produzidos pela colonização espanhola e portuguesa A análise mostra que a cidade colonial ibero-americana constitui de fato um tipo especifico dentro da categoria maior de cidade tradicional, anterior ao movimento moderno. Por ser uma cidade nova, tem implícita na sua gênese a atividade de planejamento. O traçado em malha é o instrumento regulador essencial. Em seu processo de adaptação às determinantes locais, na busca de uma ordem espacial, o traçado em malha passa por diferentes graus de deformação geométrica, o que condiciona a forma e o posicionamento das partes, ou seja, dos elementos da arquitetura urbana - a praça, a rua, o quarteirão, os edifícios singulares e a estrutura predial de tipos recorrentes de edificação -, gerando assim grande diversidade e riqueza de situações espaciais. O trabalho compara as cidades coloniais espanhola e a portuguesa e consta o predomínio das similaridades pelo fato de terem a malha como denominador comum. As diferenças mais relevantes ficam por conta das implantações, das adaptações ao contexto e de outras circunstâncias específicas, não constituindo fator determinante serem elas espanholas ou portuguesas.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a gramaticalização de a gente no português brasileiro. A análise está apoiada nas concepções teóricas de gramaticalização e na Teoria da Variação Laboviana. O corpus da pesquisa é constituído de dois tipos de dados: fala de personagens de onze peças de teatro de autores gaúchos, correspondente a um período de cem anos (1896 até 1995), e fala de sessenta indivíduos das cidades gaúchas de Jaguarão e Pelotas. As entrevistas foram realizadas em 2000 e 2001: trinta e seis em Pelotas (VarX) e vinte e quatro em Jaguarão (BDS Pampa). Os corpora possuem uma divisão equilibrada de informantes por gênero, faixa etária e classe social. Os resultados do uso de a gente indicam que: a gramaticalização de a gente decorre de vários processos de mudança concomitantes e inter-relacionados – mudança semântica, sintática, morfológica e fonológica; a partir da década de 1960 a forma a gente cristaliza-se como pronome pessoal de primeira pessoa do plural; a utilização de a gente, em variação com nós, está relacionada a condicionadores lingüísticos de natureza discursiva, sintática, morfológica e fonológica; o uso de a gente em Pelotas está em um estágio mais adiantado do que em Jaguarão; a divisão por classe social indica que em Pelotas a mudança acontece ‘de cima para baixo’ e em Jaguarão ‘de baixo para cima’; o uso de a gente é maior nas faixas etárias mais jovens nas duas comunidades; em Pelotas ocorre a redução (mudança incipiente) de a gente para a ‘ente (~ ‘ente); a propagação da mudança ocorre dos grandes centros para os menores.
Resumo:
A interação e, nessa, mais especificamente, a “negociação de significado” tem sido defendida por teóricos da Aquisição de Segunda Língua (ASL) como um fórum ótimo para a aquisição, uma vez que, através da negociação, os aprendizes têm a possibilidade de obter insumo compreensível, modificar sua produção e receber, também, evidência positiva e negativa do que é ou não possível na segunda língua (L2). Neste sentido, as tarefas que maximizam as oportunidades de negociação de significado têm sido amplamente recomendadas tanto para a pesquisa quanto para o ensino no contexto de aquisição de uma L2. Analisando excertos de dados interacionais produzidos por dois pares de falantes brasileiros que realizam, cada um, duas tarefas diferentes em inglês, este trabalho critica a visão prevalente de aquisição via o construto da “negociação de significado”. E o faz à luz do debate corrente entre analistas da conversa, socioculturalistas e teóricos da aquisição de L2 sobre o assunto, propondo uma visão ampliada do processo de aquisição através da interação relativamente ao contexto de ensino Língua Estrangeira (LE). A pesquisa sugere que a redução do escopo de análise do processo interacional a instâncias de negociação de significado pode trazer uma visão empobrecida no que diz respeito a como os aprendizes de língua estrangeira adquirem a língua e pode, também, implicar em adoção de práticas pedagógicas igualmente empobrecidas.
