40 resultados para Educação Brasil

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Alguns movimentos de atualizao do plano educação se efetuam no funcionamento de mquinas abstratas. A partir de uma abordagem genealgica do processo de informatizao das escolas pblicas, ocorrido no Brasil, este trabalho de Dissertao marca alguns movimentos de desterritorializao e de territorializao no plano Informtica Educativa. Um movimento de abordagem genealgica analisa o modo como estamos inseridos num dispositivo especfico e ser objetivo desta Dissertao assinalar a produo e a mutao do que denomino dispositivo informtico que se produz no acontecendo. Para efetivar esta anlise utilizei como referncia as perspectivas poltico-filosficas de Michel Foucault e Gilles Deleuze, produzindo desdobramentos entre as aproximaes que efetuo desses autores. Utilizando o conceito foucaultiano de dispositivo articulado com outros conceitos que se avizinham em linhas segmentares e de fuga, conecto os campos da informtica, da militarizao e da economia ao campo educacional. Em tal movimento, conceptualizo a Informtica Educativa como plano de imanncia, configurando uma poltica, cujos traos diagramticos, informatizao, pedagogizao e democratizao, atravessam os agenciamentos concretos, escola, comunidade, secretarias de ensino, equipamentos informticos, Estado, alunos, professores, entre outros, produzindo uma rede de tensionamentos. As trajetrias percorridas indicam possibilidades de produzir uma experimentao, no sentido de Deleuze trajetrias mltiplas que possibilitam produzir mltiplos devires.

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Este trabalho analisa e discute a gesto da implantao do ProInfo no Esprito Santo, como uma poltica voltada para a democratizao do acesso s Tecnologias de Informao e Comunicao - TIC nas escolas pblicas. Esta ao envolveria mudanas nas prticas pedaggicas e tambm de administrao escolar, visando a melhoria da qualidade do ensino com acesso s novas tecnologias, dentro do princpio da gesto democrtica no ensino pblico. O trabalho tem uma perspectiva avaliadora do processo e dos resultados da poltica implantada. Na reviso da literatura foram destacados os conceitos de inovao tecnolgica, democratizao da educação e das TIC e de gesto democrtica, segundo autores como Garcia (1996), Costa (2002), Luce (1986), Sander (2002), Mendona (2000). Como estudo de caso, a pesquisa envolveu um relato conciso do ProInfo/MEC como marco de referncia poltica, administrativa e pedaggica; a descrio do ProInfo/ES, com organizao de dados e reflexo, circunscritos ao perodo de 1997 a 2003; e conclui com um ensaio avaliativo. Aponta para a importncia de que a apropriao de novas tecnologias pelo sistema educacional seja planejada no apenas nos aspectos de ordem pedaggica, mas tambm considere os elementos do contexto no qual a ao educativa se desenvolve e estabelece relaes, como a escola, a famlia, o trabalho e a comunidade, bem como com as questes mais amplas da cultura, da economia e a poltica. A relevncia social e pedaggica das tecnologias depende do contexto onde esto inseridas, da participao e envolvimento dos atores, da integrao das estruturas do sistema educacional, da continuidade das polticas adotadas, na abertura para que cada unidade de ensino defina o seu projeto de uso das TIC, da definio de responsabilidades em todas as instncias envolvidas e, principalmente, de instrumentos adequados de acompanhamento e avaliao.

