Impacto dos investimentos em tecnologia da informa����o nas vari��veis estrat��gicas e na efici��ncia dos bancos brasileiros

Esta tese objetiva identificar os impactos dos investimentos em Tecnologia de Informa����o (TI) nas vari��veis estrat��gicas e na efici��ncia dos bancos brasileiros. Para a realiza����o da investiga����o, utilizaram-se v��rios m��todos e t��cnicas de pesquisa: (1) entrevista com executivos para identificar o papel da TI nos bancos; (2) survey com executivos dos bancos para selecionar as vari��veis estrat��gicas organizacionais em que os efeitos da TI s��o mais significativos; (3) entrevista com executivos para adaptar as vari��veis como input e output observ��veis em contas de balan��o; e (4) m��todo de Pesquisa Operacional para elaborar um modelo de an��lise de efici��ncia e aplicar a t��cnica de Data Envelopment Analysis (DEA) para avaliar a efetividade de convers��o dos investimentos em TI. A entrevista explorat��ria com os executivos dos bancos permitiu identificar como os bancos utilizam a TI e o seu papel como ferramenta estrat��gica. O processo de valida����o e purifica����o do instrumento (question��rio) e dos constructos utilizados na survey fez uso de procedimentos qualitativos e quantitativos, como: validade de face e conte��do, card sorting, an��lise de fidedignidade (coeficiente alfa de Cronbach), an��lise de correla����o item- total corrigido (CITC), an��lise fatorial explorat��ria nos blocos e entre blocos, e an��lise fatorial confirmat��ria. O instrumento tamb��m foi validado externamente com executivos de bancos americanos. A partir do conjunto final de construtos, foram identificados vari��veis de input e output observ��veis em contas de balan��o visando �� elabora����o e �� defini����o do modelo de an��lise de efici��ncia. O modelo de efici��ncia estrutura-se no conceito de efetividade de convers��o, que pressup��e que os investimentos em TI, combinados com outras vari��veis de input (despesas com pessoal, outras despesas administrativas, e despesas de internacionaliza����o) transformam-se em output (receitas l��quidas de intermedia����o financeira, de presta����o de servi��os e de opera����es internacionais). Uma caracter��stica adicional do modelo �� a representa����o em dois est��gios: os investimentos em TI geram incremento nas receitas, mas esta rela����o �� intermediada pela acumula����o de ativos, financeiros e n��o financeiros. Os dados de balan��o dos 41 bancos inclu��dos na amostra, de 1995 a 1999, foram fornecidos pelo Banco Central do Brasil. A aplica����o do modelo na amostra selecionada indica claramente que apenas investir em TI n��o proporciona efetiva efici��ncia. Por outro lado, os bancos que mais investiram em TI no per��odo analisado ganharam efici��ncia relativamente ao conjunto de bancos analisados. Dentre os resultados desta tese, podem ser destacados: o modelo de pesquisa, o conjunto de constructos e o instrumento (question��rio), o processo de observa����o de input e output em contas de balan��o e o modelo de an��lise de efici��ncia.

Avaliando a efici��ncia das lojas da ECT do Rio Grande do Sul

�� certo afirmar que muitas das organiza����es t��m buscado aperfei��oar seus processos, melhorar seu desempenho, ampliar seus mercados e principalmente medir seus resultados. O mercado postal, que teve como ber��o o setor estatal, diante das in��meras transforma����es tecnol��gicas e o processo de globaliza����o, tem conduzido as empresas que exploram o setor a se debaterem na busca de aperfei��oamento das avalia����es de seus desempenhos. As empresas postais do mundo inteiro t��m procurado m��todos capazes de dar sustenta����o ��s suas pr��ticas para garantia e amplia����o de seus mercados. A Empresa Brasileira de Correios e Tel��grafos ��� ECT, criada em 1969, configurada com muitas lojas similares em todo o Brasil, que prestam e comercializam um conjunto de produtos e servi��os semelhantes, mas que utilizam recursos diversos em intensidade diferente, possui sua atual avalia����o de desempenho das lojas centrada em um ��nico fator econ��mico financeiro, denominado ��ndice de receitas e despesas ��� R/D. Esse ��ndice n��o considera fatores que est��o sendo utilizados pelas lojas, fora da vis��o financeira. Nesse ponto, considerada a import��ncia e relev��ncia do tema, �� que surge a proposta de avaliar um conjunto de lojas da ECT do Rio Grande do Sul, atrav��s de modelagem matem��tica, utilizando uma t��cnica denominada data envelopment analysis ��� DEA (em portugu��s, an��lise envolt��ria de dados), que possibilita a inclus��o de outras vari��veis fora da vis��o econ��mica. Este trabalho tem como objetivos: (1) definir que vari��veis podem ser utilizadas para a avalia����o das lojas; (2) definir um conjunto de lojas similares, que executam as mesmas fun����es e que se diferenciam somente na intensidade da utiliza����o dos recursos; (3) gerar, atrav��s da t��cnica, os resultados que podem ser obtidos a partir dos fatores quantitativos definidos e realizar an��lise de sensibilidades e (4) propiciar aos administradores um referencial para apoio �� decis��o. Espera-se que atrav��s da utiliza����o da t��cnica seja poss��vel: (1) identificar fatores que sejam usados de forma distinta nas lojas; (2) identificar que pr��ticas est��o sendo utilizadas pelas lojas consideradas eficientes e que podem contribuir para as lojas n��o eficientes e (3) permitir a participa����o dos gestores locais na altera����o e extens��o do modelo levando em conta as caracter��sticas das lojas.

