150 resultados para Enfermagem Pesquisa

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O objeto desta pesquisa a organizao tecnolgica e social do trabalho em sade no hospital, privilegiando a compreenso do espao que a prtica de enfermagem ocupa na produo de cuidados. Tem-se como objetivo analisar o processo de trabalho em um hospital universitrio, procurando apreender a configurao das prticas, dos saberes, das relaes sociais e das tecnologias que so operadas pelos agentes para interveno sobre o corpo doente. Utilizou-se a abordagem dialtica como referencial terico-metodolgico, procedendo-se coleta dos dados empricos atravs de observao direta do processo de trabalho em uma unidade de internao de clnica mdica e de entrevistas semi-estruturadas com os profissionais. No processo de anlise, classificou-se o material obtido a partir de trs ncleos de estruturas de relevncia: estrutura de produo de cuidados de sade, relaes sociais, autogoverno dos trabalhadores. Para discusso e interpretao do cotidiano do processo de trabalho utilizou-se, como fio condutor, o ato operatrio da produo de cuidados. Constatou-se que a produo de cuidados no hospital desenvolvese a partir de um trabalho coletivo, orientado para o atendimento do corpo biolgico individual, atendendo s necessidades de recuperao funcional. A produo de cuidados estrutura-se atravs do parcelamento e da fragmentao das aes dos diferentes agentes, para obter como produto final o diagnstico e teraputica. Os agentes do trabalho coletivo se articulam em torno do ato mdico, que tem posio central na produo de cuidados. Porm, observou-se que os saberes e prticas se complementam e que existe espao para que os agentes exeram sua autonomia. Apontase a importncia da ampliao do modelo clnico, contemplando a dimenso social e subjetiva do processo sade/doena, em um projeto teraputico compartilhado pelos diferentes profissionais da equipe de sade. Prope-se a transformao do processo de trabalho associada construo de novos modelos de gesto das instituies de sade.

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A vivncia da morte na UTI exige da equipe de enfermagem estratgias para suportar a presso emocional de uma rdua rotina de trabalho. As aes contnuas e precisas na luta pelo restabelecimento e manuteno das funes vitais, aliadas falta de treinamento especfico, tm sido as responsveis por um significativo desgaste fsico e emocional. Este trabalho uma proposta de interveno profiltica junto a auxiliares de enfermagem da UTI - Isolamento de um hospital geral da cidade de Passo Fundo/RS, combinando a estratgia de reflexo sistemtica, o mtodo fenomenolgico, a uma estratgia de interveno coletiva, grupos de apoio para profissionais. As etapas da pesquisa corresponderam, em objetivo e escopo, s trs reflexes fenomenolgicas: 1) descrio do ambiente atravs de observaes na UTI (15) e entrevistas (10); 2) reduo aos tpicos significativos que conduziram os grupos de discusso (3); e 3) avaliao interpretativa de todo o processo. A discusso favoreceu a tomada de conscincia e reflexo sobre vivncias profissionais com base na prpria experincia, servindo como estratgia de ajuda mtua, que explora aspectos de identificao e apoio interpessoal. O resultado pode ser comparado com trabalhos similares, no sentido de avaliar qualitativamente o modelo escolhido, apontando seus xitos e fracassos.

