47 resultados para Hormônios Peixes
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Durante o resgate do material arqueolgico dos stios da regio de Piratuba, SC, e de Aratiba, Machadinho e Maximiliano de Almeida, RS, rea de influncia da Usina Hidroeltrica de Machadinho, foram observadas grandes quantidades de ossos e escamas de peixes incorporando os restos alimentares encontrados nestes locais. Utilizando uma coleo osteolgica de referncia pudemos identificar restos de Salminus maxillosus Valenciennes, 1850, Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1849), Pogonopoma obscurum Quevedo & Reis, 2002, Hemiancistrus fuliginosus Cardoso & Malabarba, 1999, Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836), Schizodon sp., Leporinus sp., Hoplias sp., Hypostomus sp. e Crenicichla sp. Com base em medies realizadas em exemplares de colees, foram obtidas regresses a partir das dimenses do osso pr-maxilar em Crenicichla spp. e do esporo peitoral em Hemiancistrus fuliginosus, Pogonopoma obscurum e Hypostomus spp. correlacionadas com o comprimento padro e peso dos espcimes. A partir das estimativas de comprimento padro e peso das peas sseas encontradas foi possvel formular hipteses sobre a tecnologia de pesca utilizada pelos habitantes destes stios.
Resumo:
Entre maio de 2001 e janeiro de 2002, foram realizadas coletas sazonais na lagoa Azul, Siderpolis, SC. Esta lagoa formou-se por lavra de minerao de carvo a cu aberto desativada. Foram avaliadas as concentraes de Cr, Mn, Ni, Zn e Fe na gua e no sedimento. Estes metais, exceto o Fe, foram tambm analisados no msculo e no fgado das espcies dos peixes Oreochromis niloticus (tilpia) e Geophagus brasiliensis (acar). O objetivo foi avaliar a qualidade da lagoa, bem como, das espcies de peixes predominantes, devido a preocupao quanto ao consumo potencial das mesmas pela populao do entorno. As anlises do sedimento, quando comparada a locais no contaminados, indicam concentrao elevada para Fe, Mn, Cr e Zn. No compartimento gua as concentraes de Fe, Mn e Ni esto acima do estabelecido para a classe 2 da Resoluo CONAMA 20/86. Conforme anlise estatstica, em ambos os compartimentos abiticos ocorrem diferenas significativas entre os 4 pontos amostrados, porm diferena sazonal ocorre somente para o compartimento gua. O contedo de metais em peixes no apresenta diferena significativa entre as espcies analisadas, todavia entre os diferentes tecidos analisados, o fgado apresentou a maior concentrao em ambas as espcies. Atravs das anlises do msculo (parte comestvel), foi possvel avaliar o risco sade humana. Segundo a estimativa da ingesto diria, os peixes analisados no propiciam risco aparente de contaminao populao do entorno, conforme os critrios adotados para o teor dos metais avaliados.
Resumo:
A regio de So Jos dos Ausentes (planalto sul-riograndense), onde se situa o rio Silveira pertencente a cabeceira do rio Pelotas (bacia do rio Uruguai), caracteriza-se por uma ictiofauna composta de espcies endmicas e vrias espcies novas ainda no descritas. O conhecimento referente a estrutura trfica da ictiofauna desta regio ainda inexistente, motivo pelo qual este trabalho teve com objetivo caracterizar a biologia alimentar das espcies de peixes encontradas no rio Silveira. O perodo de amostragem iniciou em julho de 2000 e concluiu-se em julho 2001. Os indivduos foram capturados mensalmente atravs de redes de espera (malhas 1,5 cm entrens) e pus, em ambientes de corredeiras e remansos. Foram encontradas seis espcies de peixes neste trecho do rio Silveira: Astyanax sp. n. 4 (Characidae), Eurycheilichthys pantherinus (Loricariidae), Hemipsilichthys sp. n. I (Loricariidae), Cichlasoma facetum (Cichlidae), Rhamdia sp. (Pimelodidae) e Bryconamericus sp. n. 1 (Characidae). O contedo estomacal foi identificado para cada uma destas espcies, sendo somente analisado atravs do mtodo de freqncia de ocorrncia, composio percentual e pelo clculo do ndice de importncia alimentar para as trs espcies mais freqentes e abundantes. Dentre os itens encontrados destacam-se para Astyanax sp. n. 4 matria vegetal e Ephemeroptera; para Eurycheilichthys pantherinus larvas de Diptera Simulidae e Ephemeroptera; e em Hemipsilichthys sp. n. I detritos, onde se verificou a presena de diatomceas e cloroftas. O clculo do coeficiente de sobreposio alimentar no apresentou valor significativo para estas trs espcies. As demais espcies apresentaram os seguintes itens em sua dieta, Cichlasoma facetum larvas de Tricoptera, Ephemeroptera, Gastropoda e insetos alctones; Rhamdia sp. escamas, Gastropoda, larvas de Lepidoptera, Tricoptera, Ephemeroptera, sementes, matria vegetal, sedimento; e Bryconamericus sp. n. 1 larvas de Diptera (Simulidae, Psychodidae, Chironomidae), larvas de Tricoptera, Ephemeroptera, Diatomceas, Cloroftas, Diptera adulto, Hymenoptera, Coleoptera. Esta dieta sugere os seguintes hbitos alimentares para Astyanax sp. n. 4 onvoro, Eurycheilichthys pantherinus insetvoro, Hemipsilichthys sp. n. I detritvoro, Cichlasoma facetum insetvoro, Rhamdia sp. onvoro, e Bryconamericus sp. n. 1 insetvoro.
