12 resultados para EBT2, EBT3, Gafchromic film, In vivo dosimetry, Radiotherapy
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi comparar os diagnsticos de leses de crie oclusal de molares decduos obtidos in vivo e in vitro, a partir da inspeo visual associada radiografia interproximal e avaliar in vivo e in vitro a efetividade destes exames para a deteco de leses de crie na superfcie oclusal de molares decduos. A amostra foi constituda de 52 molares decduos superiores e inferiores. Os pacientes foram radiografados com posicionadores que possuam os registros das mordidas em acrlico dos dentes posteriores aos dentes que seriam examinados. Moldagens dos hemiarcos foram obtidas com silicona de adio. O exame visual associado ao radiogrfico da superfcie oclusal dos molares decduos foi realizado. Os dentes foram extrados e posicionados nas moldagens para obteno de modelos de gesso simulando as condies in vivo. Os posicionadores com as mordidas em acrlico foram novamente utilizados para as radiografias in vitro. O exame clnico associado ao radiogrfico foi repetido in vitro pelo mesmo examinador, depois de em mdia 120 dias. Os dentes foram avaliados no estereomicroscpio para a obteno dos diagnsticos definitivos. Atravs do teste de Wilcoxon, no foram observadas diferenas estatisticamente significantes entre os exames in vivo e in vitro (p = 0,356). Nas anlises de todas as leses, a sensibilidade foi de 0,95 in vivo e in vitro e a especificidade foi de 0,75 in vivo e 1 in vitro. Quando apenas as leses em dentina foram validadas, a sensibilidade foi de 0,80 in vivo e in vitro e a especificidade foi de 0,77 in vivo e 0,83 in vitro. Assim, os resultados confirmam que os estudos de diagnstico de crie em condies laboratoriais so viveis e possuem aplicabilidade clnica. Os exames associados foram considerados efetivos na deteco de leses de crie na superfcie oclusal de molares decduos in vivo e in vitro.
Resumo:
Hiperprolinemia tipo II um erro inato do metabolismo dos aminocidos causado pela deficincia de 1 pirrolino-5-carboxilato desidrogenase, levando ao acmulo de prolina no plasma e nos tecidos. Embora sintomas neurolgicos ocorram em diversos pacientes, a neurotoxicidade da prolina ainda controversa. O principal objetivo do presente estudo foi investigar o efeito das administraes aguda e crnica de prolina na atividade da creatinaquinase em crtex, cerebelo e encfalo mdio de ratos Wistar. No tratamento agudo, uma nica injeo subcutnea de prolina foi administrada em ratos de 22 dias de vida. No tratamento crnico, a prolina foi administrada quatro vezes ao dia, do 6o ao 21o dia de vida. Os resultados mostraram que a atividade da creatinaquinase foi inibida significativamente nas trs estruturas dos ratos submetidos administrao aguda de prolina. Por outro lado, a atividade da enzima aumentou nos animais submetidos administrao crnica. Tambm foi investigado o efeito in vitro da prolina sobre a atividade da creatinaquinase nas mesmas estruturas enceflicas em ratos de 22 dias no tratados. A prolina inibiu significativamente a atividade da creatinaquinase. Considerando a importncia da creatinaquinase na manuteno da homeostase energtica enceflica, possvel que a alterao da atividade dessa enzima no encfalo possa ser um dos mecanismos pelo qual a prolina deva ser neurotxica.
