50 resultados para Gramática comparada e geral Sintaxe

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Os aprendizes de portugus como segunda lngua ou lngua estrangeira mostram dificuldades no processo de aquisio por vrios motivos. Para coreanos, o sistema de artigos, entre outros fatores gramaticais, um dos fatores que causam dificuldade porque no h artigos na lngua coreana. O presente estudo tem como objetivos principais investigar o processo de aquisio do artigo definido em portugus como segunda lngua por aprendizes coreanos e comparar a realizao do artigo definido por brasileiros e por coreanos no caso de uso opcional. Para isso, discutimos o uso do artigo definido, observamos estudos anteriores sobre a aquisio de artigos e buscamos apoio terico nos conceitos de transferncia, interlngua e variao. Os dados foram gerados longitudinalmente atravs de entrevistas com 6 falantes de coreano aprendendo portugus como segunda lngua em Porto Alegre. Categorizamos as funes do artigo definido em: uso em primeira meno, uso em segunda meno e uso genrico. Em seguida, analisamos as caractersticas e as inadequaes do processo de aquisio e comparamos o uso diante de possessivos e de antropnimos com dados de 2 brasileiros. Os resultados mostram um domnio do artigo zero () por aprendizes coreanos, o que pode estar refletindo uma transferncia do sistema da lngua materna ou a esquiva devido diferena entre o coreano e o portugus e complexidade do prprio sistema. Os resultados tambm sugerem que os participantes ainda estavam na fase inicial de desenvolvimento do sistema de artigos, sendo que o uso mais produtivo do artigo definido ocorreu na contrao com preposies. So discutidas algumas implicaes do estudo para o ensino de portugus como segunda lngua, especificamente, para alunos coreanos.

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Objetivos Avaliamos a incidncia de infeco hospitalar no CTI clnico-cirrgico de um hospital escola no sul do Brasil. Foram utilizadas taxas ajustadas para o tempo de permanncia dos pacientes e para o tempo de exposio aos procedimentos invasivos. Tambm investigamos a influncia da causa bsica de internao (trauma, neurolgico e clnico-cirrgico) nas taxas de infeces. Material e Mtodos Os pacientes internados no CTI Clnico-cirrgico de maro a dezembro de 1999, foram prospectivamente seguidos para a deteco de infeco hospitalar. Para o diagnstico de infeco hospitalar utilizou-se as definies do Centro de Controle e Preveno de Doenas dos EUA (CDC) e as taxas foram calculadas de acordo com a metodologia NNIS (Sistema Nacional de Vigilncia Epidemiolgica). Resultados Foram acompanhados 686 pacientes (4201 pacientes-dia). Ocorreram 125 infeces hospitalares, sendo que a incidncia global foi de 18,2% ou 29,8 infeces por 1000 pacientes-dia. Os stios de infeco mais freqente foram: pneumonia (40%), infeco urinria (24%) e septicemia primria (12,8%). As taxas de infeces hospitalares, associadas aos procedimentos invasivos, foram as seguintes: 32,2 pneumonias por 1000 ventiladores mecnico-dia, 9,7 infeces urinrias por 1000 sondas vesicais-dia e 7 septicemias por 1000 cateteres venosos centrais-dia. A incidncia global de infeco nos pacientes com trauma (26,8) e neurolgicos (20,7%) foi superior quando comparada com o grupo clnico-cirrgico (12,2%), p < 0,001. Concluses Encontramos altas taxas de infeces relacionadas com os procedimentos invasivos neste CTI. A causa bsica de internao influenciou as taxas de infeco, sugerindo a necessidade de analisar-se estratificadamente os pacientes em CTI clnico-cirrgico.

