11 resultados para IMPRENSA PORTUGUESA
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Sabe-se que a fala a principal maneira de comunicao entre as pessoas. A Sntese de fala (gerao automtica da fala pelo computador) tem recebido ateno da comunidade acadmica e profissional por vrias dcadas. Ela envolve a converso de um texto de entrada em fala, usando algoritmos e algumas formas de fala codificada. O texto pode ser digitado pelo teclado ou obtido por reconhecimento de caracteres ou, ainda, obtido de um banco de dados. A sntese de fala pode ser usada em vrios domnios de aplicao, tais como: auxlio para deficientes visuais, telecomunicaes, multimdia, etc. Este trabalho apresenta um estudo sobre a produo da fala e da rea de sntese de fala visando servir de subsdio para dissertaes e pesquisas futuras, bem como para o Projeto Spoltech, um projeto de cooperao entre os Estados Unidos e o Brasil para o avano da tecnologia da lngua falada no Brasil (Portugus Brasileiro). Dentro deste estudo sero apresentadas as principais tcnicas de sntese de fala, entre as quais destaca-se: Texto para Fala (TPF). Problemas de separao de slabas, determinao da slaba tnica, pronunciao das vogais e e o como um fonema aberto ou fechado, etc, so enfrentados dentro do contexto da rea de sntese de fala para o portugus falado no Brasil. Tendo conhecimento destes problemas, o principal objetivo deste trabalho ser criar regras para resolver o problema de pronunciao das vogais e e o de forma automtica, visando obter produo sonora mais inteligvel, por intermdio da implementao de um analisador estatstico, o qual verificar a letra anterior e posterior ao e ou o de uma palavra e, com isso, determinar a pronncia dos mesmos para aquela seqncia de letras. As mesmas podero tornar-se regras vlidas para a soluo do problema se atingirem 80% dos casos de ocorrncia no dicionrio com fonema e ou o aberto (limiar), sendo que elas sero lidas por um interpretador Scheme utilizado pelo programa Festival - ferramenta para a construo de sistemas de sntese de fala desenvolvida pelo Centre for Speech Technology Research (University of Edinburgh, Reino Unido), a qual utiliza TPF como mtodo de sntese. Sabendo-se que o Festival gera os fonemas e e o como fechados se no h uma regra para inferir o contrrio, sero consideradas apenas as regras encontradas para os fonemas abertos. Para possibilitar esta anlise ser utilizado um dicionrio eletrnico de pronunciao (com 19.156 palavras), o qual possui a palavra e a sua respectiva pronncia, conforme pode-se verificar no exemplo do Anexo 1.
Resumo:
Este trabalho sobre produo de sentidos. Seu propsito est relacionado investigao das relaes do sujeito com a linguagem na sua forma de escrita alfabtica no processo de produo textual escolar. O fato de ocorrer a partir da anlise de falas de crianas ao escreverem coletivamente histrias no computador possui dois objetivos; de um lado, interrogar sobre a representao do sujeito no texto e, de outro, questionar a utilizao do computador nas escolas como uma nova tecnologia da escrita. Para que fosse possvel dar alguma visibilidade ao processo de produo textual e no restringir-se apenas ao produto final, quer dizer histria pronta, optou-se por uma metodologia que permitisse algum tipo de acesso ao modo como a criana produzia o texto. Uma soluo vivel foi encontrada na gravao das situaes interativas de conversao, em que cada grupo de alunos estaria produzindo sua histria no computador. Esta gravao tornou-se o material a ser analisado. O referencial terico est fundamentado na psicanlise, a partir de Jacques Lacan, na lingstica enunciativa, representada por Jaqueline Authier-Revuz e na anlise de discurso inaugurada por Michel Pcheux. Seguindo estas teorias, analisamos o sujeito da enunciao e o inconsciente enquanto discurso do Outro. A anlise buscou a indicao de autonmias, onde destacam-se as no-coincidncias do dizer, termo cunhado por Authier-Revuz para explicitar a presena do outro na constituio do discurso. A partir da anlise apontamos para o sujeito como um efeito de leitura do discurso do Outro, um acontecimento que reconfigura a estrutura. Disso segue que todo discurso parte de uma escrita, pois se abre leitura. Tambm apontamos para a escrita como a presentificao da diferena. Neste sentido postulamos que a autonmia constitutiva do discurso pedaggico no que se refere aprendizagem da lngua escrita. Ela um recurso necessrio ao alfabeto. Sem a possibilidade da autonmia seria impossvel o ensino da lngua.. A partir destes resultados temos indcios que confirmam a hiptese de que o computador uma nova tecnologia da escrita, assim como foram uma vez o papiro, o alfabeto, a imprensa. De certo modo a questo do sujeito e da linguagem ainda a mesma, ou seja, diante do real o que o sujeito demanda que ele seja representvel. A forma que esta representao vai tomar depende dos discursos em questo.
