18 resultados para Enzima conversora da angiotensina Teses
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
A contribuio dos radicais livres na hipertenso est relacionada com a produo do nion radical superxido e sua influncia na ativao da enzima conversora da angiotensina (ECA). Os estrognios tm um potencial antioxidante bastante relevante, uma vez que esse hormnio esteride pode interferir no processo de iniciao da lipoperoxidao (LPO), atuando como scavenger de radicais livres. Foram objetivos deste trabalho avaliar a influncia dos estrognios na LPO, na capacidade antioxidante total (TRAP), na atividade das enzimas antioxidantes e no metabolismo do NO em corao e rins de ratas hipertensas. Procurou-se, ainda, avaliar a progresso temporal do estresse oxidativo sistmico. Foram utilizadas 60 ratas Wistar, divididas em 4 grupos: normotenso controle (NCO), hipertenso controle (HCO), normotenso castrado (NCA) e hipertenso castrado (HCA). Foi induzida a hipertenso renovascular (modelo Goldblatt 2) por 21 dias e, concomitantemente, realizada a ovariectomia. Num grupo de animais, amostras de sangue foram coletadas no 3, 10 e 20 dia. Em outros animais, os coraes e rins foram homogeneizados, no 21 dia. Na avaliao sistmica, a quimiluminescncia (QL) aumentou do 3 para o 21 dia nos grupos HCO, NCA e HCA em relao ao grupo NCO. A atividade da superxido dismutase (SOD) seguiu o mesmo padro de oscilao. Os nveis de nitratos tambm aumentaram no 21 dia nos grupos HCO, NCA e HCA. No entanto, no 3 dia mostraram-se menores que os do grupo NCO.A atividade da catalase (CAT) mostrou-se aumentada no 10 dia nos grupos HCO e HCA em relao aos grupos NCO e NCA. J o TRAP apresentou-se diminudo no 10 dia nos grupos HCO, NCA e HCA em relao ao 3 dia e ao grupo NCO. Nos tecidos, a LPO apresentou-se aumentada no grupo NCA em relao ao grupo NCO e o grupo HCA apresentou-se aumentado em relao aos grupos HCO e NCA . A atividade da SOD em homogeneizado cardaco apresentou-se aumentada nos grupos hipertensos. A atividade da glutationa peroxidase (GPx) em tecido cardaco apresentou-se aumentada no grupo HCO em relao aos grupos NCO e HCA. A atividade da CAT em homogeneizado cardaco apresentou-se aumentada nos grupos HCO e NCA em relao ao grupo NCO. No rim a CAT apresentou-se aumentada nos grupos castrados. A atividade da glutationa S-transferase (GST), em corao e rins, apresentou-se aumentada com a hipertenso. O TRAP apresentou-se, em tecido cardaco, diminudo no grupo HCO e aumentado no grupo HCA. No tecido renal, apenas o grupo NCA apresentou TRAP aumentado. O nvel de nitratos em tecido cardaco apresentou-se menor no grupo HCO e maior no grupo NCA em relao ao grupo NCO. O grupo HCA apresentou-se menor em relao ao grupo NCA. Nos homogeneizados de rins a SOD, a GPx e os nitratos no apresentaram diferenas significativas entre os grupos. Pode-se observar que tanto a hipertenso quanto a castrao induziram um aumento de estresse oxidativo sistmico que progride com o passar do tempo, assim como adaptaes do sistema antioxidante enzimtico e no enzimtico. Nos tecidos, o estresse oxidativo aumentado pela retirada dos estrognios, efeito este potencializado quando concomitante hipertenso. Os dados encontrados neste trabalho confirmam a ao antioxidante dos estrognios.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar o papel do polimorfismo de I/D do gene da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e o polimorfismo K121Q da PC-1 nas modificaes das taxas de filtrao glomerular (TFG), excreo urinria de albumina (EUA) e presso arterial em uma coorte de pacientes diabticos tipo 1 normoalbuminricos (EUA<20g/min) em um estudo com seguimento de 10,2 2,0anos (6,5 a 13,3 anos). A EUA (imunoturbidimetria), TFG (tcnica da injeo nica de 51Cr-EDTA), HbA1c (cromatografia de troca inica) e presso arterial foram medidas no incio do estudo e