Resumo:
A manipulao neonatal um modelo experimental utilizado para avaliar o modo pelo qual interferncias precoces na vida do animal podem alterar funes neuroendcrinas e comportamentos na vida adulta. O procedimento de manipulao neonatal, alm de alterar a atividade do eixo hipotlamo-hipfise-adrenal (eixo HPA) em ratos machos e fmeas, pode causar profundas mudanas na funo reprodutiva de ratas adultas. De fato, h evidncias de que a manipulao neonatal diminui a atividade do eixo HPA atravs da reduo da sntese e secreo de hormônios que so liberados quando os animais so expostos ao estresse na vida adulta e, alm disso, induz presena de ciclos anovulatrios e diminui a receptividade sexual de ratas. Considerando essas alteraes induzidas pela manipulao neonatal que so relacionadas funo reprodutiva de ratas, essa tese teve por objetivo estudar as possveis causas da alterao no comportamento sexual e ovulao induzidas pela manipulao neonatal. Para isto, alm de estudar o perfil hormonal desses animais, o que incluiu os esterides gonadais, as gonadotrofinas e a prolactina (PRL) em diferentes fases e horrios do ciclo estral, o contedo do hormnio liberador de gonadotrofinas (LHRH) em algumas regies do sistema nervoso central (SNC) e na eminncia mediana (EM); foi avaliada a possvel participao do sistema angiotensinrgico central, atravs da anlise da densidade dos receptores de angiotensina II (Ang II) pela tcnica de auto-radiografia, na mediao dos efeitos da manipulao neonatal sobre a funo do eixo hipotlamo-hipfise-gnada (eixo HPG) e do eixo HPA. O presente estudo confirmou dados obtidos em nosso laboratrio sobre a reduo do comportamento sexual e da ovulao em ratas manipuladas no perodo neonatal. Na tarde do proestro, perodo no qual ocorrem os eventos necessrios para a ovulao na prxima fase do ciclo estral, os resultados mostram que os animais do grupo manipulado tm reduo significativa da concentrao plasmtica de estradiol, de gonadotrofinas e de PRL, assim como um aumento no contedo de LHRH na rea pr-ptica medial (APOM). A manipulao neonatal tambm reduziu a concentrao plasmtica de progesterona analisada aps o coito que pode ser decorrente da reduzida estimulao vaginocervical recebida por essas ratas, j que houve uma reduo significativa da freqncia de intromisso realizada pelo macho sobre as ratas do grupo manipulado. A densidade de receptores de Ang II na APOM e no ncleo paraventricular do hipotlamo (PVN) tambm foi alterada pela manipulao neonatal, pois houve reduo significativa na densidade desses receptores nessas duas regies. Em concluso, a manipulao neonatal reduz profundamente a atividade do eixo HPG e essa alterao causada por modificaes nas concentraes de estradiol no plasma que, por sua vez, pode alterar a secreo de LHRH, de gonadotrofinas e de PRL, comprometendo dessa maneira a ovulao e a receptividade sexual. Contribuindo para os efeitos deletrios da manipulao neonatal sobre a funo reprodutiva em ratas, este procedimento pode alterar a implantao do blastocisto devido reduo da secreo de progesterona observada aps o coito no grupo manipulado. Alguns dos efeitos da manipulao neonatal parecem ser mediados pelo sistema angiotensinrgico central, como o aumento do contedo de LHRH na APOM e a diminuda resposta do eixo HPA observada em animais manipulados submetidos a situaes estressantes na vida adulta.