10 resultados para Educação Filosofia

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Este trabalho analisa o perfil dos professores e 1.171 citaes de teses do Programa de Ps-graduao em Cincia do Movimento Humano da Escola de Educação Fsica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul defendidas entre os anos 2003 e 2004, com os objetivos de detectar as caractersticas das fontes de informao utilizadas pelos doutores; contribuir para aos estudos epistemolgicos do campo, sob o prisma da cincia da informao; caracterizar os elementos textuais e explorar suas potencialidades, visando ao conhecimento do campo cientfico da educação fsica. O estudo est centrado na descoberta de indcios nas citaes que possibilitem o conhecimento da rea. O referencial terico est fundamentado em diversificados campos do conhecimento: na histria, mais especificamente do mtodo indicirio, utilizado neste estudo; na sociologia do conhecimento, com nfase na sociologia da cincia; na cincia da informao, salientando a bibliometria, a anlise de citaes e a comunicao cientfica, abordando trs teorias importantes sobre comunidades cientficas (Kuhn, Bordieu e Knorr-Cetina); e, por ltimo, da educação fsica. Do primeiro campo buscam-se os fundamentos para o uso de dados e fatores indicirios para o desvelamento de uma realidade; do segundo, o caminho que percorrem os saberes para seu estabelecimento no mundo cientfico e acadmico, e a origem das citaes em documentos. Do terceiro, utilizam-se ferramentas e tcnicas, bem como as construes tericas a respeito de comunicao cientfica e produo acadmica. Ao quarto corresponde o objeto desta pesquisa, o campo de conhecimento denominado, por alguns autores, cincia do movimento humano e, por outros, educação fsica, desenvolvido em seus aspectos histricos gerais e locais. Foram identificados e relacionados os seguintes indicadores: tipo de autoria, autores citados, tipo de documento, idioma, obsolescncia, ttulo de peridico e assunto das citaes. As 1.171 referncias estudadas revelaram que: artigo de peridico o tipo de documento mais utilizado (49,53%); ingls o idioma predominante nos documentos das citaes (55,85%); as publicaes do perodo de 1991-2000 cobrem 56,02% das citaes, com pico em 1998 e provvel meia-vida dos documentos da rea em torno de cinco anos; 41,76% dos documentos citados so escritos por um nico autor; e 54,23%, por mais de um autor. Os assuntos predominantes que fazem a interdisciplinaridade do campo so, nesta ordem: cincias sociais, medicina, biofsica, esportes, educação, filosofia, ensino e forma fsica. Foram citados 1.825 diferentes autores evidenciando uma grande disperso na rea e entre os mais representativos esto Morin, Foucault e Lapierre. H disperso tanto em autores quanto em ttulos de peridicos: 80,71% foram citados somente uma vez; e 37,11%, mais de uma vez. Apenas seis peridicos foram citados em mais de uma tese, sendo cinco estrangeiros e um nacional. As linhas de pesquisas predominantes no PPGCMH so da rea de concentrao Movimento humano, sade e performance, que privilegia projetos de carter biolgico. O mesmo ocorre com o nmero de teses, sendo 89% delas da mesma rea de concentrao. H necessidade de maior produo nacional em termos tericos para a rea de educação fsica. A anlise realizada propiciou verificar que os campos cientficos e as suas respectivas comunidades se desenvolvem de forma contingencial e contextual. O mtodo indicirio possibilitou costurar os indcios apresentados pelas variveis analisadas e mostrou ser um mtodo possvel em estudos de bibliometria e anlise de citaes. H indcios de hbitos de citao domstica e endogenia, mas no foram comprovados neste estudo.