Resumo:
A hiperprolinemia tipo II um erro inato do metabolismo de aminocido causado pela deficincia na atividade da 1 pirrolino-5-carboxilato desidrogenase. O bloqueio dessa reao resulta no acmulo tecidual de prolina. A doena caracteriza-se fundamentalmente por epilepsia, convulses e um grau varivel de retardo mental, cuja etiopatogenia ainda desconhecida. No tecido nervoso, a Na+, K+ - ATPase controla o ambiente inico relacionado com a atividade neuronal, regulando o volume celular, o fluxo de ons e o transporte de molculas ligadas ao transporte de Na+, tais como, aminocidos, neurotransmissores e glicose. Evidncias na literatura mostram que recm nascidos humanos com baixos nveis de Na+, K+ -ATPase cerebral apresentam epilepsia e degenerao espongiforme. Alteraes na atividade desta enzima tm sido associadas a vrias doenas que afetam o sistema nervoso central, como isquemia cerebral e doena de Parkinson. Considerando que a inibio da Na+, K+ - ATPase por ouabana tem sido associada com liberao de neurotransmissores, incluindo glutamato, em uma variedade de preparaes neuronais, e que alguns autores sugerem que o efeito da prolina sobre a sinapse glutamatrgica possa ser, pelo menos em parte, responsvel pelos sintomas neurolgicos encontrados nos pacientes com hiperprolinemia, no presente trabalho verificamos efeitos dos modelos experimentais agudo e crnico de hiperprolinemia tipo II sobre a atividade da Na+, K+ - ATPase de membrana plasmtica sinptica de crtex cerebral e hipocampo de ratos. No modelo crnico, a prolina foi administrada a ratos Wistar duas vezes ao dia do 6o ao 28o dia de vida, enquanto que no modelo agudo os animais, com 15 dias de vida, receberam uma nica injeo de prolina e foram sacrificados 1hora aps a administrao da droga. Os animais tratados crnicamente com prolina no apresentaram alteraes significativas no peso corporal, do encfalo, do hipocampo e do crtex cerebral, bem como nas quantidades de protenas do homogenizado cerebral e da membrana plasmtica sinptica de crtex cerebral e hipocampo. Nossos resultados mostraram uma diminuio significativa na atividade da Na+, K+ - ATPase de membrana plasmtica sinptica de crebro de animais tratados aguda e crnicamente com prolina. Foram tambm testados os efeitos in vitro da prolina e do glutamato sobre a atividade da Na+, K+- ATPase. Os resultados mostraram que os dois aminocidos, nas concentraes de 1,0 e 2,0 mM, inibiram significativamente a atividade da enzima. O estudo da interao cintica entre prolina e glutamato, sugere a existncia de um stio nico de ligao na Na+, K+ - ATPase para os dois aminocidos. possvel que a inibio na atividade da Na+, K+- ATPase possa estar envolvida nos mecanismos pelos quais a prolina neurotxica. Acreditamos que nossos resultados possam contribuir, pelo menos em parte, na compreenso da disfuno neurolgica encontrada em pacientes com hiperprolinemia tipo II.
Resumo:
A HSP27 um membro da famlia das protenas de choque trmico que protege as clulas contra diversos tipo de estresse, sendo expressa principalmente em astrcitos depois da isquemia. Neste trabalho, ns estudamos o papel da HSP27 na tolerncia isquemia cerebral, usando um modelo in vivo e culturas organotpicas. Foram estudados diferentes tempos de reperfuso in vivo (1, 4, 7, 14, 21, 30 dias) usando 2 min, 10 min ou 2+10 min de isquemia global transitria pela ocluso dos 4 vasos (4VO). Foi observado um aumento no imunocontedo no DG depois de todos os tratamentos, com uma diminuio na porcentagem de HSP27 fosforilada. Em CA1, regio vulnervel, observou-se um aumento no imunocontedo depois de 10 ou 2+10 min de isquemia; em 10 min o aumento de fosforilao foi paralelo ao imunocontedo, enquanto com 2+10min de isquemia, quando a regio CA1 se tornou resistente, houve uma diminuio na porcentagem de HSP27 fosforilada. Os resultados sugerem que a HSP27 pode estar atuando como chaperona, protegendo outras protenas da desnaturao nos astrcitos, os quais podem auxiliar os neurnios a sobreviverem por manter a homeostase do tecido. Em culturas organotpicas, foram usados 5 ou 10 min de privao de glicose e oxignio (OGD) ou 1M de NMDA para induzir tolerncia ao tempo letal, 40 min, de privao de glicose e oxignio (OGD). Nesse caso, foi observado um aumento no imunocontedo de HSP27 depois de todos os tratamentos, mas a porcentagem de HSP27 fosforilada se manteve constante ou aumentou quando o pr-condicionamento ocorreu. A HSP27 pode estar modulando os filamentos de actina ou bloqueando o processo apopttico, facilitando a sobrevivncia das clulas. Em conjunto, os resultados sugerem que o mecanismo que leva morte de clulas pode ser diferente nos dois modelos, exigindo atuaes distintas da protena.