a intervalos de 1,7 0,6 anos. O polimorfismo I/D e K121Q foram determinados atravs da PCR e restrio enzimtica. Onze pacientes apresentaram o gentipo II, 13 o ID e 6 apresentaram o gentipo DD. Pacientes com o alelo D (ID/DD) desenvolveram mais freqentemente hipertenso arterial e retinopatia diabtica. Os 3 pacientes do estudo que desenvolveram nefropatia diabtica apresentaram o alelo D. Nos pacientes ID/DD (n=19) ocorreu maior reduo da TFG quando comparados com os pacientes II (n=11) (-0,39 0,29 vs 0,12 0,37 ml/min/ms; P=0,035). A presena do alelo D, em anlise de regresso mltipla linear (R2=0,15; F=4,92; P=0,035) foi o nico fator associado reduo da TFG (-0,29 0,34 ml/min/ms; P<0,05). J o aumento da EUA (log EUA = 0,0275 0,042 g/min/ms; P=0,002) foi associado somente aos nveis iniciais de EUA (R2=0,17; F=5,72; P=0,024). Um aumento significativo (P<0,05) no desenvolvimento de hipertenso arterial e de novos casos de retinopatia diabtica foi observado somente nos pacientes com os gentipos ID/DD. Vinte e dois pacientes apresentaram gentipo KK, 7 KQ e 1 apresentou gentipo QQ. Pacientes com os gentipos KQ/QQ apresentaram um aumento significativo (P=0,045) de novos casos de retinopatia diabtica. Em concluso a presena do alelo D nesta amostra de pacientes DM tipo 1 normoalbuminricos e normotensos est associada com aumento na proporo de complicaes microvasculares e hipertenso arterial.
Resumo:
O refluxo gastresofgico (RGE) constitui entidade clnica reconhecida na literatura mdica atual, sendo associado a uma variedade de sintomas respiratrios, entre os quais inclui-se tosse crnica. Foram analisados prospectivamente 68 pacientes de ambos os sexos com queixas de tosse crnica (mais de 3 semanas). Realizou-se um questionrio desenvolvido na Clnica da Tosse do Pavilho Pereira Filho da Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de Porto Alegre, contendo dez questes sobre hiper-reatividade brnquica, dez sobre sinusopatia, quinze sobre refluxo gastresofgico, dez sobre rinite, duas sobre bronquiectasias, trs sobre etiologia psicognica e uma relacionada ao uso de inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). As questes utilizadas no estudo foram somente 15 que abrangem os mais freqentes sinais e sintomas caractersticos do RGE, adotando como padro ureo do diagnstico a pHmetria esofgica de 24 horas (doravante citada como pHmetria). As manifestaes clnicas mais freqentes foram: rouquido em 46 pacientes (67,6%), azia em 42 (61,8%), piora da tosse aps as refeies em 38 (55,9%), regurgitao em 34 (50,0%), eructao em 32 (47,8) e dor no peito em 25 (42,6%). A pHmetria foi realizada em 68 pacientes, sendo positiva em 55 (80,9%) e negativa em 13 (19,1%). A avaliao dos resultados permitiu concluir que o questionrio aplicado revelou que o conjunto das manifestaes clnicas mostrou-se bom preditor de probabilidade quanto ao RGE, medido pHmetria. A anlise particularizada para cada quesito, entretanto, revelou que as manifestaes isoladamente no se mostraram significativas, com exceo de nuseas, gases e eructao. Dos 13 pacientes com pHmetria esofgica normal, o questionrio, analisado pelo modelo de regresso logstica classificou corretamente 7 pacientes (53,8%) deles. Dos 55 pacientes com pHmetria esofgica positiva, ou, em ltima anlise, com presena de RGE, 53 pacientes (96,4%) foram corretamente classificados pela anlise de regresso logstica atravs das manifestaes clnicas do questionrio. O rendimento do questionrio mostrou associao significativa entre sintomas clnicos de RGE e a probabilidade de o teste de pHmetria ser positivo. Portanto, na ausncia deste equipamento, em pacientes com tosse crnica, sugerida a aplicao do questionrio, pois em apenas 8 pacientes (11,7%) da amostra as perguntas do questionrio, analisadas segundo o modelo de regresso logstica, no foram boas preditoras da presena ou ausncia de RGE.