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Reconhecendo que a busca da qualidade no ensino superior se tornou hoje uma preocupao maior dos sistemas educativos de muitos paises tentou-se, neste estudo, compreender este fenmeno, particularmente na forma em que se desenvolveu como componente dos sistemas de avaliao do ensino superior de Brasil e Portugal. Tomando como ponto de partida realidades que manifestam diferentes aproximaes e interpretaes do tema em discusso, formularam-se hipteses de trabalho para considerar o que poder ter influenciado as discusses e negociaes que ocorreram para implantao dos sistemas de avaliao do ensino superior de ambos os pases: por exemplo, o efeito de novas formas de regulao dos sistemas de ensino superior; o grau de autonomia das instituies pblicas de ensino superior; o comportamento e o relacionamento dos Conselhos de Reitores com os governos respectivos; e o funcionamento do mercado e das zonas de influncia econmica (no caso do Brasil, o Mercosul e, no caso de Portugal, a Unio Europia). Tendo em conta estas hipteses, foram analisadas as atas dos Conselhos de Reitores em ambos os pases e feitas entrevistas com diversos atores com o objetivo de compreender de forma comparada os processos que decorreram em ambos os pases em estudo Com base nesta anlise foi possvel concluir que, em ambos os pases, os sistemas de regulamentao do ensino superior influenciaram a implantao dos sistemas de avaliao. Contudo, no Brasil, esta influncia foi caracterizada pelo modelo de controle do Estado, enquanto que em Portugal foi o modelo de superviso estatal que predominou. No que respeita influncia do grau de autonomia das instituies de ensino superior, existem diferenas importantes entre os dois pases: no Brasil, por exemplo, h falta de autonomia enquanto em Portugal a autonomia tem uma expresso importante. Em relao aos Conselhos de Reitores o seu papel foi importante: no Brasil pela sua ausncia e em Portugal por meio de uma participao ativa e decisiva. Em relao ao mercado, foi considerado que tinha alguma importncia na universidade mas que a sua influncia no se fez sentir diretamente no estabelecimento dos sistemas de avaliao do ensino superior. Quanto influncia das zonas econmicas ficou claro que o Mercosul no teve participao na implementao do sistema de avaliao do ensino superior brasileiro. Contudo, a Unio Europia foi uma das razes que levaram o Conselho de Reitores Portugus a iniciar o processo de avaliao nas universidades. Alm de tudo isto, verificou-se que a lgica por trs do desenvolvimento da autonomia e da avaliao foi inversa nos dois pases: no Brasil o ponto de partida foi a avaliao vista como conduzindo autonomia; em Portugal, a autonomia foi o ponto de partida para o desenvolvimento da avaliao.

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Neste trabalho, alm de investigarmos o tipo de representao mental (proposies, imagens ou modelos mentais) utilizado por estudantes de Fsica Geral na rea de Mecnica Newtoniana, tentamos identificar possveis modelos mentais que estes estudantes teriam sobre alguns conceitos fsicos. Baseamos nosso estudo na Teoria dos Modelos Mentais de Johnson-Laird. Estudantes de nvel universitrio foram observados durante dois semestres com o objetivo de determinar o tipo de representao mental que eles teriam utilizado durante o curso, quando resolviam os problemas e as questes propostas nas tarefas instrucionais. Foi realizada uma entrevista no final do curso com a finalidade de encontrar elementos adicionais que nos permitissem inferir modelos mentais sobre conceitos fsicos usados pelos estudantes na elaborao de suas respostas. Os resultados desta pesquisa sugerem a importncia dos modelos mentais na compreenso e uso dos conceitos fsicos. Parece que quanto mais elaborados os modelos mentais, mais facilmente os alunos poderiam compreender situaes e contextos distintos daqueles trabalhados em aula.

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Esta dissertao analisa potencialidades de uso da ferramenta de simulao computacional em atividades de um Armazm Geral. Para tanto, foi realizado um estudo de caso em um Armazm Geral onde se aplicou a ferramenta segundo o mtodo de desenvolvimento de projetos de simulao computacional proposto por Barrnio (2000). O desenvolvimento do projeto de simulao foi, ento, focado na atividade de apanha separao, integrante do sub-processo de separao de pedidos. O substrato terico utilizado envolve uma abordagem sobre a logstica e caracterizao de armazm geral, bem como uma reviso dos conceitos principais da ferramenta de simulao computacional. No desenvolvimento da pesquisa, identificaram-se diversas aplicaes da simulao tanto no armazm geral e terminais de cargas da empresa, quanto na anlise da malha de rotas da empresa. A partir da anlise dos resultados da simulao, em diversos cenrios desenvolvidos e do entendimento sistmico da situao em estudo, identificou-se como oportunidade de melhoria a definio de horrios fixos de parada para descanso ao longo da jornada de trabalho na atividade de apanha separao O desenvolvimento do projeto de simulao computacional contribuiu como instrumento de aprendizagem e tomada de decises sobre a realidade organizacional. Atravs de experimentao no modelo computacional o grupo de trabalho pde testar e mudar seus pressupostos e sua compreenso do mundo real, aprimorando a aprendizagem. Identificou-se ainda, que os armazns gerais dotados de sistema de gerenciamento automatizado apresentam um grande potencial para desenvolvimento de projetos de simulao, principalmente, devido disponibilidade de dados caractersticos destas organizaes.

