46 resultados para Doenças cardiovasculares Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Dislipidemia so alteraes nas concentraes dos lipdios no organismo, e so divididos em hipo e hiperlipidemias. As hiperlipidemias possuem maior importncia clnica, frequentemente associadas com um aumento no risco em desenvolver outras doenças, como doenças coronarianas, pancreatites, etc. Altas concentraes dos lipdios plasmticos, principalmente colesterol total, esto associados com doenças coronarianas. Altos nveis de triglicerdios e baixos nveis de HDL-colesterol, tambm so fatores que predispem a doenças cardiovasculares. Os nveis de triglicerdios podem ter vrias causas: como a dieta ou alteraes relacionadas ao metabolismo lipdico. Este estudo foi composto por 96 indivduos descendentes de japoneses residindo no Sul do Brasil (Cascavel-PR). O objetivo deste trabalho foi analisar alteraes nos lipdios plasmticos em uma populao especfica indivduos descendentes de japoneses residentes na regio de Cascavel (PR) . Foram determinados os nveis de triglicerdios, colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, apolipoprotena A-I e B e o padro eletrofortico de lipoprotenas em 96 indivduos japoneses entre 10 a 89 anos. Para os nveis de triglicerdios, 18,7% dos indivduos descendentes de japoneses obtiveram valores acima de 200 mg/dL.. Quando relacionamos os nveis de colesterol total, 69,7% dos indivduos descendentes de japoneses possuem nveis acima da normalidade. Observamos dois padres eletroforticos de lipoprotenas na populao japonesa; 10,4% desses indivduos obtiveram alteraes na banda pr-beta relacionada ao VLDL-colesterol e 8,3% obtiveram alteraes nas bandas da origem (Quilomicra) e na banda pr-beta.

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Introduo: A histamina exerce vrios efeitos no desempenho cardaco em humanos, os quais so mediados por receptores H1e H2. A ocorrncia de bradicardia e distrbio da conduo atrioventricular tem sido descrita aps a injeo intravenosa de cimetidina ou ranitidina, porm ainda no foi avaliado seu potencial efeito na resposta cronotrpica ao exerccio com suas implicaes sobre o valor prognstico e diagnstico do teste de esforo Objetivo: Testar a hiptese, atravs de ensaio clinico randomizado, de que a administrao de cimetidina altera a resposta cronotrpica ao exerccio. Material e Mtodos: Foram submetidos a dois testes cardiopulmonares, 20 indivduos, aps uso de placebo e de cimetidina. Os testes foram realizados em esteira rolante, com protocolo de rampa com analises diretas dos gases expirados. Foi avaliada freqncia cardaca mxima atingida, alm da freqncia cardaca de repouso e no limiar anaerbio. Resultados: Os indivduos estudados estavam igualmente distribudos por sexo, com idade mdia ( desvio padro) de 43 11 anos. Os exames com placebo e com cimetidina tiveram igual durao (578 90 seg vs 603 131 seg) e igual VO2 pico (35 8 ml/Kg.min vs 35 8 ml/Kg.min). A administrao de cimetidina no apresentou efeito significativo na freqncia cardaca de repouso (75 10 vs 74 8 bpm), no pico do esforo (176 12 vs17611 bpm) e, da mesma forma, tambm no houve diferena entre as freqncias cardacas de pico e de repouso (101 14 vs101 13 bpm). Concluso: A administrao de cimetidina por sete dias no altera a resposta cronotrpica ao exerccio.