Resumo:
Avaliar proficiência oral em uma língua estrangeira é um processo que requer um criterioso treinamento dos avaliadores e grades de avaliação precisas o suficiente para abarcar as características da proficiência dos candidatos. O processo de avaliação oral pode tornar-se mais complexo quando se trata de avaliar línguas próximas, como o português e o espanhol, pois a semelhança entre as línguas traz particularidades que podem não estar previstas na grade de avaliação. O exame de proficiência em Português para Estrangeiros Celpe-Bras, desenvolvido pelo Ministério da Educação do Brasil, testa a capacidade do candidato de compreender e de produzir a língua de forma adequada em situações reais de comunicação. Para tanto, a grade de avaliação do exame é expressa em descritores de desempenho do candidato. Esses descritores, no entanto, nem sempre contemplam toda a variação no desempenho dos candidatos e, por serem ainda bastante amplos, dificultam a determinação do nível de proficiência, principalmente quando os candidatos são falantes de línguas próximas ao português. Este trabalho tem como objetivo fazer uma descrição detalhada do desempenho de candidatos falantes de espanhol no exame Celpe-Bras, apontando as características da sua proficiência. O corpus para essa análise é constituído de doze entrevistas de candidatos falantes de espanhol, dos quais quatro obtiveram Certificado Avançado, quatro Certificado Intermediário e quatro não receberam certificação. A partir da análise dos dados, foram selecionadas categorias relevantes para a avaliação dos candidatos e, de acordo com a adequação ou inadequação apresentadas nessas categorias, pudemos descrever o desempenho dos candidatos em cada um dos níveis de certificação e explicitar melhor qual a diferença entre um nível de certificação e outro. Os resultados deste trabalho pretendem contribuir para que os avaliadores possam se basear em descrições mais detalhadas de desempenho para avaliar a proficiência oral de falantes de espanhol, aperfeiçoando assim o processo de avaliação.
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Nesta dissertação, apresentamos um estudo da geminação de consoantes no italiano. A hipótese que norteia nossa análise é de que a geminação é fonológica. Com base nos pressupostos da Fonologia Autossegmental, analisamos a caracterização da geminada enquanto segmento de ligação dupla no italiano, apreciando as propriedades que o segmento deve apresentar pela atuação dos princípios que lhe bloqueiam a aplicação de regras. De modo a justificar sua caracterização como segmento subjacentemente longo, consideramos sua distribuição heterossilábica, de acordo com as condições de preenchimento de ataque e coda no italiano. No que se refere à sua constituição prosódica, ponderamos as hipóteses de Condição de Rima Forte (Vogel, 1982; Chierchia, 1986), de Condição de Boa-Formação de pés métricos, que prevê pés bimoraicos (D’Imperio Rosenthal, 1999), e de atribuição de acento sensível à quantidade (Sluyters, 1990). Pela consideração de que o acento no italiano é cíclico, qualquer uma das hipóteses da configuração prosódica da geminada nos encaminha à conclusão de que a geminação é subjacente no italiano; porém, considerado o fato de as propostas de análise da geminação como condição de boa-formação silábica e prosódica não explicarem a geminação em contextos não acentuados, acreditamos que a melhor opção para explicar a relação entre geminação e acento nessa língua seja a consideração de que o sistema de acento no italiano é sensível à quantidade, conforme propõe Sluyters (1990).
