15 resultados para Liderança feminina
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratório-descritiva, utilizando múltiplos casos, que busca analisar o processo de desenvolvimento da liderança feminina a partir do conceito de Imaginário. São abordados aspectos da subjetividade da mulher, bem como o histórico da relação das mulheres com o trabalho e seu ambiente familiar. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas com dez mulheres que ocupam postos de liderança em várias áreas de trabalho, por um tempo mínimo de cinco anos. A análise dos dados foi realizada pelo método de análise de conteúdo com base na análise temática do texto. Foram estabelecidas 21 categorias iniciais, 11 intermediárias e cinco finais: Fatores que Impulsionaram a Liderança; Características e Avaliação de Liderança; Considerações sobre Mulheres e Homens em Posição de Liderança; Vida Pessoal e Vida Profissional e Cotidiano da Liderança Feminina. O problema de pesquisa constituiu-se em saber qual seria o papel do imaginário no desenvolvimento da liderança feminina. Os resultados obtidos apontam para uma importância na vida familiar da mulher, especialmente no que se refere ao relacionamento com os pais e na vivência de situações difíceis. A pesquisa também indica como os sujeitos administram suas carreiras com a vida familiar, juntamente com os papéis de mãe e esposa. Percebe-se uma relação de grande gratificação com o trabalho, o que tem como conseqüência a chegada a postos de poder.
Resumo:
Esta pesquisa avalia o estilo de comando das oficiais da Brigada Militar da região metropolitana de Porto Alegre/RS que, a partir de 1985, foram incluídas na Corporação. Baseia-se em autores como Peert Hofsted, Patrícia Aburdene e John Naisbitt que identificam diferenças entre os padrões de comportamento dos estilos de liderança tradicional e feminina e nas habilidades administrativas dos gêneros, sem aprofundar-se em premissas e valores culturais. O estudo se ancora nos aspectos relativos às dimensões liderança, motivação, comunicação, decisão, objetivos e controle, definidas por Rensis Likert no seu modelo de análise de estilo de gestão, aplicado de forma adaptada às condições e contexto de uma unidade militar. As oficiais da Brigada Militar da RM/POA e seus subordinados funcionais responderam a um questionário quantitativo, utilizando uma escala de notas tipo Likert, cujos extremos correspondem aos estilos de comando: tradicional ou feminino. Os resultados obtidos evidenciam que o estilo de comando das oficiais da BM/RM/POA tem uma tendência ao Estilo de liderança feminina; que apresenta, de forma mais destacada, padrões de comportamento que propiciam: maior confiança entre superior e subordinado, ligações com subordinados na forma de rede, apoio aos subordinados, relacionamento aberto e franco, maior aproveitamento das idéias dos subordinados, responsabilidade compartilhada, criatividade, trabalho em equipe, sentido multidirecional da comunicação, participação real dos subordinados, adaptabilidade e/ou facilidades para mudanças. Tais características assemelham-se ao Sistema 4 de Likert. Finalmente, a análise das variáveis permite sugerir diversas ações para tornar o estilo de comando ainda mais participativo e efetivo, dando ênfase a uma ou outra dimensão, de acordo com as exigências específicas de cada situação particular.
Resumo:
Esta pesquisa tem como foco principal a liderança, questão considerada, hoje, fundamental para a construção de organizações saudáveis, diante da velocidade das mudanças. Ao constatar-se que liderar uma organização é diferente de gerenciar uma organização, verificou-se ser necessário conhecer os significados de gerência e de liderança para os gerentes principais da indústria curtidora gaúcha, visto tratar-se de setor tradicional do estado que enfrenta dificuldades em entender as constantes mudanças. Para atingir os objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa exploratória, que permitiu constatar que os gerentes principais dos curtumes, embora entendendo os significados de liderança como tal, atuam como gerentes, envolvidos em aspectos e situações do dia a dia. Verificou-se que, em geral, os gerentes principais estão preocupados com inovações tecnológicas em detrimento de melhorias organizacionais. Assim, a pesquisa constatou ser necessário que os gerentes principais coloquem seus discursos em prática, pois é a liderança que gera comprometimento, compromisso e confiança às pessoas, o que, enfim, propicia o crescimento das organizações, bem como o desenvolvimento das pessoas.