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Estudo descritivo sobre o pensamento educacional brasileiro e o fracasso escolar examinado por meio da anlise de contedos a partir de 110 artigos publicados no periodo corrente em educação Cadernos de Pesquisa editado pela Fundao Carlos Chagas. Abrange o perlodo de 1971 a 1989. Elucida questes relacionadas ao tratamento dado ao fracasso escolar, em termos de causas e solues identificadas pelos tericos da educação e por outros estudiosos procurando esse pensamento em funo das condies em que e compreender produzido desde a sua localizao na Universidade at a epistemologia que o subjaz e a corrente da sociologia do conhecimento que a inspira. Aponta a recorrncia a Jean Piaget. Conclui que o pensamento educacional sobre o fracasso escolar apresenta-se em movimento de crescente expanso qualitativa e quantitativa e variado embora recorrente em alguns temas alm de ser fortemente relacionado s condies econmicas e politicas que e produzido. Estes e outros fatores lhe impem como em caracteristica mais remotas a concepo positivista de cincias sociais e como caracterlstica mais recente, a busca da especificidade da educação simultaneamente ao estudo das relaes mantidas com a sociedade fazendo oscilar sua nfase sobre um ou outro procedimento. Revela a crescente referncia a Piaget assinalando sua ubiqidade desenraizada nos primeiros artigos e a profundidade da discusso atual onde utilizado diversificadamente. Sugere a realizao de outros estudos com nfase nos demais peridicos correntes em educação especialmente os de maior consulta nas faculdades de Pedagogia e o aprofundamento do estudo do pensamento educacional atravs de contato mais estreito com os seus sujeitos, ou seja, os autores de artigos e pesquisadores em educação.

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Esta pesquisa apresenta e analisa uma experincia de trabalho cooperativo concebido como princpio educativo em uma Cooperativa de Produo Agropecuria (CPA) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Inicialmente busco fazer uma contextualizao da gesto atual do modelo de acumulao e reproduo do capital, seus principais desdobramentos e algumas de suas conseqncias, principalmente relacionadas ao mundo do trabalho urbano e rural, cultura e educação. Posteriormente abordo os pressupostos de uma concepo ampliada de educação, discutindo a centralidade ou no do trabalho na sociedade contempornea. Ao desenvolver uma concepo ampliada de educação, recupero o papel do trabalho na formao humana e nas relaes sociais; ao mesmo tempo discorro sobre as dimenses que assume o trabalho na produo capitalista, as contradies e as potencialidades do trabalho cooperativo, as dimenses que assume o trabalho na produo cooperativa e a concepo, os princpios, a forma organizativa da cooperao no interior do MST Em seguida trato sobre o carter de classe dos trabalhadores camponeses, a sua formao especfica no Brasil, as suas lutas e a formao histrica do MST. O trabalho de campo realizado atravs do resgate histrico dos membros da Cooperativa pesquisada, desde a preparao do acampamento at os dias atuais. no interior dessa trajetria, nas histrias de vida dos homens, mulheres e crianas que hoje fazem parte da COOPTAR, combinadas com a histria educativa do MST, que o trabalho cooperativo, em seu efetivo acontecer, concebido como princpio educativo, atuando na formao de sujeitos com identidade prpria e especfica.

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Esta pesquisa tem por objetivo investigar as interaes de professores em um curso de capacitao semi-presencial, com a utilizao de um ambiente virtual. Este curso foi desenvolvido atravs de um convnio entre a Secretaria de Educação do Estado de Gois e a PUC/SP. Com esse projeto, investigou-se como a vivncia em ambientes virtuais de aprendizagem colaborativa pode auxiliar no desenvolvimento destes sujeitos para a busca do processo cooperativo nas trocas intelectuais. A fundamentao terica deste estudo foi constituda referenciando os estudos de Jean Piaget, enfatizando-se, principalmente, os princpios da cooperao, apresentada como eixo conceitual. Neste projeto, fez-se o acompanhamento de um grupo de Professores Multiplicadores do NTE-Gois. O e-ProInfo foi o ambiente virtual que sustentou todo o movimento de busca dos dados registrados pelos sujeitos da pesquisa. Esse trabalho busca contribuir para a reflexo em torno da cooperao na formao de professores, refletindo na presena desse conceito no mbito da prtica docente desses sujeitos. Para tanto, a coleta de dados foi realizada atravs de questionrios, alm das intervenes desses sujeitos no ambiente virtual (fruns, chats etc.) ao longo do processo de trabalho. As concluses denotam uma concepo de aprendizagem colaborativa que indica caminhos para um processo qualitativamente superior que desemboca na cooperao. Destaca tambm o ambiente virtual como elemento propulsor de interaes entre sujeitos, contribuindo para a construo do conhecimento.