Resumo:
As bases moleculares da neuroproteo contra a isquemia mediada por estrgeno continuam obscuras, assim como os mecanismos envolvendo a tolerncia ao dano isqumico subseqente induzida por pr-condicionamento. Neste trabalho foi estudado se as vias de sinalizao celular da PI3-K (fosfatidil inositol 3-quinase) e da MEK/ERK 1/2 estariam envolvidas na neuroproteo induzida por estrgeno, bem como alguns parmetros de estresse oxidativo, especificamente o contedo de radicais livres, um ndice de dano oxidativo a protenas e a capacidade antioxidante total. Tambm foi estudado o possvel envolvimento dos transportadores de glutamato (EAAT1 e EAAT2) e dos receptores de estrgeno (ER e ER) nos efeitos neuroprotetores do estrgeno e do pr-condicionamento. Para este fim, foram utilizados os modelos in vitro de culturas organotpicas de fatias hipocampais e fatias hipocampais preparadas a fresco expostas privao de oxignio e glicose (POG) e o modelo in vivo de hipxia-isquemia neonatal. Em culturas tratadas tanto aguda como cronicamente com 17-estradiol, a morte celular induzida por POG foi diminuda acentuadamente quando comparada com as culturas tratadas apenas com veculo. Este efeito neuroprotetor foi evitado por LY294002 (inibidor de PI3-K), mas no por PD98059 (inibidor de MEK/ERK 1/2). Ambos os protocolos de tratamento com estradiol induziram a fosforilao/ativao da protena quinase B (PKB/Akt) e a fosforilao/inativao da glicognio sintase quinase-3 (GSK-3). Em um estudo similar, o imunocontedo do receptor estrognico ER diminuiu aps POG em culturas tratadas tanto com estradiol quanto veculo, enquanto que o receptor ER aumentou apenas nas culturas tratadas com estradiol expostas ou no POG. No foram observadas alteraes no imunocontedo dos transportadores de glutamato (EAATs) em nenhum dos tratamentos in vitro. Em fatias de hipocampo de crebro de ratas ovariectomizadas que receberam reposio de estradiol, a morte celular foi reduzida em comparao ao grupo de ratas que no recebeu a reposio hormonal. Neste mesmo modelo, observou-se que a POG aumentou a produo de radicais livres nos dois grupos, porm no foram observadas diferenas na capacidade antioxidante total. Por outro lado, a reposio de estradiol evitou a reduo nos contedos de triptofano e tirosina causada por POG. No modelo in vivo, o crebro de ratos neonatos foi protegido contra a hipxia-isquemia pelo prcondicionamento hipxico. Em paralelo, o pr-condicionamento aumentou o imunocontedo dos transportadores de glutamato EAAT2 e do receptor estrognico ER em crtex e diminuiu os nveis de EAAT2 em estriado, mas no afetou os nveis de EAAT1 e ER. J no modelo in vitro de pr-condicionamento, nas culturas organotpicas de hipocampo pr-condicionadas, 15 min de POG induziu tolerncia acentuada a um perodo subseqente de 45 min de POG, porm no foram detectadas alteraes nos transportadores de glutamato nem nos receptores estrognicos. Juntos, os resultados sugerem que na isquemia a neuroproteo induzida por estrgeno pode envolver a via de sinalizao celular da fostatidil inositol 3-quinase (PI3-K), a preveno do dano oxidativo a protenas e a regulao dos receptores estrognicos ER e ER, enquanto que a tolerncia isquemia cerebral induzida por pr-condicionamento pode envolver a regulao dos transportadores de glutamato EAAT2 e receptores estrognicos ER.
