14 resultados para Dor Crônica Diagnóstico

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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A Sindrome Miofascial constitui, dentre os quadros de dor crônica, o que leva um nmero expressivo de pacientes a buscar atendimento mdico nos Servios de Tratamento de Dor. Caracteriza-se pela presena de pontos dolorosos localizados na musculatura, chamados de pontos de gatilho, e de espasmo muscular, podendo ocorrer limitao funcional e disfuno do sistema vegetativo (Sola & Bonica, 2001). A dor e a limitao funcional decorrentes da Sindrome Miofascial constituem atualmente uma das grandes causas de falta ou afastamento do trabalho, o que acarreta graves problemas econmicos e sociais (Roth et al, 1998; Sola & Bonica, 2001). Seu tratamento pode ser demorado e requer participao ativa por parte do paciente. O ndice de melhora dos pacientes portadores de Sndrome Miofascial parece sofrer influncia de diversos fatores tais como sintomas depressivos, ansiedade, ganho com os sintomas, etc. Os objetivos deste trabalho foram estabelecer a incidncia de sucesso e insucesso da teraputica proposta e verificar qual a relao daqueles fatores com o desfecho clnico estabelecido. Efetuou-se um estudo observacional. O delineamento experimental realizado foi um estudo de incidncia. Estudaram-se 62 pacientes adultos (mais de 18 anos), de ambos os sexos, com diagnóstico de Sndrome Miofascial, que procuraram atendimento no Servio de Tratamento de Dor e Medicina Paliativa do HCPA. Os instrumentos de aferio utilizados foram a Escala Anloga Visual de Dor (VAS), Escala de Ansiedade Trao- Estado (IDATE), Escala para Depresso de Montegomery-sberg, Self-Reporting Questionnaire (OMS), Questionrio sobre Expectativa de Futuro e questionrio estruturado. Os testes psicolgicos e de avaliao da dor foram aplicados em dois momentos, na primeira consulta e ao final do tratamento proposto. Foi considerado como desfecho clnico o insucesso teraputico, avaliado ao final do estudo. Observaram-se incidncia de 71% e 29%, respectivamente, para sucesso e insucesso teraputico. Os pacientes que estavam afastados do trabalho apresentaram aproximadamente 9 vezes mais chances de insucesso teraputico. Aqueles que obtiveram ganho com os sintomas apresentaram em torno de 7 vezes mais chances de manuteno da dor ao final do tratamento. Maior ansiedade-estado (razo de chances ou RC = 3,4), expectativa negativa de futuro (RC = 22), sintomas depressivos moderados a intensos (RC =4,5) e presena de distrbios psiquitricos menores (RC = 3,6) associaram-se com maiores chances de insucesso teraputico. Caractersticas demogrficas, familiares, de ocupao e clnicas no se associaram ao desfecho clnico avaliado. Dos pacientes analisados, 29% permaneceram sem alvio da dor, com dificuldades para dormir e afastados de suas atividades, caracterizando o insucesso teraputico. Observou-se a associao entre insucesso e presena de distrbios psiquitricos menores, sintomas depressivos moderados a intensos, maior estado de ansiedade, ganho com os sintomas e afastamento do trabalho. A abordagem multidisciplinar destes pacientes se faz necessria para elevar os ndices de sucesso teraputico no tratamento da SMF.

