19 resultados para Desenvolvimento Tecnológico

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Micropartículas nanorrevestidas (MP) foram preparadas através da secagem por aspersão (spray-drying), empregando-se suspensões poliméricas nanoestruturadas como material de revestimento (nanoesferas – NS, nanocápsulas – NC ou nanodispersão – ND). Foram realizados estudos utilizando-se o diclofenaco, tanto na sua forma hidrofílica (diclofenaco sódico), hidrofóbica (diclofenaco ácido) e a dexametasona como fármacos-modelo e o Eudragit S100®, como polímero. O trabalho foi delineado buscando-se o desenvolvimento de metodologias de preparação, o estudo dos fatores que influenciam o processo de revestimento, o conhecimento das características físico-químicas das MP e a avaliação das suas vantagens biológicas. As suspensões poliméricas (NC e NS) foram preparadas através da técnica da nanoprecipitação. As MP foram preparadas utilizando-se diferentes metodologias, de acordo com a hidrofobia do fármaco, envolvendo a combinação de técnicas de evaporação do solvente e secagem por aspersão. A influência dos fatores de secagem (fluxo de alimentação e temperatura de entrada) sobre as características das MP foi avaliada através de um delineamento fatorial 32. A caracterização físico-química foi realizada determinando-se o rendimento do processo, taxa de encapsulação, umidade, tamanho de partícula (nano e micropartículas), área superficial e volume de poros, além das análises morfológicas através de microscopia óptica, eletrônica de varredura (MEV) e microscopia de força atômica (MFA) e análises por difração de raios-X. Além disso, foram avaliados os perfis de liberação do fármaco a partir destas MP (pH 1,2; 5,0 e 7,4), bem como a sua interação (transporte do fármaco e citotoxicidade) com células Caco-2. A vantagem biológica dos sistemas foi determinada pela avaliação do efeito protetor sobre a mucosa gastrintestinal frente aos efeitos tóxicos do diclofenaco. Através do delineamento fatorial foi possível estabelecer os parâmetros de secagem para a obtenção de MP com boas características de rendimento, taxa de encapsulação e umidade (fluxo de alimentação: 3,0 e 4,5 ml/min, para MP obtidas a partir de NC e NS, respectivamente; e temperatura de entrada: 170 C, para ambas). As MP apresentaram rendimentos entre 40 e 80% e taxas de encapsulação entre 70 e 115 %, dependendo do tipo de revestimento nanoestruturado (NS, NC ou ND) e do fármaco empregado (diclofenaco ácido, diclofenaco sódico ou dexametasona) Todas as formulações apresentaram um teor de umidade menor que 3 %. As análises através de MEV demonstraram a presença de nanoestruturas adsorvidas à superfície das MP, indepentemente da formulação estudada e com tamanhos de partículas diretamente relacionados ao tamanho das nanopartículas da suspensão original (170-200 nm para NC e 60-70 nm para NS). A observação morfológica através de MFA também permitiu a visualização destas nanoestruturas na superfície das MP. Essa observação foi associada à redução nas áreas superficias das MP (40-50 m2.g-1 e 115-135 m2.g-1 para MP revestidas a partir de suspensões de NC ou NS, respectivamente) em relação ao núcleo não revestido (150-160 m2.g-1). Os resultados de liberação in vitro do fármaco a partir das MP demonstraram uma modificação da sua liberação, de acordo com o tipo de material nanoestruturado empregado, a natureza do fármaco e a presença de um plastificante (triacetina ou poligol 6000). A análise por difração de raios-X mostrou que o fármaco encontra-se na forma cristalina em praticamente todas as formulações. A vantagem biológica foi estudada em ratos e demonstrada pela redução na toxicidade gastrintestinal do diclofenaco apresentada pelas MP revestidas a partir de NC ou ND (índices lesionais totais: 24,20 e 29,89, respectivamente) em relação a uma solução aquosa do fármaco (índice lesional total: 156,11). Os estudos de interação das MP contendo dexametasona com as células Caco-2 demonstraram a sua potencialidade em modificar a absorção do fármaco em relação a uma solução aquosa do fármaco, sem apresentarem citotoxicidade sobre esta linhagem celular. Além disso, o estudo demonstrou a potencialidade do emprego deste modelo in vitro para prever a liberação do fármaco a partir de sistemas microparticulados. Assim, o conjunto destes estudos mostra que as micropartículas nanorrevestidas apresentam-se como uma nova aplicação dos sistemas nanoestruturados e como uma nova estratégia na obtenção de sistemas micro e multiparticulados de administração de fármacos.