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Esta pesquisa procurou demonstrar que o aspecto progressivo representa a opo disponibilizada pela lngua portuguesa para que o falante, diante de determinadas situaes, possa se referir apenas ao fragmento manifesto, revelando, assim, o seu desejo de se comprometer somente com a parte da verdade evidenciada pela situao. Quando uma situao apresentada com um verbo de estado, os falantes de lngua inglesa, para atingir o mesmo objetivo, utilizam perfrases dos verbos de estado. Foram selecionados verbos de estado que expressam estados mentais/cognitivos para testar as hipteses, porque a mitigao de comprometimento revelou ser mais claramente observvel em enunciados com este tipo de verbos. Os resultados obtidos evidenciaram que os falantes de ambas as lnguas distinguem situaes completas de incompletas e que optam por mais de uma forma para expressar menor comprometimento, e no somente pela forma do aspecto progressivo quando, aps interpretar uma situao como incompleta, desejam manifestar-se a respeito dela. Os falantes de ambas as lnguas tambm utilizaram formas no perfectivo + perfrase modalizadora e perfrases dos verbos de estado no progressivo. A opo pelo uso destas formas, para ser fiel verdade de sua interpretao da situao como no-completa, indiciou que h uma avaliao de grau de comprometimento por parte do falante. Os resultados apontam para a possibilidade de que o aspecto progressivo atue como um modal epistmico, no obstante o fato de o falante poder expressar comprometimento parcial tambm atravs de outras formas.