Resumo:
No portugus brasileiro (PB) h basicamente dois tipos de nasalidade: a nasalidade dita fonolgica a marca de nasalidade obrigatria que recebe a vogal quando seguida por uma consoante nasal na mesma slaba (como em campo); a nasalidade dita fontica a marca de nasalidade que recebe a vogal de uma rima vazia seguida de uma consoante nasal no onset da slaba seguinte (como em cama). Em lngua espanhola (LEsp), considera-se que o trao [+ nasal] no tem relevncia fonolgica, apenas fontica. Entretanto, mesmo que ocorra alguma nasalizao, esta praticamente imperceptvel para um falante nativo e tambm no auditivamente relevante para os falantes no-nativos em geral. Devido proximidade entre portugus e espanhol e considerando a grande quantidade de brasileiros estudantes de LEsp que nasalizam a vogal oral /a/ em LEsp quando seguida de consoante nasal, desejamos verificar se o estudante de graduao tem dificuldade em perceber esse segmento. Para isso, os sujeitos da pesquisa estudantes do Curso de Graduao em Letras-Licenciatura da UFRGS de diferentes semestres e falantes nativos de LEsp (grupo de controle) foram submetidos a dois testes de percepo um constitudo por um texto e outro por uma lista de palavras -, nos quais deveriam identificar se um som voclico era nasal [] ou oral [a]. Com esses instrumentos e baseados nos estudos de Sampson (1999), Moraes (1997) e Beddor (1993) sobre nasalidade e percepo voclica, desejamos verificar se os estudantes percebem categoricamente a distino entre vogal nasal e no-nasal e tambm se os estudantes em nveis mdio e avanado mostram uma percepo melhor do que a dos estudantes dos nveis bsicos. Falantes nativos de LEsp foram submetidos aos testes para fins de controle da confiabilidade dos mesmos e para verificarmos at que ponto a nasalizao indevida das vogais pode prejudicar a comunicao.
Resumo:
Esta dissertao enfoca o jornal Brasil Mulher resgatando a trajetria do tablide a partir da tica de sua fundadora, Joana Lopes, e da anlise descritiva das vinte edies publicadas entre 1975 e 1980. Analisa como o Brasil Mulher contribuiu para a constituio da imprensa alternativa feminista e a luta das mulheres pelas causas feministas e contra a ditadura militar. A pesquisa insere-se nos estudos feministas e no mtodo histrico, especificamente, na perspectiva da histria das mulheres e da histria oral. Mostra como o jornal primordialmente feminista antes de alternativo, sua representatividade como registro de um perodo marcante do pas, as ingerncias polticas que levaram a rupturas internas e a recorrncia hoje de temas abordados pelo jornal. Enfatiza ainda o papel da mdia na contemporaneidade para manter a estrutura do sistema patriarcal.
Resumo:
Partindo da idia central de que o projeto ficcional de Vcios e virtudes refletir sobre o processo de construo romanesca e sobre os caminhos e descaminhos de Portugal em busca de sua identidade nesse tempo de incertezas, marcado pelo impacto da globalizao e mundializao da cultura, buscamos demonstrar, no presente trabalho, como a tessitura interna da narrativa articula, simultaneamente, uma crtica realidade cultural, social, poltica e econmica de Portugal com uma crtica prpria fico, colocando, muitas vezes, uma a servio da outra. para dar conta desse projeto que Vcios e virtudes se constitui num romance de romances que duplica histrias, narradores e personagens, pois essa uma estratgia narrativa que contribui para desvelar o fazer romanesco e desconstruir o discurso literrio tradicional ao discutir aspectos da teoria e da crtica literria, mas, tambm, para mostrar que as identidades s podem ser construdas num processo contnuo de alteridade. , tambm, atravs do resgate da tradio e de um dilogo contnuo com a Histria portuguesa que o romance desmitifica tanto os mitos do passado quanto os do presente, desvelando verdades ocultas e aspectos culturais enraizados no imaginrio portugus, responsveis pela construo da identidade nacional. Entretanto, nesse resgate que, em qualquer caso, funciona como discurso de resistncia pela afirmao da historicidade, no h uma negao e sim uma afirmao da hibridez cultural que integra a nao portuguesa. Assim, a obra busca preservar o que singulariza Portugal em oposio a uma possvel e indesejada identidade global.