Resumo:
Nanocpsulas (NC), nanoesferas (NS) e nanoemulso (NE) so propostas na literatura como carreadores submicromtricos de frmacos. Os objetivos deste trabalho so realizar um estudo comparativo para diferenciar o comportamento cintico desses sistemas e avaliar a influncia da espessura da parede polimrica das NC no perfil de liberao de um modelo lipoflico de frmaco a partir de diversas formulaes preparadas com diferentes concentraes de poli(-caprolactona) (PCL). Com esse propsito, o ster etlico de indometacina (IndOEt) foi associado a cada sistema e a sua hidrlise alcalina foi realizada para simular uma condio sink. As suspenses aquosas foram tratadas com soluo aquosa de NaOH e a modelagem matemtica dos perfis de consumo do IndOEt foi realizada. Uma vez que os derivados ster de indometacina tm sido relatados como inibidores seletivos da ciclooxigenase-2, tambm constitui objetivo deste trabalho avaliar a atividade antiedematognica em ratos do IndOEt associado aos nanocarreadores atravs da inibio do edema em pata de rato induzido por carragenina. O IndOEt apresentou consumo total em 24 horas para NC, 12 horas para NS e 8 horas para NE. A modelagem matemtica demonstrou que os perfis cinticos apresentaram uma fase de liberao rpida, com tempo de meia-vida de 5,9, 4,4 e 2,7 minutos, e uma fase de liberao sustentada com tempos de meia-vida de 288,8, 87,7 e 147,5 minutos, respectivamente. Comparando-se os resultados, as NC apresentaram os maiores tempos de meia-vida para o modelo lipoflico de frmaco associado aos nanocarreadores Para todas as formulaes preparadas com diferentes concentraes de PCL, a modelagem matemtica dos perfis demonstrou que quanto menor a concentrao de polmero empregada, mais rpido o consumo do ster. Para todos os sistemas estudados, um ajuste satisfatrio dos dados experimentais ao modelo da Lei das Potncias foi obtido. A incorporao do IndOEt em NC e NS apresentou atividade antiedematognica aps a administrao oral das formulaes. Por outro lado, a associao do IndOEt na NE no inibiu o edema induzido pela carragenina.
Resumo:
Introduo: Diversas anormalidades neuroqumicas tm sido relatadas no Transtorno Bipolar (TB), mas os verdadeiros mecanismos envolvidos na fisiopatologia do TB permanecem a ser elucidados. A tcnica de espectroscopia por ressonncia magntica (1H-MRS) permite a mensurao de certos neurometablitos no crebro humano in vivo. Ns utilizamos a 1H-MRS para investigar o N-acetil-L-aspartato (NAA), compostos de colina (Cho), creatina/fosfocreatina (Cr) e o myoinositol (Ino) no crtex pr-frontal dorsolateral (CPFDL) em indivduos bipolares durante episdio manaco/misto. Mtodos: Dez pacientes bipolares (9 manacos, 1 misto), diagnosticados atravs de uma entrevista clnica semi-estruturada (SCID), e 10 voluntrios normais pareados por sexo e idade foram estudados. Os neurometablitos foram mensurados atravs de voxels de 8cm3 localizados no CPFDL direito e esquerdo para aquisio da 1H-MRS de 1.5T. Imagens de ressonncia magntica anatmica ponderadas em T1 e T2 foram obtidas para excluir quaisquer anormalidades neuroanatmicas. Resultados: No foram encontradas diferenas significativas para NAA, Cho, Cr, Ino, NAA/Cr, Cho/Cr, ou Ino/Cr entre pacientes e controles. Pacientes manacos/mistos apresentaram nveis significativamente aumentados de myoinositol no CPFDL esquerdo em relao ao CPFDL direito (p = 0,044). Concluses: Elevao do myoinositol no CPFDL esquerdo em pacientes bipolares durante mania aguda pode representar uma disfuno na via de sinalizao do fosfatidilinositol. Estudos longitudinais com maior amostra avaliando o pr e ps-tratamento so necessrios para melhor esclarecer este tema.