An��lise da efici��ncia relativa de departamentos acad��micos : o caso da UFRGS

No mundo todo busca-se a melhoria da qualidade das universidades atrav��s de avalia����es peri��dicas. Tamb��m no Brasil tem sido realizado um grande esfor��o para a avalia����o de universidades, especialmente as p��blicas. A departamentaliza����o, vigente desde 1968, teve como conseq����ncia a separa����o entre o sistema administrativo e o acad��mico, com diferentes inst��ncias decis��rias, diminuindo a integra����o e a flexibilidade da universidade. Essa situa����o vai de encontro ao que a sociedade atual est�� demandando: uma universidade din��mica, que acompanhe as tend��ncias tecnol��gicas, com alto n��vel de qualidade. Nesse contexto �� que surge o interesse pela avalia����o de departamentos de uma universidade, para verificar se estes, funcionando de uma maneira distinta, apresentam desempenhos similares. Mais especificamente, procura-se, neste trabalho: (1) definir, qualitativamente, os fatores relevantes para uma avalia����o quantitativa multicriterial de departamentos acad��micos de uma universidade; (2) efetuar compara����o objetiva, via modelagem matem��tica, do desempenho dos departamentos; (3) diferenciar departamentos quanto �� sua efici��ncia relativa; e (4) identificar os fatores que fazem departamentos serem mais (ou menos) eficientes. Focaliza-se a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de grande relev��ncia no cen��rio nacional, com cursos de elevada qualidade, embora nem todos com o mesmo n��vel de excel��ncia. O estudo emprega uma modelagem matem��tica, utilizando a t��cnica denominada An��lise Envolt��ria de Dados (DEA, do ingl��s ���Data Envelopment Analysis���). A aplica����o da t��cnica aos departamentos da UFRGS oferece um mapeamento por efici��ncia relativa que, em vez de meramente criar uma escala ordinal (ranking), mostra o quanto um departamento �� menos eficiente do que outro, em uma escala relacional, indicando, ainda, quais s��o os fatores que determinam efici��ncias distintas para os departamentos. Os resultados do estudo permitem: (1) destacar alguns pontos de inefici��ncia, que podem ser melhorados; (2) identificar caracter��sticas de departamentos mais eficientes, que possam ser repassadas aos menos eficientes, para que estes elevem seu desempenho; e (3) contribuir para a homogeneiza����o da efici��ncia de todos os departamentos acad��micos da UFRGS, com o intuito de aperfei��oar a universidade como um todo.

Medindo a efici��ncia relativa das opera����es dos terminais de cont��ineres do Mercosul

Aproximadamente 95% do com��rcio exterior brasileiro s��o realizados por via mar��tima, principalmente por cont��ineres. O presente trabalho tem por objetivo medir a efici��ncia relativa das opera����es dos terminais de cont��ineres do Mercosul nos anos de 2002, 2003 e 2004, utilizando a t��cnica Data Envelopment Analysis (DEA) nos modelos CCR e BCC, com cinco inputs (n��mero de guindastes, n��mero de ber��os, n��mero de funcion��rios, ��rea do terminal, n��mero de equipamentos de p��tio) e dois outputs (quantidade de TEU (do ingl��s, twenty foot equivalent unit) movimentado e a m��dia de movimenta����o de cont��ineres por hora por navio). A unidade de an��lise �� composta por 15 terminais de cont��ineres brasileiros, 6 terminais argentinos e 2 uruguaios. Al��m da t��cnica de DEA, foi utilizada a Regress��o Tobit para verificar as vari��veis que mais influenciam a efici��ncia e, tamb��m, um estudo qualitativo focando quatro terminais. Devido os terminais operarem com retorno vari��vel de escala, decidiu-se utilizar o modelo BCC. Pela an��lise p��de-se observar efici��ncia em 14 terminais nos tr��s anos abrangidos, sendo 10 do Brasil, 3 da Argentina e 1 do Uruguai. Na an��lise de benchmarking, os terminais de Zarate, Rio Cubat��o e Teconvi foram os que mais serviram de refer��ncia para os terminais ineficientes. Atrav��s da Regress��o Tobit, seja utilizando o ��ndice de efici��ncia do modelo CCR seja o do modelo BCC, a vari��vel ���n��mero de equipamentos de p��tio��� n��o apresentou signific��ncia estat��stica. Tal resultado surpreende, pois os executivos dos terminais de cont��ineres ressaltaram que esta vari��vel �� importante para a efici��ncia das opera����es dos terminais.

