49 resultados para Língua espanhola Ensino auxiliado por computador
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Este trabalho desenvolve-se na rea da Lingstica Aplicada ao Ensino do Espanhol como Língua Estrangeira. O propsito o de examinar as provas de espanhol dos vestibulares de trs Instituies de Ensino Superior de Porto Alegre e Grande Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, no perodo compreendido entre os anos de 1996 a 2000, para depreender delas o tipo de conhecimento lingstico exigido do candidato. Empregamos como base metodolgica a avaliao formativa, com enfoque qualitativo na interpretao das informaes e quantitativo na coleta e exposio dos dados, resultando em um quadro descritivo da realidade das provas examinadas. O estudo caracteriza-se como exploratrio, sem levantamento de hipteses. A falta de pesquisas sobre as provas de espanhol nos vestibulares, e de literatura especfica sobre o assunto resultou na busca de uma base terica que desse suporte a uma anlise clara e ajustada ao objetivo. Tericos clssicos como Saussure (1974), Bloom (1983) at autores contemporneos como Ortega Olivares (1990), Orlandi (1987) e Wiggins e McThige (1998) constituram o referencial terico do trabalho. A anlise das provas de espanhol foi organizada tendo em vista os conceitos de Orlandi sobre tipos de discurso, o de Wiggins e MacThige sobre os tipos de perguntas de compreenso e de Ortega Olivares sobre o conceito de gramtica. Os resultados apontam para a presena dos discursos autoritrio, ldico e polmico com a predominncia desse ltimo. As perguntas de unidade preponderam sobre as do tipo essencial e o conhecimento gramatical, em grande parte, ainda de base estruturalista indicam que uma nova postura deva ser adotada em relao elaborao das provas de vestibular e abordagem do contedo.
Resumo:
No portugus brasileiro (PB) h basicamente dois tipos de nasalidade: a nasalidade dita fonolgica a marca de nasalidade obrigatria que recebe a vogal quando seguida por uma consoante nasal na mesma slaba (como em campo); a nasalidade dita fontica a marca de nasalidade que recebe a vogal de uma rima vazia seguida de uma consoante nasal no onset da slaba seguinte (como em cama). Em língua espanhola (LEsp), considera-se que o trao [+ nasal] no tem relevncia fonolgica, apenas fontica. Entretanto, mesmo que ocorra alguma nasalizao, esta praticamente imperceptvel para um falante nativo e tambm no auditivamente relevante para os falantes no-nativos em geral. Devido proximidade entre portugus e espanhol e considerando a grande quantidade de brasileiros estudantes de LEsp que nasalizam a vogal oral /a/ em LEsp quando seguida de consoante nasal, desejamos verificar se o estudante de graduao tem dificuldade em perceber esse segmento. Para isso, os sujeitos da pesquisa estudantes do Curso de Graduao em Letras-Licenciatura da UFRGS de diferentes semestres e falantes nativos de LEsp (grupo de controle) foram submetidos a dois testes de percepo um constitudo por um texto e outro por uma lista de palavras -, nos quais deveriam identificar se um som voclico era nasal [] ou oral [a]. Com esses instrumentos e baseados nos estudos de Sampson (1999), Moraes (1997) e Beddor (1993) sobre nasalidade e percepo voclica, desejamos verificar se os estudantes percebem categoricamente a distino entre vogal nasal e no-nasal e tambm se os estudantes em nveis mdio e avanado mostram uma percepo melhor do que a dos estudantes dos nveis bsicos. Falantes nativos de LEsp foram submetidos aos testes para fins de controle da confiabilidade dos mesmos e para verificarmos at que ponto a nasalizao indevida das vogais pode prejudicar a comunicao.