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As pesquisas sobre as motivaes que levam crianas e jovens prtica de atividades fsicas e desportivas vm recebendo crescente destaque na literatura desportiva. O presente trabalho teve por objetivo central explorar e avaliar um grupo de 6 (seis) das mais relevantes dimenses motivacionais associadas prtica regular de atividades fsicas, que melhor descrevem os jovens tenistas brasileiros da faixa etria de 13 a 16 anos: Controle de Estresse, Sade, Prazer, Competitividade, Sociabilidade e Esttica. Mais especificamente, o estudo procurou verificar se h diferena estatisticamente significativa entre as dimenses motivacionais dos tenistas segundo as variveis controladas: Sexo; Categorias (at 14anos e at 16 anos); Ranking (tenistas integrantes do ranking (IR) e tenistas no integrantes do ranking (NIR)); Experincia em competies (tenistas estreantes em competies (ER) e tenistas no estreantes em competies (NER)). Para tanto, aplicou-se o Inventrio de Motivao Prtica Regular de Atividades Fsicas (IMPRAF-126; Balbinotti, 2004). O IMPRAF-126 respondido numa escala do tipo Likert de cinco pontos (1 Isto me motiva pouqussimo a 5 Isto me motiva muitssimo) para verificar, em valores nominais, as dimenses que mais motivam os tenistas prtica de atividades fsicas regulares. O IMPRAF-126 foi aplicado em 226 jovens tenistas de ambos os sexos, com idades entre 13 e 16 anos. Todos os tenistas participam das competies promovidas pelas Federaes Gacha e Catarinense de Tnis. Constatou-se que a dimenso que mais motiva os tenistas prtica regular de atividades fsicas o Prazer seguido por um grupo, indissocivel estatisticamente, formado pela Competitividade e a Sade. Seguem-se a este grupo a Sociabilidade, a Esttica e o Controle de Estresse. Avaliando as motivaes dos tenistas com as variveis controladas, percebe-se que o Controle de Estresse motiva significativamente mais os tenistas do sexo masculino em comparao com as tenistas do sexo feminino. Tenistas da Categoria at 16 anos se motivam significativamente mais que os da categoria at 14 anos pela Sociabilidade. A Competitividade motiva significativamente mais aos tenistas IR do que aos tenistas NIR. Os tenistas NEC se motivam significativamente mais que os tenistas EC pela Competitividade. Os resultados deste estudo sugerem que a prtica dos jovens tenistas brasileiros se origina predominantemente pelas suas motivaes intrnsecas. Recomendamos que novos estudos com tenistas e com atletas de outros esportes, sejam realizados para aprofundar os conhecimentos sobre a motivao dos jovens prtica de atividades fsicas.