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivos caracterizar e comparar a ictiofauna da praia das Pombas e da lagoa Negra no que diz respeito composio, ocorrncia, abundncia e diversidade de espcies, relacionando estes fatores com os parmetros ambientais, tais como temperatura da gua, pluviosidade e fotoperodo. Estes ambientes esto localizados no Parque Estadual de Itapu, situado no municpio de Viamo, Rio Grande do Sul. A praia das Pombas banhada pelo lago Guaba e se caracteriza por ser um ambiente aberto, apresentar fundo arenoso e guas rasas. J a lagoa Negra, apresenta uma pequena comunicao com a laguna dos Patos e tem como principais caractersticas suas guas escuras devido a grande quantidade de matria orgnica em suspenso que torna a gua cida e pela grande quantidade de macrfitas aquticas. As coletas foram realizadas mensalmente, entre junho de 2002 e julho de 2003. Os indivduos foram coletados com o auxlio de picar e redes de espera, sendo estabelecido um ponto de coleta em cada um dos ambientes. Foram capturados 2160 indivduos na praia das Pombas pertencentes a 44 espcies, onde 14 foram consideradas constantes, 5 acessrias e 26 acidentais. Dentre as espcies mais abundantes e freqentes na praia das Pombas destacam-se Astyanax fasciatus, A. jacuhiensis, Cyanocharax alburnus, Cyphocharax voga, Pachyurus bonariensis e Rineloricaria strigilata. Na lagoa Negra, foram capturados 15.557 indivduos, distribudos em 44 espcies, onde 21 foram consideradas constantes, 8 acessrias e apenas 15 acidentais. As espcies Astyanax eigenmanniorum, A. jacuhiensis, Cheirodon ibicuhiensis, C. interruptus, Cyanocharax alburnus, Cyphocharax voga, Hisonotus nigricauda, Hyphessobrycon bifasciatus, H. luetkenii e Pseudocorynopoma doriae foram as mais freqentes e abundantes neste ambiente Temporalmente a maior abundncia, tanto em nmero de espcies quanto em biomassa, ocorreu nos meses referentes primavera e ao vero, nos dois locais amostrados, sendo os menores valores encontrados nos meses onde a temperatura foi mais baixa. As diversidades numricas e por biomassa tambm foram mais elevadas nos meses quentes. A praia das Pombas mostrou-se significativamente mais diversa quanto ao nmero de indivduos, devido a equitabilidade entre as espcies, enquanto a lagoa Negra apresentou uma maior dominncia e menor diversidade devido a grande abundncia de algumas espcies. Quanto diversidade por biomassa, a lagoa Negra foi significativamente mais diversa, uma vez que nas Pombas, houve grande dominncia de algumas espcies em relao ao peso. Foram estimados, ainda, alguns aspectos relacionados aos parmetros populacionais como proporo sexual e dimorfismo entre o tamanho de machos e fmeas para as espcies mais abundantes e freqentes. Na praia das Pombas, apenas as populaes de C. voga e P. bonariensis apresentaram proporo sexual diferente de 1:1 e as espcies de A. fasciatus e A. jacuhiensis apresentaram dimorfismo sexual, com fmeas maiores que os machos. Na lagoa Negra, as espcies A. eigenmanniorum, C. ibicuhiensis e H. luetkenii mostraram diferenas quanto proporo de machos e fmeas. As espcies C. Ibicuhiensis e C. voga apresentaram dimorfismo sexual quanto ao tamanho. A utilizao do picar e das redes de espera neste estudo possibilitou a captura de indivduos de diferentes classes de comprimento, sendo os menores indivduos capturados com o picar e os maiores, com as redes de espera. O picar mostrou-se mais eficiente quanto ao nmero de espcies e de indivduos capturados tanto na praia das Pombas quanto na lagoa Negra, sendo mais representativo neste ltimo ambiente. A partir dos resultados encontrados neste trabalho, pode-se concluir que ocorre sazonalidade no padro de distribuio das comunidades cticas em questo. O aumento da diversidade e da abundncia nos perodos mais quentes do ano pode ser resultado da maior atividade reprodutiva das espcies ou do aumento na disponibilidade de alimento neste perodo.