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O desenvolvimento tecnológico, aliado à grande competitividade do mercado em escala mundial, tem como conseqüências diretas a elevação dos padrões de consumo e o aumento da diversidade de opções de compra por parte dos consumidores. Desta forma as empresas têm se empenhado em desenvolver sistemas de gestão robustos, porém flexíveis, que lhes proporcionem produzir bens de melhor qualidade, com diferenciais em relação aos concorrentes. A confiabilidade de um produto apresenta, sob diferentes aspectos, impacto na satisfação do consumidor, resultando como fator fundamental na decisão de compra. Além disso, as empresas têm procurado desenvolver mecanismos que propiciem criar um canal de relacionamento mais amplo junto aos seus consumidores, utilizando-se dos programas de fidelidade que têm como uma das suas principais ferramentas a extensão da garantia de produtos. Para implementar um programa de extensão de garantia, a empresa deve estar produzindo com alto nível de confiabilidade e estar em acompanhamento contínuo do desempenho destes produtos no campo. Este acompanhamento pode ser feito a partir dos dados de falha dos produtos em garantia, que possibilitam estabelecer indicadores de performance e avaliar custos relacionados às não-conformidades observadas. Este trabalho propõe, a partir de um estudo de caso, realizar a modelagem para análise da confiabilidade de um produto refrigerador freezer, com o objetivo de identificar a distribuição das falhas e estimar a confiabilidade do produto para um período de 2 (dois) anos de uso, possibilitando assim à empresa estabelecer os custos adicionais com a extensão da garantia do produto que atualmente é de 1 (um) ano. O estudo foi delineado em duas alternativas de modelagem, sendo a primeira através da adequação, estimação e simulação do modelo de distribuição de falhas e a segunda por meio da análise bayesiana de confiabilidade envolvendo o uso de distribuições a priori e a posteriori. Os resultados observados demonstram que apesar das técnicas serem distintas, as modelagens convergiram para estimativas similares e qualitativamente coerentes com os pressupostos estabelecidos pela empresa pesquisada.

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Sendo um segmento de mercado intensivo em capital, o segmento petroquímico nacional necessita inovar incrementalmente os processos e qualidade de seus produtos para a manutenção e melhoria de sua posição no mercado. Sob essa perspectiva, o presente estudo visa a identificar como ocorre a inovação tecnológica em uma Média Empresa (ME) petroquímica sem estrutura formal local de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Para tanto, foram investigados os processos que se sucederam na empresa estudada, então, focalizando o período em que seu capital era nacional (1992 a 1995), bem como o período posterior quando a mesma foi adquirida por um grupo multinacional (1996 a 2001), detentor de estrutura formal de P&D, assim analisando-se a diferença entre os períodos. De modo a se caracterizar a atividade de inovação tecnológica na EMPRESA, concentrou-se a atenção nas fontes internas relacionadas às competências existentes. Para isso, foram executadas duas pesquisas aplicando-se um questionário para cada um dos períodos, pesquisou-se a documentação da EMPRESA e posteriormente entrevistou-se 8% da população, de modo a se complementar as informações que não ficaram claras nas respostas do questionário. Como resultado, detectou-se que para a inovação em uma empresa sem P&D deve-se investir pesadamente nos recursos humanos através da criação de condições motivadoras às pessoas, que se tenha liberdade para a experimentação, que haja um sentimento de co-propriedade nos empregados e exista apoio da administração para o aceite da ocorrência de erros passíveis inerentes ao processo de melhorias incrementais.

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Novos investimentos estão sendo feitos para aumentar a produção das empresas de primeira e segunda geração da indústria petroquímica do Rio Grande do Sul. As empresas de terceira geração, produtoras de artefatos de plástico e borracha, devem estar preparadas para rapidamente aumentar os níveis de produção com novos produtos que terão novos mercados. Este estudo busca identificar como estão preparadas essas empresas gaúchas para receber este aumento de inputs. Para este propósito, capacidade tecnológica e os tipos de processos de aprendizagem tecnológica são estudados. Foi enviado um questionário pelo correio para 558 empresas de terceira geração do Rio Grande do Sul com um retorno de 154 empresas. Os resultados mostram que as empresas tem um nível de capacidade tecnológica baixo e o principal processo para absorver a tecnologia é o “aprender fazendo”. Entretanto, as empresas necessitam de programas que aumentem as habilidades em aprender e a capacidade tecnológica para que as empresas aumentam a capacidade de inovar. A análise sugere características que facilitam o desenvolvimento tecnológico das empresas.