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A questo da possibilidade ou no de se ensinar a virtude um dos problemas mais antigos em tica. Mesmo que no surja de forma sempre explcita, j as epopias homricas tratam da questo. Plato, ao ocupar-se do tema, devedor de uma longa tradio. Nesse sentido, esta pesquisa de cunho terico, busca, inicialmente, investigar como o conceito grego de aret e sua possibilidade de ensino, ocorrem na anterioridade platnica em Homero e Hesodo, passando pelos poetas lricos, trgicos, cmicos, filsofos pr-socrticos, sofistas e Scrates, indo at Plato no dilogo Mnon que contm a abordagem mais direta do tema da ensinabilidade da virtude. O mestre da Academia, apesar de considerar a aret o cerne da polis ideal, reluta em afirmar categoricamente que a mesma pode ser ensinada, pois essa posio estava na raiz da controvrsia dos sofistas com seu mestre Scrates. A partir do sculo XIX, quando a antiga unidade de um bem a todos no mais se sustenta, o termo virtude substitudo por valor. com ensino de valores, portanto, que a escola passa a ocupar-se, e ainda hoje proposio importante na prtica e no debate pedaggico. A pesquisa procura mostrar as conexes possveis entre o ensino da aret e o ensino de valores. Sugere que, apesar da enorme distncia entre a nossa cultura e a cultura grega, a dimenso prpria da aret permanece na escola, presentificada pela impossibilidade de educar sem apelo aquilo que hoje denominamos valores. A Dissertao no pretende constituir, enfim, uma crtica ao ensino de valores na atualidade, mas mostrar a tenso entre o que intrnseco prtica escolar e seus limites de consecuo.

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O presente estudo, discute a proposio de um modelo construtivista de interveno pedaggica referenciado ao treinamento de rendimento aplicado ao tnis de competio para escales infanto-juvenil. Para tanto, realizamos uma investigao terico-especulativa tendo como objetivo: 1) Apresentar as principais vertentes filosficas no mbito da expresso da corporalidade. Como tal, discorremos sobre a concepo clssica do dualismo axiolgico expresso na filosofia platnica; o dualismo metodolgico cartesiano; o modelo no dualista das concepes existencialista e a concepo ps-marxista expressa na perspectiva do materialismo histrico dialtico. 2) Delimitar as principais vertentes que configuram formas diferenciadas sobre a compreenso da natureza ldica do jogo, da competio e o papel do desporto na configurao de um a forma de vida essencialmente de valor educativo. Discutimos nessa perspectiva as principais correntes sobre a natureza do jogo e do desporto expressas principalmente em Huizinga e Caillois, e conclumos por delimitar o desporto enquanto um jogo de gon, ou seja, configurando-o como uma forma de jogo. O jogo desportivo. 3) Delimitar as principais concepes de interveno pedaggica no mbito do treino desportivo de competio. Apresentamos duas categorias principais, as quais denominamos de Reprodutivista-tradicional e Construtivista. Discorremos sobre ambas de forma comparativa com o intuito de expressar suas mais relevantes diferenas axiolgicas. 4) Finalmente, descrevemos como essas duas concepes pedaggicas, filosoficamente de orientaes diferenciadas, orientam os programas elaborados pelos pedagogos do desporto. Desta forma, conclumos, assumindo como pressuposto central que a concepo construtivista de interveno pedaggica sugerida nessa investigao, que adotou como referncia o tnis de competio, configura-se como plenamente compatvel com uma postura verdadeiramente educativa e formativa de crianas e Jovens. Portanto, esperamos que esse estudo possa oferecer contribuies no sentido de que se possa conhecer melhor alguns aspectos do desporto de competio e seus reflexos positivos no processo de educação e formao de crianas e jovens. Enfim, que as informaes obtidas neste trabalho, possam ser utilizadas como indcios, antes de concluses, e que atinjam os indivduos e as instituies ligadas as prticas desportivas de competio.