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Nas últimas décadas, pesquisadores de várias áreas têm se preocupado com os efeitos do trabalho na saúde do trabalhador. Considerada o estágio mais avançado do estresse no trabalho, a Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP) afeta inúmeras profissões, principalmente aquelas em que os profissionais possuem contato direto com pessoas, entre elas, os professores. O objetivo do trabalho é compreender o processo de “abandono” da carreira docente dos professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA). A revisão bibliográfica, composta de textos em língua portuguesa, inglesa e espanhola sobre o tema, possibilitou unificar a expressão do fenômeno como “Síndrome do Esgotamento Profissional” (SEP), e o problema central da pesquisa centra-se na seguinte questão norteadora: “Como os professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RMEPoA) “abandonam” o trabalho docente, e que elementos são mais significativos nesse processo?” O estudo é uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, que envolve quinze professores de Educação Física da Rede Municipal de Porto Alegre (RMEPoA) que, entre o período de janeiro de 2000 a julho de 2002 entraram em licença médica (biometria) por motivos de estresse, ansiedade e depressão. Realizei a entrevista semiestruturada, fiz registros em um diário de campo e analisei documentos. Como procedimento analítico procedi a Análise de Conteúdo. Ficou evidente ao terminar o estudo, que as limitações da formação acadêmica são fonte geradora de sintomas como o estresse e a exaustão emocional, vinculadas à realidade encontrada nas escolas municipais, e não como imaginava o pesquisador, em um período anterior a esse, ou seja, a partir da etapa envolvendo a escolha profissional. O trabalho docente revelou-se como uma prática profissional marcada por sentimentos negativos que comprometem a qualidade do trabalho acumulando com o passar do tempo, reações físicas, psíquicas, comportamentais e defensivas. A partir dos resultados desse estudo, considero que, para alguns professores houve indícios de esgotamento profissional devido às pressões e tensões específicas do contexto laboral. Para a maioria dos professores-colaboradores da pesquisa, essas vivências subjetivas de desgaste físico e emocional experimentadas e acumuladas durante sua trajetória profissional, traduziram-se em sentimentos depressivos e de fadiga crônica, compondo um estado anímico, que aqui se denomina de Síndrome do Esgotamento Profissional.
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Ao contrário da concepção linear do pensamento ocidental, o tempo mexicano, situado na tradição pré-hispânica, indica uma multiplicidade de tempos, possibilitando que variadas e distantes épocas sejam realidades presentes. Nesse enfoque, diferentes tempos da história mexicana incorporam a narrativa de Carlos Fuentes, onde é comum passado, presente e futuro estarem imbricados em circularidades que resgatam com a imaginação e a linguagem uma memória encoberta pelo discurso totalizador. Na sua obra, Carlos Fuentes percorre mitos, tempos e espaços através de uma escritura que traduz uma cultura mestiça construída por vertentes americanas e européias. No entrelaçamento da pluralidade dos mundos, descobre os acontecimentos do passado, introduzindo significações aos silêncios relegados à margem da história. Através das análises de “Las dos orillas” – conto do livro El naranjo; do romance La muerte de Artemio Cruz e de personagens que transitam nos contos de La frontera de cristal, são investigados três momentos da história mexicana: Conquista espanhola, Revolução mexicana e migrações da atualidade na fronteira. Desse modo, são exploradas possibilidades históricas disseminadas na produção de Carlos Fuentes
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O universo das operações urbanas, e em última análise o permanente processo de RE construção das cidades, é o objeto do presente trabalho. Em especial, as ações que envolvem a utilização de museus como catalisadores ou vetores de transformação urbana. Para tanto, são analisados principalmente os casos dos museus Gugenheim, em Bilbao (Espanha), e Iberê Camargo, em Porto Alegre (RS). Utilizando uma experiência como contraponto da outra, observa-se que no caso da cidade espanhola o museu foi inserido como catalizador de uma operação urbana – o Projeto de Revitalização de Bilbao –, oposto do que ocorre em Porto Alegre, onde o museu é inserido na cidade sem maiores preocupações de promover ações de dinamização e transformação urbana. Complementando a análise, também serão descritos os casos de Fortaleza (CE) – Centro Cultural Dragão do Mar –, e do Rio de Janeiro (RJ) – Guggenheim Rio. A abordagem, dentre as diversas possíveis, se apoia em três aspectos principais: em primeiro lugar, procura-se, por meio de revisão bibliográfica, estabelecer conceitos/nomes para os diferentes tipos operações urbanas, que via de regra iniciam-se com o prefixo RE; logo situar os museus, tanto por sua natureza, mas sobretudo, pela importância que assumiram como atratores de público e o impacto que causaram nos usos circundantes e na dinâmica de ocupação do solo urbano; por fim, como a ótica pretendida é o da cidade como bem público levantam-se as estratégias passíveis de utilização pelo Poder Público para promover o desenvolvimento urbano, recuperando os investimentos realizados com a captura de mais valias e rendas fundiárias urbanas.