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Este trabalho descreve comparativamente o ciclo reprodutivo de duas espcies de Cheirodontinae: Compsura heterura, com inseminao, e Odontostilbe sp., de fecundao externa e analisa a sua relao com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios, como ganchos da nadadeira anal e glndula branquial. Espcimes de Compsura heterura foram obtidos no rio Cear Mirim, Rio Grande do Norte, entre abril de 2001 e abril de 2002 e de Odontostlbe sp. no rio Ibicu Mirim, Rio Grande do Sul, entre abril de 2001 e maro de 2002. O perodo reprodutivo, estabelecido atravs da variao mensal dos valores mdios do ndice gonadossomtico (IGS) e anlise histolgica das gnadas, estendeu-se de janeiro de 2001 a abril de 2002 em C. heterura. Odontostilbe sp. apresentou dois perodos reprodutivos, o primeiro durante setembro e outubro de 2001, e o segundo entre janeiro e fevereiro de 2002. A temperatura, em machos e fmeas, e pluviosidade, somente nas fmeas, foram os fatores determinantes no desencadeamento do processo reprodutivo em C. heterura, uma vez que os mesmos apresentaram correlaes significativas com a variao do IGS. J em Odontostlbe sp., de regio subtropical, o fotoperodo foi o fator que apresentou a maior correlao. A fecundidade absoluta mdia de C. heterura foi de 434 + ou - 112 ovcitos e a fecundidade relativa mdia de 0,55 ovcitos por mg de peso total, semelhante a de outros queirodontneos com fecundao externa. A fecundidade absoluta mdia de Odontostlbe sp. foi mais elevada, variando de 722 + ou - 179 ovcitos no primeiro perodo reprodutivo (setembro e outubro) e 869+ ou - 222 ovcitos no segundo perodo (janeiro e fevereiro), e a fecundidade relativa mdia de 0,71 e 0,89 ovcitos por miligramas de peso em cada um dos perodos. As fases de ovognese e espermatognese so discutidas e caracterizadas a fim de auxiliar na classificao microscpica dos estdios de maturao gonadal. Fmeas de C. heterura em maturao apresentaram espermatozides nos ovrios, indicando que a inseminao pode ocorrer antes do perodo reprodutivo e que fmeas so receptivas a corte antes da maturao. Machos das duas espcies apresentam gnadas ativas e espermatozides mesmo fora da poca de reproduo, estando permanentemente aptos a fecundao. Odontostilbe sp. apresenta espermatozides com o ncleo arredondado, tpico de espcies de fecundao externa, e C. heterura possui espermatozides com ncleo alongado, caracterstico de espcies com inseminao. Caracteres de dimorfismo sexual secundrio so mais desenvolvidos na espcie com inseminao (C. heterura) do que na espcie de fecundao externa (Odontostilbe sp.). Os ganchos em C. heterura so longos e finos e mais numerosos nas regies anterior e posterior da nadadeira anal, enquanto que em Odontostilbe sp. os ganchos so pequenos e restritos aos raios anteriores da nadadeira. Em ambas as espcies, machos maduros apresentaram ganchos durante todo o ano, indicando que estas estruturas no so perdidas aps o perodo reprodutivo. As duas espcies apresentam glndula branquial na regio mais ventral do primeiro arco branquial e ainda no segundo arco em C. heterura. Na glndula branquial os filamentos branquiais apresentam-se fusionados por tecido epitelial estratificado, impedindo a circulao de gua e causando a perda da funo respiratria e desenvolvendo clulas cilndricas secretoras entre as Iamelas secundrias. A glndula branquial de C. heterura formada por at 15 filamentos e de Odontostilbe sp. por at 10 filamentos. Machos imaturos e fmeas no desenvolveram esta estrutura, apenas machos em maturao e maduros. O desenvolvimento dos dois caracteres sexuais secundrios examinados (ganchos e glndula branquial) ocorre somente aps o incio da maturao dos testculos, sendo relacionados a maturao gonadal e no ao tamanho dos indivduos.

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O desempenho do sistema msculo esqueltico pode ser afetado por muitos fatores durante o exerccio. Em indivduos saudveis, o sistema muscular o principal fator limitante da atividade aerbia. O desempenho fsico durante o exerccio em pacientes com Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) pode estar limitado por fatores como fraqueza dos msculos ventilatrios, alterao da mecnica da caixa torcica e tambm pelo metabolismo anaerbio. O objetivo do estudo foi avaliar se existe correlao entre a resistncia muscular ventilatria com a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC. Para determinar a capacidade de resistir trabalho da musculatura ventilatria, realizamos o teste incremental destes msculos proposto por Martyn e col. A capacidade ao exerccio foi determinada pelo teste da caminhada de seis minutos. Foram avaliados onze indivduos com diagnstico clnico de DPOC (VEF1 1.01+/-0.52 L / idade 67+/-12anos). A distncia percorrida no teste de caminha em metros se correlacionou positivamente com resistncia ventilatria, expressa em peso (r=0.72) e com VEF1 (r=0.75). Com base nestes resultados conclui-se que a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC correlaciona-se com resistncia da musculatura ventilatria.

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o presente trabalho aborda a aplicao do mtodo dos elementos de contorno (MEC) para soluo de problemas de flexo linear e geometricamente no-linear de placas semiespessas. Os modelos de placa empregados consideraram a influncia do cisalhamento atravs de teorias de primeira ordem, especificamente as de Mindlin e Reissner. Uma formulao integral unificada dos modelos de placa utilizados desenvolvida para o operador de Navier do problema, onde foram mantidos alguns termos de ordem superior no tensor deformao de Green. A formulao integral do problema de membrana acoplado ao de flexo igualment desenvolvida, levando a um sistema de equaes integrais no-lineares que descreve completamente problemas de placas que envolvem grandes deslocamentos. Estas equaes podem ser particularizadas para problemas de flexo linear e estabilidade elstica. Tendo em vista a necessidade de se considerar derivadas dos deslocamentos translacionais, as equaes integrais correspondentes ao gradiente dos deslocamentos tambm foram deduzidas, caracterizando uma formulao hipersingular. o mtodo empregado para soluo numrica do sistema de equaes integrais foi o mtodo direto dos elementos de contorno. Um tratamento das integrais fortemente singulares presentes nas equaes foi realizado, baseado em expanses assint6ticas dos ncleos. Deste procedimento resulta uma abordagem regularizada que emprega apenas quadraturas padro de Gauss-Legendre.