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As indústrias de calçados da região do Vale do Rio dos Sinos, sempre se destacaram no Brasil e no mundo por produtos reconhecidos internacionalmente, pela quantidade, qualidade e variedade de modelos. Com a globalização da economia e o desenvolvimento tecnológico imperante no mundo industrial, a região começou, rapidamente a ser deslocada de centro produtor de calçados para, quem sabe, centro consumidor de calçados. Quando as empresas começam a ter maus resultados, a culpa recai sempre nos “outros”: no governo, na concorrência desleal, e nunca na deficiência individual. A administração das empresas é obra de pessoas, dos administradores. Identificar as habilidades diferenciais dos administradores do Vale do Sinos, consideradas indispensáveis à sua função nas empresas da região, é o que procura o presente estudo.

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Produtos pioneiros e inovadores são competitivos e levam os agentes que os desenvolveram a ocupar posições de liderança no mercado, onde as empresas inovadoras destacam-se frente as demais. Porém, as que não são as inovadoras, precisam também competir, e, nestes casos, muitas vezes a única alternativa é imitar estas inovações, tentando sustentar-se no mercado. Ao imitar, estas empresas imitadoras podem também gerar novidades, passando a ocupar posições efetivamente competitivas no mercado. Neste trabalho onde buscou-se caracterizar o processo de imitação criativa em empresas de software do Rio Grande do Sul, onde constatou-se a imitação criativa como forma de propulsionar o desenvolvimento tecnológico e consequentemente, a competitividade nas empresas de software estudadas. Com vistas à identificar as atividades de imitação criativa nas empresas foi necessário voltar-se para as fontes internas e externas que estas possuem em relação à tecnologia. A fonte interna pode foi medida através da capacidade tecnológica, e a externa através dos mecanismos de transferência de tecnologia. Estas empresas voltamse à imitação criativa seguindo suas estratégias tecnológicas, integrando fontes internas e externas de tecnologia, passando por processos de aprendizado tecnológico, obtendo assim, capacidade de desenvolver tecnologia e inovar.

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Este trabalho trata de estratégia empresarial para empresas brasileiras de tecnologia, focando a temática do ambiente nacional e da emergente competição globalizada. Embora o ambiente nacional seja importante para o desenvolvimento de qualquer indústria, as empresas de base tecnológica são significativamente mais dependentes e sensíveis a condições ambientais favoráveis. Fatores competitivos fundamentais estão ligados ao ambiente nacional e não dependem diretamente das empresas ou de suas estratégias particulares. Por outro lado, a administração estratégica pressupõe posicionamento pró-ativo, onde a empresa deve procurar influir sobre o seu futuro, inclusive com relação ao ambiente nacional. Neste âmbito, um dos maiores problemas para o posicionamento estratégico empresarial é a correta compreensão do ambiente nacional e dos crescentes desafios competitivos. Esta pesquisa visa abordar e explorar ações estratégicas do ponto de vista empresarial. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com estudo de múltiplos casos, realizada através de entrevistas em profundidade com altos executivos de empresas de tecnologia sediadas no Rio Grande do Sul. O trabalho indica que ainda não existe a necessária cooperação entre o governo e as empresas, com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico, empresarial e econômico do país. A interlocução do governo com a indústria é ineficiente e as empresas admitem falta de articulação e posicionamento, a partir de suas entidades de classe, resultando em políticas inadequadas. No âmbito da competição global, aparece muito clara a necessidade das empresas competirem no mercado internacional. Existem aspectos favoráveis, como custos competitivos, bom nível tecnológico, popularidade da Internet e vitalidade empresarial. Em contrapartida, aparece o desafio das grandes deficiências estruturais, como educação básica, tributação inadequada, altos custos financeiros, falta de mecanismos de fomento para o desenvolvimento tecnológico e uma cadeia produtiva limitada em muitos aspectos. Se a meta da sociedade for o desenvolvimento econômico e social, o conhecimento, a capacidade de inovar, a produtividade e o desenvolvimento tecnológico serão fatores indispensáveis. Cabe a esta sociedade organizar-se de forma competitiva e desenvolver suas empresas de tecnologia de padrão mundial. O caminho que parece viável, seguindo o exemplo de outros países, é a cooperação entre empresas, governo, universidades e comunidade.