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O desvelamento das racionalidades imersas nas aes docentes de uma escola de qualificao profissional de auxiliares de enfermagem, compem a rea temtica deste estudo. No intuito de atingirmos esta dimenso de anlise, abordamos as seguintes questes de pesquisa: - Qual o entendimento das docentes sobre o seu trabalho enquanto enfermeiras e professoras?; - Qual o entendimento das docentes sobre o trabalho e a qualificao profissional de auxiliares de enfermagem?; - Quais as aes que orientam a prtica docente na qualificao profissional, como indicativos da(s) racionalidade(s)?; - Que dimenses estariam presentes na ao docente que possibilitariam uma ao comunicativa?. A teoria de Jrgen Habermas utilizado como aporte para as idias trabalhadas neste estudo. A Teoria da Ao Comunicativa, em sua proposta bsica, centra-se nas dimenses de desvelamento ideolgico de interesses, uso do conhecimento e da racionalidade na busca da emancipao e da autonomia. Esta teoria diferencia trs tipos de racionalidades ou aes: instrumental, estratgica e comunicativa. Na coleta de dados empregada entrevista semi-estruturada, cujas perguntas contemplam as questes acima delineadas, aplicadas oito professores de uma escola escolhida intencionalmente. A anlise de dados utiliza o mtodo de anlise de discurso conforme a Pragmtica Formal apresentada por Habermas (1987), a qual se preocupa com as dimenses internas e externas dos atos de fala, nem sempre vinculados a questes gramaticais, valendo mais o significado e a considerao de falibilidade da verdade expressa (Habermas, 1987). A dimenso do trabalho das Professoras como categoria terica, envolve a atividade docente e de enfermeira. No significado que possuem de trabalho, o mesmo concebido como um agir-racional-com-respeito-a-afins, uma vez que entendido como uma relao meio-fim. A diviso social e tcnica do trabalho, bem como a fragmentao entre a concepo intelectual e manual, so apresentadas em situaes distintas ao se referirem ao seu trabalho e ao das auxiliares de enfermagem. Nos seus atos de fala expressam o descontentamento em seguirem normas pr-estabelecidas, com a rotinizao dos cuidados e a burocratizao dos servios. No entanto, reproduzem este sistema hierarquizado na relao com as auxiliares de enfermagem, articulando o seu poder como forma de manterem o controle sobre o produto do trabalho. No relacionamento com profissionais de 3 grau surge a hegemonia mdica, assumindo as Professoras um posicionamento de submisso, justificado por no considerarem o cuidado de enfermagem como detentor de saber prprio, alm do que o trabalho mdico teria um conhecimento reconhecido; outras Professoras, em menor expresso, reconhecem a existncia de hegemonia, posicionam-se frente a esses profissionais em uma relao de iguais, questionando-os. A qualificao profissional das auxiliares de enfermagem trazida nos atos de fala em uma racionalidade instrumental, visando a formao tcnico-cientfica. As aes docentes no trazem as bases de uma racionalidade comunicativa. No entanto, realizado pela pesquisadora, a proposta de desenvolvimento desta realidade na qualificao profissional de auxiliares de enfermagem.

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O trabalho tem o objetivo de identificar e comparar fatores organizacionais estressores das equipes de enfermagem que atuam nos centros cirrgicos dos hospitais (um de pequeno e um de grande porte), bem como as fases de estresse. Inicialmente examina conceitos de estresse, fisiologia, e ao psicolgica, estresse ocupacional e conflitos intergrupais. Situa o enfermeiro como administrador de centro cirrgico, as inter-relaes do estresse com conflitos intergrupais e o trabalho da enfermagem. O suporte metodolgico foi efetivado pela aplicao de um instrumento validado, de um questionrio contendo uma questo aberta para identificar fatores organizacionais estressores, e outro contendo dados pessoais e profissionais, acrescido de uma pergunta relacionada a postura frente a uma situao de conflito no centro cirrgico. Os sujeitos da pesquisa foram todos os funcionrios da enfermagem que atuam nos centros cirrgicos dos dois hospitais pesquisados. A pesquisa se caracteriza como estudo de caso, multi-casos, qualitativa, quantitativa, descritiva. Identifica e compara fatores causadores de estresse enfermagem nos centros cirrgicos dos hospitais, fases de estresse da equipe e inter-relaes destas com algumas variveis de controle. Os resultados indicam que o estresse da equipe de enfermagem do hospital de pequeno porte maior; os fatores estressores so praticamente os mesmos e a maioria situa-se na rea de relaes humanas. Os conflitos intergrupais ocupam lugar de destaque. Espera-se contribuir com enfermeiros que atuam em centro cirrgico, no sentido de refletir sobre o estresse e os prejuzos dele recorrentes, de aprimorar suas prticas, de proporcionar melhores condies de trabalho s equipes de enfermagem e estimular a realizao de outras pesquisas nesta rea.

