13 resultados para Brasil História Séc. XIX

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho uma leitura interpretativa do ltimo livro de contos de Machado de Assis, Relquias de Casa Velha (1905). Em nossa anlise, procuramos observar o olhar do escritor sobre a cidade do Rio de Janeiro do século XIX, que serve de cenrio para a obra machadiana, e sobre as transformaes urbanas que ocorreram na cidade no incio do século XX. Alm disso h nesse trabalho, uma tentativa de identificar algumas relaes entre a temtica dos contos e as atividades desenvolvidas por Machado de Assis como funcionrio pblico do Governo Federal. Numa leitura histrica, geogrfica e literria, procura-se entender a tica do escritor sobre a História do Brasil e analisar sua qualidade contstica.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Dentro das reflexes acerca da subjetividade, desenvolvidas pelo romantismo, propomos uma leitura das obras Macrio e Noite na Taverna, de lvares de Azevedo, autor da segunda gerao romntica do Brasil. A anlise da prosa de lvares de Azevedo revela que o autor elabora uma profunda reflexo acerca do homem do séc. XIX, que se depara com novos paradigmas do pensamento e que busca novos valores para sua existncia. Nesse contexto, o escritor encontra, no mundo simblico e mtico, formas para representar e pensar o indivduo. O trabalho tem como ponto de partida a reflexo sobre o projeto esttico do autor, que se ope tendncia predominante do romantismo brasileiro, preocupada com a afirmao da nacionalidade, e inspira-se em modelos europeus para a sua criao. no mergulho em questes relativas subjetividade que lvares de Azevedo busca toda a inspirao potica e as bases para o seu questionamento existencial. Na segunda e terceira partes do trabalho, examinam-se os elementos do imaginrio azevediano. Em Macrio, identificamos a questo do duplo, marcado pelas relaes entre o bem e o mal, buscando-se no tema de Fausto, no Gnesis e no Livro de J os fundamentos para a nossa reflexo. Em Noite na Taverna, tomamos o tema de Don Juan como fonte para refletir sobre a postura do heri corruptor, para compreender o papel das figuras femininas e o tratamento dado ao tema amoroso no texto.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Esta Tese apresenta um estudo sobre o tema da formao continuada de professores. Inspirado principalmente na arqueologia e na genealogia de Michel Foucault, utilizo o conceito alforria enfatizando o duplo movimento articulado que esse conceito encerra, enquanto uma liberdade que dada, de romper grilhes e de arremeter o alforriado situao de permanecer girando em rbita, sob controle como uma ferramenta para questionar, pensar e problematizar a emergncia da formao continuada de professores no Brasil. O estudo desenvolve-se, basicamente, em trs grandes movimentos. O primeiro, compreende uma leitura mais ou menos sistemtica da obra de Foucault, que me permitiu propor e desenvolver uma investigao inspirada no pensamento ps-estruturalista. Essa inspirao reflete-se, principalmente, na abordagem genealgica do tema, na escolha das ferramentas tericas e no modo peculiar de analisar os discursos. O segundo movimento compreende uma caracterizao genrica da passagem da sociedade de disciplinas para a sociedade de normalizao. Descrevo algumas transformaes ocorridas nos modos de perceber, significar e usar o espao e o tempo e, tambm nas relaes de poder. Fao essa descrio relacionando essas transformaes com a Escola inserida na Modernidade. Com essa caracterizao, em que a alforria desenha-se em cada um desses conjuntos de transformaes, teo uma espcie de pano de fundo sobre o qual possvel tomar a formao continuada enquanto um imperativo, enquanto uma ordem para que haja uma continuidade, em consonncia com as transformaes espaciotemporais e polticas. Estabelecendo uma ponte com o prximo movimento apresento alguns aspectos das sociedades de soberania, de disciplinas e de normalizao, ressaltando os interstcios em que emerge a formao de professores e em que se inicia a formao das condies polticas que tornaram possvel a formao continuada de professores. E, no terceiro movimento, problematizo especialmente a emergncia da formao continuada de professores no Brasil. Em primeiro lugar, abordo