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A aproximação na Bacia do Prata é um dos poucos caminhos que os países do contexto regional têm à sua disposição perante os problemas comuns. Entretanto, apesar desta convicção, durante anos as tentativas de convergência foram sobrestadas pela rivalidade brasileiro- argentina, cujas origens remontam à secular disputa geopolítica mantida na região desde a época da dominação luso-espanhola. E, a partir de meados do século passado, conflitos advindos da exploração do potencial fluvial daquela com finalidades hidrelétricas somaram-se aos antagonismos históricos. O presente trabalho analisa o contencioso binacional que decorre da decisão brasileira de construir a Hidrelétrica de Itaipu à revelia dos projetos argentinos para aproveitamento dos recursos propiciados pelo Rio Paraná. A conseqüente crise perdura por mais de uma década, durante a qual a hipótese de confronto armado está sempre presente e as políticas dos países são baseadas na correlação de forças a nível regional; esta, na época, é claramente favorável ao Brasil. Finalmente, como resultado de um longo processo de negociações, é assinado o Acordo Tripartite Itaipu-Corpus, que equaciona o problema da utilização dos recursos hídricos e permite que Brasil e Argentina iniciem uma nova etapa nas suas relações recíprocas, caracterizada pela superação das antigas tensões. Deste modo, as notas diplomáticas trocadas pelos signatários em 19 de outubro de 1979 representam um marco simbólico, ponto de inflexão entre a disputa geopolítica e a política de cooperação, o qual é alcançado apesar dos países envolvidos serem governados por regimes militares de exceção.
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O objetivo deste trabalho foi investigar as palavras e expressões malsonantes em quatro dicionários bilíngües escolares, especificamente na macroestrutura espanhol-português, bem como apresentar uma proposta de marcação para indicar os contextos de uso dessas palavras e expressões na microestrutura de tais dicionários. Para tanto, analisamos os verbetes que recebem a marca “malsonante” no Diccionario Electrónico de la Lengua Española (2003) e, com base nessa análise, sugerimos uma forma de sistematização de algumas marcas estilísticas importantes para especificar o uso do léxico malsonante em obras bilíngües espanhol-português, utilizadas em contextos pedagógicos. Os resultados desta pesquisa apontam para a necessidade de se rever as informações sobre o uso da língua na microestrutura de obras lexicográficas, especialmente das obras bilíngües escolares, as quais contrastam duas línguas e apresentam, pois, usos distintos aos aprendizes de língua estrangeira.
Resumo:
A presente dissertação apresenta a análise dos classificadores nominais específicos chineses, embasada na Lingüística Cognitiva, tendo como arcabouço teórico a Semântica Cognitiva Experiencialista e a Teoria Prototípica, visando a revelar as motivações semânticas subjacentes e as propriedades de categorização dos classificadores nominais chineses, quando colocados junto a substantivos. Foram analisados todos os classificadores nominais, a partir dos modelos da Semântica Cognitiva Experiencialista, baseados em Lakoff (1987). A amostragem envolveu dados retirados de livros, revistas e internet e da própria experiência vivencial de pesquisadora. Estão descritas as análises de dez classificadores, selecionados pela relevância cultural e potencial de explicitação dos aspectos discutidos. O estudo revela que a combinação de classificadores com substantivos não é arbitrária, como alguns lingüistas chineses acreditam, mas, sim, um reflexo da interação humana com o mundo objetivo, baseada na cognição.