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Esta pesquisa objetivou verificar como foi construda a afirmao do direito ao ensino mdio no ordenamento constitucional-legal brasileiro desde o final do perodo imperial at a dcada de 90 do sculo XX. Para isto, apresento aspectos referentes a transformaes de vrios gneros que delimitaram a afirmao do direito ao ensino mdio no ordenamento constitucional-legal brasileiro. As trajetrias da pesquisa e do texto da dissertao buscaram, ento, a compreenso da construo histrica do direito ao ensino mdio. Para interpretar a afirmao de tal direito no ordenamento jurdico utilizei algumas diretrizes consideradas como relevantes para o estudo, sendo elas: os processos de descentralizao/centralizao, a definio de competncias das esferas de governo, a obrigatoriedade e gratuidade do ensino mdio, o dever do Estado para com a oferta desta etapa do ensino e o estabelecimento da vinculao de recursos financeiros pblicos. Foi realizada, ainda a contextualizao do ensino mdio em termos de sua funo social, sua estrutura, seu currculo e sua oferta, em diferentes momentos histricos.Para a realizao da pesquisa foram utilizados o mtodo histrico e a pesquisa de interpretao legal. O procedimento adotado foi o de, em primeiro lugar, realizar a coleta de informaes em fontes primrias e secundrias e, num segundo momento, proceder interpretao das fontes primrias, com o auxlio de fontes secundrias, especialmente de estudos que se debruam sobre o ordenamento constitucional-legal da educação brasileira. As fontes primrias utilizadas foram documentos legais e normativos dos perodos imperial e republicano. O ensino mdio, atualmente a ltima etapa da Educação Bsica, passou por uma trajetria histrica de muitas reformas e de pouco acesso a grandes parcelas da sociedade. Desde a Primeira Repblica at os dias de hoje, alguns processos foram determinantes para a afirmao do direito ao ensino mdio. A definio de competncias para os entes federados, a amplitude e o carter da descentralizao e centralizao administrativa e normativa, a garantia da gratuidade e o estabelecimento na legislao de vinculao de recursos para a educação, so fatores que em todo o perodo estudado garantem, em intensidades diferenciadas, o direito ao ensino mdio. Porm, apesar de termos hoje em nosso ordenamento constitucional-legal enunciados que garantem parcialmente este direito, ainda so requeridos avanos para que se efetive de maneira contundente o acesso de todos a este nvel de ensino; a obrigatoriedade seria condio forte nesse sentido. O direito de acesso ao ensino mdio foi muito restrito no perodo inicial de constituio do Estado Brasileiro, apresentando uma maior abrangncia a partir do segundo perodo republicano e chegando quase que total afirmao nos dias de hoje. A delimitao atual do direito contempla o dever do Estado na efetiva proteo do acesso ao ensino mdio, assim como o carter prospectivo dos deveres implcitos na sua universalizao, obrigatoriedade e gratuidade.

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Ao situar-se no mbito das cincias sociais, este estudo est orientado no sentido de historicizar um contedo da Educação Fsica de forma a apreender suas origens, desdobramentos e fundamentalmente suas implicaes Educação Fsica brasileira. A opo pelo Mtodo Francs se deu em funo da constatao da importncia que este adquiriu no Brasil, no apenas por ter sido contedo hegemnico da Educação Fsica por um longo perodo de tempo mas, principalmente, porque pela maneira com que se desenvolveu acabou deixando marcas profundas no fazer pedaggico dessa disciplina curricular. Atravs do aporte terico-metodolgico privilegiado pelo estudo, pude observar que o Mtodo Francs esteve voltado para a formao do soldado combatente e do trabalhador produtivo, sendo orientado por uma matriz biolgica e respaldado por uma abordagem positivista de cincia onde o movimento humano foi entendido a partir de seu carter antomo-mecnico e os homens e mulheres percebidos unicamente pela sua dimenso biolgica. No que se refere adoo e oficializao do Mtodo Francs no Brasil, percebi que esteve direcionado para o aprimoramento da sade, o fortalecimento da raa, a consolidao de certas disciplinas e a manuteno da ordem. Razo pela qual foi obrigatrio nas instituies escolares, onde traduziu a mesma orientao representando, nvel das atividades fsicas, uma transposio do trabalho realizado na caserna escola.

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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educação geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a histria da educação universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.

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o Instituto Nacional do Livro - INL como organismo governamental responsvel pela promoo do livro, pela concepo e coordenao das polticas de bibliotecas pblicas implantadas no Brasil, entre 1937 e 1989. Influncias dos Planos Nacionais de Desenvolvimento e dos Planos Setoriais de Educação e Cultura no planejamento das politicas de bibliotecas. Anlise do desempenho da Seo das Bibliotecas e de suas sucessoras, em relao a seu objetivo de desenvolver a biblioteca pblica no pais. ldentificao da politica do livro concebida pelo INL, como poltica para as bibliotecas. Estudo da literatura publicada sobre bibliotecas pblicas, para estabelecer a vinculao entre as politicas e a sua aplicao no dia-a-dia das bibliotecas.