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O presente trabalho apresenta inicialmente algumas conexes transversais nos tempos de vida da investigadora, preliminares investigao. A partir dessas conexes, foram produzidas as questes que motivaram a elaborao da investigao sobre o desejo de aprender em um grupo de sujeitos de um programa de educação de jovens e adultos, bem como a procura e escolha de um referencial terico que permitiu acompanhar a atualizao desse desejo ao longo dos seus diversos tempos vividos. Assim, a investigao partiu do problema de que os movimentos de atualizao do desejo de aprender no tempo de aprendizagem de jovens e adultos no obedecem a uma ordem cronolgica, mas sim aos diferentes modos de articulao do presente, passado e futuro. No processo de construo do referencial terico para investigar a atualizao do desejo de aprender foi escolhido como eixo central o tempo, na concepo bergsoniana de durao, na qual se produzem a diferena e a singularidade, imbricadas no movimento de criao do sujeito. Embora a escolha tenha recado no tempo, esse inseparvel do espao, da que foi elaborada uma anlise da sociedade capitalista globalizada da contemporaneidade. O espao entendido aqui como extenso onde se produz o sujeito, o qual sofre as investidas dos mecanismos econmicos e culturais hegemnicos para tentar cooptar o seu desejo, acenando-lhe com a iluso de uma total satisfao, atravs do consumo. Para tanto, foram analisados alguns mecanismos utilizados para a cooptao do sujeito, tais como a omisso ou suspenso de sua memria, como meio de conhecimento individual e da humanidade, cujos desdobramentos so a construo de uma lgica da no diferena e o desrespeito alteridade, o que caracteriza a massificao da sociedade Junto anlise da sociedade capitalista massificada foi feita tambm uma anlise das possibilidades de novas e mltiplas formas de subjetivao produtoras de linhas de fuga homogeneizao do sujeito, de dentro da sociedade, pois no h um fora possvel. As novas possibilidades foram delineadas a partir de um referencial terico encontrado na psicanlise, com suas contribuies sobre a produo do desejo, bem como as interlocues possveis com a filosofia da diferena em Deleuze. Quanto orientao metodolgica da investigao, a escolha do eixo tempo levou orientao do mtodo intuitivo bergsoniano atravs da leitura feita por Deleuze, o qual utiliza o caso-pensamento que, aqui, a educação de jovens e adultos em processo de alfabetizao, separando as questes relativas ao espao e ao tempo e privilegiando o segundo; verifica se o problema proposto um falso ou um verdadeiro problema, esse ltimo prope outras questes ao longo da investigao, no busca apenas solues; acompanha o movimento do pensamento sem ter, a priori, um modelo dividido em categorias, mas procurando v-lo na linha da durao e da produo de uma memria ontolgica. O acompanhamento do pensamento dos sujeitos foi feito atravs da realizao de entrevistas, nas quais falaram sobre o seu passado, o seu presente e suas perspectivas futuras, tendo como eixo das perguntas o desejo de aprender. Foi delimitado um grupo de nove sujeitos que participaram da investigao e estabelecidos os trs tempos para serem entrevistados: o tempo de rememorao, no incio do atual perodo de escolarizao, para lembrar suas experincias passadas em relao ao desejo de freqentar a escola; o tempo de produo/passagem, ao final do primeiro semestre de escolarizao, para falar de suas experincias atuais; o tempo de fechamento/abertura, um ano aps a segunda entrevista, para fazer um balano de suas aprendizagens e das possveis mudanas em sua vida a partir dessas aprendizagens. Esses trs tempos permitiram delinear a cartografia do movimento de atualizao do desejo de aprender dos sujeitos investigados. Aps cada tempo de entrevistas dos sujeitos foi feita uma anlise do que era comum a todas as falas dos sujeitos, no no sentido de encontrar generalidades, mas relativo existncia dos movimentos do seu pensamento, constituindo-se nos trs entretempos da investigadora aprender e suas conexes com a produo da diferena, do estilo e da singularidade, bem como as articulaes delineadas entre o presente da aprendizagem na escola, o passado e futuro de cada sujeito. A partir das concluses e problemticas construdas atravs da anlise das entrevistas, foi possvel apontar para algumas indicaes de como se materializam as investidas da sociedade capitalista globalizada nos movimentos capilares sociais, no caso, nos sujeitos de um programa de educação de jovens e adultos, o que se mostrou de forma no monoltica, mas com ranhuras e falhas, o que permitiu ressaltar a mxima de que nada est decidido a respeito do sujeito e da subjetividade no seu processo de aprendizagem.