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O desenvolvimento tecnológico do setor construção civil no Brasil não tem sido acompanhado de ações sistemáticas de formação/qualificação profissional de seus trabalhadores em níveis compatíveis com os novos padrões técnico/industriais. Aportes provenientes de várias áreas do conhecimento podem contribuir para a reversão dessa situação. De caráter interdisciplinar, envolvendo arquitetura, construção civil, educação e informática, este trabalho investiga como os recursos informáticos e telemáticos podem contribuir para a qualificação de trabalhadores da indústria da construção civil. Abordando um tema específico – leitura e interpretação de plantas arquitetônicas –, investiga as possibilidades que essas novas tecnologias podem oferecer para ações de qualificação de trabalhadores, bem como verifica as condições em que esses se apropriam dos recursos que serão predominantes nos processos de trabalho no milênio que se inicia. Adotando um referencial construtivista, foi projetado e aplicado um experimento, consistindo de um site na Internet e de um programa de desenho, em que os participantes não apenas tomam contato passivamente com diversos conteúdos relativos à sua atuação profissional, mas contribuem com seus conhecimentos tanto na definição dos temas e tópicos a serem abordados quanto na produção de conhecimentos relativos aos temas propostos, fazendoos participantes ativos e não meros leitores. Recursos como animações, imagens sobrepostas, textos, etc. são empregados para apresentar os princípios fundamentais da representação prévia do espaço construído As participações dos usuários são registradas por meio de formulários, cujos textos produzidos são disponibilizados posteriormente aos demais participantes. Os resultados obtidos dão conta da viabilidade de iniciativas dessa natureza em ações que façam uso da rede mundial de computadores para a qualificação de trabalhadores, contribuindo para a superação de desequilíbrios na distribuição dos recursos de formação.

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A relação entre tecnologia e competitividade é um ponto importante que desperta interesse acadêmico e prático sobre o assunto. Este estudo procura entender a função tecnologia num setor industrial com características bastante singulares. O Brasil, em função da característica de sua economia e com suas dimensões continentais, é um país onde predomina o transporte coletivo de passageiro via rodoviária. O principal meio de transporte utilizado é o ônibus. A indústria de montadora de carrocerias de ônibus é uma indústria onde todas as montadoras são empresas nacionais. Este trabalho estuda uma das quatro empresas nacionais que atuam no setor, sob o aspecto tecnológico. Este estudo propõe-se a entender a função tecnológica e relacioná-la à posição de liderança que a empresa estudada, no caso a Marcopolo S/A, ocupa no mercado de montadoras de carrocerias de ônibus. Liderança esta refletida pela competitividade e performance mercadológica da empresa. A função tecnologia e suas correlações na empresa é o principal componente de análise do modelo utilizado. Através do modelo utilizado e do estudo de caso realizado verificou-se que a preocupação e o desenvolvimento tecnológico fazem da empresa uma líder de mercado ano após ano, demonstrando que a adoção de tal entendimento é um ponto fundamental para seu desempenho de hoje. Fruto disto também, hoje é uma multinacional com unidades fabris na América do Sul, América Central e Europa.