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A competitividade do mercado tem levado empresas, pressionadas por concorrentes e com recursos limitados, a tomarem aes imediatas para garantir sua sobrevivncia. Os escassos recursos materiais e humanos disponveis necessitam ser investidos na operacionalizao de estratgias bem planejadas que possam garantir a competitividade no curto, mdio e longo prazos. Um erro no posicionamento estratgico pode comprometer de forma bastante significativa uma organizao. Este trabalho apresenta o estudo de caso efetuado em uma empresa de componentes eletrnicos sobre a proposta de utilizao do Planejamento Estratgico na preparao de um modelo geral de mudana de estrutura para Implantao de um Sistema da Qualidade baseado na Norma ISO Srie 9000. Este estudo serve como alerta aos administradores quanto aos riscos e perdas a que podem estar se expondo quando alocam tempo, capital e pessoas, para somente obter o certificado ISO, sem enfatizar o aprendizado decorrente desta certificao. A implantao de um sistema da qualidade passa a ser visto como uma ferramenta e no s com um conjunto de normas que permitem obter um certificado. O estudo possibilitou a constatao, na prtica, das vrias fases que conduzem uma empresa a introduzir em suas atividades o Sistema da Qualidade.

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Holymenia clavigera (Herbst, 1784) e Anisoscelis foliacea marginella (Dallas, 1852) so hempteros pouco estudados que ocorrem no sul do Brasil, sendo pertencentes a tribo Anisoscelidini (Coreidae). Observaes preliminares indicam uma alta coexistncia no uso de suas plantas hospedeiras (passiflorceas), bem como uma total semelhana morfolgica dos ovos e ninfas. Este estudo objetivou descrever a morfologia genrica dos imaturos destes sugadores, bem como suas trajetrias de crescimento, uma vez que a nica diferena aparente entre as espcies uma crescente dilatao da tbia do terceiro par de pernas de A. foliacea marginella. Por no apresentarem as formas das tbias distintas visualmente nos primeiro e segundo nstares, foi feita a morfometria geomtrica destas. Holymenia clavigera (Herbst, 1784) e Anisoscelis foliacea marginella (Dallas, 1852) so hempteros pouco estudados que ocorrem no sul do Brasil, sendo pertencentes a tribo Anisoscelidini (Coreidae). Observaes preliminares indicam uma alta coexistncia no uso de suas plantas hospedeiras (passiflorceas), bem como uma total semelhana morfolgica dos ovos e ninfas. Este estudo objetivou descrever a morfologia genrica dos imaturos destes sugadores, bem como suas trajetrias de crescimento, uma vez que a nica diferena aparente entre as espcies uma crescente dilatao da tbia do terceiro par de pernas de A. foliacea marginella. Por no apresentarem as formas das tbias distintas visualmente nos primeiro e segundo nstares, foi feita a morfometria geomtrica destas. Concomitantemente, alguns aspectos relativos interao com suas plantas hospedeiras foram investigados. Para tanto, foi avaliada a performance em trs maracujs existentes no estado do Rio Grande do Sul, a partir do seguinte delineamento experimental: criao em Passiflora suberosa Linnaeus (tratamento um), em Passiflora misera Linnaeus (tratamento dois), em Passiflora edulis Sims (tratamento trs) e nas trs hospedeiras em conjunto (tratamento quatro). Os dois primeiros maracujs so espcies nativas e silvestres, alm de serem mais semelhantes em tamanho que o terceiro maracuj, nativo e cultivado, que apresenta maior porte. A performance foi mensurada atravs do tempo de desenvolvimento e sobrevivncia ninfal, e tamanho dos adultos. A preferncia alimentar destes coredeos foi testada em trs nveis: 1) em relao s estruturas de P. suberosa (regio apical, folha, caule, boto, fruto verde); 2) em