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Este estudo foi desenvolvido, visando identificar a correlao entre os sinais e sintomas prvios, apresentados pelos pacientes, e a ocorrncia de sinais e sintomas no decorrer do eco-stress farmacolgico, bem como a relao com o protocolo escolhido e o desfecho diagnstico. O trabalho foi realizado em uma unidade de diagnstico cardiolgico, de um Hospital Universitrio de Porto Alegre RS. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de crater exploratrio descritivo, em que foi realizado um estudo retrospectivo dos registros dos exames, em duzentos e quarenta e seis fichas dos pacientes, submetidos ao eco-stress farmacolgico, no perodo de junho de 1997 a julho de 1999. Os dados foram classificados, de acordo com os protocolos farmacolgicos, utilizados na unidade aonde foi realizada a pesquisa, dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast, dipiridamol e dobutamina. Das fichas, que fizeram parte da amostra, constaram cento e trs pacientes (41,9%) do sexo feminino e cento e quarenta e trs (58,1%) do sexo masculino. O maior nmero de pacientes foi submetido ao protocolo dipiridamol ultrafast, com 131 pacientes, seguido de 89 indivduos submetidos ao teste com dobutamina. A mediana da idade dos sujeitos, submetidos ao eco-stress, foi de sessenta anos. A angina foi o sintoma, relatado com maior freqncia pelos pacientes, na entrevista que antecede o exame, constatado em 66,6% das fichas, seguido pela queixa de dor precordial em 16,8%. Houve correlaes estatisticamente significativas entre os sinais e sintomas: angina, dor precordial, cansao e cefalia, apresentados antes e durante o exame, no grupo de pacientes que fez o teste com dipiridamol ultrafast. Nos pacientes submetidos ao protocolo com dobutamina, para angina e ocorrncia de extrassstoles ventriculares. No houve correlaes estatisticamente significativas para os sinais e sintomas e o desfecho positivo e negativo para isquemia. As diferenas entre as mdias dos valores da presso arterial sistlica, diastlica e da freqncia cardaca, antes e durante a realizao do eco-stress, foram estatisticamente significativas nos protocolos dipiridamol, dobutamina, dipiridamol ultrafast. Estes achados contriburam para prtica da enfermeira que atua no eco-stress farmacolgico e podero ser utilizados por enfermeiras que venham a desenvolver suas atividades em instituies que aplicam este mtodo diagnstico.

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A hipertenso uma doena multifatorial pela interao de vrios mecanismos fisiopatolgicos, sendo considerada um importante fator de risco para outras doenças cardiovasculares. Uma vez que o exerccio tem sido recomendado com uma forma de tratamento antihipertensivo, buscou-se avaliar os efeitos do treinamento fsico nos sistemas reguladores da presso arterial (PA) e no seu controle reflexo, e sua correlao com o estresse oxidativo de ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Assim, este estudo foi realizado com ratos machos Wistar-Kyoto (NK) e SHR, com 15 semanas, divididos em dois grupos: SHR sedentrio (HS) e SHR treinado (HT). Aps o estabelecimento da hipertenso nesses animais, o protocolo de exerccio foi realizado por 10 semanas com a intensidade determinada pelo limiar de lactato (20 m/min). Foram avaliadas as respostas bradicrdicas e taquicrdicas do barorreflexo, bem como a sensibilidade do reflexo cardiopulmonar de Bezold-Jarisch. O estresse oxidativo foi medido no sangue, corao e aorta dos animais em estudo. O treinamento fsico diminuiu a PAM, PAS e PAD dos animais do grupo HT, quando comparado com o grupo HS, apesar de no ter igualado aos valores dos NK. No entanto, a FC no foi diferente entre os grupos hipertensos. O barorreflexo esteve atenuado no grupo HS comparado com o NK, porm, o exerccio mostrou aumentar essa sensibilidade no grupo HT comparado com o HS. O exerccio tambm melhorou a sensibilidade dos receptores cardiopulmonares serotonina. Pelo bloqueio no foi observada diferena significativa na atividade dos sistemas arginina-vasopressina, renina-angiotensina e simptico. O sistema regulador endotelial, avaliado pela administrao de L-NAME, um bloqueador da sntese do xido ntrico, esteve significativamente aumentado no grupo HT quando comparado com o HS. O estresse oxidativo diminuiu significativamente no grupo HT comparado com o HS. Verificou-se nesse estudo diminuio da lipoperoxidao em eritrcitos, corao e aorta induzida pelo exerccio. Alm disso, a atividade das enzimas antioxidantes esteve aumentada no grupo HT comparado com o HS. Foi observada forte correlao negativa entre os valores de lipoperoxidao em eritrcitos e aorta e a sensibilidade barorreflexa, bem como entre a lipoperoxidao em eritrcitos e a sensibilidade do reflexo de Bezold-Jarisch. Estes resultados demonstram o efeito benfico do exerccio moderado em SHR, tanto no controle reflexo da PA, como no estresse oxidativo. Conclui-se tambm, que o estresse oxidativo desempenha importante papel na alterao da sensibilidade barorreflexa e do reflexo cardiopulmonar na hipertenso.