Resumo:
Este estudo pretendeu ler Carlos Drummond de Andrade num outro contexto cultural, procurando avaliar, atravs dessa leitura, a recepo de sua obra para alm do cenrio crtico-literrio brasileiro. Desse modo, buscou-se novas perspectivas para a interpretao da potica de um dos autores mais representativos da poesia brasileira do sculo XX. A inteno foi verificar como o poeta tem sido acolhido pelo pblico, pelos seus pares e pela crtica especializada portuguesa, bem como a ateno que tem merecido da imprensa lusitana em geral, alm de procurar averiguar o espao editorial conferido sua obra em Portugal. Acreditando, contudo, que o exame da recepo da obra de Drummond em Portugal no deve contentar-se somente com as referncias a seu nome nos discursos crticos, geralmente oriundos dos meios acadmicos, tentou-se pensar tambm acerca de sua presena em outras esferas culturais, como nas obras de fico, sobretudo as de poesia, a partir do dilogo estabelecido com alguns poetas portugueses do sculo XX. Nesse sentido, achou-se vlido analisar, por outro lado, tambm a presena de Portugal em Drummond, a partir dos reflexos mais visveis de Cames e Fernando Pessoa em sua obra.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
O jornalismo, entendido como construtor de sentidos sobre a realidade, um discurso que deve representar a diversidade de pensamento da sociedade contempornea. Nesta pesquisa, buscamos responder se os jornais O Globo e Folha de S. Paulo, principais jornais de referncia no Brasil, tratam de forma equilibrada a pluralidade de vozes para falar sobre o tema da Aids. Usando conceitos da Anlise de Contedo e Anlise do Discurso, realizamos um mapeamento dos temas abordados nos textos e, na seqncia, das fontes de informao, verificando os movimentos de dominncia e silenciamento dos diferentes grupos. Foram analisados 310 textos jornalsticos sobre HIV/Aids, o total publicado nesses dois jornais no ano de 2004. Verificamos que a Aids foi tratada, na maioria das vezes, como uma questo grave de sade pblica que deve ser combatida pelos pases desenvolvidos. Mesmo com o domnio de fontes oficiais, atravs do conceito de enunciador identificamos que as vozes dominantes foram as que cobraram aes dos governos na luta contra a Aids. Registramos o cruzamento de enunciadores nos textos, o que caracterizou a pluralidade de vozes; contudo, a fala das pessoas vivendo com HIV/Aids praticamente no esteve presente nos jornais pesquisados. Desta forma, no houve um equilbrio nas vozes em textos sobre HIV/Aids.
Resumo:
Ao tratarmos da Educao para Surdos, a presente dissertao insere-se no plano de discusso que envolve duas vises diferentes: uma clnica-orgnica e outra scio cultural. Partindo destas vises, encaminhamos apontamentos da Proposta Educacional Bilnge postulando caractersticas que envolvem a alfabetizao do Surdo, quando inserido em padres prprios de sua cultura enfatizando a comunicao atravs da LIBRAS e da escrita de sua lngua natural. Para tanto, buscamos embasamento em ambientes digitais concentrando nosso estudo no aprimoramento de um teclado padro, transformando-o em suporte para a escrita dos sinais. Assim sendo, o objetivo desta dissertao volta-se para a observao de como se d o processo de apropriao da escrita da lngua de sinais e da lngua portuguesa em atividades mediadas por ambientes digitais de aprendizagem. Mostramos que, a partir da abordagem de investigao qualitativa envolvendo trs (3) estudos de casos, sujeitos surdos construram pginas pessoais apropriando-se da escrita dos sinais utilizando o teclado especial na seleo dos smbolos, construindo sinais, frases e textos. Desenvolveram estratgias de escrita de acordo com a LIBRAS estruturando e organizando constituintes fonolgicos, morfolgicos, sintticos e semnticos em suas construes. Constatamos a produo de textos correspondentes com a estrutura de sua prpria lngua e podemos ressaltar que houve aumento do vocabulrio para a lngua portuguesa buscando modelos mais descritivos e explanatrios de comunicao escrita. Evidenciamos, ao final, que a pesquisa realizada proporcionou a abertura para novos campos de investigao, no que se refere a construo e transmisso da escrita dos sinais formalizando acervos culturais e abriram possibilidades de comunicao proporcionando interaes mais significativas entre todos desmistificando as diferenas.