Resumo:
Otite externa uma enfermidade comumente observada em ces encaminhados a clnica veterinria e a etiologia desta doena varia em funo de diversas combinaes entre os fatores predisponentes, primrios e perpetuantes responsveis pela enfermidade. Este trabalho teve como objetivo pesquisar a presena da Malassezia pachydermatis em otite externa canina e avaliar a suscetibilidade in vivo e in vitro da levedura frente ao cetoconazol e tiabendazol. Para isto foi pesquisada a presena da levedura M. pachydermatis em otite externa de 168 ces encaminhados aos Hospitais de Clnicas Veterinrias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Federal de Pelotas, assim como em clnicas e canis particulares. Aps identificao morfolgica e bioqumica da levedura, foi realizada extrao de DNA pelo mtodo de fenol-clorofrmio de amostras selecionadas para anlise pela tcnica de RAPD- PCR, para verificao de heterogeneidade molecular. Foi realizada a reproduo experimental de malasseziose tica em 14 ces inoculados com a levedura para posterior tratamento. Dois grupos de 30 ces com malasseziose tica foram selecionados para tratamento com os produtos comerciais otolgicos contendo tiabendazol e cetoconazol (Otodem plus e Aurivet respectivamente). Com os isolados de M. pachydermatis obtidos desses animais tratados foi realizado antifungigrama atravs da tcnica de Microdoluio em Caldo (MC) para o tiabendazol e tcnica do ETEST para o cetoconazol. Os resultados deste ltimo foram comparados com a tcnica de MC. A M. pachydermatis foi isolada em 139 (82,7%) casos de otite externa, sendo que molecularmente, a levedura apresentou diferenas, recebendo nove subdivises a partir do primer utilizado. Os animais inoculados com a levedura desenvolveram a otite externa e o tratamento realizado com os produtos comerciais Aurivet e Otodem plus foi eficaz. Dos 60 animais tratados para malasseziose, 86,7% apresentaram cura clnica. A CIM do tiabendazol atravs da tcnica de MC variou de 0,03 a >4mg/ml, com mdia de 3,67mg/ml. A CIM do cetoconazol, atravs do ETEST, variou de 0,004 a 0,75mg/ml, com mdia de 0,156mg/ml. A CIM do cetoconazol, atravs do mtodo MC variou de 0,0009375 a 0,06mg/ml, com CIM mdia de 0,00815mg/ml. Atravs do clculo de CIM50 e CIM90, observou-se frente ao tiabendazol, resistncia em 13,7% dos isolados, sensibilidade intermediria em 47,1% e 39,2% isolados foram sensveis. Quanto ao cetoconazol, atravs da tcnica do ETEST, a resistncia foi observada em 11,1% dos isolados, sensibilidade intermediria foi encontrada em 41,7% e 47,2% isolados foram sensveis. Pela MC, foi observada resistncia em 15,4% isolados, sensibilidade intermediria em 35,9% isolados e 48,7% foram sensveis. As mdias das CIMs observadas entre os 17 isolados testados simultaneamente frente ao cetoconazol com as duas metodologias, ETEST e MC, foi 0,103mg/ml e 0,0119mg/ml respectivamente. Nesta comparao podemos observar a concordncia de resultados em apenas seis amostras (35,3%), quatro sensveis e duas, sensibilidade intermediria. As combinaes teraputicas testadas nos animais foram eficazes no tratamento da malasseziose tica canina, porm no houve relao entre resultado do teste in vitro e a resposta in vivo dos antifngicos frente a levedura.
Resumo:
O cido glutrico (AG) o principal metablito acumulado nos tecidos e fluidos corporais de pacientes afetados por acidemia glutrica tipo I (AG I), um erro inato do metabolismo da via catablica dos aminocidos lisina, hidroxilisina e triptofano causado pela deficincia severa da atividade da enzima glutaril-CoA desidrogenase. Clinicamente, os pacientes apresentam macrocefalia ao nascimento e uma hipomielinizao ou desmielinizao progressiva do crtex cerebral. Crises de descompensao metablica com encefalopatia aguda ocorrem nestes pacientes principalmente entre 3 e 36 meses de vida, levando a uma marcada degenerao estriatal, que a principal manifestao neurolgica da doena. Depois de sofrer essas crises, os pacientes apresentam distonia e discinesia que progridem rapidamente e os incapacita para as atividades normais. Apesar dos