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O estudo enfoca as diretrizes da poltica de financiamento da educação bsica brasileira, propugnadas ou estabelecidas no ordenamento constitucional-legal, no perodo compreendido entre os anos de 1987 a 1996, buscando analisar seu movimento textual a partir da articulao com as bases que lhes do funcionalidade. As diretrizes consideradas so: descentralizao, regime de colaborao, responsabilizao dos rgos educacionais e controle pblico e social da gesto financeira, estabilidade relativa do volume de recursos disponveis para a educação, hierarquizao da alocao de recursos e objetivao de critrios para fixao e distribuio de recursos. Os momentos da produo legislativa analisados so a Assemblia Nacional Constituinte, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Emenda Constitucional N. 14/96 e a Lei N. 9.424/96, ao que se acrescenta o planejamento da Educação para Todos. O foco de anlise recai sobre o teor de proposies e do produto, interpretando a configurao das competncias e da colaborao entre as esferas de governo no financiamento da educação bsica. Ao longo do perodo, e em cada frum, o movimento textual operado nas disposies normativas incidentes sobre a poltica de financiamento da educação revela dissensos entre os sujeitos, marcadamente no referente regulao das relaes entre o pblico e o privado, entre a sociedade poltica e a sociedade civil e entre as esferas de governo no campo educacional. O embate entre a liberdade de ensinar e uma filosofia democrtica da educação foi central na ANC. A longa gestao da LDB passou pela conciliao aberta, pelo sonho demirgico do senador Darcy Ribeiro e pela busca de constituio de um novo consenso, a partir do governo FHC. O Plano Decenal de Educação para Todos criou as expectativas de uma revoluo silenciosa e uma nova tica de gesto A Emenda 14/96 e a Lei N. 9.424 inseriram-se na inteno do Executivo Federal de implantar uma poltica esclarecida, cujo eixo central, o FUNDEF, ou fundo Robin Hood, foi questionado pela possibilidade de implantao da socializao da misria no que diz respeito disponibilidade de recursos financeiros. Na dcada, foram assumindo maior relevncia as deliberaes e os conflitos em torno s competncias e colaborao entre as esferas de governo no financiamento da educação, interpondo-se, tambm, os referentes s relaes entre a sociedade poltica e a sociedade civil na formulao da poltica educacional, sendo progressivamente secundarizado o conflito entre o pblico e o privado. O que ficou contemplado, e o que foi excludo ou desconsiderado em cada fase, expressam, tambm, o campo de possibilidades permitido pela correlao de foras no contexto poltico mais geral do pas e no Parlamento Federal. No final do intervalo, verifica-se que o ordenamento em foco foi enquadrado no programa reformista da administrao pblica, integrante da estratgia de ajuste estrutural, sendo, portanto, transversalizado por uma lgica pragmtica na distribuio de encargos educacionais e dos recursos financeiros para a manuteno e desenvolvimento do ensino pblico.

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Esta dissertao apresenta um estudo da apreciao esttica de jovens e adultos que se encontram na escola com a inteno de concluir seus estudos no Ensino Fundamental. Buscamos revelar o que pensam, o que mexe com sua sensibilidade, enfim, como vem o mundo. Para isso, fazemos uma breve recapitulao da histria do ensino de arte no Brasil, e um apanhado histrico do sentido do termo esttica, como forma de situar nosso trabalho. Inclumos tambm uma reflexo que envolve no s a esttica e a arte, mas tambm a educadora e suas construes, relacionadas a suas vivncias, processos de formao, e o papel da educação esttica na escola. Constitui-se assim uma dialtica que envolve a realidade pesquisada, a pesquisadora e as teorias que do sustentao ao trabalho. Os referenciais tericos da construo do conhecimento de Piaget permeiam o texto, aliados a uma concepo socializadora da arte, no sentido de entender e afirmar os processos criativos como possveis de serem desenvolvidos por todos os homens e mulheres. A apreciao esttica dos jovens e adultos mostra-se, atravs da escolha de imagens, que, quando analisadas, nos surpreendem, pois nos revelam um olhar voltado realidade e uma apreciao sensvel, humana e profundamente tica, uma realidade diferente das hipteses que tnhamos ao iniciar este trabalho.