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Considerando que as doenças cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenças vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatrios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.

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A disfuno endotelial, avaliada atravs da vasodilatao mediada pelo fluxo (FMD) e no mediada pelo fluxo (NFMD), est associada ocorrncia de eventos cardiovasculares. Enquanto o consumo moderado de bebidas alcolicas est associado com baixo risco para doenças cardiovasculares, a ingesto de doses mais altas predispe a arritmias cardacas, acidente vascular enceflico e outros eventos, que tm maior incidncia no perodo da manh. A investigao dos efeitos do lcool sobre a funo endotelial pode trazer um melhor entendimento para esta associao. O presente estudo tem por objetivo avaliar, em uma amostra homognea, o efeito de uma dose relativamente elevada de lcool sobre parmetros vasculares e de funo endotelial. O dimetro da artria braquial (DAB), a FMD e a NFMD foram mensurados em trs horrios (17h, 22h e 7h), em 100 indivduos do sexo masculino, hgidos, com idades entre 18 e 25 anos (mdia de 20,74 anos), por ecodoppler da artria braquial (segundo o protocolo da International Brachial Artery Reactivity Task Force). Os indivduos foram randomizados para ingerir uma bebida contendo lcool ou uma bebida similar no alcolica, s 18h. O grupo que consumiu lcool apresentou um aumento no DAB entre as 17h (4,03 mm) e 22h (4,41 mm). Ocorreu uma reduo da FMD para 2,43% e da NFMD para 6,30% s 22h, quando comparados com os valores anteriores ingesto (FMD = 4,22% e NFMD = 13,7%). Foi constatado um efeito bifsico para a presso arterial sistlica (PAS) e diastlica (PAD), com reduo s 22h (PAS = 105,18 mmHg; PAD = 60,14 mmHg), seguida de elevao s 7h (PAS = 117,50 mmHg; PAD = 70,98 mmHg). Conclui-se que, aps um perodo inicial de vasodilatao, a ingesto aguda de lcool no afeta a funo endotelial, comparado ao placebo.

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O farelo de arroz (FA) constituido a partir do processo de beneficiamento do arroz, onde so extrados do gro o germe, a pelcula e a casca, ou seja, o maior contedo nutricional do gro se transforma em farelo. O farelo de arroz possui todos os aminocidos essenciais, com exceo da lisina que se encontra em quantidade insuficiente. Tambm contm substncias qumicas com efeito hipocolesterolmico, podendo se tornar um grande aliado contra as doenças cardiovasculares. Considerando a importncia da nutrio no desenvolvimento e na organizao do sistema nervoso central e seu reflexo nos processos de aprendizagem e memria faz-se necessrios estudos sobre o efeito nutricional do farelo de arroz, pois o mesmo est sendo utilizado como suplemento alimentar na merenda escolar em escolas municipais da regio centro-sul do estado (Camaqu, So Loureno do Sul, Pelotas, e outros municpios adjacentes). Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito nutricional e hipocolesterolmico do farelo de arroz sobre o desenvolvimento de ratos Wistar lactentes. Foram utilizados filhotes de ratas Wistar no perodo ps-natal, cujas mes receberam durante 21 dias as seguintes dietas: dieta comercial (dieta controle), dieta com FA soja c/lis, FA soja s/lis, FA c/lis e FA s/lis, rao e gua ad labitum. As avaliaes ponderais e bioqumicas foram realizada nos filhotes no 21 dia de vida e no final do perodo de lactao. Os resultados obtidos a partir das dosagens bioqumicas e avaliao ponderal foi possvel observar algumas alteraes que provocaram um atraso no crescimento e desenvolvimento dos filhotes, devido desnutrio em que eles se apresentaram, quando suas mes foram submetidas dieta com 92% de farelo de arroz (FA s/lis). Quando adicionado lisina dieta houve uma resposta positiva, melhorando o quadro nutricional dos animais, porm muito inferior ainda em relao dieta comercial. A suplementao de protena de soja (92% pureza) restabeleceu o crescimento e desenvolvimento fsico dos filhotes. Sendo assim, as dietas influenciaram diretamente a composio do leite materno, refletindo no estado nutricional dos filhotes.