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A infeco por Helicobacter pylori (Hp) uma das infeces bacterianas mais comuns em todo o mundo. As maiores prevalncias da infeco foram encontradas nos pases em desenvolvimento, onde, em geral so altas j na infncia. O mtodo diagnóstico considerado mais acurado para a infeco por Hp, em crianas, o exame endoscpico com bipsias gstricas. Alguns autores referem que o nico aspecto macroscpico que pode predizer a infeco o da presena de nodosidades na mucosa gstrica. Este aspecto denominado de gastrite endoscpica nodular. A especificidade da gastrite endoscpica nodular para a infeco por Hp, entretanto, recentemente foi questionada por outros autores. Realizamos um estudo transversal em uma amostra de crianas (um a 12 anos) com dor abdominal crônica, que preenchiam os critrios para a realizao de endoscopia digestiva alta, no Hospital da Criana Conceio e no Hospital de Clnicas de Porto Alegre, de setembro de 1997 a setembro de 1999. O objetivo principal foi verificar a associao entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas. A amostra foi constituda de 185 crianas de ambos os sexos, com baixa renda familiar, cujos pais apresentavam baixo nvel de escolaridade. Foi realizado estudo histolgico das lminas de bipsia gstrica (no mnimo cinco fragmentos, corados com H-E ou Giemsa), conforme o Sistema Sydney modificado. A infeco por Hp foi caracterizada pela presena de Hp na lminas de bipsias gstricas dos pacientes e a gastrite folicular, pela presena de folculos linfides bem formados, em mucosa gstrica inflamada. A prevalncia da infeco por Hp nas crianas com dor abdominal crônica foi de 27% (IC 95%: 20,8-34,0). Foi demonstrada uma associao muito forte entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas (P<0,001; RP = 29,7). Houve um aumento da prevalncia tanto da infeco por Hp como da gastrite endoscpica nodular com a idade dos pacientes. A gastrite endoscpica nodular , embora tenha demostrado uma baixa sensibilidade (44,0%), apresentou um valor preditivo positivo de 91,7% para a infeco por Hp. Tanto o teste de urease, como a gastrite endoscpica nodular mostraram-se muito especficas, 94,5% e 98,5%, respectivamente, para o diagnóstico da infeco. Quando se combinou o teste de urease com o aspecto de gastrite endoscpica nodular, encontrou-se, uma sensibilidade muito baixa (34,7%), mas uma especificidade de 100% para a infeco por Hp. A sensibilidade do teste de urease, isolado, para a infeco foi de 60,4% e o seu valor preditivo positivo de 80,5%. O aspecto endoscpico (gastrite endoscpica nodular) teve associao com o microscpico (gastrite folicular) (P<0,001). Houve uma forte e significativa associao entre a infeco por Hp e a gastrite crônica ativa ( P<0,001; RP = 10,8). O mesmo foi demonstrado entre a gastrite nodular e a gastrite crônica ativa (P<0,001; RP = 8,6). Tambm foi verificado um ntido aumento das razes de prevalncia da gastrite crônica ativa e da gastrite endoscpica nodular, com a acentuao dos graus de densidade de Hp. Finalmente, foi demonstrada a importante correlao entre o grau de intensidade da gastrite, verificado no exame histolgico, e a gastrite endoscpica nodular (r = 0,97; P<0,001). A prevalncia da infeco por Hp encontrada em Porto Alegre, nas crianas, foi menor do que a de outras cidades brasileiras e similar quela registrada em algumas cidades do primeiro mundo. A presena de nodosidade na mucosa gstrica foi a alterao, endoscopia, mais freqentemente verificada nas crianas com infeco por Hp. Considerando a baixa prevalncia da infeco encontrada na nossa amostra, a presena de gastrite endoscpica nodular significa uma elevada probabilidade de infeco por Hp, dado o alto valor preditivo verificado. O achado negativo para a gastrite endoscpica nodular, entretanto, no exclui a possibilidade da presena de infeco por Hp. Uma maior colonizao bacteriana da mucosa gstrica estaria associada ao aparecimento da gastrite endoscpica nodular, j que a sua prevalncia aumentou com os graus de densidade de Hp, assim como ocorreu com a gastrite crônica ativa. E quando ocorre, nas crianas, h maior probabilidade de se tratar de uma gastrite mais ativa e mais intensa.

