3 resultados para Conciencia psicológica

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Nas últimas décadas, diversos autores têm indicado que a condição de ser filho adotivo implica maior risco de desadaptação psicológica. Frente a isto, esta pesquisa investigou as relações existentes entre auto-estima, depressão, estilo parental percebido e adoção. A amostra foi composta por 524 adolescentes entre 14 e 15 anos de idade (68 adotados e 456 criados pelas famílias biológicas). Os instrumentos utilizados foram um questionário demográfico, as Escalas de Responsividade e Exigência Parental, o CDI e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. Análises de Regressão apontaram que as variáveis que apresentaram maior efeito sobre os índices de saúde emocional foram a responsividade parental, o sexo e o tipo de filiação. Os achados indicaram que pais adotivos são significativamente mais indulgentes do que pais biológicos. Em comparação, pais biológicos foram descritos por seus filhos como mais negligentes. Os resultados demonstraram ainda que a adoção isoladamente não resulta em maior depressão entre os jovens, mas a interação da afiliação com diversos outros fatores determina diferenças nestes escores. Os achados corroboraram o efeito transcultural dos estilos parentais sobre a adaptação psicológica e confirmaram a hipótese de que as estratégias de socialização parental moderam o desenvolvimento dos adolescentes adotados.

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O abuso sexual contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo que envolve aspectos psicológicos, sociais e jurídicos. Esta forma de violência tem sido considerada um problema de saúde pública devido aos altos índices de incidência e ao impacto negativo para o desenvolvimento das vítimas. O presente estudo teve como objetivo aplicar e avaliar o efeito de um modelo de grupoterapia cognitiva-comportamental para meninas vítimas de abuso sexual intrafamiliar. Participaram do estudo 10 meninas com idade entre 09 e 13 anos. As participantes foram clinicamente avaliadas em três encontros individuais, nos quais foram aplicados instrumentos psicológicos que avaliaram sintomas de ansiedade, depressão, transtorno do estresse pós-traumático, stress infantil e crenças e percepções da criança em relação à experiência abusiva. Após a avaliação clínica, as participantes foram encaminhadas para a grupoterapia, constituída por 20 sessões semi-estruturadas. O processo terapêutico foi dividido em três etapas, segundo os objetivos e técnicas aplicadas, em: psicoeducação, treino de inoculação do estresse e prevenção à recaída. A reavaliação clínica foi realizada após cada etapa da intervenção e os resultados apontaram que as meninas apresentaram melhoras significativas nos sintomas de depressão, ansiedade e transtorno do estresse pós-traumático, bem como reestruturaram crenças disfuncionais sobre culpa, diferença em relação aos pares, percepção de credibilidade e confiança. Tais resultados sugerem que a grupoterapia foi efetiva, reduzindo a sintomatologia das participantes e proporcionando a elaboração de pensamentos funcionais em relação ao abuso sexual.