Resumo:
O presente estudo prope-se investigar os debates sobre literatura e questo nacional na imprensa porto-alegrense, entre os anos de 1922 e 1937. Para tanto, pesquisaram-se os jornais Correio do Povo e Dirio de Notcias, bem como as revistas Mscara e Revista do Globo. O objetivo verificar, de uma parte, de que modo a imprensa de Porto Alegre, no referido perodo, percebeu e debateu a literatura sua contempornea, e, de outra, de que modo percebeu e debateu a questo da nacionalidade, da identidade nacional, da brasilidade. Com tal intuito, examina-se, inicialmente, a questo nacional e a literatura no largo perodo anterior, do romantismo s vsperas da Semana de Arte Moderna. Tal exame mostrou-se fundamental para fins de comparao e contraste, em suma, de alicerce para a leitura aqui proposta. O entrelaamento de literatura, questo nacional, histria e sociedade igualmente ensaiado, objetivando um quadro mais completo do momento poltico, social e cultural do perodo. Os resultados evidenciam a permanncia do debate sobre a questo nacional, desde o romantismo brasileiro, no significando, contudo, continuidade invarivel de respostas s questes em pauta. Grosso modo, um ufanismo legitimador e um pessimismo reformista so as posies dominantes e em disputa. A partir de 1924, com a virada nacionalizante dos modernistas, uma nova espcie surge: um ufanismo reformista, que ser a tnica desses anos aqui estudados.
Resumo:
Esta pesquisa, filiada Anlise de Discurso de linha francesa, trata da designao. Neste trabalho, nos perguntamos o que designar, quais so as conseqncias histricas e sociais que decorrem deste ato que repetimos infinitas vezes. Esta , essencialmente, a questo que nos move durante este trabalho. Como tema de investigao, nosso olhar se volta para as designaes que so conferidas aos estrangeiros e imigrantes pela Imprensa. Portanto, os gestos de anlise recortam os enunciados e a imprensa tomada, terica e analiticamente, como uma Formao Discursiva que constri um imaginrio de Brasil e determina a (in)aceitabilidade do sujeito. Em seu interior se delineiam jogos de foras (e de sentidos), produzidos pelo entrecruzamento das diferentes posies-sujeito. Assim, designar o estrangeiro como clandestino ou a boliviana, por exemplo, no um gesto destitudo de conseqncias. Delimitamos como pertencentes Formao Discursiva da Imprensa os jornais: Zero Hora, Folha de So Paulo, Agora, So Paulo Shimbun, Nippo-Brasil e Portugal em Foco, bem como a revista Marie Claire. Este trabalho se baseia em um critrio qualitativo, que privilegia a condio de representatividade dos textos em estudo. a discursivizao do estrangeiro e do imigrante que confere unidade s diferentes publicaes, tomadas como corpus heterogneo, em virtude dos comprometimentos ideolgicos dos rgos de imprensa. Nossa fundamentao terico-metodolgica tem como suporte os pressupostos tericos desenvolvidos por Pcheux e Courtine, bem como as significativas contribuies tericas de Orlandi e Guimares. Alm disso, realizamos um profcuo percurso pelos pensamentos filosficos de Aristteles, Spinoza e Frege, sempre considerando suas contribuies sob o vis do materialismo histrico. Esse dilogo com o campo da Filosofia se mostra essencial para a realizao das anlises e nos permite responder s questes a que nos propusemos. E assim, consideramos que a tradicional diviso entre designao e atributo no mais se mantm, pois ambos constituem, igualmente, o cerne de um processo discursivo que constri (e determina) a subjetividade.