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A compatibilização do desenvolvimento tecnológico com desenvolvimento sustentável é um dos desafios para o meio técnico-científico nos dias atuais. Dentro deste contexto, a reciclagem de resíduos, tal como a escória de aciaria elétrica, oriunda da indústria siderúrgica e que poderá ser reciclada pela indústria cimenteira, é vista como uma oportunidade de preservação de recursos naturais e do meio ambiente, uma vez que ao substituir o cimento Portland por escória micronizada, ocorrerá, principalmente, a economia de jazidas de pedra calcária, menos poluição de gás carbônico para a atmosfera, além de se evitar a estocagem em bota-foras de pilhas de escória na siderúrgica, o que pode causar, em função de um inadequado manejo ambiental, contaminação ao meio ambiente. Porém, um dos desafios tecnológicos da utilização da escória de aciaria elétrica como material cimentício é a sua expansibilidade. Esta pesquisa tem como objetivo estudar a viabilidade técnica da utilização da escória de aciaria elétrica micronizada como material cimentício, obtido através do processo de moagem por micronização, visando garantir a estabilização da escória em relação ao fenômeno de expansão, bem como melhorias nas características do resíduo Principalmente através dos ensaios de granulometria a laser e de avaliação de expansão, ficou evidenciado que a moagem da escória de aciaria elétrica pelo processo de micronização garantiu a sua estabilidade. Foram estudadas argamassas de traços 1 : 1,5, 1 : 3,0 e 1 : 4,5 com substituição de 0%, 10% e 34% de cimento Portland por escória de aciaria elétrica micronizada. Em relação à resistência mecânica à compressão, o desempenho apresentado pelas argamassas que utilizaram a escória de aciaria elétrica micronizada foram inferiores às argamassas de referência, porém os resultados encontrados nos ensaios são satisfatórios para atender às exigências de um cimento Portland Em relação aos aspectos de durabilidade, foram avaliados o desempenho em relação à absorção de água e à penetração de íons cloretos. Para a propriedade de absorção de água, a substituição nos mesmos traços de argamassas e teores de escória de aciaria elétrica micronizada mencionadas anteriormente, os resultados obtidos apresentaram desempenho superior às argamassas de referência. Do ponto de vista de penetração íons cloretos (ASTM C 1202, 1997), verifica-se que para os traços mais pobres (1 : 3,0 e 1 : 4,5) e que requerem respectivamente maiores relações água/aglomerantes, a adição de escória de aciaria elétrica micronizada ao CPV ARI RS nos teores de 10% e 34%, respectivamente, é o principal fator que contribui para o aumento da carga passante das argamassas e consequentemente a redução da capacidade de resistir à penetração de íons cloretos. Já para o traço mais rico (1 : 1,5) que requer menor relação água/aglomerante, a adição de escória de aciaria elétrica micronizada ao CPV ARI RS, no teor de 10%, é o principal fator que contribuiu para a diminuição da carga passante, em relação à argamassa referência, consequentemente aumentando a capacidade da argamassa de resistir à penetração de íons cloretos. Para o teor de substituição de 34% de escória de aciaria elétrica micronizada ao CPV ARI RS, houve aumento da carga passante de 16,72% em relação à argamassa referência. De acordo com os critérios da ASTM C 1202, a substituição de 10% e 34% de escória de aciaria elétrica micronizada ao CPV ARI RS, classificou o traço 1 : 1,5 e os traços 1 : 3,0 e 1 : 4,5, respectivamente, como sendo de moderada e de elevada penetração de íons cloretos.

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A tecnologia de inseminação artificial (IA) é considerada uma determinante da estruturação do melhoramento genético e da competitividade da pecuária bovina. Essa tecnologia apresenta demandas específicas para a sua adoção, procedimentos diferenciados tanto no processo produtivo como na área gerencial da propriedade rural. Ana lisar o impacto que essa tecnologia causa na gestão das propriedades rurais é objeto de estudo desde trabalho, que pesquisou aquelas especializadas em bovino reprodutor, no sentido de averiguar quais as reais mudanças estruturais, organizacionais e gerenciais que nelas ocorreram após a adoção da tecnologia. No intuito de verificar quais as subtecnologias e procedimentos necessários para que a tecnologia de IA pudesse ser adotada realizou-se levantamento de dados em fontes secundárias e entrevistas com profissionais da área, que culminou na elaboração de um quadro contendo as exigências para a adoção dessa tecnologia, com os objetivos e/ou as atividades envolvidas, assim como a infra-estrutura necessária. Com base nos dados coletados, foram relacionadas, ainda, as exigências com as implicações ou procedimentos administrativos necessários para a implantação da tecnologia. Elaborou-se o roteiro de entrevistas que foi utilizado no estudo de multicasos envolvendo três propriedades. A seleção das propriedades foi com base no volume de sêmen adquirido. Destacam-se as constatações, a partir da análise dos dados levantados: a) a infra-estrutura existente nas propriedades sofre alterações ou adaptações com a adoção da IA, estando as mesmas relacionadas com o nível tecnológico já existente nas propriedades; b) a adoção da IA foi determinada pela disponibilidade de recursos financeiros e capacidade técnica para implantá-la, em duas das propriedades analisadas o processo de adoção da tecnologia de IA está relacionado com a formação dos filhos em medicina veterinária; c) o planejamento passa a ser instrumento na condução do negócio, após a adoção da IA; d) o controle de qualidade está relacionado com o nível de desenvolvimento tecnológico existente na propriedade, e) a informação gerada no processo produtivo começa a receber tratamento após o uso da tecnologia de IA, seja pela necessidade de maximizar o seu retorno, seja pela exigência dos órgãos controladores de gado de alta linhagem; f) as propriedades, onde a tecnologia não está consolidada, são mais receptivas à pesquisa e desenvolvimento; g) os proprietários na comercialização passam a adotar a venda por unidade utilizando também os leilões e materiais promocionais para divulgar os produtos; h) o volume de sêmen utilizado não guarda relação direta com o tamanho da propriedade; i) as propriedades cuja utilização da tecnologia ainda não está consolidada, reinvestem a renda gerada na própria propriedade; e j) a adoção da tecnologia possibilitou maior competitividade aos proprietários. Como resultado, coloca-se à disposição dos produtores rurais um referencial para a tomada de decisão sobre a adoção e/ou implementação da tecnologia de IA. Identificam-se também novas áreas de pesquisa, envolvendo a questão da tecnologia e da gestão na atividade agropecuária, pois às vezes a falta da competitividade do setor não está na carência de tecnologia, mais sim na forma como a mesma é gerenciada.