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O objeto de estudo desta pesquisa o ensino de ps-graduao lato sensu de enfermagem psiquitrica e sade mental das Escolas de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de So Paulo/Ribeiro Preto (USP/RP). Orientada pelo referencial histrico-estrutural, que supe uma perspectiva dialtica, essa prtica entendida como um processo dinmico, contraditrio e em transformao construdo por seus atores na sociedade. O estudo tem entre seus objetivos caracterizar e analisar o ensino de ps-graduao lato sensu dos cursos referidos, identificando seus paradigmas, mudanas incorporadas e suas articulaes com as propostas da Reforma Psiquitrica. Os cursos da EEUFRGS e USP/RP so pioneiros e dinamizadores do ensino especializado da rea, titulando os enfermeiros e consubstanciando a formao de novos cursos no pas. De forma semelhante, respeitando as especificidades, ambos os cursos procuram a capacitao especfica em enfermagem psiquitrica, habilitando os profissionais para uma interveno prtica de qualidade. Apresentam uma abordagem terica ampla das diferentes concepes da psiquiatria, caracterizando-se pela transmisso das idias hegemnicas da rea: a viso organicista da loucura e, ao mesmo tempo, apresentando as concepes da Reforma Psiquitrica. Essas concepes antagnicas transmitidas nesse ensino, tem gerado movimento, possibilitado crtica, manuteno, reestruturao e inovao dos cursos estudados. Especializao um processo de ensino que procura ampliar os conhecimentos e concepes da rea, preparando os profissionais para intervir e transformar a prtica. Essa formao tem o objetivo de capacitar o enfermeiro, oferecendo um saber terico/prtico que o diferencia na sua prtica profissional. Esse ensino deve ser aproveitado como espao poltico e de crtica, tendo presente a existncia de limites e poderes diferentes, que podem ocasionar mudanas positivas e/ou negativas, mas que buscam construir/reconstruir esse ensino e a prtica de enfermagem psiquitrica.

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Este estudo foi desenvolvido, visando identificar a correlao entre os sinais e sintomas prvios, apresentados pelos pacientes, e a ocorrncia de sinais e sintomas no decorrer do eco-stress farmacolgico, bem como a relao com o protocolo escolhido e o desfecho diagnstico. O trabalho foi realizado em uma unidade de diagnstico cardiolgico, de um Hospital Universitrio de Porto Alegre RS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de crater exploratrio descritivo, em que foi realizado um estudo retrospectivo dos registros dos exames, em duzentos e quarenta e seis fichas dos pacientes, submetidos ao eco-stress farmacolgico, no perodo de junho de 1997 a julho de 1999. Os dados foram classificados, de acordo com os protocolos farmacolgicos, utilizados na unidade aonde foi realizada a pesquisa, dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast, dipiridamol e dobutamina. Das fichas, que fizeram parte da amostra, constaram cento e trs pacientes (41,9%) do sexo feminino e cento e quarenta e trs (58,1%) do sexo masculino. O maior nmero de pacientes foi submetido ao protocolo dipiridamol ultrafast, com 131 pacientes, seguido de 89 indivduos submetidos ao teste com dobutamina. A mediana da idade dos sujeitos, submetidos ao eco-stress, foi de sessenta anos. A angina foi o sintoma, relatado com maior freqncia pelos pacientes, na entrevista que antecede o exame, constatado em 66,6% das fichas, seguido pela queixa de dor precordial em 16,8%. Houve correlaes estatisticamente significativas entre os sinais e sintomas: angina, dor precordial, cansao e cefalia, apresentados antes e durante o exame, no grupo de pacientes que fez o teste com dipiridamol ultrafast. Nos pacientes submetidos ao protocolo com dobutamina, para angina e ocorrncia de extrassstoles ventriculares. No houve correlaes estatisticamente significativas para os sinais e sintomas e o desfecho positivo e negativo para isquemia. As diferenas entre as mdias dos valores da presso arterial sistlica, diastlica e da freqncia cardaca, antes e durante a realizao do eco-stress, foram estatisticamente significativas nos protocolos dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast. Estes achados contriburam para prtica da enfermeira que atua no eco-stress farmacolgico e podero ser utilizados por enfermeiras que venham a desenvolver suas atividades em instituies que aplicam este mtodo diagnstico.