Curso evolutivo e fatores de progresso da nefropatia diabtica em pacientes com diabete melito tipo 2
Resumo:
A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.
Resumo:
As plaquetas sangneas so fragmentos citoplasmticos, oriundos da ruptura dos megacaricitos, cuja principal funo est relacionada manuteno da integridade vascular. Os nucleotdeos extracelulares, ATP e ADP, bem como a adenosina, tm sido implicados em um grande nmero de funes fisiolgicas: o ADP o principal fator recrutador de plaquetas, enquanto que o ATP um inibidor competitivo da agregao induzida por ADP. A adenosina uma molcula capaz de induzir vasodilatao e inibir a agregao plaquetria. Desta maneira, a manuteno da sinalizao purinrgica normal tem se mostrado importante para o tratamento de doenas cardiovasculares. Os nucleosdeos di e trifosfatos circulantes podem ser hidrolisados por membros de vrias famlias de ectonucleotidases de membrana e solveis, incluindo as ecto-nucleosdeo trifosfato difosfoidrolases (E-NTPDases) e ecto-nucleotdeo pirofosfatase/fosfodiesterases (E-NPPs), que em conjunto com a ecto-5-nucleotidase, levam formao de adenosina. Na superfcie das plaquetas, ambas enzimas, E-NTPDase e ecto-5-nucleotidase, esto descritas. O sistema renina-angiotensina o principal regulador da funo renal e cardiovascular, desenvolvendo um papel fundamental na homeostasia da presso arterial e do balano eletroltico. A angiotensina II (ANGII) induz fisiologicamente a ativao das plaquetas, possivelmente devido s suas propriedades vasoconstritoras. Os objetivos deste trabalho foram, portanto: 1) caracterizar cineticamente a enzima E-NPP em plaquetas de ratos, utilizando o substrato marcador p-Nph-5TMP e 2) esclarecer, mesmo que em parte, os possveis efeitos da ANGII sobre a hidrlise extracelular de nucleotdeos por plaquetas de ratos. No primeiro captulo deste trabalho, descrevemos uma atividade enzimtica em plaquetas de ratos que compartilha as principais caractersticas bioqumicas j descritas para as E-NPPs: pH timo alcalino; valores de KM e Vmax calculados de aproximadamente 106.22 17.83 M e 3.44 0.18 nmol p-nitrophenol/min/mg, respectivamente; e dependncia de ctions divalentes. Alm disso, o AMP inibiu somente a hidrlise do p-Nph-5TMP. Por outro lado, a azida de sdio, em altas concentraes, a angiotensina II e o cloreto de gadolnio alteraram apenas as hidrlises de ATP ou ADP ou de ambos. No segundo captulo, mostramos que a ANGII foi capaz de aumentar as hidrlises de ATP, ADP e AMP em plaquetas em todas as doses testadas (5, 50, 500 e 5000 picomis). Entretanto, nenhuma alterao foi observada com relao hidrlise do p-Nph-5'TMP. Em adio, observamos um aumento na hidrlise de AMP e uma diminuio na hidrlise de p-Nph-5'TMP em plaquetas de ratos espontaneamente hipertensos (SHR) quando comparados a ratos Wistar normotensos. De maneira geral, esta dissertao traz a caracterizao bioqumica da enzima E-NPP na superfcie de plaquetas intactas de ratos como sendo parte de um complexo sistema para a hidrlise de nucleotdeos nestes fragmentos citoplasmticos, podendo, assim, contribuir para o desenvolvimento de terapias antiplaquetrias e para o tratamento de doenas vasculares. Adicionalmente, apresentamos alguns resultados demonstrando interaes entre os sistemas angiotensinrgico e adenosinrgico de plaquetas de ratos, o que poder contribuir para o entendimento e o tratamento de doenas cardiovasculares como hipertenso e arteriosclerose.