Resumo:
A amgdala medial (AMe) um ncleo superficial do complexo amigdalide e que ocupa seu aspecto rostromedial. A AMe modula uma srie de comportamentos alm de modular a memria e o aprendizado associado a estmulos olfativos e visuais. Em ratos uma estrutura sexualmente dimrfica e est dividida em quatro subncleos: ntero-dorsal (AMeAD), ntero-ventral (AMeAV), pstero-dorsal (AMePD) e psteroventral (AMePV). A AMe apresenta clulas com caractersticas morfolgicas variadas e receptores para hormônios gonadais amplamente distribudos entre todos os seus subncleos, mas principalmente na AMePD. O presente trabalho teve por objetivo estudar a ao dos esterides sexuais na densidade de espinhos dendrticos na AMePD de ratas ovariectomizadas e se sua ao pode ser mediada pelos receptores do tipo NMDA. Para tanto, foram utilizadas ratas Wistar adultas (n = 6 por grupo experimental, descritos a seguir) que foram ovariectomizadas e injetadas com veculo oleoso (O; 0,1ml s.c.); benzoato de estradiol (BE; 10g/0,1ml s.c.); benzoato de estradiol e progesterona (BE+P; 10g/0,1ml e 500g/0,1ml s.c.). Adicionalmente, foram estudadas fmeas ovariectomizadas e que receberam benzoato de estradiol e salina (BE+S; 10g/0,1ml s.c. e 0,2 ml i.p.) ou benzoato de estradiol e LY235959, antagonista especfico dos receptores do tipo NMDA para o glutamato (BE+LY235959; 10g/0,1ml s.c. e 3mg/Kg i.p.). Todas as injees foram feitas ao longo de 4 dias. Cinco horas aps a ltima injeo, os animais foram anestesiados e submetidos tcnica de Golgi do tipo single-section. Os encfalos foram seccionados em vibrtomo e os cortes foram colocados, aps fixao, em soluo de bicromato de potssio e, a seguir, em nitrato de prata. Neurnios bem impregnados e indubitavelmente presentes na AMePD foram selecionados para estudo. Os espinhos presentes nos primeiros 40 m dendrticos foram desenhados com auxlio de uma cmara clara acoplada a microscpio ptico em aumento de 1000X. Cada animal teve 8 ramos dendrticos selecionados, um por neurnio diferente, perfazendo 48 ramos ao total em cada grupo experimental. Os valores obtidos foram submetidos anlise de varincia (ANOVA) de uma via e ao teste post hoc de Bonferroni (primeiros 3 grupos) ou ao teste t de Student no-pareado (ltimos 2 grupos), ambos com = 5%. Os resultados indicaram que as ratas que foram ovariectomizadas e tratadas com O, BE e BE+P apresentaram uma diferena estatisticamente significante entre si [F(2,143) = 104,24; p < 0,001]. Os grupos BE e BE+P (mdia epm = 1,91 0,04 e 2,67 0,05, respectivamente) apresentaram maior densidade de espinhos dendrticos na AMePD quando comparados ao grupo controle injetado com leo (1,60 0,05; p < 0,001). Adicionalmente, nos grupos BE+S e BE+LY235959, a densidade de espinhos dendrticos diminuiu no grupo que recebeu o antagonista dos receptores do tipo NMDA (2,02 0,04) em relao ao que recebeu salina (2,15 0,04; p = 0,04). O presente estudo sugere que a densidade de espinhos dendrticos na AMePD afetada pelos hormônios gonadais femininos, sendo que a progesterona potencializa o efeito do estradiol. De forma muito interessante, a ao do estradiol parece ocorrer, pelo menos em parte, pela interao com receptores do tipo NMDA. Esses resultados podem contribuir para o entendimento da plasticidade morfolgica e sinptica representada pela densidade de espinhos dendrticos na AMePD, a qual parece ser mediada pelos esterides sexuais e em rea do sistema nervoso relacionada com a modulao de comportamento reprodutivo feminino.
Resumo:
Sucessivos barramentos ao longo de um rio impedem a migrao, fenmeno caracterstico de algumas espcies de peixes. Essa interrupo pode provocar a extino local de espcies migratrias de peixes e acentuada queda da produo pesqueira. Mecanismos de Transposio para Peixes (MTP) so estruturas capazes de mitigar os efeitos negativos desses barramentos, possibilitando a transposio segura dessas espcies atravs dos barramentos. Esta pesquisa visou a compreenso do funcionamento de um MTP conhecido como escada para peixes do tipo ranhura vertical. Para tanto, foram realizados experimentos em uma estrutura de laboratrio, geometricamente semelhante Escada de Peixes do tipo Ranhura Vertical do reservatrio da UHE de Igarapava/MG. Foram realizados experimentos em diversas vazes para a verificao do regime de escoamento ao longo da estrutura e para a determinao dos parmetros hidrulicos de vazo adimensional, de coeficiente de descarga e de coeficiente de cisalhamento, que foram comparados aos encontrados na bibliografia. Por meio desses ensaios foi possvel sugerir equaes simplificadas para esses parmetros Tambm foram executados ensaios a vazo constante para gerar mapas de distribuio de velocidades mdias e de presses dentro de um tanque da estrutura. A vazo constante tambm foram medidos valores de altura de lmina dgua ao longo de dois eixos de um tanque e realizadas visualizaes do escoamento por meio do uso de traadores. Os resultados puderam demonstrar a existncia de um jato e de duas zonas de recirculao de gua, esquerda e direita do tanque, assim como a alta variao de valores de presses no jato e a existncia de velocidades no sentido vertical, principalmente na zona de recirculao esquerda do tanque.