Resumo:
Tendo por objetivos identificar e analisar a perspectiva das lideranças formais sobre as condições para a gestão da criatividade frente às novas configurações produtivas nas empresas da Região Metropolitana de Curitiba, este estudo apresenta primeiramente um breve histórico do processo de industrialização no Brasil. Dá-se enfoque às mudanças ocorridas a partir da introdução dos métodos japoneses de prod ução, aqui vistos como responsáveis pelas novas configurações produtivas. Ao delimitar o tema, pontua-se bases conceituais dessa gestão, e destaca-se processos gerenciais relacionados à criatividade. Em seguida, a revisão das bases conceituais sóciointeracionistas para que o processo criativo ocorra nas organizações, é discutido. Relaciona-se esse processo ao reconhecimento do perfil das pessoas que criam; ao papel do ambiente organizacional; ao papel dos líderes em ambientes de estímulo à criatividade, e à relevância da criatividade nessas organizações. Os primeiros resultados, coletados junto aos profissionais de Recursos Humanos do Paraná, deu-se através de pesquisa exploratória. Eles contribuíram para a construção do instrumento de pesquisa tipo Survey, composto por 65 assertivas. A tarefa do referido instrumento foi avaliar a auto-percepção desses líderes no manejo de equipes e projetos institucionais das empresas, relacionando-os à gestão da criatividade - explícita ou implícita - utilizando a escala Likert de 05 pontos. Após o pré-teste, 189 líderes formais, provenientes de 34 empresas (12 do setor da indústria da transformação, 04 do setor comercial e 18 do setor de serviços) foram submetidos à avaliação. No quarto capítulo, apresenta-se os resultados da pesquisa e propõe inter-relações entre as variáveis. Esses resultados mostram que: o estabelecimento de cultura da criatividade nas organizações necessita de líderes preparados para tal; o potencial criativo deve ser otimizado em novos projetos, em novos desafios, e em rotinas sustentadoras do cotidiano; os líderes devem identificar funcionários que melhor se ajustam a cada uma dessas necessidades, já que são pressupostos para manter a competitividade; os líderes também necessitam rever os aspectos físicos e funcionais da empresa, o estilo de gestão, e as formas de relacionamento entre eles e demais empregados. Significativas diferenças entre as visões, masculina e feminina, sobre os aspectos que envolvem a gestão da criatividade, foram evidenciadas. Para os líderes pesquisados, a criatividade exerce papel fundamental nos negócios e é aplicada em todas as áreas, inclusive no campo da estratégia. No final, aponta-se estratégias, contextualizadas e reconsideradas frente às novas realidades, para as discussões acerca do perfil dos líderes para a gestão da criatividade.
Resumo:
Este texto diz sobre diferentes imagens do corpo da mulher. Diz, mais particularmente, sobre as práticas corporais e esportivas e a visibilidade do corpo feminino no início deste século. Diz de algumas modificações políticas, econômicas e culturais da sociedade brasileira deste tempo, cujas conseqüências, ao mesmo tempo que possibilitam a exibição do corpo feminino promovem, também, estratégias para seu ocultamento. Diz sobre três temas específicos: beleza, maternidade e feminilidade. Essa pesquisa busca mostras imagens da mulher presentes no primeiro periódico específico da Educação Física - a Revista Educação Física - publicada entre 1932 e 1945.
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Resumo não disponível.