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O refluxo gastresofgico (RGE) constitui entidade clnica reconhecida na literatura mdica atual, sendo associado a uma variedade de sintomas respiratrios, entre os quais inclui-se tosse crônica. Foram analisados prospectivamente 68 pacientes de ambos os sexos com queixas de tosse crônica (mais de 3 semanas). Realizou-se um questionrio desenvolvido na Clnica da Tosse do Pavilho Pereira Filho da Irmandade da Santa Casa de Misericrdia de Porto Alegre, contendo dez questes sobre hiper-reatividade brnquica, dez sobre sinusopatia, quinze sobre refluxo gastresofgico, dez sobre rinite, duas sobre bronquiectasias, trs sobre etiologia psicognica e uma relacionada ao uso de inibidor da enzima conversora da angiotensina (ECA). As questes utilizadas no estudo foram somente 15 que abrangem os mais freqentes sinais e sintomas caractersticos do RGE, adotando como padro ureo do diagnóstico a pHmetria esofgica de 24 horas (doravante citada como pHmetria). As manifestaes clnicas mais freqentes foram: rouquido em 46 pacientes (67,6%), azia em 42 (61,8%), piora da tosse aps as refeies em 38 (55,9%), regurgitao em 34 (50,0%), eructao em 32 (47,8) e dor no peito em 25 (42,6%). A pHmetria foi realizada em 68 pacientes, sendo positiva em 55 (80,9%) e negativa em 13 (19,1%). A avaliao dos resultados permitiu concluir que o questionrio aplicado revelou que o conjunto das manifestaes clnicas mostrou-se bom preditor de probabilidade quanto ao RGE, medido pHmetria. A anlise particularizada para cada quesito, entretanto, revelou que as manifestaes isoladamente no se mostraram significativas, com exceo de nuseas, gases e eructao. Dos 13 pacientes com pHmetria esofgica normal, o questionrio, analisado pelo modelo de regresso logstica classificou corretamente 7 pacientes (53,8%) deles. Dos 55 pacientes com pHmetria esofgica positiva, ou, em ltima anlise, com presena de RGE, 53 pacientes (96,4%) foram corretamente classificados pela anlise de regresso logstica atravs das manifestaes clnicas do questionrio. O rendimento do questionrio mostrou associao significativa entre sintomas clnicos de RGE e a probabilidade de o teste de pHmetria ser positivo. Portanto, na ausncia deste equipamento, em pacientes com tosse crônica, sugerida a aplicao do questionrio, pois em apenas 8 pacientes (11,7%) da amostra as perguntas do questionrio, analisadas segundo o modelo de regresso logstica, no foram boas preditoras da presena ou ausncia de RGE.

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A osteodistrofia renal uma complicao comum da insuficincia renal crônica. A bipsia ssea continua sendo o melhor mtodo para o diagnóstico das doenas sseas metablicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da ultra-sonografia e da cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireide, como mtodos diagnósticos no invasivos em pacientes com osteodistrofia renal em hemodilise. Foram investigados 30 pacientes com insuficincia renal crônica, em tratamento com hemodilise por no mnimo 6 meses, com sintomas e/ou com alteraes bioqumicas sugestivas de doena ssea renal, sendo 19 mulheres e 11 homens, com mdia de idade de 43,9 9,17 anos. Quinze pacientes (50%) apresentaram diagnóstico de hiperparatireoidismo secundrio, 5 (16,7%) de doena ssea mista, 3 (10%) de osteomalcia e 3 (10%) de doena ssea adinmica. Glndulas aumentadas da paratireide foram observadas em 12 (40%) pacientes na ultra-sonografia e em 15 (50%) na cintilografia com Tc-99m-sestamibi. O grupo de pacientes com glndulas aumentadas da paratireide na ultra-sonografia, comparado com o grupo com glndulas no detectadas, apresentaram nveis sricos de PTHi aumentados (1536,6 881,8 x 811,7 705,5 pg/ml, p<0,05) e nveis sricos de albumina menores (3,690,24 x 4,030,44 g/dl, p<0,05). Todos os pacientes com nveis sricos de PTHi inferiores a 280 pg/ml apresentaram ecografias da paratireide com resultados normais. Nove de 12 pacientes (83,3%), com ultra-sonografia com glndulas aumentadas da paratireide, apresentavam nveis de PTHi superiores a 720 pg/ml. Ultra-sonografia mostrando glndulas aumentadas da paratireide apresentou uma sensibilidade de 50%, uma especificidade de 66% e um valor preditivo positivo de 83% para o diagnóstico de doenas de alto remanejamento sseo. Em relao aos resultados das cintilografias de paratireide com Tc-99m-sestamibi, no houve diferenas nas mdias dos nveis de PTHi entre os pacientes com ou sem glndulas aumentadas da paratireide, assim como para os outros exames bioqumicos. Quando comparado aos nveis de PTHi, 2 pacientes apresentaram resultados positivos na cintilografia com PTHi inferior a 280 pg/ml e 8 (53,4%) acima de 720 pg/ml. Semelhante aos resultados das ultra-sonografias, a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo da cintilografia para o diagnóstico das doenas de alto remodelamento sseo foram baixos, 50%, 33% e 71%, respectivamente. Podemos concluir que a ultra-sonografia e a cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireide no foram bons mtodos para o diagnóstico de doenas sseas com alto remodelamento, no entanto, a ultra-sonografia da paratireide foi superior a cintilografia com Tc-99m-sestamibi na deteco de glndulas aumentadas, sugerindo ser um marcador mais til de gravidade em pacientes sintomticos com hiperparatireoidismo secundrio severo.