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Em nossa sociedade questes ligadas biotica esto entre os temas que mais merecem nossa ateno como enfermeiros e profissionais de sade. A promulgao da Constituio Federal e a regulamentao do SUS no foram suficientes para garantir a legitimao do direito sade de todos os cidados usurios do SUS. Dessa forma esta pesquisa tem como propsito analisar a percepo da equipe de enfermagem sobre os direitos do cidado usurio do SUS e sua aplicao no exerccio da assistncia de enfermagem. Caracteriza-se como um estudo de caso de uma unidade de atendimento de um Centro de Sade da rede bsica de sade, onde os participantes foram seis profissionais integrantes da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de observaes e entrevistas semi-estruturadas, sendo aps submetidos ao mtodo de anlise de contedo de acordo com Bardin. A partir da anlise dos dados, emergiram trs temas: os direitos do cidado usurios SUS percebidos pela equipe de enfermagem, a implementao dos direitos do cidado usurio SUS na prtica assistencial e alvitres para a preservao dos direitos do cidado usurio SUS. Este estudo pode ser considerado uma estratgia para favorecer a desconstruo de prticas que podem ser vistas como normalidades, contribuindo para que o exerccio de cidadania do usurio e seus direitos sejam respeitados e possam ser apreendidos e incorporados ao cotidiano dos profissionais e dos prprios usurios do SUS. Alm de procurar refletir sobre a importncia e mostrar a necessidade de discusso para o alcance de mudanas efetivas e a verdadeira implantao do SUS. Independente de limitaes assistncia decorrentes de aspectos administrativos setoriais, o comprometimento crescente da equipe de enfermagem tornou-se um fator preponderante na qualidade assistencial.

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Este estudo busca compreender as dimenses do processo de cuidar na enfermagem, sob o olhar das enfermeiras, em uma realidade hospitalar. A investigao caracteriza-se como um estudo qualitativo com abordagem fenomenolgica. A pesquisa desenvolveu-se em um hospital geral, de mdio porte, localizado em uma cidade da regio norte do Estado do Rio Grande do Sul. As participantes foram oito enfermeiras assistenciais; o instrumento utilizado para a coleta das informaes foi entrevista semi-estruturada e para a anlise dos discursos utilizou-se a hermenutica de Paul Ricoeur. As dimenses do processo de cuidar na enfermagem desvelaram os seguintes temas e subtemas: o mundo do cuidado: organizao, gerenciamento e competncia tcnica; o processo de enfermagem; a humanizao do cuidado: estar com o ser cuidado no mundo do cuidado, respeitando o ser cuidado na sua singularidade, construindo uma relao dialgica e (des)conhecendo o cuidado humanizado; o estar com o cuidador no mundo do cuidado: o ser a do cuidador de enfermagem, compartilhando tomadas de decises, compartilhando saberes e construindo uma relao de cuidado; o vir-aser no mundo do cuidado. Ao compreender as dimenses do processo de cuidar na enfermagem, desvelou-se o mundo do cuidado vivido pelas enfermeiras na instituio pesquisada, caracterizado por ser um ambiente com nuanas prprias, no qual o processo de cuidar se apresentou multifacetado. O encontro de cuidado autntico entre os seres que ali coabitavam se manifestou a partir da compreenso do ser humano enquanto ser nico, capaz de compartilhar suas vivncias e experincias no cotidiano de cuidado.

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Considerando a lavagem das mos como uma importante medida de controle de infeco hospitalar, objetivou-se investigar as razes que impulsionam os trabalhadores de enfermagem a lavar ou no as mos. Optou-se pela pesquisa qualitativa e pela tcnica de grupo focal para a coleta dos dados. O grupo consolidou-se com seis sujeitos (trs enfermeiros e trs tcnicos de enfermagem), selecionados atravs dos critrios de voluntariedade e interesse pela temtica. A coleta de dados transcorreu em cinco encontros semanais, estendendo-se pelos meses de novembro e dezembro de 2002. Utilizando a anlise de enunciao, verificou-se que os profissionais mostram conhecimento terico sobre o tema, entretanto percebeu-se que a prtica da lavagem das mos influenciada pelas diferentes situaes, como de surtos, emergncias e isolamentos. As dificuldades como a superlotao do hospital, distncia das pias, recursos (in)disponveis e/ou (in)adequados, entre outros, interferem na execuo desse procedimento, mas no o determinam. Essas condies, associadas forma como o trabalho organizado e cultura que privilegia a cura em detrimento da preveno, levam negligncia com a lavagem das mos, que acaba por ser considerada uma prtica paralela e secundria ao trabalho da enfermagem. Outras questes foram consideradas para analisar a lavagem das mos, como sua relao com o uso de luvas, que evidenciou ambos como procedimento/equipamento de proteo individual, e com a frico higinica das mos, que se mostrou pouco aceita pelos sujeitos. Sinaliza-se a necessidade de se trabalhar esse tema junto aos profissionais da sade para que se possa efetivar a lavagem das mos como medida preventiva de infeces hospitalares.