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Este estudo analisa o Ensino Superior Agrcola Brasileiro ESAB, como campo (Bourdieu, 1983a), diante do cenrio do mundo cambiante em que vivemos, com os seguintes objetivos: (i) resgatar parte da histria, destacando dois momentos de inflexo vividos pelo ESAB: o primeiro a partir da dcada de 1960, quando, dentro do projeto urbano-industrialista, foram lanadas as bases do conhecimento e das estruturas acadmicas (ainda hegemnicos) para a modernizao da agricultura. O segundo na virada do Sculo XX, quando existe uma multiplicidade de propostas e no h mais um modelo a ser copiado; (ii) sugerir alguns dos caminhos possveis e suas implicaes para as instituies do ESAB, que pretendam encontrar novo sentido social no seu trabalho; (iii) analisar a influncia das Universidades Norte-americanas no ESAB, tendo em vista sua importncia no perodo de 60 e como essa influncia se manifesta no segundo momento. Um college norte-americano (College of Agricultural and Environmental Science da University of California Davis) e uma faculdade brasileira (Faculdade de Agronomia da UFRGS) foram escolhidos, como centros de formao e de pesquisa importantes e com participao destacada nos intercmbios bilaterais. Essas instituies servem como testemunhas exemplares da dinmica geral. Em ambas foram realizadas investigaes e foram ouvidos atores destacados (professores-pesquisadores), atravs de questionrios e entrevistas ao vivo Nas duas universidades os professores mostraram-se conscientes sobre as mudanas em curso, mas na UFRGS parece que o debate est menos desenvolvido. Diante das tendncias que se apresentam, a Agricultura Sustentvel e a Biotecnologia foram eleitas como plos aglutinadores de diferentes projetos em disputa no incio do Milnio. O estudo conclui que ou as escolas de agronomia se modificam ou no se justificam e tambm que, as mudanas podem ou no se vincular busca de uma ruptura paradigmtica (Santos, 1997). Conclui ainda, que seria importante cada instituio explicitar sua proposta, mesmo que esta seja de convivncia entre os diferentes projetos. Finalmente opina que, Agricultura Sustentvel parece ser estrategicamente mais interessante; tendo em vista ser mais adequada realidade social e ambiental do Brasil.

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Esta pesquisa refere-se a um estudo experimental conduzido com o objetivo de diminuir o comportamento agressivo de adolescentes na escola, combinando dois paradigmas: o modelo cognitivo desenvolvimental de Kohlberg e a teoria da aprendizagem social de Bandura. Isto foi operacionalizado na tcnica de interveno que combinam elementos das discusses de dilemas desenvolvidos por Blatt e Kohlberg com o modelo de papis, enfatizando a discusso do lder e personagens dos dilemas. Foi hipotetizado que uma combinao entre os dilemas morais tradicionais com outros novos, que propem solues pacficas versus solues agressivas (e que foram especialmente criados para este estudo), poderiam levar a um alto decrscimo no comportamento agressivo e aumento na maturidade de julgamento moral nestes adolescentes. Os participantes eram 44 adolescentes, com idades entre 12 e 18 anos, que foram pr e ps testados atravs do Moral Judgment Interview, de Kohlberg, e pelo Teachers Report Form, de Achenbach (com a adaptao Brasileira ainda em andamento, realizada por Silvares e cols.). Os resultados apontam para poucos resultados estatsticos significantes, mas uma anlise qualitativa de contedo mais acurada foi realizada na discusso, revelando ganhos interessantes tanto na maturidade de julgamento moral quanto nas reflexes sobre paz e violncia.