Resumo:
A competitividade cada vez mais acirrada e globalizada tem forado as empresas a desenvolver produtos com maior qualidade em um menor tempo com custos cada vez mais baixos. Para isto, passaram a utilizar tecnologias de ponta na manufatura de seus produtos, que envolvem desde a concepo do produto at sua efetiva produo. Uma das etapas mais importantes na concepo de um produto manufaturado, a partir de um projeto, o planejamento do processo produtivo. A essncia dessa atividade disponibilizar uma gama de informaes bem detalhadas e organizadas para o cho de fbrica que pode incluir a seleo da mquinaferramenta, determinao dos parmetros de corte, gerao do programa NC e as instrues de trabalho. Na maioria das empresas o planejamento do processo feito por processistas experientes que utilizam tcnicas manuais, onde despedem tempo considervel fazendo clculos, recuperando informaes, escrevendo, digitando e detalhando o plano, e nenhuma dessas tarefas agrega valor diretamente ao produto. Assim somente uma pequena parcela do tempo total utilizado na concepo e anlise do produto. A introduo dos computadores na confeco do plano de processo torna o planejamento mais eficiente podendo dispor de mais alternativas alm daquelas exploradas manualmente, e ainda h vantagens adicionais, como a realizao de vrias comparaes de planos semelhantes para selecionar o melhor para cada caso, reduzindo o tempo de planejamento, exigindo menor experincia tcnica dos processistas, resultando em aumento da produtividade com planos otimizados. O sistema desenvolvido dentro da filosofia de planejamento de processo variante-interativo, um mtodo que se utiliza da tecnologia de grupo para formar famlias de peas, onde para cada famlia desenvolvido um plano padro, no qual torna-se a base de dados para novas peas, exigindo alteraes apenas nos detalhes que no forem similares. Quando no existir um plano semelhante para nova pea este gerado de forma interativa onde o processista tem o auxlio do computador na definio da folha de processo, ao contrrio de um sistema generativo que utiliza uma programao mais complexa e cria automaticamente planos de processo distintos para a nova pea. Os planos de processo gerados contem os processos de usinagem, as mquinas para realizar os mesmos, ferramentas e portaferramentas, sistemas de fixao, os parmetros de corte e o sequenciamento das operaes. O sistema foi projetado em Visual Basic, uma linguagem que disponibiliza uma interface grfica amigvel com o usurio. O conjunto das informaes estritamente necessrias para o desenvolvimento do programa armazenado em um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (ACCESS), sistema esse escolhido por ter a vantagem de permitir manipular mais de um aplicativo ao mesmo tempo, estabelecendo relaes entre eles, buscando eliminar a duplicidade de informaes, impondo integridade referencial, reduzindo o espao de armazenamento e facilitando a atualizao dos dados.
Resumo:
A presente pesquisa, filiada Anlise de Discurso de linha francesa, trata dos processos de determinao na regulamentao das questes de ensino de língua portuguesa no Brasil no perodo histrico compreendido entre a 1 e a 2 Repblicas (1889-1945). Por estar filiado referida teoria, este trabalho no busca esgotar o recorte cronolgico e nem tampouco abarcar a totalidade das enunciaes que foram feitas, nessa poca, em torno da questo selecionada para estudo. Os gestos de anlise ora desenhados recortaram as enunciaes em torno das questes de ensino e de língua, tecidas a partir de quatro formaes discursivas diferentes, desdobradas em suas contradies, atravs: a) da posio-sujeito dos operrios-anarquistas, identificada Formao Discursiva Libertria (FDL); b)da posio-sujeito das enunciaes das propostas de Reforma do Ensino na 1 Repblica, identificada Formao Discursiva Estatal (FDE); c) de enunciaes da posio sujeito situada no mago das formulaes jurdicas elaboradas no Governo Vargas, identificada Formao Discursiva Ministerial (FDM); d) e por ltimo as enunciaes constantes em gramticas, identificadas a Formao Discursiva Pedaggica (FDP). As anlises deste trabalho de investigao esto articuladas de modo que os saberes das FDs em questo so olhados de formas diferentes, no sentido de que se situando em lugares de antagonismo e de contradio, em muitos momentos faz-se possvel observar essas relaes que, no interior de uma dada FD, remetem aos saberes do discursooutro. No recorte especfico dos saberes sobre a língua privilegiamos a constituio de um imaginrio de língua derivado do imaginrio de nao, buscando investigar em que medida e de que formas eles (re) produziram posturas xenofobistas que ressoaram nos modos como foi tipificado o sujeito imigrante operrio, a partir de sua língua e de sua prtica poltica. Assim, recorremos ao interdiscurso, lugar onde os enunciados se articularam, descrevendo os diferentes modos como esses foram linearizados e, assim, produziram sentidos, no embate tenso entre os jogos de aliana e refutao. Para proceder fundamentao terica que deu suporte s anlises, tecemos dilogos com outras regies do conhecimento, desde o campo da filosofia, nas discusses envolvendo as questes de designao e determinao, passando pelo olhar das gramticas (cartesiana, filosfica, histrica e normativa) sobre a língua, para ento chegarmos ordem do discurso, lugar onde conceitos foram ressignificados, para podermos tratar da língua, enquanto objeto nunca imune s condies de produo dos discursos por ela materializados.
