9 resultados para Infecções por corynebacterium Fisiopatologia - Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A infeco das vias biliares uma doena freqente com alta morbidade e mortalidade, que pode variar de 10 a 60% dependendo de sua gravidade. A causa mais comum desta infeco a presena de clculos na via biliar principal que propicia o surgimento de bacteriobilia. O profundo conhecimento das caractersticas microbiolgicas da bile nos casos de coledocolitase e infeco das vias biliares so fundamentais para o melhor diagnstico desta infeco e escolha da antibioticoterapia a ser instituda. Assim, o objetivo deste estudo foi de caracterizar os principais aspectos microbiolgicos da bile dos pacientes com e sem coledocolitase e avaliar sua importncia na escolha dos antimicrobianos para o tratamento da infeco das vias biliares. Foram analisados 33 pacientes que foram divididos em um grupo de 10 pacientes sem coledocolitase (grupo controle) no momento da Colangiografia Endoscpica (CPER) e em outro grupo de 23 pacientes com coledocolitase. A bile de todos os pacientes foi coletada no incio do procedimento endoscpico, atravs de catater introduzido na via biliar. O exame de microscopia direta com colorao de Gram e as culturas da bile foram negativas nos 10 pacientes que no apresentaram coledocolitase durante a CPER. Dos 23 pacientes com clculos na via biliar principal, 19 (83%) apresentaram culturas positivas. Desses 19 pacientes com culturas de bile positivas, 18 (94,7%) apresentaram microorganismos detectveis microscopia direta com colorao de Gram. Apenas um paciente apresentou crescimento de germe anaerbio (Bacteroides fragilis). O cultivo de 28 bactrias teve predominncia de microorganismos Gram negativos (18 bactrias- 64,3%). Os germes isolados foram E. coli (9, 32,1%), Klebsiella pneumoniae (5, 17,9%), Enterococcus faecalis (5, 17,9%), Streptococcus alfa-haemoliticus (3, 10,7%), Streptococcus viridans (2, 7,1%), Enterobacter cloacae (2, 7,1%), Panteona aglomerans (1, 3,6%) e Pseudomonas aeruginosa (1, 3,6%). Todos os pacientes com microorganismos detectados pela microscopia direta com colorao de Gram tiveram crescimento bacteriano em suas culturas, por outro lado nenhum paciente com cultura negativa apresentou microoorganismos microsopia direta ( p= 0,0005). Nesses casos, a microsopia direta apresentou uma especificidade de 100% e sensibilidade de 80%. A anlise quantitativa das culturas da bile mostrou que das 19 culturas positivas, 12 (63,2%) tiveram pelo menos um germe com contagem superior a 105 ufc/ml. Todas as bactrias Gram positivas isoladas foram sensveis ampicilina, da mesma forma que todas as Gram negativas foram sensveis aos aminoglicosdeos. Os achados deste estudo demonstram uma boa correlao entre a microscopia direta da bile com colorao de Gram e os achados bacteriolgicos das culturas da bile coletada por colangiografia endoscpica retrgrada. O esquema teraputico antimicrobiano tradicionalmente empregado em nosso hospital, que inclui a combinao de ampicilina e gentamicina, parece ser adequado, pois apresenta eficcia teraputica contra os principais microorganismos responsveis pela infeco das vias biliares.