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A colestase crônica na infncia e na adolescncia interfere diretamente no cres-cimento e no desenvolvimento do indivduo e produz conseqncias clnicas relacionadas com a m absoro das vitaminas lipossolveis da dieta. A vitamina E exerce um importante papel na estrutura e na funo dos sistemas nervoso e musculoesqueltico. A vitamina D tem reconhecida influncia sobre a fisiopatologia da osteopenia colesttica que se manifesta como osteoporose, raquitismo ou osteomalcia. A realizao de dosagens plasmticas dessas vitami-nas essencial para detectar precocemente suas deficincias, bem como para monitorizar uma adequada suplementao. Essas dosagens no so realizadas de rotina no nosso meio. Os objetivos do presente estudo foram verificar os nveis plasmticos de vitami-nas D e E em uma amostra de crianas e adolescentes com colestase crônica; verificar o esta-do nutricional e a ingesto de macro e micronutrientes desses pacientes; verificar o uso de su-plemento de vitaminas, o tempo de colestase; e realizar avaliao neurolgica para estabelecer eventual relao com os nveis plasmticos de vitamina E. A amostra constou de 22 crianas e adolescentes com colestase crônica que con-sultavam no ambulatrio ou estiveram internadas na Unidade de Gastroenterologia Peditrica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre no perodo de dezembro de 2000 a abril de 2002. Como controles, participaram 17 crianas eutrficas e normais do ponto de vista gastroentero-lgico com faixa etria correspondente. Foram realizadas avaliao nutricional e avaliao neurolgica. Foi pesquisado o tempo de colestase e o uso de suplemento de vitaminas lipossolveis. A tcnica utilizada para as dosagens da vitamina E foi a cromatografia lquida de alta preciso (HPLC) e as dosagens plasmticas de vitamina D pela tcnica de radioimunoensaio. A prevalncia de desnutrio variou entre 23,8% a 63,0% considerando as diferentes medidas e padres utilizados. O inqurito alimentar realizado demonstrou uma ingesto calrica mdia de 89,33 27,4% em relao ao recomendado para idade com uma distribui-o dos macronutrientes em relao s calorias ingeridas dentro dos valores de referncia para o grupo em questo, havendo, porm, uma pobre ingesto de micronutrientes como ferro e zinco. O exame neurolgico foi alterado em 43% dos pacientes colestticos, em que foram constatadas vinte alteraes neurolgicas em nove pacientes. No obtivemos resultados con-fiveis para os nveis plasmticos de vitamina E, apesar de realizar 3 etapas para validao. O valor mdio de vitamina D entre os pacientes foi de 13,7 8,39 ng/ml, enquanto que no grupo controle foi de 25,58 16,73 ng/ml (P = 0,007), havendo uma prevalncia de hipovitaminose D entre esses pacientes de 36%. No foi observada relao entre estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suplemento oral de vitaminas lipossolveis e os nveis plasmticos refe-ridos. Conclumos que a mdia de nveis plasmticos de vitamina D nas crianas e nos adolescentes colestticos do estudo foi significativamente menor do que nos controles nor-mais sem relao significativa com estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suple-mento de vitaminas. As alteraes neurolgicas foram freqentes e a prevalncia de desnutri-o nos pacientes foi semelhante encontrada na literatura. A ingesta calrica foi deficiente havendo porm, um equilbrio dos macronutrientes e ingesto insuficiente de ferro e zinco.