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Este estudo buscou evidenciar o processo de cuidado s famlias de crianas dependentes de ventilao mecnica em uma unidade de terapia intensiva peditrica (UTIP); compreender de que modo a famlia vivencia o cuidado de um filho dependente de ventilao mecnica durante a hospitalizao e como a famlia cuida o filho dependente de ventilao mecnica no domiclio. uma pesquisa qualitativa, do tipo convergente assistencial, desenvolvida com quatro famlias na Unidade de Terapia Intensiva Peditrica, de um hospital geral e universitrio da cidade de Porto Alegre-RS e no domiclio de duas dessas famlias. Para a coleta das informaes foram utilizadas a entrevista semi-estruturada e a observao participante, propostas por Trivios (1994), e a anlise de documentos. Neste estudo, a anlise das informaes baseou-se em Trentini e Paim (1999), as quais enfatizam que na pesquisa convergente assistencial, como em qualquer pesquisa qualitativa, a anlise das informaes se desenvolve em quatro etapas, mais ou menos seqenciais: apreenso, sntese, teorizao e re-contextualizao. O projeto foi avaliado pelo Comit de tica da instituio, e as exigncias para as pesquisas com seres humanos foram cumpridas. No trabalho desvelado o processo de cuidado s famlias de crianas dependentes de ventilao mecnica enquanto ainda esto na UTIP, com nfase no cuidado de enfermagem e no preparo da famlia para a alta da criana utilizando a ventilao mecnica. Aps a anlise dos dados coletados junto s famlias, emergiram dois grandes temas com vrios subtemas O primeiro tema mostra a trajetria das famlias cuidando a criana dependente de ventilao mecnica no contexto da UTIP. Desvela suas dificuldades de adaptao ao ambiente, a necessidade de manter a famlia unida, os problemas financeiros que enfrentam e a necessidade de reorganizao familiar. O segundo tema mostra o cuidar e o conviver das famlias com a criana no domiclio, a necessidade de uma novaorganizao familiar, os sentimentos de insegurana e medo vivenciados na permanncia em casa e a necessidade de apoio. Os resultados deste estudo oferecem aos profissionais e acadmicos da rea da Sade, especialmente os da enfermagem, subsdios a serem utilizados na prtica de cuidado com famlias, para que possam identificar as necessidades e as foras de cada famlia a fim de concretizar o planejamento, a implementao e a avaliao das intervenes a serem realizadas com o objetivo de auxili-las no enfrentamento de sua trajetria de vida.

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A constituio do espao hospitalar como organizao de trabalho mostra uma progressiva diviso sexual de tarefas e uma feminilizao da Enfermagem, j que, em todo o mundo, so as mulheres que constituem o contingente mais numeroso de pessoas envolvidas em atividades de cuidado e ateno sade. Todavia, apesar de ser uma atividade majoritariamente feminina, tem aumentado o nmero de profissionais do sexo masculino que buscam essa rea. Assim, este estudo teve como objetivo identificar as experincias e vivncias dos auxiliares de enfermagem do sexo masculino em exerccio num espao de trabalho socialmente representado como feminino. Optou-se por uma abordagem qualitativa de pesquisa (Minayo, 1996), utilizando-se a entrevista semi-estruturada como tcnica de coleta de dados, cujo contedo foi analisado de acordo com uma adaptao da proposta de Bardin (1988). Colheu-se o depoimento de 12 auxiliares de enfermagem do sexo masculino que trabalham em unidades de um hospital geral cujo percentual de homens menor do que 15%. Constatou-se que a escolha profissional se fez em funo da estabilidade de emprego e, em alguns casos, representa uma ascenso social. Os auxiliares de enfermagem entrevistados procuram demonstrar comportamentos heterossexuais e exercer atividades associadas a atributos masculinos, como a fora fsica. Identificam tambm, entre os pacientes, uma preferncia pela diviso de tarefas segundo os atributos socialmente identificados como masculinos e femininos. Com base na teoria das minorias numricas, proposta por Kanter (1977) e adaptada por Heikes (1991), verificou-se que ocorre uma maior visibilidade dos auxiliares masculinos, uma polarizao entre dominados e dominantes nas relaes sociais e uma certa assimilao do esteretipo do papel masculino associado a alguns atributos como a fora fsica.