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Os aminoglicosdeos permanecem sendo um dos principais antibiticos no tratamento de infecções causadas por bactrias gram-negativas, apesar do surgimento de novos antibiticos. Na Unidade de Endoscopia Digestiva do Hospital de Clnicas de Porto Alegre os aminoglicosdeos, combinados com antibiticos -lactmicos, tm sido utilizados no tratamento de infecções das vias biliares e como antibitico profiltico em procedimento como a colangiopancreatografia endoscpica retrgrada. O objetivo do presente estudo foi comparar a eficcia teraputica da dose nica total diria com dose fracionada diria de gentamicina no tratamento da infeco das vias biliares, baseando-se na concentrao biliar de gentamicina obtida nesses dois regimes teraputicos e sua relao com a concentrao inibitria mnima das principais bactrias isoladas na bile de pacientes com infeco do trato biliar. Os pacientes selecionados foram randomizados para tratamento com gentamicina na dose de 4mg/kg de peso por meio intravenoso sendo divididos em 2 grupos: grupo 1 recebeu dose nica diria dividida em 3 horrios (8 / 8 horas) e o grupo 2 recebeu o frmaco como dose nica total diria. Os resultados do estudo evidenciaram que os nveis biliares de gentamicina nos pacientes tratados com dose nica diria de gentamicina (grupo 2) ultrapassaram de 3 a 6 vezes as concentraes inibitrias mnimas das bactrias gram-negativas isoladas, enquanto que os nveis de gentamicina nvel biliar nos pacientes tratados com dose fracionada de gentamicina (grupo 1) conseguiram igualar ou ultrapassar no mximo e 3 vezes, dependendo da bactria gram-negativa testada, as concentraes inibitrias. Alm disto, os nveis biliares de gentamicina dos pacientes tratados com dose nica diria permaneceram por intervalo superior a 14 horas acima das concentraes inibitrias mnimas destas bactrias, reforando ainda mais o efeito ps-antibitico obtido no intervalo de tempo onde no so detectados mais nveis de gentamicina na bile. Baseado nos efeitos bactericida dependente da concentrao e efeito ps-antibitico dos aminoglicosdeos,os resultados deste estudo sugerem que a dosagem nica diria de gentamicina apresenta maior eficcia teraputica que a dosagem fracionada diria no tratamento da infeco das vias biliares.

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Uma possvel disfuno nos processos intracelulares de transduo de sinais pode estar implicada na fisiopatologia do transtorno bipolar (Soares and Mallinger 2000). Particularmente, a via intracelular do fosfoinositol (PI) pode ser um sitio de disfuno (Soares et al 1997b). Plaquetas, clulas perifricas, e amostras de crebro ps-mortem tm sido utilizados como modelos em estudos prvios com o objetivo de investigar esta hiptese. Os achados que emergem destes estudos so consistentes com a hiptese de uma hiperatividade na via do PI na fase manaca, que pode estar relacionada com a fase do transtorno. Nesta tese de doutoramento est descrita uma srie de estudos preliminares que utilizaram um modelo plaquetrio para estudar alteraes da via do PI em pacientes com transtorno afetivo bipolar, e tambm em relao ao mecanismo de ao do carbonato de ltio. Utilizando um mtodo para quantificao de fosfoinositois em membrana plaquetria desenvolvido pelo Professor Alan Mallinger e colaboradores na Universidade de Pittsburgh, o passo inicial envolveu o estudo da reprodutibilidade teste/reteste do mesmo, que foi documentada como estando dentro de limites aceitveis (Soares et al 1999a). Subseqentemente, conduzimos um estudo preliminar em pacientes bipolares j tratados com monoterapia com o ltio (Soares et al 1999b). Nestes pacientes, alem de estudarmos os nveis de fosfolipdios de membrana comparados com voluntrios normais, tambm estudamos, em colaborao com o Professor Husseini Manji e colaboradores do National Institute of Mental Health (NIMH), EUA, os nveis de subespcies especificas de PKC em plaquetas de pacientes bipolares (Soares et al 2000a). Nossos achados principais destes estudos colaborativos sugerem uma reduo dos nveis plaquetrios de PIP2, concomitantemente com reduo seletiva de subespcies especificas de PKC. Como um passo adicional, tambm estudamos os nveis de fosfoinositois de membrana em indivduos bipolares na fase depressiva, quando no medicados, que estavam significativamente elevados comparados com voluntrios normais (Soares et al 2001). Por ltimo, conduzimos um ensaio clinico aberto com carbonato de ltio em doses teraputicas em um grupo pequeno de pacientes bipolares, que sugeriu uma diminuio significativa dos nveis de PIP2 aps o tratamento (Soares et al 2000b). Estes estudos documentam uma disfuno na via do PI em plaquetas de pacientes bipolares, possivelmente modulada pelo tratamento com o ltio, sugerindo o envolvimento desta via na fisiopatologia do transtorno e no mecanismo de ao do ltio. no se sabe se tais alteraes plaquetrias refletem o que se passa nesta via em neurnios humanos in vivo, o que constitui uma limitao importante, em potencial, desta abordagem. No entanto, na falta de metodologia de neuroimagem que permita o estudo destas vias no crebro de pacientes vivos, o modelo perifrico plaquetrio de valia para se comear a fazer inferncias sobre o funcionamento desta via em pacientes bipolares. Estudos futuros com amostras maiores de pacientes que possam segui-los em fases diferentes do transtorno e tentar determinar correlaes entre alteraes nesta via produzidas pelo ltio e os efeitos teraputicos desta medicao sero de grande valia.