Resumo:
Um olhar diferenciado sobre o ensino de segunda língua o que pretende apresentar este trabalho, olhar forjado a partir dos conceitos da Anlise do Discurso de linha francesa. O que buscamos um tratamento do ensino da língua do outro que, no encontro com o real e a opacidade constitutivos de toda língua, possibilite ao aluno mais do que a instrumentalizao a fim de que esteja ele capacitado para reproduzir estruturas, mas que consiga tomar a palavra, encontrar um lugar nessa outra língua, espao a partir do qual seja capaz de produzir sentidos. Para tanto fazemos uma incurso na teoria do discurso, buscando os conceitos fundamentais da AD e o modo como foram construdos. Isso possibilita que entendamos os deslocamentos necessrios em relao compreenso de língua e sujeito, de discurso e formao discursiva, entre outros conceitos, para que sejamos capazes de construir esse discursivo olhar sobre a língua estrangeira, para que sejamos capazes de vislumbrar uma prtica diferenciada para esse ensino a fim de que trabalhemos a palavra do outro em movimento, a vida dessa estrangeira palavra, indo ao encontro do texto literrio como um caminho para tal realizao.
Resumo:
Trata-se de um estudo de caso descritivo-qualitativo sobre o ensino de ingls como língua estrangeira para estudantes de meia-idade. O objetivo apontar as peculiaridades desses aprendizes com relao ao domnio afetivo (crenas, emoes e atitudes), que devem ser levados em conta pelo professor para um melhor aproveitamento em aula. Os estudantes observados nesta pesquisa so alunos da escola EnglishTech Tecnologia em Aprendizagem Acelerada, cuja metodologia se diferencia pela utilizao de alguns conceitos da Programao Neurolingstica aliados a Estratgias de Aprendizagem de Línguas. Alunos, professores e coordenadora pedaggica da escola foram observados e/ou entrevistados As informaes obtidas entre junho de 2002 e novembro de 2004 foram analisadas qualitativamente e revelaram que esses estudantes, entre 45 e 68 anos, no devem ser inseridos em turmas de adultos jovens, nem de terceira idade, pois tm um perfil especfico, embora compartilhem caractersticas de ambos os grupos. Seus propsitos com as aulas incluem razes prticas (como cinema, computador e viagens), aspectos sociais (convvio com os colegas) e a utilidade do estudo para a mente e a memria. Em comparao com os jovens, os alunos de meia-idade tm menos medo de errar frente aos colegas, so mais perseverantes diante das dificuldades, no se importam de praticar bastante, mas so menos confiantes, apresentam mais crenas negativas e respeito de si mesmos e de sua capacidade de aprendizado, alm de experimentarem mais emoes negativas, como inibio, ansiedade e frustrao. Um anexo com propostas de atividades didticas de ingls adequadas para essa faixa etria conclui a tese.