Resumo:
Fcies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternrios ocorrem na Plancie Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fcies expostas na plancie costeira apresentam uma composio essencialmente siliciclstica, as fcies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composio carbontica. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fcies destacam-se do fundo ocenico como altos topogrficos submersos. Os altos topogrficos da antepraia tm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da rea de estudo. Os bioclastos carbonticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associao Heterozoa, ou seja, so formados por carbonatos de guas frias, caractersticos de mdias latitudes, e so representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, aneldeos, crustceos decpodos, restos esqueletais de peixes sseos e cartilaginosos, cetceos, tartarugas e aves semelhantes fauna atual. Alm destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrncia de fragmentos orgnicos provenientes de afloramentos continentais fossilferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnvora e Rodentia. A concentrao dos bioclastos na praia resultada da ao direta dos processos hidrodinmicos que atuam na regio de estudo (ondas de tempestade, deriva litornea, correntes, etc). A variao no tamanho mdio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa est relacionada ao limite da ao das ondas de tempestades sobre o fundo ocenico, o qual controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocnicos e pleistocnicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocnicos permite argumentar que aps o penltimo mximo transgressivo que resultou na formao do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depsitos lagunares permaneceram emersos e no estiveram sob a ao marinha (barrancas do arroio Chu, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depsitos lagunares esteve sob ao direta do ambiente praial. Em diversas feies submersas observam-se coquinas contendo fsseis de mamferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria so aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqncia da ltima regresso pleistocnica (iniciada aps o mximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposio subarea. Este fato possibilitou a dissoluo diferenciada dos componentes carbonticos existentes nos depsitos (coquinas e arenitos) e sua recristalizao (calcita esptica) em ambientes saturados em gua doce. A Transgresso Ps-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsvel pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonticos. Devido ao seu grau de consolidao estes depsitos resistiram eroso associada elaborao da superfcie de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos h 8 ka houve novamente um perodo favorvel precipitao de carbonato de clcio, ocorrendo a litificao de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimtrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos no recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretao da tafonomia dos bioclastos de idade holocnica sugere pelo menos duas fcies deposicionais: (a) Fsseis articulados numa matriz areno-sltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ao de ondas. (b) Fragmentos de carapaas e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita esptica, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentao por ondas de tempestades. A dinmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente eroso e constituem os altos topogrficos submersos (parcis) descritos neste trabalho.
Resumo:
Foram utilizados metais pesados e colimetrias como indicadores biolgicos, na avaliao da qualidade do pescado artesanal do Lago Guaba, localizado junto regio metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), visando oferecer subsdios para discusso da qualidade de vida dos pescadores artesanais, de suas famlias e dos consumidores deste pescado, bem como fundamentar decises de polticas pblicas. Exemplares de, Leporinus obtusidens (Characiformes, Anostomidae) (Valenciennes, 1847) Piava (denominao local) e de Pimelodus maculatus (Siluriformes, Pimelodidae) (Lacpde, 1803), Pintado (denominao local), foram capturados por pescadores cooperativados, em trs pontos do referido Lago a saber: Delta do Jacu, Canal de Navegao e Lagoa. As amostras foram colhidas entre junho de 2000 a setembro de 2001. Foram avaliadas, quanto a presena de mercrio, 27 exemplares de Leporinus obtusidens e 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de