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Este trabalho constitui-se em um estudo exploratrio descritivo que busca compreender a opo freqente pelo trabalho no turno noturno entre auxiliares de enfermagem de uma instituio hospitalar. O referencial terico discorre sobre a categoria trabalho e a sua relao com a sade/doena; aborda ainda as especificidades do trabalho da enfermagem e do trabalho de turno noturno. Os dados foram coletados nas unidades de internao cirrgica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre no perodo de julho novembro de 2003. Os sujeitos da pesquisa formam 65 auxiliares de enfermagem que atuam em turno fixo noturno. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram anlise de documentos, questionrios e entrevistas individuais. Em um momento inicial foi aplicado um questionrio e posteriormente foram selecionados atravs de sorteio 10 trabalhadores para participarem da entrevista individual. Os dados dos questionrios foram analisados quantitativamente e apresentados atravs de quadros e figuras. As entrevistas foram analisadas a partir da anlise de contedo, mtodo proposto por Bardin (1979). Os resultados evidenciaram que entre os fatores determinantes da escolha pelo turno noturno de trabalho encontra-se a maior disponibilidade de tempo, tanto para o desenvolvimento de outras atividades como para acompanhar o desenvolvimento dos filhos, possibilidade de conciliar trabalho e estudo e ainda como forma de aumentar a renda familiar com o adicional noturno. Os trabalhadores relataram ainda como principais dificuldades do trabalho noite as alteraes no sono, o desgaste fsico decorrente da natureza do trabalho e da sobrecarga de trabalho e a inexistncia de um momento para repouso. Poucos trabalhadores manifestaram conhecimento ou leituras sobre a relao trabalho noturno/processo sade e doena, e afirmam no possuir problemas de sade que pudessem estar relacionados ao seu turno de trabalho, exceto distrbios de sono.

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Este estudo teve por objetivo compreender como a espiritualidade permeia o processo de cuidar de si e do outro no mundo da terapia intensiva, sob o olhar das cuidadoras de enfermagem. A pesquisa caracterizou-se por uma abordagem qualitativa do mtodo criativo-sensvel de Cabral, que guiou a produo e a anlise das informaes, seguindo as etapas de codificao, decodificao e recodificao ou aliana de saberes. Contou-se com a participao de nove cuidadoras de enfermagem, duas enfermeiras e sete tcnicas de enfermagem, do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) de um hospital universitrio. Para a produo das informaes, foram realizadas nove oficinas de arte e de experincias, sendo que a ltima destinou-se validao da anlise das informaes. Nesse percurso, emergiram os seguintes temas: os significados de espiritualidade; a espiritualidade no cuidado de si e a espiritualidade no cuidado do outro. O primeiro tema exprimiu os significados de espiritualidade como propsito de vida, como conexo com uma Fora Superior e com o Cosmo e como autoconhecimento. O segundo tema evidenciou que a espiritualidade no cuidado de si estava nas prticas cotidianas que aconteciam por meio da orao, do contato ntimo com a natureza, assim como no senso de conexo com uma Fora Superior que propiciava tranqilidade, bem-estar e fortalecimento vida e ao trabalho das cuidadoras no CTI. As participantes demonstraram estar conscientes de si mesmas quando reconheceram que se fragilizavam com o mundo vivido e precisavam tambm de cuidado, que poderia se dar na ajuda mtua entre os cuidadores. O autoconhecimento revelou-se como uma prtica essencial no cuidado de si para melhor cuidar do outro. E o terceiro tema desvelou que a espiritualidade no cuidado do outro partiu da fragmentao do cuidador e do cuidado intensivo para um caminho de reintegrao do ser humano, capaz de transformar a cultura que inibiu e oprimiu o cuidado expressivo no CTI. A espiritualidade revelou-se nas prticas de cuidado que incluam f, imposio de mos e orao, assim como foi algo que emergiu da interioridade humana para se manifestar na relao com outro no modo de ser do cuidador e se revelou no olhar, na ateno, no carinho, na amorosidade, no dilogo que tranqilizava, na mo que dava conforto e segurana, na capacidade de escuta e de construir confiana em uma ambincia de cuidado para os envolvidos neste encontro.