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Este trabalho investigou o efeito da Angiotensina II central na reduo das concentraes de prolactina em ratas lactantes em resposta ao estresse e a influncia dos esterides gonadais nesse mecanismo. Ratas Wistar lactantes foram divididas em 2 grupos: fmeas no 7 e 20 dias de lactao. Os grupos do 7 dia foram divididos em 4 subgrupos cada: A) fmeas que no sofreram microinjeo no ARC e sem estresse; B) fmeas sem microinjeo no arqueado e submetidas ao estresse; C) fmeas submetidas microinjeo de losartan no arqueado e ao estresse; D) fmeas submetidas microinjeo de soluo salina no arqueado e ao estresse. Os grupos do 20 dia foram divididos em 3 subgrupos cada: A) fmeas que no sofreram microinjeo no arqueado e sem estresse; B) fmeas sem microinjeo no arqueado e submetidas ao estresse; C) fmeas submetidas microinjeo de losartan no arqueado e ao estresse. As microinjees de losartan (0,2 l, 10-9 M) e salina (0,2 l) foram realizadas 3 dias aps a canulao do arqueado e 15 minutos antes do estresse (vapores de ter por 1 minuto); 5 minutos aps o estresse, os animais foram decapitados, o sangue coletado e o plasma foi utilizado para dosagem por radioimunoensaio de prolactina, progesterona e estradiol. Os resultados foram analisados pelo teste de varincia ANOVA de uma via, seguido pelo teste de Newman-Keuls. A diferena entre duas mdias foi testada pelo teste t de Student, com p<0,05 adotado como critrio de significncia. Ocorreu uma reduo significativa nas concentraes basais de prolactina e progesterona em fmeas no 20 em comparao ao 7 dia de lactao, enquanto que as concentraes basais de estradiol permaneceram inalteradas. O estresse agudo induziu uma reduo nas concentraes de PRL em fmeas no 7 e 20 dias, que foi impedida pela microinjeo de losartan no arqueado no 7 dia ps-parto. No 20 dia, contudo, o losartan falhou em impedir essa queda. Esses resultados demonstram que a Angiotensina II central possui efeito modulador na queda da secreo de prolactina em resposta a estresse agudo em ratas lactantes no 7 dia ps-parto, cujas concentraes de prolactina so elevadas; entretanto, isso parece no ser observado em ratas lactantes no 20 dia, cujas concentraes de prolactina e progesterona j esto significantemente reduzidas, indicando que esse efeito dependente de progesterona e das concentraes de prolactina pr-estresse.
Resumo:
Neste estudo observamos os efeitos do bloqueio crnico do xido ntrico por uma (1s), duas (2s) e quatro (4s) semanas de tratamento sobre a presso arterial, freqncia cardaca e o controle reflexo da circulao. O bloqueio crnico do xido ntrico pela L-nitro-arginina-metil-ster (L-NAME), na gua de beber, aumentou a presso arterial mdia (PAM) em mmHg (1s=144; 2s=153 e 4s=167) de maneira tempo-dependente, quando comparado ao grupo controle (c=102). Tal aumento foi acompanhado pelo aumento de consumo de L-NAME e pelo aumento da relao peso do corao/peso corporal, um ndice de hipertrofia cardaca. A freqncia cardaca (FC) basal no foi diferente entre os grupos tratados e o controle. O reflexo comandado pelos pressorreceptores estava atenuado significativamente (c=-4,17; 1s=-2,72; 2s=-2,10 e 4s=2,41) nos animais tratados, enquanto o reflexo cardiopulmonar estava exacerbado, de forma semelhante, em todos os grupos tratados. possvel que a atenuao do baroreflexo esteja relacionada ao aumento da sensibilidade do reflexo cardiopulmonar onde houve tanto aumento da resposta bradicrdica em bpm (c=-77; 1s=-109; 2s=-114 e 4s=-122) quanto da resposta hipotensora em mmHg (c=-14; 1s=-28; 2s=-29 e 4s=-31) . A resposta hipertensora comandada pelos quimiorreceptores estava diminuda enquanto a resposta de bradicardia praticamente no se alterou. Em todos os reflexos testados a bradicardia reflexa estava normal ou aumentada. As respostas reflexas normalmente associadas ativao do ramo simptico do sistema nervoso autnomo estavam reduzidas enquanto os quimiorreceptores e os barorreceptores foram estimulados. J a resposta de hipotenso mediada pelos cardiopulmonares estava aumentada nos animais hipertensos. Esses dados em conjunto sugerem um aumento tnico da atividade simptica perifrica reduzindo a reserva para respostas excitatrias e facilitando as respostas inibitrias. Alteraes do sistema renina angiotensina como aumento da atividade da renina plasmtica nos animais tratados por duas semanas, no se correlacionaram com as alteraes de PAM ou do controle reflexo da FC. A atividade da enzima de converso da angiotensina I (ECA) se correlacionou positivamente com a hipertrofia cardaca. No foram observadas alteraes da ECA pulmonar e da aorta. Alteraes da atividade das enzimas antioxidantes mostraram variaes tempo-dependentes que culminaram, no grupo de quatro semanas, com reduo do estresse oxidativo expresso pela quimiluminescncia. Neste tempo de tratamento, o aumento da atividade da enzima superxido dismutase indica um papel para o nion superxido na fisiopatologia desse modelo de hipertenso. Finalizando, o bloqueio da sntese do xido ntrico em ratos, pela administrao crnica de L-NAME durante uma, duas e quatro semanas na gua de beber, induziu hipertrofia cardaca e aumentou a PAM. Esse aumento foi maior aps 4 semanas de tratamento. Entretanto, diferentemente do que espervamos, as alteraes do controle reflexo da circulao encontradas aps uma semana, no foram diferentes das encontradas em 4 semanas, com exceo do quimiorreflexo, que foi menor s na segunda e quarta semanas.