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A atividade fsica moderada regular apresenta uma srie de efeitos benficos para a fisiologia do organismo, particularmente no tocante atividade do sistema imunolgico. O exerccio fsico promove aumento da resistncia a infeces por agentes virais e bacterianos, reduz a incidncia de certos tipos de cncer, reduz enormemente os riscos de doenças cardiovasculares agudas e crnicas e melhora a qualidade de vida de uma maneira geral. Contudo, os mecanismos pelos quais o exerccio fsico regular melhora a performance do sistema imunolgico no esto completamente elucidados. Particularmente em relao s alteraes imunolgicas observadas em sesses agudas de exerccio moderado, pouco se sabe. Neste trabalho foi estudado o efeito de sesses agudas de exerccio de natao em ratos (1 h, em gua aquecida a 30C, com sobrepeso de 5% ligado cauda) sobre a funcionalidade imunolgica e inflamatria de macrfagos obtidos a partir de moncitos circulantes destes animais. Os resultados mostraram que o exerccio induz uma intensa ativao na capacidade fagocitria (2,4 vezes maior que nos controles P = 0,0041), na produo basal de NO avaliada pelo acmulo de NO3-, NO2- e NOx- total em macrfagos incubados por 1 h (at 95,5% de aumento P = 0,0220) e na produo de H2O2 estimulada pelo ster de forbol PMA (9,6 vezes maior que nos controles, P = 0,0022). O aumento na capacidade basal de produo parece estar associado expresso da isoforma induzvel da NO sintase (iNOS = NOS-2), j que o exerccio provocou uma expressiva induo na expresso da enzima (P = 0,0319). Embora a induo da expresso da iNOS esteja relacionada ativao da via do fator nuclear B (NF-B) o que, por sua vez, est normalmente associado ao estresse oxidativo, vrios parmetros sugerem que a ativao dos moncitos/macrfagos deva ter ocorrido localmente a despeito de qualquer alterao redox sistmica, j que o exerccio no levou a qualquer alterao na quantidade de espcies reativas ao cido tiobarbitrico (TBARS) plasmticas ou no ndice de estado redox eritrocitrio, avaliado pela relao entre as concentraes intracelulares de dissulfeto de glutationa e glutationa. Tambm no houve alterao na expresso das protenas de choque trmico da famlia das HSP70, o que sugere que o exerccio no tenha provocado nenhuma sorte de estresse pronunciado sobre os macrfagos. Somados, os dados sugerem que o exerccio agudo moderado possa desempenhar importante papel na ativao de certos mecanismos imunolgicos e inflamatrios em moncitos/macrfagos e que algum fator neural ou humoral, que no o estresse oxidativo, possa mediar esta resposta.