Resumo:
O estudo teve por objetivo investigar,em uma fábrica de calçados destinados ao mercado de exportação, a influência de fatores psico-organizacionais, em especial o "estilo de liderança" na gênese dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). O trabalho buscou, ainda, a identificação das prevalências dos DORT na referida empresa. A amostra foi constituída por 111 funcionários voluntários de ambos os sexos, selecionados de maneira aleatória, restringindo-se aos que tinham tempo mínimo de dois anos de atuação na empresa. Para a realização do estudo foram aplicados questionários com base em ferramenta de investigação de DORT do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) adaptada às condições da empresa. Os resultados observados mostraram que o estilo de liderança autocrático é significativo na gênese dos DORT, e que o Odds Ratio é 6,39 vezes maior que os não expostos a esse fator. Verificou-se ainda que a prevalência geral de DORT na empresa é de 35%, atingindo em 94,9% os trabalhadores do sexo feminino. A patologia específica mais encontrada foi a Síndrome do Túnel do Carpa (STe) em 20,5% dos casos. O índice de absenteísmo constatado foi 2,47 vezes maior entre os portadores de DORT. Como conclusão o estudo aponta para a necessidade de tomada de medidas mais adequadas do ponto de vista ergonômico no processo produtivo bem como na capacitação dos chefes, supervisores e gerentes no que conceme às relações interpessoais.
Resumo:
Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva que tem como questão norteadora o impacto do prazer e do sofrimento na função gerencial feminina. O problema de pesquisa constituiu-se em saber como o prazer e o sofrimento aparecem na vida profissiona l e familiar das mulheres que ocupam cargos gerenciais. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas com seis mulheres que ocupam cargos de gerência ou direção em várias áreas de trabalho, por um tempo mínimo de cinco anos. Para a análise das respostas às questões das entrevistas, utilizou-se a metodologia da análise de conteúdo temática. Os resultados são apresentados em três conjuntos de categorias: dezenove Categorias Iniciais, posteriormente reagrupadas em sete Categorias Intermediárias e, por último, sintetizadas nas Categorias Finais: A mulher e a conciliação entre trabalho e família, A mulher e o sofrimento e O gênero e o futuro da mulher. Os resultados obtidos apontam para uma importância na busca da conciliação entre a vida familiar e a vida profissional da mulher, especialmente no que se refere ao relacionamento com os filhos. A pesquisa também indica as causas da geração do sofrimento em relação ao trabalho e como isso influencia a vida pessoal das mulheres gerentes, além de discutir questões de gênero no mundo do trabalho.
Resumo:
Esta pesquisa aborda a influência dos valores cooperativistas na definição dos estilos de liderança, identificando os estilos de liderança de executivos de uma cooperativa e os fatores que os influenciaram para a adoção desses estilos. Objetiva-se analisar, comparativamente, a influência que o ambiente cooperativista exerce na adoção de determinados estilos de liderança, bem como o conceito da postura de líder nesta cooperativa, à luz das teorias administrativas. Os dados foram coletados com base em entrevistas semi-estruturadas, realizadas com cinco diretores de uma cooperativa de eletrificação da região Centro do Estado do Rio Grande do Sul. Para a análise dos dados coletados, utilizou-se a metodologia de análise de conteúdo. Os resultados são apresentados em três conjuntos de categorias: as categorias iniciais foram reagrupadas em categorias intermediárias e, posteriormente, sintetizadas em categorias finais. Na análise subjetiva dos dados compreende-se, em maior profundidade, a postura profissional desses diretores, levando à conclusão de que eles possuem similaridades no estilo de administrar e, como tal, existe uma influência dos valores e da estrutura cooperativista na definição desses estilos. A cooperativa exerce de forma consistente, um processo de institucionalização sobre esses gestores, moldando um estilo de liderança relacionado e definindo características como a tolerância ao erro e à ambigüidade, aversão ao conflito e presença de elementos afetivos nas decisões.