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O desempenho do sistema msculo esqueltico pode ser afetado por muitos fatores durante o exerccio. Em indivduos saudveis, o sistema muscular o principal fator limitante da atividade aerbia. O desempenho fsico durante o exerccio em pacientes com Doena Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) pode estar limitado por fatores como fraqueza dos msculos ventilatrios, alterao da mecnica da caixa torcica e tambm pelo metabolismo anaerbio. O objetivo do estudo foi avaliar se existe correlao entre a resistncia muscular ventilatria com a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC. Para determinar a capacidade de resistir trabalho da musculatura ventilatria, realizamos o teste incremental destes msculos proposto por Martyn e col. A capacidade ao exerccio foi determinada pelo teste da caminhada de seis minutos. Foram avaliados onze indivduos com diagnóstico clnico de DPOC (VEF1 1.01+/-0.52 L / idade 67+/-12anos). A distncia percorrida no teste de caminha em metros se correlacionou positivamente com resistncia ventilatria, expressa em peso (r=0.72) e com VEF1 (r=0.75). Com base nestes resultados conclui-se que a capacidade ao exerccio em indivduos com DPOC correlaciona-se com resistncia da musculatura ventilatria.

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A exposio crônica a nveis baixos de pesticidas acompanhada por processos adaptativos orgnicos responsveis por quadros de tolerncia, onde manifestaes clnicas e laboratoriais perdem a sua validade como parmetro de exposio. Na amostra foram analisados 25 trabalhadores rurais na regio central do Estado do Rio Grande do Sul, de ambos os sexos, com idade de 37 13 anos, investigados em dois momentos: durante e no intervalo de aplicao de pesticidas. Os resultados evidenciaram exposio diria aos produtos (durante 17.8 11.8 anos) e baixo ndice de utilizao de Equipamentos de Proteo Individual. Em vigncia da exposio, foram identificados sintomas extrapiramidais significativos em 12 indivduos, medido pelo escore total de parkinsonismo (ESRS). Mesmo que este nmero tenha diminudo aps 3 meses da exposio aos OPs, 9 indivduos permaneceram com o escore elevado. Este nmero significativo, levando-se em conta a faixa etria da populao investigada. Da mesma forma, o nmero de diagnósticos psiquitricos Axis I durante a exposio aos OPs foi mais prevalente que o esperado, principalmente relacionados ansiedade e depresso. Durante a exposio, 18 pacientes (48%) apresentaram diagnóstico de ansiedade generalizada e 8 (21%) de episdios de depresso maior. Na III entrevista que correspondeu ao perodo de exposio, 11 indivduos apresentaram 24 diagnósticos psiquitricos. Na segunda entrevista (sem exposio), este nmero foi reduzido para 7 pessoas com um total de 11 diagnósticos psiquitricos. Entre os indivduos que completaram ambas as avaliaes (durante e no intervalo da exposio), o total de diagnósticos psiquitricos foi reduzido de 24 para 13 e houve decrscimo no nmero de indivduos com qualquer diagnóstico psiquitrico, de 11 para 7, que prximo ao esperado para grupos locais, de acordo com dados epidemiolgicos realizados no Estado do RS. A medida da atividade da acetilcolinesterase no apresentou diferena significativa quando comparados os dados obtidos em presena e fora da exposio. No estudo, 52% dos trabalhadores desenvolveram episdios anteriores de intoxicao e, no momento da avaliao, apresentavam ndices elevados de efeitos extrapiramidais e de diagnósticos psiquitricos (depresso e ansiedade). Estes fatos conduzem para neurotoxicidade que envolve o uso destes compostos, mesmo que transitria, e determina a necessidade de busca de parmetros indicativos de intoxicao a compostos potencialmente neurotxicos, em indivduos submetidos a exposies prolongadas a baixas doses. Dados adicionais da investigao consistiram no estudo dos nveis plasmticos das protenas S100B (marcadora de leso de astrcitos) e da enolase especfica de neurnios (NSE), em 24 agricultores, obtidos durante e no perodo ps-exposio aos pesticidas organofosforados. No estudo, no houve diferena significativa nos nveis plasmticos da protena S100B, quando comparados os dois momentos. Entretanto, IV estes mesmos indivduos apresentaram diferena nos nveis plasmticos da NSE, mostrando-se mais elevada no perodo correspondente ao ps-exposio, quando comparados ao mesmo grupo, durante a exposio, e ao controle. Uma hiptese proposta pelos autores consiste na possibilidade de que a elevao da NSE, aps trmino da exposio aos OPs, reproduza os fenmenos observados em quadros de isquemia cerebral, onde observada morte neuronal tardia.