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As plaquetas sangneas so fragmentos citoplasmticos, oriundos da ruptura dos megacaricitos, cuja principal funo est relacionada manuteno da integridade vascular. Os nucleotdeos extracelulares, ATP e ADP, bem como a adenosina, tm sido implicados em um grande nmero de funes fisiolgicas: o ADP o principal fator recrutador de plaquetas, enquanto que o ATP um inibidor competitivo da agregao induzida por ADP. A adenosina uma molcula capaz de induzir vasodilatao e inibir a agregao plaquetria. Desta maneira, a manuteno da sinalizao purinrgica normal tem se mostrado importante para o tratamento de doenças cardiovasculares. Os nucleosdeos di e trifosfatos circulantes podem ser hidrolisados por membros de vrias famlias de ectonucleotidases de membrana e solveis, incluindo as ecto-nucleosdeo trifosfato difosfoidrolases (E-NTPDases) e ecto-nucleotdeo pirofosfatase/fosfodiesterases (E-NPPs), que em conjunto com a ecto-5-nucleotidase, levam formao de adenosina. Na superfcie das plaquetas, ambas enzimas, E-NTPDase e ecto-5-nucleotidase, esto descritas. O sistema renina-angiotensina o principal regulador da funo renal e cardiovascular, desenvolvendo um papel fundamental na homeostasia da presso arterial e do balano eletroltico. A angiotensina II (ANGII) induz fisiologicamente a ativao das plaquetas, possivelmente devido s suas propriedades vasoconstritoras. Os objetivos deste trabalho foram, portanto: 1) caracterizar cineticamente a enzima E-NPP em plaquetas de ratos, utilizando o substrato marcador p-Nph-5TMP e 2) esclarecer, mesmo que em parte, os possveis efeitos da ANGII sobre a hidrlise extracelular de nucleotdeos por plaquetas de ratos. No primeiro captulo deste trabalho, descrevemos uma atividade enzimtica em plaquetas de ratos que compartilha as principais caractersticas bioqumicas j descritas para as E-NPPs: pH timo alcalino; valores de KM e Vmax calculados de aproximadamente 106.22 17.83 M e 3.44 0.18 nmol p-nitrophenol/min/mg, respectivamente; e dependncia de ctions divalentes. Alm disso, o AMP inibiu somente a hidrlise do p-Nph-5TMP. Por outro lado, a azida de sdio, em altas concentraes, a angiotensina II e o cloreto de gadolnio alteraram apenas as hidrlises de ATP ou ADP ou de ambos. No segundo captulo, mostramos que a ANGII foi capaz de aumentar as hidrlises de ATP, ADP e AMP em plaquetas em todas as doses testadas (5, 50, 500 e 5000 picomis). Entretanto, nenhuma alterao foi observada com relao hidrlise do p-Nph-5'TMP. Em adio, observamos um aumento na hidrlise de AMP e uma diminuio na hidrlise de p-Nph-5'TMP em plaquetas de ratos espontaneamente hipertensos (SHR) quando comparados a ratos Wistar normotensos. De maneira geral, esta dissertao traz a caracterizao bioqumica da enzima E-NPP na superfcie de plaquetas intactas de ratos como sendo parte de um complexo sistema para a hidrlise de nucleotdeos nestes fragmentos citoplasmticos, podendo, assim, contribuir para o desenvolvimento de terapias antiplaquetrias e para o tratamento de doenças vasculares. Adicionalmente, apresentamos alguns resultados demonstrando interaes entre os sistemas angiotensinrgico e adenosinrgico de plaquetas de ratos, o que poder contribuir para o entendimento e o tratamento de doenças cardiovasculares como hipertenso e arteriosclerose.