An��lise da efici��ncia relativa das Escrivanias de Paz do Estado de Santa Catarina

Diante das atuais tend��ncias de busca da efici��ncia, muitas vezes atrav��s de grandes investimentos em novas tecnologias, em infra-estrutura, em recursos humanos, entre outros, objetiva a presente pesquisa apresentar uma forma de mensurar a efici��ncia relativa que os diversos n��veis de recursos utilizados possam, ou n��o, trazer ��s Escrivanias de Paz do Estado de Santa Catarina. Atrav��s da t��cnica ���Data Envelopment Analisys��� - DEA (An��lise Envolt��ria de Dados), busca-se mostrar as rela����es que os diversos n��veis de recursos possam ou n��o trazer na performance de cada empresa de forma relativa umas as outras. A pesquisa de campo busca levantar os diversos inputs, como instala����es f��sicas, quantidade de funcion��rios, tempo m��dio de servi��o dos funcion��rios, quantidade de linhas telef��nicas, equipamentos de fax, copiadoras, computadores e software e os diversos outputs, como escrituras, procura����es, autentica����es, reconhecimentos de firmas, casamentos, nascimentos e ��bitos existentes em cada uma das 266 Escrivanias de Paz do estado. Acredita-se que os procedimentos utilizados revelam-se como um instrumento de apoio decis��rio para essas empresas, al��m de mostrar as diferen��as de desempenho organizacional com a utiliza����o de diversos n��veis de recursos. Os resultados obtidos atrav��s das analises, demonstram os principais pontos que devem sofrer altera����es nas escrivanias n��o eficientes com rela����o ao conjunto. Estes pontos norteiam rumos de a����es aos dirigentes para melhoria da efici��ncia destas empresas.

Epidemiologia molecular da tuberculose resistente a m��ltiplos f��rmacos no Rio Grande do Sul

A tuberculose resistente a m��ltiplos f��rmacos (TB MDR) �� definida como uma forma de tuberculose (TB) causada por Mycobacterium tuberculosis resistente a pelo menos isoniazida e rifampicina. A TB MDR �� um problema mundial crescente resultante da n��o ades��o dos pacientes ao tratamento e pelo gerenciamento ineficaz da doen��a pelos sistemas de sa��de. Este estudo foi realizado com o objetivo de identificar os fatores de risco e os padr��es de transmiss��o da TB MDR no Estado do Rio Grande do Sul, comparando os resultados obtidos com aqueles casos de TB suscet��veis aos f��rmacos. Durante os anos de 1999 e 2000 foram identificados 60 isolados MDR no Laborat��rio Central do RS (LACEN) e 202 isolados suscet��veis aos f��rmacos anti-TB. Estes isolados foram analisados utilizando a t��cnica de Polimorfismo do Tamanho dos Fragmentos de Restri����o (RFLP) baseado no IS6110. Os dados cl��nicos e demogr��ficos dos pacientes portadores destas linhagens tamb��m foram analisados. Nos isolados que apresentaram seis ou menos c��pias de IS6110 foi realizada uma segunda t��cnica de genotipagem, o Spoligotyping. Os pacientes portadores de linhagens de M. tuberculosis com padr��es id��nticos foram considerados clusters. Foi observado que entre os 262 isolados, 94 (36%) pertenciam a 20 distintos clusters, e ap��s a an��lise por Spoligotyping, 89 destes isolados (34%) permaneceram em cluster. Os isolados MDR n��o diferiram estatisticamente dos isolados suscet��veis na propor����o de forma����o de cluster. Foi observada associa����o significante entre a ocorr��ncia de TB MDR e tratamento pr��vio (p < 0,001) e fal��ncia no tratamento (p < 0,001). No entanto, os pacientes HIV positivos foram associados com TB suscet��vel (p = 0,024). Tamb��m foi identificado que pacientes n��o casados desenvolveram mais TB devida �� transmiss��o recente (p < 0,005). A introdu����o da terapia supervisionada de curta dura����o (DOTS) no RS ser�� importante, pois auxiliar�� na diminui����o das taxas de fal��ncia e abandono de tratamento, evitando o desenvolvimento de novas linhagens MDR.