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A presente dissertao objetivou correlacionar diferentes recursos de diagnóstico do hlito e analisar os efeitos do controle de placa supragengival sobre as medies do hlito. Para tanto, medies organolpticas (ORL), de compostos sulfurados volteis (CSV) e de auto-percepo (EVA) foram realizadas em 27 pacientes (14 mulheres e 13 homens) portadores de periodontite crônica. O tratamento da gengivite foi realizado atravs de controle de placa supragengival. Anlises do hlito foram realizadas ao exame inicial, 30, 90 e 180 dias aps incio do programa. Correlaes significativas foram observadas entre ORL-CSV, ORL-EVA e EVA-CSV, sendo a ltima fraca. Em relao aos perodos experimentais, houve uma clara diminuio em todas as medies do hlito ao longo do tempo. Em anlise post-hoc, subdividiu-se a amostra em dois grupos (relacionados ao hbito de limpar ou no a lngua). No foram observadas diferenas entre esses grupos. Pde-se concluir que embora existam correlaes significativas entre os recursos de diagnóstico do hlito, a medio organolptica (padro-ouro) deve ser sempre realizada. Alm disso, um programa de controle de placa supragengival eficaz em reduzir medidas relacionadas ao hlito, independentemente da limpeza da lngua.

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Em pacientes portadores de fibromialgia, a administrao de doses farmacolgicas de DHEA ocasionou reduo da sensao de dor muscular e fadiga, o que permitiu inferir seu envolvimento na modulao da percepo dolorosa. sabido que a DHEA pode ser convertida, tanto perifericamente como no SNC, em sua forma sulfatada (DHEAS) por ao de enzimas sulfotransferases, tendo esta papel na modulao da nocicepo. Outro hormnio esteride com ao sobre a nocicepo a progesterona, cuja administrao resultou em efeitos anestsicos e sedativos. A maioria destes resultados foram obtidos em mamferos e humanos. Todavia, um estudo recente demonstrou que o tecido enceflico de r foi capaz de sintetizar esterides a partir de colesterol, sendo este processo de biossntese similar quele descrito em mamferos. Deste modo, o presente estudo utilizou a r Rana catesbeiana, adulta, macho, para determinar os efeitos da administrao aguda (1,0, 2,0 e 10,0 mg/kg) e crônica (2,0 mg/kg) de DHEA, DHEAS e progesterona sobre o limiar nociceptivo das mesmas. Este limiar foi determinado pela utilizao do teste qumico do cido actico, o qual foi realizado 2 horas antes da administrao das solues e aps 2, 6 e 24 horas nos estudos de tratamento agudo e 48 horas aps o trmino da ltima injeo nos estudos crnicos, sendo que nestes as rs receberam 6 injees subcutneas, havendo entre cada administrao um intervalo de 72 horas. Foram utilizados 3 grupos: controle, veculos e tratados. No tratamento agudo, as doses de 1,0 e 2,0 mg/kg de DHEA, DHEAS e progesterona no ocasionaram modificaes estatisticamente significativas no limiar nociceptivo das rs. J a dose de 10,0 mg/kg de DHEA e DHEAS induziu um acrscimo significativo no limiar nociceptivo destes animais. Esta alterao no foi observada nas rs tratadas com progesterona nesta dose. Entretanto, a administrao crônica de DHEA, DHEAS e progesterona, provocou aumento estatisticamente significativo no limiar nociceptivo das rs. A interrupo da administrao de DHEA por 05 dias resultou no retorno do limiar nociceptivo a valores semelhantes queles obtidos antes das injees subcutneas de DHEA. A repetio deste tratamento por mais 07 dias ocasionou um novo aumento no limiar nociceptivo das rs. Estes resultados sugerem que o efeito antinociceptivo destes esterides apareceram precocemente na evoluo dos vertebrados, estando ainda presente em humanos. Assim, as rs, constituem modelos experimentais que podero contribuir para o esclarecimento dos mecanismos celulares de ao da DHEA, da DHEAS e da progesterona sobre a nocicepo, tema ainda muito especulativo na neurocincia.