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Introduo: Obesidade pode ser definida como uma condio de acmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo que acarreta prejuzo sade. Em pases desenvolvidos, a obesidade considerada um problema de sade pblica, e pela Organizao Mundial da Sade, uma epidemia global. Esta patologia predispe ao desenvolvimento de outras doenças como: diabetes, hipertenso arterial, dislipidemias, doenças cardiovasculares, cncer, distrbios respiratrios (entre eles apnia do sono), colilitase, esteatose heptica e afeces osteoarticulares. Em adolescentes e crianas, a obesidade contribui com mais de um tero das consultas endocrinolgicas peditricas (5). Dados americanos referentes ao excesso de peso durante a adolescncia indicam que jovens com ndice de massa corporal (IMC) elevado apresentam maior risco de desenvolver hipertenso, dislipidemia, intolerncia glicose e doenças crnicas como, por exemplo, doena cardiovascular. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 70 bilhes so gastos anualmente em obesidade, enquanto que doenças como diabetes e doena coronariana consomem apenas 50 bilhes de dlares. Em outros pases, os gastos com obesidade representam uma proporo expressiva dos oramentos destinados sade: 4% na Holanda, 3,5% em Portugal, 2,5% na Nova Zelndia, 2% na Austrlia, 2,4% no Canad e 1,5% na Frana. Tratando-se exclusivamente de crianas e adolescentes, em 1979-1981, o sistema americano de sade gastou, em mdia, 35 milhes de dlares com tratamento da obesidade e, em 1997-1999, os custos chegaram a 127 milhes.A elevao dos custos est diretamente relacionada ao aumento da prevalncia de obesidade, ocorrida nos ltimos anos. No Brasil, segundo dados do Plano de Oramento Familiar, havia 38 milhes de brasileiros com excesso de peso e 10,3 milhes com obesidade em 2003. Objetivos: estimar a prevalncia de excesso de peso em adolescentes em uma amostra representativa da Cidade de Porto Alegre. Alm de calcular taxas de prevalncia de obesidade, sobrepeso e adiposidade utilizando diferentes pontos de corte internacionais para circunferncia da cintura, razo cintura quadril, razo cintura-altura, percentual de gordura corporal e ndice de massa corporal. Material e mtodos: este estudo transversal de base populacional incluiu adolescentes, entre 12 a 19 anos, que residiam em Porto Alegre. Os adolescentes foram selecionados atravs de amostragem aleatria de base populacional. A coleta dos dados se deu atravs de entrevista domiciliar utilizando questionrio padronizado, com questes sobre: idade, sexo, escolaridade, consumo de bebidas alcolicas, tabagismo, freqncia e durao de prtica de hbitos sedentrios. Aferiu-se peso (kg), altura (cm), e circunferncia da cintura (CC) em duplicata. Razo cintura-altura (RCA), razo cintura-quadril (RCQ), percentual de gordura corporal (%GC) e IMC [quilos (kg)/altura (m)2] tambm foram calculados. A anlise dos dados incluiu as distribuies de percentis para cada varivel antropomtrica, regresso linear para calcular coeficiente de determinao, e anlise de varincia para calcular mdias e desvios-padres para idade e sexo. As taxas de prevalncia e intervalos de confiana de 95% (IC 95%) foram calculadas utilizando-se padronizao direta. Clculo de tamanho da amostra determinou que 183 adolescentes deveriam ser estudados para que, com intervalo de confiana de 95%, fossem detectadas prevalncias de 22%, com erro de 4%. Resultados: Cento e dois meninos e 99 meninas foram avaliados nesta anlise interina, correspondendo a 25% da amostra global. A distribuio por idade e sexo foi comparvel a do IBGE para adolescentes de Porto Alegre. As distribuies dos percentis 85 e 90 para IMC, CC, RCQ caracterizaram pontos de corte que incluam valores anormais para indivduos adultos. Um total de 20,9% dos meninos e 22,1% das meninas apresentavam sobrepeso e 7,9% e 4,6% obesidade, respectivamente. O IMC apresentou correlao mais forte com CC e RCA (r 0,80) do que com RCQ (r=0,33); e associou-se significativamenye com %GC (P,0,001). Detectaram-se associaes estatisticamente significativas de CC, RCQ e %GC com sexo, e RCQ com idade e sexo, mas no houve interao entre sexo e idade. Concluso: esta amostra de adolescentes permitiu detectar prevalncias de sobrepeso e obesidade que esto entre as descritas em outros pases e mesmo em outras partes do Brasil. Os percentis 80 a 85 dos ndices antropomtricos podem capturar um risco mais elevado para apresentar outros fatores de risco cardiovasculares. Unitermos: prevalncia, adolescente, obesidade, sobrepeso, circunferncia da cintura, razo cintura-quadril, razo cintura-altura.