Resumo:
A constituição do espaço hospitalar como organização de trabalho mostra uma progressiva divisão sexual de tarefas e uma feminilização da Enfermagem, já que, em todo o mundo, são as mulheres que constituem o contingente mais numeroso de pessoas envolvidas em atividades de cuidado e atenção à saúde. Todavia, apesar de ser uma atividade majoritariamente feminina, tem aumentado o número de profissionais do sexo masculino que buscam essa área. Assim, este estudo teve como objetivo identificar as experiências e vivências dos auxiliares de enfermagem do sexo masculino em exercício num espaço de trabalho socialmente representado como feminino. Optou-se por uma abordagem qualitativa de pesquisa (Minayo, 1996), utilizando-se a entrevista semi-estruturada como técnica de coleta de dados, cujo conteúdo foi analisado de acordo com uma adaptação da proposta de Bardin (1988). Colheu-se o depoimento de 12 auxiliares de enfermagem do sexo masculino que trabalham em unidades de um hospital geral cujo percentual de homens é menor do que 15%. Constatou-se que a escolha profissional se fez em função da estabilidade de emprego e, em alguns casos, representa uma ascensão social. Os auxiliares de enfermagem entrevistados procuram demonstrar comportamentos heterossexuais e exercer atividades associadas a atributos masculinos, como a força física. Identificam também, entre os pacientes, uma preferência pela divisão de tarefas segundo os atributos socialmente identificados como masculinos e femininos. Com base na teoria das minorias numéricas, proposta por Kanter (1977) e adaptada por Heikes (1991), verificou-se que ocorre uma maior visibilidade dos auxiliares masculinos, uma polarização entre dominados e dominantes nas relações sociais e uma certa assimilação do estereótipo do papel masculino associado a alguns atributos como a força física.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi o de examinar as diferentes posições ocupadas por uma mulher diante da violência sofrida tanto por ela quanto por suas filhas, ao longo de sua história de vida. A participante foi uma mulher, vítima de diversas formas de violência, cujas filhas foram vítimas de incesto. O delineamento utilizado foi o estudo de caso, baseado em entrevistas. A análise de discurso qualitativa mostrou que a participante ocupou posições alternadas, ora de submissão, ora de resistência no enfrentamento da violência sofrida tanto por ela quanto pelas filhas. Os resultados apontaram que diversos processos contribuíram à posição de submissão. Alguns desses processos referem-se aos valores patriarcais que influenciaram a concepção de família da participante e a concepção de papéis familiares ao longo das várias gerações de sua família. Sua concepção de família revelou um modelo de família nuclear, burguesa, patriarcal e monogâmica. A concepção de papéis familiares da participante apareceu associada a valores patriarcais, que prescrevem papéis de gênero hierárquicos e estereotipados encontrados em famílias violentas e incestuosas. Ainda assim, estes papéis não foram vividos pela participante de forma homogênea. A análise qualitativa encontrou que o suporte social foi a contribuição fundamental ao engendramento das estratégias de resistência da participante e de suas filhas no enfrentamento da violência. Estes resultados indicaram que as mulheres são plurais e heterogêneas e que não são sempre ou apenas vítimas da violência, o que explode o discurso patriarcal da dominação feminina. Uma vez que os dados foram coletados com base em apenas um caso, novas investigações sobre o tema são recomendadas.
Resumo:
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Resumo:
O presente estudo busca a compreensão dos matizes das significações do ato infracional da adolescência feminina em cumprimento de medida sócio-educativa no Programa de PSC – Prestação de Serviços à Comunidade da UFRGS. A apreensão das significações do ato infracional se dá a partir dos elementos contidos nas entrevistas em profundidade realizadas com três meninas e nos registros dos relatos das demais que passaram pelo Programa de julho/1997 a dezembro/2003. No processo de análise, ancorado na perspectiva da RedSig – Rede de Significações, são levados em conta os aspectos desenvolvimentais da fase adolescente e os aspectos sócio-econômico-culturais que possam tecer as significações do ato infracional da adolescência feminina. Dentre alguns matizes das significações do ato infracional cometido pelas meninas identifica-se uma estreita relação com a fragilidade das suas relações sócio-familiares e com as suas parcas condições econômicas que, somadas ao apelo da mídia ao modismo contemporâneo, as impele ao cometimento de infrações contra o patrimônio, especialmente de furtos e roubos. Outros matizes se referem à necessidade imperiosa das meninas de se sentirem pertencentes ao grupo de iguais e de se lançarem no experimento de coisas novas e desafiantes – característica peculiar da adolescência –, bem como de buscarem subterfúgios para abrandar as contradições vivenciadas nessa fase. Há ainda a necessidade de manter a sua integridade, de ter reparado os seus prejuízos e o desejo de ocupar um lugar de reconhecimento. Sobretudo, um outro matiz das significações de seu ato infracional aponta uma íntima relação com o sexo masculino, especialmente na ocorrência de brigas com outras meninas, evidenciando a disputa do amor pelo sexo que lhe é oposto.