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Objetivos: definir os dados demogrficos, as doenas de base e os fatores de risco associados aos episdios de candidemia ocorridos na Santa Casa Complexo Hospitalar entre 17/02/1995 e 31/12/2003; identificar as espcies envolvidas nestes episdios de candidemia e determinar a mortalidade global entre estes pacientes. Mtodos: estudo de coorte retrospectivo no-controlado com incluso de todos os casos consecutivos de candidemia diagnosticados na instituio entre 17/02/1995 e 31/12/2003. Como critrio de incluso no estudo, foi exigida a presena de sinais ou sintomas temporalmente relacionados ao isolamento de Candida em hemocultivo coletado de veia perifrica. Resultados: 210 pacientes com candidemia foram includos (infeco nosocomial em 91,0%). O sexo feminino foi mais prevalente (51,4%) e a idade mediana foi de 41,0 anos. A doena de base mais prevalente foi cncer (neoplasias slidas 30,5% e hematolgicas 9,0%). Candida albicans foi a espcie mais freqente (38,1%), seguida de Candida parapsilosis (27,6%) e Candida tropicalis (15,7%); candidemia por Candida glabrata ocorreu em 3,8%, e por Candida krusei, em 2,4%. Procedimentos cirrgicos foram realizados em 43,8%, cateter venoso central estava presente em 74,8%, cateter urinrio em 57,1%, ventilao mecnica em 48,6% e nutrio parenteral em 33,8%; o nmero mediano de antimicrobianos foi 4,0 por paciente (glicopeptdeos 54,3%, carbapenmicos 25,7%). A maioria dos pacientes com candidemia comunitria (52,6%) havia sido hospitalizada nos 60 dias anteriores candidemia; em 21,1%, Candida foi isolada de cateter; insuficincia renal crnica (p<0,001) e hemodilise (p=0,027) foram mais freqentes no grupo de candidemia comunitria do que no nosocomial; a distribuio das espcies de Candida foi semelhante entre os grupos. Comparadas aos adultos, as crianas com candidemia nosocomial foram mais expostas a antimicrobianos de amplo espectro (p<0,001), ventilao mecnica invasiva (p=0,002) e nutrio parenteral (p<0,001). Candidemia nosocomial por Candida parapsilosis foi mais freqente em crianas (p=0,002), bem como o isolamento de Candida de cateteres (p=0,019); crianas foram mais freqentemente tratadas com anfotericina B do que adultos (p<0,001), os quais receberam mais fluconazol (p=0,013). Entre os pacientes com cncer e candidemia nosocomial, tratamento prvio com corticosterides (p=0,004), quimioterapia (p<0,001) e cefepima (p=0,004) foram mais comuns naqueles com malignidades hematolgicas; cirurgias foram mais comuns em pacientes com tumores slidos (p<0,001), principalmente do trato gastrointestinal (p=0,016); a distribuio das espcies de Candida foi semelhante entre os grupos. Candidemia breakthrough (de escape) ocorreu em 10,5% dos pacientes com candidemia nosocomial; a maioria destes vinha em uso de anfotericina B em doses teraputicas, por perodo mediano de 6,5 dias; o isolamento de Candida de stios outros que o sangue foi mais freqente nestes pacientes (p=0,028). A mortalidade dos pacientes com candidemia foi 50,5%, sem diferenas estatisticamente significativas entre pacientes com candidemia comunitria ou nosocomial, com cncer ou outros diagnsticos e com infeco breakthrough ou no-breakthrough; a mortalidade foi maior em adultos do que em crianas (p=0,005). Concluses: espcies no-Candida albicans foram os principais agentes de candidemia; assim como em outros estudos brasileiros, a prevalncia de espcies como Candida glabrata e Candida krusei foi baixa. Fatores de risco j descritos na literatura foram freqentemente encontrados, e a distribuio dos mesmos variou de acordo com as diferentes caractersticas dos pacientes estudados. A mortalidade em pacientes com candidemia foi semelhante \ descrita na literatura.

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Considerando que as doenas cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenas vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatrios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.