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O transplante renal representa atualmente a melhor opo teraputica e de reabilitao para o paciente com insuficincia renal crônica terminal. As rejeies so as principais causas de perda dos rins transplantados e, entre essas, as rejeies agudas so as que apresentam maior relevncia clnica. Desta maneira, a monitorizao do transplante renal com vistas ao diagnóstico precoce da rejeio e seu rpido tratamento de grande relevncia no manejo adequado desses pacientes. Como a rejeio celular aguda mediada predominantemente por linfcitos T e, visto que, a enzima adenosina deaminase (ADA) encontrada principalmente, a nvel de sangue perifrico, em linfcitos, objetivou-se com esse estudo, verificar a possvel associao entre atividade srica da ADA e a rejeio aguda do enxerto renal. Buscou-se, tambm, determinar a sua utilidade como mtodo diagnóstico de rejeio celular aguda. Foram acompanhados at 1 ms de internao 35 pacientes transplantados renais. Dosagens da atividade de ADA srica foram feitas cinco vezes por semana e sempre que houvesse suspeita clnica de rejeio aguda. O diagnóstico de rejeio aguda foi estabelecido por 2 nefrologistas, aos quais foram omitidos os resultados dos nveis sricos ADA. Estes mdicos tinham todas informaes clnicas e laboratoriais, incluindo valores sricos de creatinina e ciclosporina, cintilografias, ecografias, citologia aspirativa, puno bipsia renal quando esta era realizada e resposta aos diferentes tratamentos imunossupressores usados. A anlise estatstica foi feita utilizando-se testes de Mann-Whitney e Qui-quadrado. O nvel p menor do que 0,05 foi considerado como significativo. A mediana dos episdios de rejeio celular aguda ficou entre o sexto e stimo dia ps-transplante, havendo diferena estatisticamente significativa nos valores de ADA no sexto dia de seguimento entre os pacientes com rejeio (60.16), em relao aos que no tiveram rejeio celular aguda (24,55) (p=0,021 MW). Para se avaliar a eficcia da atividade srica de ADA com mtodo diagnóstico de rejeio aguda, empregou-se pontos de corte de valores de ADA>35,>40,>45, >50 e > que 30% dos valores do perodo pr-rejeio. Houve associao estatisticamente significativa entre ADA>30% e rejeio celular aguda (p=0.035 MW). Verificou-se, tambm, aumento significativos da atividade srica de ADA em pacientes anti-HCV positivos e com necrose tubular aguda, sem interferncia sobre os resultados dos episdios de rejeio celular aguda. Usando esses pontos de corte como parmetros de diagnóstico para rejeio aguda observou-se: sensibilidade = 55,5%, especificidade = 82,3%, valor preditivo positivo = 76,9%, valor preditivo negativo = 63,6% e acurcia = 69,0%. Conclui-se que h um aumento significativo da atividade srica da ADA durante os episdios de rejeio aguda de enxertos renais humanos, encontrando-se associao significativa entre o aumento de 30% dos valores de ADA pr-rejeio e o diagnóstico de rejeio celular aguda.

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O transplante (Tx) renal atualmente considerado a terapia de escolha para o paciente com insuficincia renal crônica terminal (IRCT). A preocupao em se fazer uma avaliao nutricional criteriosa dos pacientes transplantados renais, buscando-se o diagnóstico e o tratamento de anormalidades nutricionais, tem sido prejudicada pela falta de consenso na literatura a respeito de um parmetro nutricional ideal. O objetivo deste estudo foi comparar diagnósticos do estado nutricional obtidos com quatro parmetros comumente empregados na avaliao e a presena de desnutrio. Foram avaliados cem transplantados renais em acompanhamento ambulatorial regular, com funo renal estvel, mais de um ano de transplante e idade maior ou igual a 18 anos. Cinqenta e trs por cento destes eram do sexo masculino, com predominncia da raa branca (89%) e mdia de idade de 44 anos. O tipo de dilise pr-Tx mais freqente foi hemodilise (95%) e o tempo desta variou de 1 a 36 meses. O tipo de doador predominante foi cadver (60%). O tempo de Tx variou de 1 a 18 anos. A etiologia da IRC no foi determinada em 33%, hipertenso arterial sistmica foi diagnosticada em 22%, glomerulonefrite crônica em 20% e outras patologias em 25%. Quanto terapia imunossupressora, esquema