mercrio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica e, excetuando-se duas amostras de Piava, os nveis de mercrio estavam abaixo de 0,5g/g, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes no predadores. A mdia encontrada nos Pintados (0,216 mg/kg) significativamente maior (p<0.001), quando comparada das Piavas (0,094 mg/kg). Presume-se como hiptese o fato dos Pintados serem peixes de nvel trfico elevado e as Piavas, por sua vez, de nvel trfico baixo. Tambm foram avaliadas, quanto a presena de arsnio, 27 amostras de Leporinus obtusidens 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de arsnio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica. Os nveis encontrados estavam abaixo de 1,0 mg/kg, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes e seus produtos. A mdia encontrada nos Pintados foi de 0,142 mg/kg e nas Piavas de 0,144 mg/kg. Na mesma ocasio, foram avaliadas quanto a presena de coliformes totais, fecais e Escherichia col, 43 amostras de Leporinus obtusidens e 43 de Pimelodus maculatus. Os nveis colimtricos totais e fecais foram determinados segundo Brasil. Ministrio da Agricultura (1992), utilizando-se a tcnica dos Nmeros Mais Provveis. A presena de E. coli foi confirmada pelo teste do Indol. A mdia dos coliformes fecais significativamente maior nos Pintados quando comparado com as Piavas (p = 0,043). Em relao a E. coli existe diferena significativa entre a Piava e o Pintado (p=0,040). O Pintado significativamente mais contaminado que a Piava. Das Piavas analisadas 4,65 % estavam acima dos nveis permitidos pela legislao brasileira para coliformes fecais e dos Pintados, 11,62 % das amostras tambm estavam fora destes limites. Em 23,25 % das amostras de Piava e 44,18% de Pintados foi constatada a presena de E. coli. No houve diferena nos resultados quanto aos pontos de captao do pescado. Os valores encontrados no presente trabalho indicam a necessidade de maior ateno s boas prticas de higiene desde a captura, manipulao e processamento do pescado, preservando-se o ambiente e as condies sociais, culturais e mesmo artesanais envolvidas.
Resumo:
Neste trabalho so abordados aspectos da biologia reprodutiva como o perodo reprodutivo, fecundidade e presena de caracteres sexuais secundrios de duas espcies do gnero Bryconamericus, que so tetragonopterneos pertencentes famlia Characidae. O gnero distribui-se desde a Costa Rica at o Oeste da Argentina por uma variedade de ecossistemas de gua doce. Foram feitas coletas mensais nos rios Vacaca e Ibicu no Rio Grande do sul, entre abril de 2001 e maro de 2002, utilizando redes do tipo picar. Os animais capturados foram fixados em formol 10% e, em laboratrio, foram medidos, pesados, separados por sexo e dissecados para a retirada e pesagem de gnadas, estmago e fgado. A partir destes dados, foram calculados os ndices gonadossomtico, de repleo estomacal e hepatossomtico. As gnadas foram identificadas macro e microscopicamente quanto ao estdio de maturao. O perodo reprodutivo de B. iheringii compreende os meses de setembro e outubro e o de B. stramineus, os meses de outubro, novembro e fevereiro. O teste de correlao no paramtrico de Spearman no demonstrou significncia entre as mdias de IGS das duas espcies e os fatores biticos e abiticos, com exceo dos valores de IGS de machos de B. stramineus e os valores do fotoperodo, que mostraram haver correlao A fecundidade absoluta, estimada a partir da contagem total dos ovcitos vitelinados teve uma mdia de 933,71 ovcitos para B. iheringii e de 371,3 ovcitos para B. stramineus. A fecundidade relativa mdia para B. iheringi foi de 0,36 ovcitos por mg de peso total e para B. stramineus foi de 0,35. Os caracteres sexuais secundrios analisados foram a presena de ganchos nas nadadeiras plvicas e anal dos machos, cuja presena e freqncia foi estimada de acordo com os diferentes estdios de maturao gonadal, com o ms analisado e por classes de comprimento padro. Em ambas espcies observa se maior incidncia de ganchos desenvolvidos em machos no estdio em maturao e de ganchos bem desenvolvidos em machos maduros. A anlise mensal mostra um predomnio de ganchos bem desenvolvidos nos meses correspondentes ao perodo reprodutivo, para ambas as espcies. De acordo com as classes de comprimento, ganchos bem desenvolvidos foram encontrados sempre nos indivduos maiores. Durante a pesquisa foi observada tambm, a presena de uma glndula na regio anterior do primeiro arco branquial, outro caracter sexual secundrio, que est sendo registrado pela primeira vez para essas duas espcies.