Resumo:
Este trabalho sobre produo de sentidos. Seu propsito est relacionado investigao das relaes do sujeito com a linguagem na sua forma de escrita alfabtica no processo de produo textual escolar. O fato de ocorrer a partir da anlise de falas de crianas ao escreverem coletivamente histrias no computador possui dois objetivos; de um lado, interrogar sobre a representao do sujeito no texto e, de outro, questionar a utilizao do computador nas escolas como uma nova tecnologia da escrita. Para que fosse possvel dar alguma visibilidade ao processo de produo textual e no restringir-se apenas ao produto final, quer dizer histria pronta, optou-se por uma metodologia que permitisse algum tipo de acesso ao modo como a criana produzia o texto. Uma soluo vivel foi encontrada na gravao das situaes interativas de conversao, em que cada grupo de alunos estaria produzindo sua histria no computador. Esta gravao tornou-se o material a ser analisado. O referencial terico est fundamentado na psicanlise, a partir de Jacques Lacan, na lingstica enunciativa, representada por Jaqueline Authier-Revuz e na anlise de discurso inaugurada por Michel Pcheux. Seguindo estas teorias, analisamos o sujeito da enunciao e o inconsciente enquanto discurso do Outro. A anlise buscou a indicao de autonmias, onde destacam-se as no-coincidncias do dizer, termo cunhado por Authier-Revuz para explicitar a presena do outro na constituio do discurso. A partir da anlise apontamos para o sujeito como um efeito de leitura do discurso do Outro, um acontecimento que reconfigura a estrutura. Disso segue que todo discurso parte de uma escrita, pois se abre leitura. Tambm apontamos para a escrita como a presentificao da diferena. Neste sentido postulamos que a autonmia constitutiva do discurso pedaggico no que se refere aprendizagem da língua escrita. Ela um recurso necessrio ao alfabeto. Sem a possibilidade da autonmia seria impossvel o ensino da língua.. A partir destes resultados temos indcios que confirmam a hiptese de que o computador uma nova tecnologia da escrita, assim como foram uma vez o papiro, o alfabeto, a imprensa. De certo modo a questo do sujeito e da linguagem ainda a mesma, ou seja, diante do real o que o sujeito demanda que ele seja representvel. A forma que esta representao vai tomar depende dos discursos em questo.
Resumo:
Este estudo descreve as crenas acerca do evento-aula por parte de trs professores de língua estrangeira de escolas da rede pblica de ensino de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. O corpo de dados relativo a cada um dos trs professores composto de observao participativa de dez turnos consecutivos de trabalho, registro audiovisual de dois perodos de aula, entrevistas individuais com o professor e pessoal de superviso educacional e secretaria, e sesso de visionamento dos dados audiovisuais. O trabalho foi desenvolvido em uma abordagem qualitativa, seguindo os princpios da pesquisa interpretativista. O foco analtico recaiu sobre a relao entre o discurso do professor e sua prtica de sala de aula. Os resultados indicam que cada professor tem diferentes crenas em relao ao evento-aula, em consonncia com o modo de entender a sua tarefa de ensino, o que resulta em andamentos distintos de seus eventos-aula. Um dos professores acredita que ensinar língua simplesmente transmiti-la aos alunos, outro acredita que ensinar trabalhar com os alunos de forma disciplinada, mas no necessariamente de forma reflexiva, e o terceiro acredita que ensinar uma língua , mais do que falar uma língua ou dar instrues para o desenvolvimento das atividades, promover o desenvolvimento da autonomia e responsabilidade do aluno em relao a sua prpria aprendizagem.
Resumo:
Trata-se de um estudo de caso (com um sujeito) sobre o processo de aquisio de ingls como língua estrangeira na fase pr-escolar. O objetivo verificar como uma criana nessa faixa etria ainda no alfabetizada desenvolve sua produo oral nessa língua estrangeira, recebendo uma aula semanal de ingls em sua escola e treinando com os pais em casa. A produo oral do sujeito foi registrada em aula e em casa atravs de filmagens e gravaes em udio. Seus pais e professoras foram entrevistados. A maioria das informaes colhidas entre maro de 1999 e dezembro de 2000 foram analisadas qualitativamente. A pesquisa revela que, antes dos seis anos de idade, o ensino de língua estrangeira envolve riscos. Quando a professora especialista na língua, mas no tem experincia com educao infantil, a criana pode desenvolver averso língua estrangeira por no gostar das aulas. Por outro lado, quando a professora proporciona aulas prazerosas e ldicas, mas comete erros de pronncia ou estrutura gramatical, a criana tende a valorizar o que ensinado como verdade. Em ambos os casos, o futuro escolar da criana poder ficar comprometido em relao língua estrangeira. Portanto, menos arriscado no ter aula de ingls na infncia do que ter aula com um profissional que no seja qualificado em educao infantil e na língua estrangeira.