Resumo:
A enzima estudada no presente trabalho delta-aminulevulinato dehidratase (-ALA D), uma enzima sufidrlica, cuja atividade pode ser inibida por uma variedade de agentes bloqueadores de grupos tilicos . A reao catalisada pela -ALA D (formao do composto monopirrlico porfobilinognio) faz parte da rota de sntese de compostos tetrapirrlicos como o grupamento heme, consequentemente a inibio desta enzima implica em alteraes patolgicas decorrentes da inibio da rota de biossntese do heme e ainda resultar no acmulo do substrato ALA, o qual pode ter atividade pr oxidante por estar envolvido na produo de espcies ativas de oxignio. Avaliou-se a susceptibilidade da -ALA D de fgado de peixe e rato frente a inibio por selnio orgnico e inorgnico. Os resultados demostraram claramente que a enzima -ALA D de peixes e mamferos susceptvel a inibio in vitro por compostos orgnicos e inorgnicos de selnio. A anlise comparativa demostrou que a enzima -ALA D de peixes mais resistente a inibio por selnio em relao a de mamferos. Todavia no foi possvel esclarecer as causas deste diferente comportamento. Os resultados demostraram que o sistema de hidroxilao previamente descrito em ratos que acelera cataliticamente a oxidao de DTT na presena de disselenetos tambm ocorre em tecidos de peixe. Neste sistema esto envolvidos fatores enzimaticos, uma vez que este efeito foi anulado pela desnaturao trmica do sobrenadante. O presente trabalho mostra que a enzima -ALA D de peixes e ratos sensvel a inibio; in vitro, por composto de selnio orgnico e inorgnico. A manuteno dos grupos SH do stio ativo da enzima no estado reduzido essencial para a ao cataltica da -ALA D. A inibio da -ALA D causada por selnio orgnico ( (PhSe2) e (BuSe2)) e selnio inorgnico (selenito de sdio) prevenida por DTT. Estes resultados indicam que o selenio orgnico e inorgnico inibe a -ALA D por oxidao de grupos tiis essenciais da enzima. A inibio desta enzima e conseqentes alteraes na rota de sntese de tetrapirris podem ser responsveis pelos efeitos txicos de selenetos orgnicos e inorgnicos em peixes e outros animais. Em peixes os efeitos toxicos mais relatados referem-se a deficincias reprodutivas, principalmente na reduo da sobrevivncia larval. Coincidentemente os ovrios so o local de maior acumulao de selnio nos tecido de peixe e o desenvolvimento larval exige intensa atividade da enzima -ALA D.