Resumo:
O hipotireoidismo uma doena que tem grande impacto sobre o metabolismo basal dos tecidos, reduzindo o consumo de O2 e gerao de energia. Por essa razo, a sua relao com a produo de espcies ativas de oxignio (EAO) extremamente importante, uma vez que com a diminuio da utilizao de O2, possivelmente, ocorra uma reduo na gerao das EAO. Portanto, trabalhamos com a hiptese de que havendo decrscimo na sntese de radicais livres, o dano oxidativo ficaria menos evidente nos diferentes tecidos de hipotireoideos. Foram utilizados ratos Wistar, pesando cerca de 170 g divididos em dois grupos distintos: hipotireoideos e eutireoideos. O hipotireoidismo foi induzido pelo procedimento cirrgico denominado de tireoidectomia. Cabe salientar, que os animais eutireoideos foram submetidos somente simulao da cirurgia (sham operated). Transcorridas quatro semanas da tireoidectomia, os ratos tiveram seu sangue coletado e seus rgos (corao e fgado) removidos. Foram feitas anlises bioqumicas do dano oxidativo atravs da medida da lipoperoxidao (TBA-RS e Quimiluminescncia) e da oxidao das protenas (dosagem das carbonilas). Medidas de defesas antioxidantes enzimticas (atividade e concentrao das enzimas catalase, superxido dismutase, glutationa peroxidase e glutationaStransferase) e no enzimticas (atravs da medida da capacidade antioxidante total -TRAP) tambm foram realizadas. Os resultados, da quantificao da lipoperoxidao, demonstraram a diminuio das cifras de TBA-RS e Quimiluminescncia no sangue e tecido cardaco dos ratos tireoidectomizados em relao ao grupo eutireoideo. No entanto, no tecido heptico no houve alterao deste parmetro. A oxidao das protenas tambm foi menor no plasma dos animais hipotireoideos. Por outro lado, o TRAP e a atividade das enzimas antioxidantes se apresentaram em declnio no grupo hipotireoideo em relao ao grupo eutireoideo, no miocrdio e nos eritrcitos. Todavia, no tecido heptico, somente a catalase demonstrou decrscimo da atividade cataltica nos hipotireoideos. As concentraes das enzimas antioxidantes superxido dismutase e glutationaStransferase, medidas por Western Blott, foram menores no corao e sangue, e inalteradas no fgado. Esses resultados sugerem que o estado hipometablico, causado pela deficincia dos hormônios da tireide, pode levar reduo dos danos oxidativos aos lipdeos e s protenas. Entretanto, no podemos afirmar que o estresse oxidativo dos animais hipotireoideos seja inferior aos eutireoideos, porque as defesas antioxidantes tambm esto reduzidas nestes animais.
Resumo:
Este trabalho descreve comparativamente o ciclo reprodutivo de duas espcies de Cheirodontinae: Compsura heterura, com inseminao, e Odontostilbe sp., de fecundao externa e analisa a sua relao com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios, como ganchos da nadadeira anal e glndula branquial. Espcimes de Compsura heterura foram obtidos no rio Cear Mirim, Rio Grande do Norte, entre abril de 2001 e abril de 2002 e de Odontostlbe sp. no rio Ibicu Mirim, Rio Grande do Sul, entre abril de 2001 e maro de 2002. O perodo reprodutivo, estabelecido atravs da variao mensal dos valores mdios do ndice gonadossomtico (IGS) e anlise histolgica das gnadas, estendeu-se de janeiro de 2001 a abril de 2002 em C. heterura. Odontostilbe sp. apresentou dois perodos reprodutivos, o primeiro durante setembro e outubro de 2001, e o segundo entre janeiro e fevereiro de 2002. A temperatura, em machos e fmeas, e pluviosidade, somente nas fmeas, foram os fatores determinantes no desencadeamento do processo reprodutivo em C. heterura, uma vez que os mesmos apresentaram correlaes significativas com a variao do IGS. J em Odontostlbe sp., de regio subtropical, o fotoperodo foi o fator que apresentou a maior correlao. A fecundidade absoluta mdia de C. heterura foi de 434 + ou - 112 ovcitos e a fecundidade relativa mdia de 0,55 ovcitos por mg de peso total, semelhante a de outros queirodontneos com fecundao externa. A fecundidade absoluta mdia de Odontostlbe sp. foi mais elevada, variando de 722 + ou - 179 ovcitos no primeiro perodo reprodutivo (setembro e outubro) e 869+ ou - 222 ovcitos no segundo perodo (janeiro e fevereiro), e a fecundidade relativa mdia de 0,71 e 0,89 ovcitos por miligramas de peso em cada um dos perodos. As fases de ovognese e espermatognese so discutidas e caracterizadas a fim de auxiliar na classificao