Resumo:
Este trabalho descreve a incidncia e o papel dos compostos nominais em alemo em textos de Direito. A partir do reconhecimento de sistematicidades, particularidades, funes e incidncias dos termos compostos formados por dois ou mais substantivos em artigos de Doutrina do Direito Civil, a pesquisa levanta dados que podem subsidiar o ensino de leitura instrumental em alemo. A reviso da literatura inclui estudos de gnero, de Terminologia Textual, estudos do texto, ensino de leitura, aquisio de vocabulrio e interveno pedaggica no ensino de língua instrumental. Aps uma breve comparao entre a linguagem jurdica alem e brasileira, apresentado e executado um roteiro para descrio de trs textos que compem o corpus de estudo. A descrio do corpus destaca os compostos nominais que integram os textos. O trabalho conclui que os compostos desempenham um relevante papel coesivo ao longo da tessitura textual. Ao final, so apresentadas algumas sugestes para auxiliar o ensino de leitura instrumental em Direito, aproveitando-se o papel dos compostos nominais.
Resumo:
O objetivo desta dissertao investigar, descrever e interpretar como acontece o processo de ensino-aprendizagem de língua estrangeira (ingls) em escola pblica de ensino mdio que agrupa alunos de diferentes de nveis de conhecimento sistmico, advindos do ensino fundamental, em uma mesma turma. O estudo de cunho etnogrfico, e segue uma abordagem qualitativa interpretativa, realizado com um grupo de alunos de 1 srie de uma escola pblica de ensino mdio. A pesquisa de campo foi realizada entre o perodo de abril a setembro de 2001 guiada pelos questionamentos bsicos dessa forma de pesquisa: a) o que est acontecendo aqui? e b) como? Para obter subsdios para anlise posterior e, conseqentemente, respostas s questes norteadoras do trabalho, o estudo incorporou como suporte, momentos e procedimentos de microetnografia (ERICKSON, 1986, 1990) ou microanlise sociolingstica (GUMPERZ, 1982), fundamentando-se na importncia da Sociolingstica Interacional como elemento enriquecedor e ampliador para modelar a relao professora / alunos e para compreender o discurso em sala de aula. Teoricamente, este trabalho de pesquisa partiu de fundamentaes de pensadores e educadores como Vygotsky e Paulo Freire, entre outros, tendo como pano de fundo, teorias e metodologias de ensino de língua estrangeira como um todo e, especificamente, centradas no cenrio educacional brasileiro. Igualmente, estudos sobre ensino formal e postulaes de lingstas como Lightbown e Spada (1995), Ellis (1993,1996), Nunan (1998), Richards e Lockhart (1994) e Thomas (1999). Pela anlise dos dados, foi possvel articular uma compreenso sobre a abordagem usada na sala de aula foco deste estudo, a qual pode ser entendida como Tradicional, fortalecendo a metodologia de Traduo e Gramtica, em uma relao assimtrica entre professora e alunos, sem co-participao social, desconsiderando, pois, a intersubjetividade nas atividades e impedindo, assim, a negociao de significados, pelo discurso dialgico, bem como dificultando a construo do conhecimento em LI. Nessas condies, a definio do processo de ensino a de educao bancria, caracterizada por Paulo Freire como educao de transmisso, de dominao e de cunho autoritrio, diludo em um discurso monolgico que resulta na desmotivao, no desinteresse dos alunos e na realizao de outras atividades durante as aulas. Essas constataes, respaldadas pelos atores do cenrio social investigado, atravs da triangulao de dados, permitem descrever a prtica educativa como de no atendimento oportuno, pertinente ao nvel dos alunos e no incidente na zona de desenvolvimento proximal, pontuada por Vygotsky, para um bom ensino. Pde-se, no entanto, descrever atividades grupais micas no previstas no processo de ensino e de aprendizagem. Este estudo e seus resultados possibilita olhares mais cuidadosos para a instruo formal em sala de aula e estudos mais atentos para a prtica docente nessas circunstncias, em especial, para formao de professores de língua estrangeira.