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O setor aumotomotivo é considerado inovador em aspectos de desenvolvimento tecnológico e de grandes esforços em favor da modernização da produção. No entanto, as linhas de montagem de automóveis e autopeças exigem dos trabalhadroes demandas físicas importantes, tais como posturas inadequadas, movimentos repetitivos e ritmo intenso de trabalho, provocando acidentes e doenças nos trabalhadores, além da perda de produtividade e queda na qualidade dos produtos fabricados, acarretando enormes prejuízos às empresas e ao país. Algumas empresas do setor trazem grandes contribuições para o estudo da ergonomia, através de métodos e técnicas que identificam as condições inadequadas de trabalho. Este estudo tem como objetivo aplicar e analisar um método de solução de problemas, que permita, passo a passo, planejar, realizar e verificar ações efetivas, ou seja, que atendam às necessidades do usuário do posto nas questões de conforto, segurança e eficiência. Visa também, de posse dos resultados, oportunizar ações futuras para a empresa, de modo a reverter em ganhosde produtividade e de qualidade. Para isso, foi escolhido aplicar uma intervenção ergonômica, com a participação dos trabalhadores, baseada na lógica do PDCA, seguindo os passos: planejar, fazer, verificar e agir. A escolha do método mostrou-se adequada, uma vez que ao analisar o afastamento dos operadores de seus postos de trabalho, devido a dores e desconfortos musculares, foi possível identificar causas e propor soluções para os problemas, e, após implementadas as ações propostas, houve redução no número de afastamentos. A partir dos resultados obtidos, pode-se creditar que a aplicação do método, de modo mais aprofundado em outras situações, possibilite a melhora das condições de trabalho e de vida do trabalhador.

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O ambiente de trabalho vem se modificando em virtude do desenvolvimento tecnológico, com a disponibilidade de ferramentas inovadoras, tal como o correio eletrônico e a internet, evidenciando-se o surgimento de novos conflitos entre empregados e empregadores. O presente estudo pretende analisar a incidência do direito à intimidade do indivíduo nas relações de trabalho em contraposição ao poder de comando do empregador, trazendo à discussão os limites desse poder, bem como as conseqüências quando ocorre abuso do mesmo e a dificuldade para reparação do possível dano. Embora haja dispositivos legais que garantam a inviolabilidade da intimidade e da vida privada do indivíduo, a propriedade e o sigilo da correspondência, não há regulamentação específica, quanto à garantia da intimidade, tão-somente a previsão de indenização por danos morais e materiais advindos de sua violação. Em conseqüência, tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm divergido, relativamente à licitude do monitoramento do correio eletrônico para efeitos de dispensa do empregado por justa causa. Entendem alguns que o correio eletrônico é privativo do empregado, mesmo sendo disponibilizado pela empresa; outros, que pode ser equiparado à correspondência tradicional e, ainda, há quem entenda serem os equipamentos propriedade da empresa e que o correio eletrônico é uma ferramenta de trabalho. Ressalta-se que o assunto necessita de regulamentação, uma vez que não há um consenso sobre como agir frente ao conflito, sendo atualmente resolvido caso a caso.