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O sistema renina - angiotensina tem um papel importante e bem descrito na modulao do sistema cardiovascular. Sua participao em processos cognitivos tem sido assunto de diversos trabalhos. de particular interesse a modulao da memria pela ao de seus metablitos funcionais, angiotensina II (AII) e IV (AIV), no sistema nervoso central. Apesar dos diversos trabalhos abordando o assunto, o papel da AII no processamento da memria continua controverso. Para tentar aprofundar essa questo utilizamos o paradigma da esquiva inibitria de uma nica sesso em conjunto com a infuso intra-hipocampal de AII, AIV, e antagonistas AT1 ou AT2. Ratos foram implantados com cnulas na regio CA1 do hipocampo dorsal, alguns dias depois da cirurgia foram treinados em uma tarefa de esquiva inibitria e, em tempos diferentes aps o treino, foram infundidos com veculo ou uma das drogas descritas acima. Os animais foram testados 3 ou 24 h aps o treino; no primeiro caso para avaliar memria de curta durao (STM) e para avaliar memria de longa durao (LTM) no segundo. Verificou-se um efeito amnsico para a AII na consolidao da LTM e STM quando infundida imediatamente ou 30 min ps-treino, e na evocao da LTM quando infundida 15 min antes do teste. O efeito amnsico da AII parece ser modulado exclusivamente por sua ao em receptores AT2, no tendo participao nem receptores AT1, nem sua converso endgena em AIV. A AII endgena no parece ter qualquer participao na formao da memria de esquiva inibitria.
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A manipulao neonatal um modelo experimental utilizado para avaliar o modo pelo qual interferncias precoces na vida do animal podem alterar funes neuroendcrinas e comportamentos na vida adulta. O procedimento de manipulao neonatal, alm de alterar a atividade do eixo hipotlamo-hipfise-adrenal (eixo HPA) em ratos machos e fmeas, pode causar profundas mudanas na funo reprodutiva de ratas adultas. De fato, h evidncias de que a manipulao neonatal diminui a atividade do eixo HPA atravs da reduo da sntese e secreo de hormnios que so liberados quando os animais so expostos ao estresse na vida adulta e, alm disso, induz presena de ciclos anovulatrios e diminui a receptividade sexual de ratas. Considerando essas alteraes induzidas pela manipulao neonatal que so relacionadas funo reprodutiva de ratas, essa tese teve por objetivo estudar as possveis causas da alterao no comportamento sexual e ovulao induzidas pela manipulao neonatal. Para isto, alm de estudar o perfil hormonal desses animais, o que incluiu os esterides gonadais, as gonadotrofinas e a prolactina (PRL) em diferentes fases e horrios do ciclo estral, o contedo do hormnio liberador de gonadotrofinas (LHRH) em algumas regies do sistema nervoso central (SNC) e na eminncia mediana (EM); foi avaliada a possvel participao do sistema angiotensinrgico central, atravs da anlise da densidade dos receptores de angiotensina II (Ang II) pela tcnica de auto-radiografia, na mediao dos efeitos da manipulao neonatal sobre a funo do eixo hipotlamo-hipfise-gnada (eixo HPG) e do eixo HPA. O presente estudo confirmou dados obtidos em nosso laboratrio sobre a reduo do comportamento sexual e da ovulao em ratas manipuladas no perodo neonatal. Na tarde do proestro, perodo no qual ocorrem os eventos necessrios para a ovulao na prxima fase do ciclo estral, os resultados mostram que os animais do grupo manipulado tm reduo significativa da concentrao plasmtica de estradiol, de gonadotrofinas e de PRL, assim como um aumento no contedo de LHRH na rea pr-ptica medial (APOM). A manipulao neonatal tambm reduziu a concentrao plasmtica de progesterona analisada aps o coito que pode ser decorrente da reduzida estimulao vaginocervical recebida por essas ratas, j que houve uma reduo significativa da freqncia de intromisso realizada pelo macho sobre as ratas do grupo manipulado. A densidade de receptores de Ang II na APOM e no ncleo paraventricular do hipotlamo (PVN) tambm foi alterada pela manipulao neonatal, pois houve reduo significativa na densidade desses receptores nessas duas regies. Em concluso, a manipulao neonatal reduz profundamente a atividade do eixo HPG e essa alterao causada por modificaes nas concentraes de estradiol no plasma que, por sua vez, pode alterar a secreo de LHRH, de gonadotrofinas e de PRL, comprometendo dessa maneira a ovulao e a receptividade sexual. Contribuindo para os efeitos deletrios da manipulao neonatal sobre a funo reprodutiva em ratas, este procedimento pode alterar a implantao do blastocisto devido reduo da secreo de progesterona observada aps o coito no grupo manipulado. Alguns dos efeitos da manipulao neonatal parecem ser mediados pelo sistema angiotensinrgico central, como o aumento do contedo de LHRH na APOM e a diminuda resposta do eixo HPA observada em animais manipulados submetidos a situaes estressantes na vida adulta.