relao aos parmetros espcie e idade dos frutos de P. suberosa e P. misera, uma vez que o fruto foi a estrutura preferida e contm duas fenofases marcadamente distintas e 3) em relao s trs espcies de passiflorceas utilizadas no experimento de performance. Os frutos verdes e violceos de P. suberosa e P. edulis foram tambm avaliados quimicamente quanto ao pH, teor de gua, nitrognio total, carbono orgnico, fenis totais e antocianinas. Paralelamente, um trabalho de campo de 09 de janeiro a 22 de maro de 2003 (intervalos amostrais de quinze dias) visou a determinar as partes de P. suberosa mais utilizadas para alimentao e outras atividades. Por fim, caracterizou-se a morfologia genrica do aparelho bucal e analisou-se por meio de tcnicas histolgicas os tecidos da folha de P. suberosa (parnquima, xilema e floema) e as regies dos frutos (pericarpo e semente) utilizados por ninfas de quinto instar e adultos de ambas as espcies. Os ovos foram idnticos em sua morfologia e ultraestrutura, diferindo apenas na magnitude, sendo maiores aqueles pertencentes a H. clavigera. Proporcionalmente, um nmero maior de processos micropilares foram encontrados nesta espcie. A exceo do alargamento da tbia, que tornou-se conspcuo a partir do terceiro instar e do aspecto das ninfas de quinto instar de um modo geral, os nstares foram tambm idnticos na morfologia, ultraestrutura e colorao. Porm, as trajetrias de crescimento e os coeficientes alomtricos das estruturas mensuradas diferiram significativamente entre as espcies. A forma das tbias de H. clavigera e A. foliacea marginella no foram diferentes no primeiro, mas sim no segundo instar ninfal. Para ambas as espcies, a performance foi superior em P. suberosa quando comparada com P. misera e P. edulis, apenas no diferindo do tratamento misto. A criao em apenas P. edulis resultou na pior performance para ambos os coredeos. No houve efeito do sexo e da espcie de coredeo nas performances. As ninfas de primeiro instar de ambos os sugadores utilizaram mais a regio apical. H. clavigera utilizou preferencialmente os frutos nos demais nstares e no estgio adulto, o que apenas ocorreu em A. foliacea marginella do quarto instar em diante. Os frutos verdes foram selecionados por ambos os coredeos quando em comparao com os violceos, tanto em P. suberosa quanto em P. misera. Contudo, estes no foram selecionados segundo o atributo espcie. Os fenis totais diminuram medida em que o fruto amadurece, ocorrendo o contrrio com as antocianinas. O teor de gua foi tambm maior nos frutos verdes. Quando comparados com P. suberosa, os frutos de P. misera de ambas as idades apresentaram maior teor de carbono orgnico, ocorrendo o contrrio em relao ao nitrognio total. H. clavigera no demonstrou preferncia por nenhuma passiflorcea, e A. foliacea marginella utilizou mais P. misera e P. suberosa em detrimento de P. edulis. Em campo, os frutos verdes e as folhas maduras de P. suberosa foram os substratos mais utilizados para alimentao e descanso, respectivamente, independente da constante abundncia de todas as estruturas. O rostro no apresentou diferenas morfolgicas entre espcies e idades. Os imaturos e os adultos de ambas as espcies utilizaram o xilema na quase totalidade dos casos, raramente fazendo uso do floema. Registrou-se um uso de todas as partes do fruto, incluindo as sementes para ambos os coredeos e estgios. Diante o exposto, o panorama atual aponta para uma grande semelhana morfolgica e ecolgica entre H. clavigera e A. foliacea marginella, que so provavelmente espcies simptricas. A extrema semelhana dos estgios imaturos, adicionada ao semelhante padro de uso de suas hospedeiras aponta para uma alta coexistncia devido parcimnia nas fases imaturas aps a especiao, convergncia evolutiva ou mimetismo Mlleriano.