sintomas neurolgicos severos e achados neuropatolgicos com atrofia cerebral, os mecanismos que levam ao dano cerebral na AG I so pouco conhecidos. O objetivo inicial do presente trabalho foi desenvolver um modelo animal por induo qumica de AG I atravs da injeo subcutnea do AG em ratos Wistar de forma que os nveis cerebrais deste composto atinjam concentraes similares aos encontrados em pacientes (~0,5 mM) para estudos neuroqumicos e comportamentais. Observamos que o AG atingiu concentraes no crebro aproximadamente 10 vezes menores do que no plasma e 5 vezes menores do que nos msculos cardaco e esqueltico. O prximo passo foi investigar o efeito desse modelo sobre parmetros do metabolismo energtico no crebro mdio, bem como nos tecidos perifricos (msculo cardaco e msculo esqueltico) de ratos de 21 dias de vida Verificamos que a produo de CO2 a partir de glicose no foi alterada no crebro mdio dos ratos, bem como a atividade da creatina quinase no crebro mdio, msculo cardaco e msculo esqueltico. A atividade do complexo I-III da cadeia respiratria estava inibida em crebro mdio de ratos (25%), enquanto no msculo esqueltico estavam inibidas as atividades dos complexos I-III (25%) e II-III (15%) e no msculo cardaco no foi encontrada nenhuma inibio dos complexos da cadeia respiratria. Em seguida, testamos o efeito in vitro do AG sobre os mesmos parmetros do metabolismo energtico e observamos uma inibio das atividades do complexo I-III (20%) e da sucinato desidrogenase (30%) no crebro mdio na concentrao de 5 mM do cido. A produo de CO2, a partir de glicose e acetato, e a atividade da creatina quinase no foram alteradas pelo AG no crebro mdio dos animais. Assim, conclumos que o AG interfere no metabolismo energtico celular, o que poderia explicar, ao menos em parte, a fisiopatogenia da AG I.
Resumo:
A acidemia metilmalnica uma desordem metablica hereditria caracterizada bioquimicamente pelo acmulo tecidual de cido metilmalnico (MMA) e clinicamente por deteriorao neurolgica progressiva e falncia renal. Os avanos no tratamento dessa doena alcanados nos ltimos anos possibilitaram uma diminuio significativa na mortalidade dos mesmos. Entretanto, a morbidade continua alta, pois a maioria dos pacientes afetados por acidemia metilmalnica, mesmo recebendo o melhor tratamento disponvel no momento, apresenta graus variveis de comprometimento do sistema nervoso central refletido em retardo mental e atraso no desenvolvimento psicomotor. No presente estudo investigamos os efeitos in vivo da administrao crnica do MMA em ratos Wistar durante o seu desenvolvimento (do 5 ao 28 dia de vida ps-natal) sobre o comportamento dos mesmos na tarefa do labirinto aqutico de Morris. A tarefa foi realizada aps um perodo de recuperao dos animais de 30 dias com o intuito de verificar dano neurolgico permanente ou de longa durao nos animais. O labirinto aqutico de Morris uma tarefa bastante til para a avaliao de aprendizado e memria espaciais. O protocolo da tarefa foi ligeiramente modificado para servir ao propsito de nosso trabalho, ou seja, o de avaliar o efeito da administrao crnica de drogas sobre o comportamento de ratos. Verificamos que a administrao crnica de MMA no provocou efeito no peso corporal, velocidade de natao e na fase de aquisio da tarefa. Porm, o tratamento prejudicou o desempenho dos animais no treino reverso, o que condizente com comportamento perseverativo. Tambm avaliamos o efeito do cido ascrbico, que foi administrado isoladamente ou em combinao com o MMA para testarmos se o estresse oxidativo poderia estar relacionado com as alteraes comportamentais observadas no grupo tratado com MMA. Observamos que este antioxidante preveniu as alteraes comportamentais provocadas pelo MMA, indicando que o estresse oxidativo pode estar envolvido com o efeito encontrado. Passamos ento a avaliar o efeito in vitro do MMA sobre parmetros de estresse oxidativo, mais especificamente na tcnica de dosagem de substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS), que um parmetro de lipoperoxidao, e sobre o potencial