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Introduo: A hipertenso fator de risco importante para doenças cardiovasculares, mas o controle da presso arterial insatisfatrio. Um dos motivos para o controle inadequado a fraca adeso entre os pacientes que recebem antihipertensivos, parcialmente explicada pela ocorrncia de eventos adversos. A incidncia de eventos adversos chega a 28% em ensaios clnicos, mas a real magnitude do problema na prtica assistencial pouco conhecida. Mtodos: Realizou-se um estudo de coorte prospectivamente planejado, acompanhada de 1989 a 2000, no ambulatrio de hipertenso arterial do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (Diviso de Cardiologia e Farmacologia Clnica do HCPA). Os objetivos foram, determinar a incidncia de eventos adversos (EA) relacionadas terapia anti-hipertensiva, referidos por pacientes hipertensos, descrever os EA mais freqentes e os fatores de risco para ocorrncia de EA. Em cada consulta, os pacientes eram indagados sobre a presena de evento adverso e, no caso de resposta positiva, era aplicada uma lista dirigida a eventos adversos especficos. Resultados: De 1957 pacientes da coorte, 1508 preencheram os critrios de incluso e foram seguidos por 12,3 12,2 meses (mediana, 10 meses), resultando em 18548 pacientes/ms. Entre todos os pacientes includos, 534 (35,4%) apresentaram pelo menos uma queixa de evento adverso durante o acompanhamento, resultando em 28,8 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 26,4 a 31,3). Entre os pacientes em tratamento farmacolgico (1366), a incidncia foi de 31,3 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 28,6 a 33,9) e, entre aqueles em uso de monoterapia, de 29,6 pacientes com EA /1000 pacientes / ms ( IC 95% 22,3 a 36,9). Os pacientes em uso de mais de um anti-hipertensivo apresentaram risco relativo bruto para eventos adversos de 2,10 (IC 95% 1,67 a 2,63). Houve associao entre a classe do anti-hipertensivo usado em monoterapia e a ocorrncia de eventos adversos em algum momento do seguimento (P < 0,001), os quais foram mais freqentes com bloqueadores dos canais de clcio comparados aos tiazdicos e betabloqueadores. Entre as queixas especficas, tontura (P = 0,007), cefalia (P = 0,003) e problemas sexuais (P= 0,045) foram mais freqentes no primeiro grupo. Concluses: O presente estudo descreveu a incidncia de eventos adversos em uma coorte de pacientes hipertensos de um ambulatrio especializado, confirmando dados de estudos observacionais e ensaios clnicos que indicam que estes so problemas freqentes. O uso de mais de um anti-hipertensivo aumenta significativamente o risco de eventos adversos e, entre as classes de antihipertensivos usados em monoterapia, os tiazdicos mostram-se os mais seguros.

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Introduo: A incidncia da doena arterial coronria uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos pases e o estudo dos fatores de risco tm grande importncia na preveno e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal tm sido associadas com a maior incidncia de DAC. A ingesto diria de nutrientes tambm pode estar relacionada com essa doena, porm, uma vez que a alimentao complexa e contm diversos nutrientes, ainda no foi possvel elucidar o impacto da alimentao no risco de desenvolver a doena arterial coronria. Objetivo: Avaliar a relao entre o consumo alimentar dirio, a presena de obesidade abdominal e achados angiogrficos de obstruo arterial em pacientes portadores de cardiopatia isqumica, submetidos a cateterismo cardaco. Mtodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardaco, da unidade de hemodinmica de um hospital universitrio. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingesto alimentar diria atravs de um inqurito nutricional, a anlise bioqumica do sangue e a avaliao do laudo do cateterismo cardaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivduos (60,6%) apresentavam alteraes em uma ou mais artrias coronrias. A ingesto mdia diria de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de protenas foi em mdia 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipdeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os nveis sricos de triglicerdeos, o consumo de lcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na anlise multivariada. Concluso: Nos pacientes avaliados, o consumo dirio de calorias encontra-se adequado, porm a ingesto de protenas, carboidratos e lipdeos esto inadequados. Em relao aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associao para desenvolver a sndrome metablica do que os homens.