microscpica dos estdios de maturao gonadal. Fmeas de C. heterura em maturao apresentaram espermatozides nos ovrios, indicando que a inseminao pode ocorrer antes do perodo reprodutivo e que fmeas so receptivas a corte antes da maturao. Machos das duas espcies apresentam gnadas ativas e espermatozides mesmo fora da poca de reproduo, estando permanentemente aptos a fecundao. Odontostilbe sp. apresenta espermatozides com o ncleo arredondado, tpico de espcies de fecundao externa, e C. heterura possui espermatozides com ncleo alongado, caracterstico de espcies com inseminao. Caracteres de dimorfismo sexual secundrio so mais desenvolvidos na espcie com inseminao (C. heterura) do que na espcie de fecundao externa (Odontostilbe sp.). Os ganchos em C. heterura so longos e finos e mais numerosos nas regies anterior e posterior da nadadeira anal, enquanto que em Odontostilbe sp. os ganchos so pequenos e restritos aos raios anteriores da nadadeira. Em ambas as espcies, machos maduros apresentaram ganchos durante todo o ano, indicando que estas estruturas no so perdidas aps o perodo reprodutivo. As duas espcies apresentam glndula branquial na regio mais ventral do primeiro arco branquial e ainda no segundo arco em C. heterura. Na glndula branquial os filamentos branquiais apresentam-se fusionados por tecido epitelial estratificado, impedindo a circulao de gua e causando a perda da funo respiratria e desenvolvendo clulas cilndricas secretoras entre as Iamelas secundrias. A glndula branquial de C. heterura formada por at 15 filamentos e de Odontostilbe sp. por at 10 filamentos. Machos imaturos e fmeas no desenvolveram esta estrutura, apenas machos em maturao e maduros. O desenvolvimento dos dois caracteres sexuais secundrios examinados (ganchos e glndula branquial) ocorre somente aps o incio da maturao dos testculos, sendo relacionados a maturao gonadal e no ao tamanho dos indivduos.
Resumo:
A amgdala medial (AMe) um ncleo superficial do complexo amigdali-de, ocupando seu aspecto rostromedial. A AMe modula uma srie de comportamen-tos, alm de modular a memria e o aprendizado associado a estmulos olfativos e visuais. Em ratos, uma estrutura sexualmente dimrfica e est dividida em quatro subncleos: ntero-dorsal (AMeAD), ntero-ventral (AMeAV), pstero-dorsal (AMePD) e pstero-ventral (AMePV). A AMe apresenta clulas com caractersticas morfolgicas variadas e receptores para hormônios gonadais amplamente e heterogeneamente distribudos entre todos os seus subncleos. O presente trabalho teve como obje-tivos caracterizar a morfologia dos neurnios dos subncleos AMeAD, AMeAV, AMePD e AMePV de ratas na fase de diestro e verificar a densidade de espinhos dendrticos de neurnios dos subncleos AMeAD, AMePD e AMePV de ratas nas fa-ses de diestro, pr-estro, estro e metaestro. Para tal, foram utilizadas ratas Wistar (N=24) que, aps a identificao da fase do ciclo estral, foram anestesiadas e per-fundidas, tiveram seus encfalos retirados e seccionados (cortes coronais de espes-sura de 100 e 200 m), submetidos tcnica de Golgi. A seguir, os neurnios foram selecionados e desenhados com auxlio de cmara clara acoplada a um fotomicroscpio. Na avaliao da morfologia dos neurnios, observou-se que eles so do tipo multipolar, clulas estreladas e bitufted, sendo encontrados em todos os subncleos da AMe de ratas na fase de diestro alm de clulas com corpos celulares arredondados, fusiformes, piriformes, ovais e com caractersticas piramidais. Para a quanti-ficao da densidade de espinhos dendrticos, foram desenhados os primeiros 40 m de 8 ramos dendrticos de 6 fmeas por fase do ciclo estral e por subregio da AMe. Os resultados da contagem dos espinhos dendrticos foram submetidos a ANOVA de uma via e ao teste de Newman-Keuls. Verificou-se que, em diestro, a densidade de espinhos nas regies AMeAD, AMePD e AMePV, foi maior quando comparada s demais fases do ciclo estral. Alm disso, em diestro, a AMePD apresentou a maior densidade quando comparada com as regies AMeAD e AMePV. O estudo mostrou que os neurnios da AMe de ratas estudadas na fase de diestro apresentaram morfologia variada e a densidade de espinhos dendrticos va-riou na AMeAD, AMePD e AMePV durante o ciclo estral de ratas, especialmente na AMePD. Os resultados obtidos sugerem a plasticidade induzida por esterides se-xuais na morfologia e na fisiologia da AMe de ratas.