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O estudo enfoca as diretrizes da poltica de financiamento da educação bsica brasileira, propugnadas ou estabelecidas no ordenamento constitucional-legal, no perodo compreendido entre os anos de 1987 a 1996, buscando analisar seu movimento textual a partir da articulao com as bases que lhes do funcionalidade. As diretrizes consideradas so: descentralizao, regime de colaborao, responsabilizao dos rgos educacionais e controle pblico e social da gesto financeira, estabilidade relativa do volume de recursos disponveis para a educação, hierarquizao da alocao de recursos e objetivao de critrios para fixao e distribuio de recursos. Os momentos da produo legislativa analisados so a Assemblia Nacional Constituinte, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Emenda Constitucional N. 14/96 e a Lei N. 9.424/96, ao que se acrescenta o planejamento da Educação para Todos. O foco de anlise recai sobre o teor de proposies e do produto, interpretando a configurao das competncias e da colaborao entre as esferas de governo no financiamento da educação bsica. Ao longo do perodo, e em cada frum, o movimento textual operado nas disposies normativas incidentes sobre a poltica de financiamento da educação revela dissensos entre os sujeitos, marcadamente no referente regulao das relaes entre o pblico e o privado, entre a sociedade poltica e a sociedade civil e entre as esferas de governo no campo educacional. O embate entre a liberdade de ensinar e uma filosofia democrtica da educação foi central na ANC. A longa gestao da LDB passou pela conciliao aberta, pelo sonho demirgico do senador Darcy Ribeiro e pela busca de constituio de um novo consenso, a partir do governo FHC. O Plano Decenal de Educação para Todos criou as expectativas de uma revoluo silenciosa e uma nova tica de gesto A Emenda 14/96 e a Lei N. 9.424 inseriram-se na inteno do Executivo Federal de implantar uma poltica esclarecida, cujo eixo central, o FUNDEF, ou fundo Robin Hood, foi questionado pela possibilidade de implantao da socializao da misria no que diz respeito disponibilidade de recursos financeiros. Na dcada, foram assumindo maior relevncia as deliberaes e os conflitos em torno s competncias e colaborao entre as esferas de governo no financiamento da educação, interpondo-se, tambm, os referentes s relaes entre a sociedade poltica e a sociedade civil na formulao da poltica educacional, sendo progressivamente secundarizado o conflito entre o pblico e o privado. O que ficou contemplado, e o que foi excludo ou desconsiderado em cada fase, expressam, tambm, o campo de possibilidades permitido pela correlao de foras no contexto poltico mais geral do pas e no Parlamento Federal. No final do intervalo, verifica-se que o ordenamento em foco foi enquadrado no programa reformista da administrao pblica, integrante da estratgia de ajuste estrutural, sendo, portanto, transversalizado por uma lgica pragmtica na distribuio de encargos educacionais e dos recursos financeiros para a manuteno e desenvolvimento do ensino pblico.

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O presente trabalho apresenta algumas reflexes, de inspirao nos Estudos Culturais, a partir de anlise textual de vozes indgenas, sobre os atuais dilemas da escola indgena em aldeias Paresi de Tangar da Serra-MT, tendo em vista a alternativa de se propor um modelo de escolarizao formal, de valorizao diferena frente ao atual modelo de princpios homogeneizantes. Utilizando-se de conceitos de Stuart Hall, Nestor Canclini e outros autores ps-estruturalistas, discute-se a cultura numa perspectiva dinmica de movimento contnuo de (re)construes de identidades, principalmente sob efeitos do fenmeno da globalizao, quando o avano da tecnologia da comunicao e transporte permitem, com maior freqncia, as relaes e os fluxos migratrios entre as diversas culturas construindo identidades e culturas hbridas. A partir da discusso sobre como os Paresi entendem a funo da escola da aldeia amplia-se a reflexo sobre a valorizao da lngua portuguesa nas rotinas escolares, assim como a relevncia do comportamento disciplinar dos alunos daquelas escolas.