antioxidante total do tecido (TRAP) e a reatividade antioxidante do tecido (TAR), que so parmetros de defesas antioxidantes teciduais. O MMA na concentrao de 2,5 mM aumentou a lipoperoxidao in vitro em homogeneizado de estriado e hipocampo de ratos e diminuiu o TRAP e o TAR em homogeneizado de estriado de ratos. Tais resultados indicam fortemente que o MMA induz estresse oxidativo. Finalmente investigamos o efeito in vitro do MMA sobre a atividade enzimtica dos complexos da cadeia respiratria em vrias estruturas cerebrais e em rgos perifricos em ratos de 30 dias de vida no sentido de melhor esclarecer os mecanismos fisiopatolgicos dos danos teciduais desta doena. Verificamos que o MMA causou uma inibio significativa da atividade do complexo II da cadeia respiratria em estriado e hipocampo quando baixas concentraes de sucinato foram utilizadas no meio de incubao. Alm disso, verificamos que este efeito inibitrio do MMA sobre o complexo II ocorreu somente aps exposio do homogeneizado ao cido por pelo menos 10 minutos, alm do que esta inibio no foi prevenida pela co-incubao com o inibidor da xido ntrico sintetase N- nitro-L-argininametilester (L-NAME) ou por uma associao de catalase e superxido dismutase. Estes resultados sugerem que as espcies reativas de oxignio e nitrognio mais comuns no esto envolvidas neste efeito, tornando improvvel que a inibio do complexo II da cadeia respiratria seja mediada por estresse oxidativo. O MMA tambm causou uma inibio do complexo II-III em estriado, hipocampo, rim, fgado e corao; e inibiu o complexo I-III em fgado e rim. O complexo IV no foi afetado pela incubao com o cido em nenhuma das estruturas testadas. Portanto, tomados em seu conjunto, estes resultados indicam que o MMA bloqueia a cadeia respiratria. Os resultados de nosso trabalho indicam que a administrao crnica de MMA em ratos em desenvolvimento provocou alteraes comportamentais de longa durao provavelmente mediadas por radicais livres, pois tais alteraes foram prevenidas pelo antioxidante cido ascrbico. O MMA tambm induziu estresse oxidativo in vitro em estriado e hipocampo e inibiu de forma diferenciada os complexos da cadeia respiratria nos tecidos estudados, sendo que as estruturas mais vulnerveis a esta ao foram o estriado e o hipocampo. Finalmente, nossos resultados sugerem que antioxidantes podem ajudar a prevenir, ou pelo menos atenuar, os danos teciduais provocados pelo MMA na acidemia metilmalnica.
Resumo:
Os polmeros do tipo poli-hidroxialcanoatos (PHAs) so polisteres bacterianos que apresentam as propriedades de termoplsticos e elastmeros biodegradveis. A sntese deste polmero em plantas de interesse agroindustrial tem sido vista como uma rea promissora dentro da biotecnologia de polmeros para a produo em grande escala com baixos custos. Contudo, esta tarefa requer o aprimoramento de diferentes metodologias bioqumicas e moleculares, alm de maximizar os processos de extrao destes polmeros biolgicos. A produo de PHAs em peroxissomos ou no citoplasma de Saccharomyces cerevisiae, por meio da expresso de uma PHA-sintase bacteriana, pode servir como indicador e modulador do fluxo de carbonos que percorre vias biossintticas como a sntese de novo de cidos graxos e a -oxidao. Esta levedura tem sido usada como eucarioto modelo para manipular as rotas envolvidas na sntese de PHAs do tipo MCL (PHA com um nmero mdio de carbonos), um polmero menos cristalino e com menor ponto de fuso quando comparado ao PHA-SCL (PHA com um nmero pequeno de carbonos). A enzima PhaG (3-hidroxidecanoil-ACP-CoA transacilase) responsvel pela conexo entre a sntese de cidos graxos e a produo de PHA-MCL em bactrias do gnero Pseudomonas, em meios de cultura contendo uma fonte de carbono norelacionada como gliconato, etanol ou acetato. Para tentar estabelecer esta rota metablica em S. cerevisiae, o presente trabalho avaliou a coexpresso de PhaGPa e PhaC1Pa (PHA-sintase) de P. aeruginosa para a sntese de PHA-MCL a partir de uma fonte de carbono no-relacionada em leveduras. Contudo, a presena de PhaGPa no alterou a composio ou