trplice com ciclosporina (CyA), azatioprina (AZA) e prednisona (Pred) foi mais freqentemente empregado (71%). Os pacientes no apresentaram rejeio aguda em 71% dos casos. Dislipidemia ocorreu na maioria dos pacientes (77%) e DM ps-transplante foi encontrado em 22%. A depurao da creatinina endgena (DCE) foi maior que 50ml/min em 56% dos pacientes Quatro parmetros nutricionais foram empregados na avaliao: avaliao nutricional subjetiva global (ANSG), ndice de massa corporal (IMC), circunferncia muscular do brao (CMB) e albumina srica (Alb). As variveis foram expressas como mdias e DP ou mediana e intervalo inter quartil (percentil 25 e percentil 75) ou freqncia absoluta ou relativa. O nvel de significncia adotado foi P< 0,05 e IC 95%. Dependendo do parmetro empregado, a eutrofia foi diagnosticada em 42 a 89% dos casos, obesidade de 26 a 55% e desnutrio, de 3 a 35%. Observou-se uma interseco de resultados na avaliao nutricional: alguns pacientes classificados como obesos por um parmetro, foram avaliados como desnutridos por outro e vice e versa. Dos 55 pacientes classificados como obesos pelo IMC, 35,8% foram considerados desnutridos pela Alb e, 1,8% pela ANSG. Dos 26 pacientes considerados obesos pelo CMB, 44% foram considerados desnutridos pela Alb e 3,8% pela ANSG. Dos 11 pacientes classificados desnutridos pela ANSG, 9% foram considerados obesos pelo IMC e CMB. J dos 34 pacientes classificados como desnutridos pelo parmetro Alb, 58% foram considerados obesos pelo IMC e 33% pela CMB. Conclui-se que diferentes parmetros podem resultar em diferentes diagnósticos para uma mesma populao, podendo ocorrer uma interseco de diagnósticos para um mesmo paciente. A ocorrncia de desnutrio foi observada nesta populao com percentuais importantes.

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As caractersticas clnicas da hepatite C em transplantados renais ainda no esto bem definidos. A puno bipsia heptica (PBH) o padro-ouro para o diagnóstico do grau de leso nesses pacientes, O presente estudo objetivou avaliar o papel da citologia heptica obtida por meio de puno aspirativa com agulha fina (PAH) no diagnóstico das leses hepticas em transplantados renais com hepatite crônica pelo vrus C. Avaliou-se, tambm, a freqncia e a gravidade das leses hepticas nesses pacientes e caractersticas clnico-laboratoriais correlacionadas com a gravidade da doena. Vinte e oito pacientes foram submetidos PBH e PAH e os resultados comparados. A PAH utilizou a tcnica de Hayry e von Willebrand calculando-se o Incremento Corrigido Total e o nmero de clulas imunoativadas (CIA). Dezoito pacientes (66,6%) apresentaram, na PBH, ausncia de leses, leses mnimas ou leses no caracterizadas como hepatite crônica; 6 pacientes (22,2%) apresentaram hepatite crônica persistente ou lobular e 3 pacientes (11,1%) tiveram hepatite crônica ativa. No se verificou associao estatisticamente significativa entre os resultados da PAH e os da histologia (erro = 0,82). A idade dos pacientes mostrou associao significativa com o diagnóstico histolgico, sendo a idade mdia dos pacientes com leses mnimas igual a 37,50 (10,1) anos, com hepatite crônica persistente igual a 51,33 (6,2) anos e com hepatite crônica ativa igual a 58,33 (12,7) anos (p=0,0015 - ANOVA). O uso de OKT3 associou-se presena de leses de hepatite crônica (p=0,0420). A presena de rejeies agudas, um maior nmero de rejeies e ter recebido pulsos de metilprednisolona associou-se a leses histolgicas de menor gravidade. As demais variveis no apresentaram relao significativa com o diagnóstico da PBH. Na anlise multivariada, apenas a idade manteve-se como fator independentemente associado presena de leses de hepatite crônica. Conclui-se que a citologia heptica obtida mediante puno aspirativa com agulha fina no demonstrou utilidade para diagnosticar ou estabelecer o nvel de gravidade ou de evoluo da doena heptica em transplantados renais com hepatite crônica pelo vrus C, embora essa possibilidade no possa ser totalmente excluda. A imunossupresso e as rejeies mostraram resultados contraditrios, no estando ainda clara a sua relao com o dano heptico provocado pelo vrus C. A idade foi o nico fator consistentemente associado maior gravidade das leses histolgicas nesses pacientes.