Resumo:
Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verificar como os professores de Ingls como Língua Estrangeira (LE) corrigem as composies dos seus aprendizes de nvel intermedirio e como o feedback avaliativo e corretivo so fornecidos. Os dados dessa pesquisa foram coletados em quatro cursos livres de ingls localizados em Porto Alegre, RS (Brasil). Todos os onze professores participantes so falantes do Portugus como língua materna. Os dados incluem como amostra a coleta de 79 composies de diferentes aprendizes j corrigidas pelos professores, bem como um questionrio aplicado aos mesmos e aos seus respectivos aprendizes. As informaes provenientes dos questionrios objetivaram caracterizar esses participantes mostrando suas opinies a respeito do erro e correo na escrita. Alm disso, o modelo avaliativo de Gaudiani (Gaudiani, 1981 apud Hadley, 1993) foi utilizado para verificarmos a homogeneidade em termos de notas ou conceitos a serem atribudos ao mesmo conjunto de composies quando avaliadas pelos onze professores. Alguns dos nossos resultados indicaram que: a) os professores no tm critrios claros de correo; b) os professores corrigem mais erros gramaticais em detrimento aos demais erros; c) os professores no corrigem erros relativos organizao; d) os professores fornecem a resposta correta ao erro do aprendiz; no havendo espao para a auto-correo; e) a grande maioria dos professores atribuiu a mesma nota ou conceito quando utilizado o modelo avaliativo de Gaudiani. Esses resultados sugerem a riqueza desta rea bem como destacam a necessidade de trabalhar de modo mais intenso a questo do tratamento do erro e feedback na escrita. Na parte final do trabalho so apresentadas sugestes prticas para os professores de língua estrangeira para que, desta forma, esses profissionais estejam melhor preparados para oferecer um feedback mais eficaz na escrita dos aprendizes.
Resumo:
O presente trabalho objetiva investigar o insumo proporcionado por um professor em contexto formal de sala de aula. Nosso interesse se volta para os tipos de modificaes lingsticas propiciadas por um professor brasileiro para alunos de ingls de diferentes nveis de proficincia. So elencadas as modificaes desse professor a partir da categorizao de Lynch (1996). Focalizamos o conceito de insumo compreensvel como fundamental para a compreenso e aprendizagem. Para a coleta de dados, optamos pela produo de duas narrativas pelo professor a partir de gravuras. As produes do professor foram gravadas em udio e vdeo e seguidas de entrevista com a pesquisadora. Os alunos demonstraram compreenso atravs de composio em sua língua materna, escrita imediatamente aps as produes do professor e de respostas a um questionrio especialmente elaborado. A partir da anlise dos dados, conclumos que as modificaes lingsticas do professor assemelham-se aos tipos de modificaes elencadas por Lynch. Implicaes para a sala de aula e sugestes para estudos futuros so apresentadas.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
O presente estudo objetiva investigar o uso de sites (aqui denominados sites institucionais) na Internet a partir de duas aulas de língua inglesa como LE em que sites na Internet foram usados como insumo para a execuo de tarefas que culminam com a produo textual da língua alvo por parte dos alunos. O estudo se insere como pesquisa qualitativa e etnogrfica, embora haja tambm alguns dados quantitativos. Os dados gerados e analisados so oriundos de um curso livre de idiomas em Porto Alegre. Os dados mostram que, nas duas turmas, a Internet serviu como fonte de pesquisa e as informaes inseridas nos sites institucionais e registradas em handouts serviram como insumo para as tarefas propostas como fechamento em que houve a produo oral e escrita da língua alvo. Na primeira aula, uma atividade ldica de fechamento foi proposta e no foi considerada comunicativa, embora tivesse havido produo oral de ingls. As tarefas de fechamento na segunda aula, ao contrrio, foram consideradas comunicativas por envolver os alunos em uma interao dialgica em que partilharam os dados coletados na Internet (information gap) e emitiram suas opinies (opinion gap) acerca de qual de duas organizaes no-governamentais (Greenpeace e PETA) apoiariam, seguidas de justificativas individuais.