a quantidade de PHA-MCL em relao cepa controle contendo apenas PhaC1Pa citoplasmtica ou direcionada ao peroxissomo, independentemente da fonte de carbono utilizada (rafinose ou cido olico). Este resultado permite sugerir que a ligao entre a sntese de cidos graxos e a produo de PHA-MCL em S. cerevisiae no foi estabelecida, provavelmente devido ausncia de algum passo enzimtico que limita o desvio de substratos da sntese de cidos graxos para a produo de PHA-MCL em organismos que no so capazes de acumular naturalmente este polmero quando cultivados em fontes de carbono no-relacionadas.A levedura S. cerevisiae tem sido usada como um sistema modelo para estudar a -oxidao de cidos graxos insaturados em peroxissomos. A produo de PHA-MCL pela expresso de PhaC1Pa em peroxissomos de cepas selvagens e mutantes nulos de S. cerevisiae para as enzimas auxiliares da -oxidao (Eci1p, Sps19p e Dci1p), multiplicadas em meio de cultivo contendo um cido graxo insaturado como fonte de carbono, permitiu monitorar o fluxo de carbonos que percorre as vias dependente de isomerase, redutase e di-isomerase. Desta forma, o presente estudo permitiu avaliar a - oxidao in vivo dos cidos graxos linolico conjugado, 9-cis,11-trans-CLA (cido rumnico) ou 10-cis,13-cis-nonadecadienico, para determinar a contribuio das vias alternativas na degradao destes substratos pela utilizao de cepas selvagens, mutantes nulos e linhagens contendo um plasmdio multicpia para os genes ECI1 (3- 2-enoil-CoA isomerase), SPS19 (2,4-dienoil-CoA redutase) e DCI1 (3,5-2,4-dienoil- CoA isomerase). As linhagens selvagens foram capazes de sintetizar PHA-MCL quando cultivadas em cido rumnico, mas a atividade da enzima Eci1p foi essencial para a degradao deste CLA, indicando que a via dependente de isomerase a nica rota in vivo necessria para a -oxidao do cido rumnico em peroxissomos de S. cerevisiae. A contribuio da enzima di-isomerase (Dci1p) para a degradao do cido 10- cis,13-cis-nonadecadienico foi avaliada em cepas selvagens, mutantes nulos dci1 e linhagens de S. cerevisiae contendo os plasmdeos multicpia. De acordo com o contedo e a quantidade de PHA formado, a -oxidao de cidos graxos cisinsaturados em um carbono mpar , in vivo, independente da di-isomerase. Embora este resultado possa indicar o mesmo padro de envolvimento de Dci1p na degradao de cidos graxos cis-insaturados em um carbono mpar em mitocndrias de mamferos, esta via alternativa deve ser mais bem investigada em eucariotos superiores.
Resumo:
O pantoprazol (PAN) um inibidor da bomba de prtons clinicamente empregado para o tratamento de lcera gstrica e refluxo gastro-esofgico. Estudos relacionados estabilidade fsico-qumica mostraram que a degradao do PAN est diretamente relacionada com a acidez do meio, determinando a necessidade de administr-lo em uma forma gastrorresistente. Desse modo, este trabalho props-se a desenvolver micropartculas base de polmero gastrorresistente (Eudragit S100), polmero de baixa permeabilidade (Eudragit RS30D) ou de blenda polimrica (Eudragit S100/ Eudragit RS30D), contendo PAN pela tcnica de spraydrying . O estudo de dissoluo in vitro utilizando clula de fluxo demonstrou que o PAN foi liberado das micropartculas em 120 minutos, seguindo cintica de primeira ordem, de acordo com o modelo monoexponencial. A avaliao da gastrorresistncia in vitro em clula de fluxo e em dissolutor evidenciou que as formulaes de micropartculas base de Eudragit S100 e da blenda (Eudragit S100/ Eudragit RS30D), garantiram adequada proteo ao frmaco em ambiente cido. Estudos in vivo confirmaram esses resultados, pois possibilitaram a constatao da proteo do frmaco pelas micropartculas durante a passagem pelo estmago, o que possibilitou absoro entrica do PAN em quantidade adequada para exercer atividade farmacolgica. Por fim, a investigao ex vivo da permeao do PAN carreado por micropartculas no epitlio intestinal mostrou que estes sistemas foram capazes de garantir a absoro da totalidade do frmaco carreado, constatando-se ainda que este processo ocorreu segundo o modelo monoexponencial.