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O objeto deste estudo analisar os resultados do Plano Nacional de Formao Profissional (PLANFOR), com sua forma no Rio Grande do Sul o Qualificar no perodo de 2000 a 2002, envolvendo os gestores das polticas e os alunos adultos dos cursos, conformando um estudo de caso na cidade de Pelotas. A metodologia qualitativa implementada de carter etnogrfico, atravs da conformao de uma amostra com alunos e alunas egressos do curso Integrar, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Alimentao, e do programa Coletivos de Trabalho, executado pelo prprio governo estadual, registrando, em dirios de campo, as visitas aos alunos e s alunas nos seus locais de moradia, e a participao de algumas de suas atividades pedaggicas, organizativas. Tambm so realizadas entrevistas com os gestores estaduais, municipais e instituies executoras dos cursos, e aplicados questionrios nos integrantes dos Coletivos de Trabalho, considerando a concepo e a efetivao das polticas pelos gestores e os efeitos dessas na vida dos desempregados, alunos dos cursos. O levantamento emprico orientou a escolha dos ordenadores tericos, transitando por autores do campo da Educação, Antropologia, Filosofia, Histria e Sociologia, tais como: Georges Balandier, Norbert Elias, Alberto Melucci, Rodolfo Kusch, Robert Castel, respeitando as especificidades das contribuies tericas para o objeto de estudo. Os direitos trabalhistas, a carteira de trabalho enquanto constructos modernos de nosso idiossincrtico Estado de bem estar social representavam uma certa seguridade para o trabalhador, que atualmente se encontra de luto pela perversidade da perda de tal condio, de luto pela carteira de trabalho no- assinada O desempregado, a desempregada, ao participarem dos cursos do Qualificar, vivenciam um processo de fagocitao do estar desempregado, enquanto figura de desordem na ordem do emprego, de luto pela carteira de trabalho - no assinada, para o estar desempregado na luta cotidiana pela garantia de sua sobrevivncia. A condio do ser e do estar mulher representa um agravante da desordem, estando ela potencialmente aberta para alternativas cooperativas, associativas de gerao de trabalho e renda. O ser e o estar pentecostal, umbandista, e, a partir desses credos religiosos, a constituio de ticas religiosas que corroboram com os resultados das polticas pblicas; o ser e o estar negro em uma regio de herana escravista, aristocrtica, com a presena marcante do latifndio pastoril; dormir para vencer refeies; participar do Movimento dos Trabalhadores Desempregados na busca de linguagens e smbolos prprios em funo de seu carter indito, tudo isso se constitui como possibilidade de produo e reproduo do ser e do estar desempregado, na perspectiva da tica do cuidado ou na sua ausncia. A efetivao de polticas pblicas estatais em Educação Profissional, enquanto uma procura incessante da ordem presente na desordem do desemprego, ocorre em uma conjuntura histrica em que, paradoxalmente, o xito do capital, a complexidade e gravidade dos problemas sociais parecem inibir superaes, reconhecendo a possibilidade de novas relaes de trabalho que privilegiem o cuidado, a solidariedade, novas formas do ser e do estar no mundo.

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Esta tese interpreta o carter das mudanas que ocorrem na educação superior a partir do processo de reformas iniciado nos anos 1990. O contexto dos acontecimentos o das reformas polticas com dimenso globalizada. Focalizou-se a diversificao institucional por meio do estudo de casos de centros universitrios. A anlise exigiu o estudo de disputas histricas, da legislao recente e de concepes e prticas sobre a vida acadmica em instituies de ensino superior. A tica sobre a realidade e sobre elementos da filosofia poltica, a partir de Hannah Arendt e de Jurgen Habermas, bem como da sociologia poltica de Boaventura de Souza Santos permitiram a constituio das categorias analticas de carter pblico e de legitimidade pblica. A compreenso a que se chegou permite defender que a diversificao institucional na educação superior, uma tendncia internacional, possui carter pblico frgil e est presente no caso brasileiro, expressando-se por meio dos centros universitrios, os quais, no possuindo identidade acadmica consolidada, contam com baixa legitimidade no sistema, embora situem-se em um marco legal de definio crescente e tendam a aprimorar-se academicamente. Nos casos estudados, v-se que a legitimidade pblica existente oriunda dos histricos institucionais comunitrio e/ou confessional.

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A partir da compreenso da historicidade de duas teorias sobre os fundamentos da Educação Musical (EM) a Filosofia da Educação Musical (FEM) e a Nova Filosofia da Educação Musical (NFEM) a tese busca tensionar e ampliar as concepes sobre a natureza da experincia com msica, polarizadas entre as duas filosofias como educação esttica e como atividade procedural. A crtica se d quanto pretenso de projeto das filosofias, que pretendem fixar uma natureza para a experincia musical e justificar sua incluso nos currculos escolares, a partir de pressupostos cognitivistas. Embora apresentem-se em uma oposio entre uma concepo de educação da sensibilidade esttica (FEM) e outra praxial (NFEM), a historicidade que as constitui revela em ambas as filosofias a influncia de pelo menos trs idias sobre a experincia musical: a metfora das formas sonoras em movimento (Hanslick, 1989); a analogia com a linguagem, do ponto de vista da comunicabilidade de significados e do ponto de vista do anlogo formal da vida afetiva (Langer, 1980); a multidimensionalidade, surgida nas filosofias a partir da influncia da teoria do significado musical (Meyer, 1956, 1967). Estas trs idias constituem a base dos ideais pedaggicos das filosofias analisadas e produzem diferentes efeitos em cada uma delas, provocando a polaridade entre produto musical e processo musical e entre audio e performance.