2 resultados para Habitar colectivo

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Habitar: lugares ver e intervir com a cidade enfoca uma produção pessoal em Artes Visuais, constituída de intervenções e proposições urbanas que foram desenvolvidas na cidade de Porto Alegre, RS, no período de 2001-2003. Nesta pesquisa, investiga-se como os trabalhos apresentados dialogam com a arte e a cidade contemporâneas e como podem tornar visível e construir o que denominamos um lugar. Considera-se que este lugar se faça quando propositor e passante estabelecem uma comunicação capaz de alterar significativamente as intervenções e proposições. Os trabalhos de Habitar se caracterizam por intervirem discretamente na cidade de Porto Alegre por meio de ações efêmeras que se dirigem para públicos específicos e que objetivam dar visibilidade ao modo como nos relacionamos com o local onde vivemos.

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Baseada na perspectiva teórica do campo dos Estudos Culturais e sócio-históricos sobre o corpo, esta dissertação analisou os significados culturais que os indivíduos atribuíam aos seus corpos e suas vidas cotidianas após terem sido submetidos a amputação e se tornarem usuários de prótese. O material empírico foi coletado através da observação participante, do diário de campo e da entrevista semi-estruturada, realizada numa clínica ortopédica privada, situada em Porto Alegre, especializada na reabilitação e protetização de indivíduos que foram submetidos a amputação. O grupo participante do estudo foi: o fisioterapeuta e o protesista, e por nove pacientes da clínica, homens e mulheres, todos amputados de um membro inferior, com idades variando entre 18 e 82 anos, sendo que apresentavam em comum o fato de terem se tornado amputados após um acidente ou em decorrência da diabete. A pesquisa de campo foi desenvolvida no período de Fevereiro de 2003 a Setembro de 2003, através da participação de sessões de fisioterapia, das reuniões mensais dos grupos de apoio aos amputados, onde foi acompanhado o processo de adaptação à prótese. O estudo consistiu em problematizar os efeitos provocados na vida cotidiana destes indivíduos pelas transformações ocorridas em seus corpos secundários à amputação, bem como aqueles produzidos pelo "acoplamento" com a prótese, buscando tornar visível o processo vivenciado por eles, ou seja, o estranhamento e a naturalização do seu "novo" corpo fabricado pelas tecnologias. A dissertação representa, portanto, as reflexões construídas a partir da investigação desenvolvida especificamente neste grupo, onde o corpo amputado e protetizado foi vislumbrado como algo produzido e ressignificado na cultura, sendo assim moldável, provisório e reinventado continuamente.