a emergncia da formao de professores, na Frana do século XVII/XVIII e sua chegada ao Brasil, no século XIX. Em segundo lugar, a partir de enunciados garimpados na Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos (RBEP), editada pelo Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos (INEP), do Ministrio da Educao e Cultura (MEC), descrevo algumas problematizaes espaciotemporais da educao escolar e da formao de professores, que se desenvolveram na primeira metade do século XX, pelo funcionamento de alguns discursos constitutivos da poltica educacional brasileira. Ao descrever esses enunciados, implicados na crise moderna da Escola e envolvidos em relaes de poder, eu argumento que eles contriburam para compor as condies polticas para a emergncia da formao continuada no Brasil. E, por ltimo, questiono essa emergncia na virada da Modernidade para a Contemporaneidade, apresentando e discutindo alguns dos seus aspectos. Em suma: este trabalho apresenta a Tese de que a emergncia da formao continuada de professores no Brasil produziu-se no interstcio que se formou na virada do modo de vida moderno para o modo de vida contemporneo, na ordem da biopoltica e nos moldes da alforria.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O tema central deste trabalho a poltica cambial. Seu objetivo bsico analisar a conduo da poltica cambial no Brasil entre 1945-1973, que compreende a vigncia do Acordo de Bretton Woods, identificando as principais medidas adotadas e seus efeitos sobre algumas das principais variveis econmicas. Ainda que o Acordo de Bretton Woods tenha estabelecido o dlar norte-americano como base do sistema monetrio mundial, de forma que cada pas deveria adotar uma taxa fixa de cmbio em relao ao dlar-norte americano, verificou-se, especialmente aps a Segunda Guerra Mundial, a utilizao freqente de alternncia de instrumentos de poltica cambial pelo governo brasileiro. Dessa forma, ficou evidenciado que durante o perodo mencionado, a poltica cambial, esteve em grande parte, subordinada gesto de freqentes estrangulamentos cambiais, decorrentes da necessidade de equilibrar as contas externas ou de fornecer divisas importao dos bens de produo necessrios continuidade do desenvolvimento industrial. Tais fatos, levavam o governo brasileiro a adotar medidas intercaladas de controle cambial, ora austeras, ora mais flexveis, para fazer frente a tais desequilbrios. Em 1973, o Acordo de Bretton Woods ruiu e desta forma o sistema monetrio internacional passou a adotar taxas de cmbio flexveis. No entanto, o Brasil j vinha praticando uma poltica cambial mais flexvel desde 1968, com base em minidesvalorizaes cambiais, levando em considerao a variao da paridade do poder de compra. guisa de concluso, evidenciou-se que a poltica cambial teve importncia crucial, constituindo-se num marco decisivo no processo de desenvolvimento econmico do pas, durante o perodo analisado, procurando, em conjunturas especficas, compatibilizar a estabilidade econmica com os compromissos desenvolvimentistas assumidos pelos governos do perodo.

Relevância:

50.00% 50.00%

Publicador:

Resumo:

Na sociedade brasileira, as polticas sociais para infncia e juventude considerada desamparada e delinqente entre os anos de 1920 e 1940 caracterizam-se pelo fato de terem sido levadas a cabo pelos representantes do Poder Judicirio. Em Florianpolis (SC), o Juizado de Menores foi institudo, em 1935, pelo grupo que passou a governar o Estado de Santa Catarina com o propsito de promover, sob a tica da gesto da populao, uma assistncia social moderna para os filhos dos trabalhadores urbanos. Nessa pesquisa, investigou-se, a partir da documentao emitida pelo Poder Judicirio, porque a prole de determinados grupos sociais migrantes, descendentes de aorianos e madeirenses e afrodescendentes que habitavam na cidade, na dcada de 1930, ingressaram no programa social colocao familiar implementado pelas autoridades judicirias no perodo. Inicialmente foram identificadas as motivaes relativas aos meios de subsistncia e ao contexto scio-familiar que geralmente levavam mes e pais consangneos a transferir seus filhos para outros lares. Posteriormente analisou-se como a noo de menor abandonado, vigente no Cdigo de Menores de 1927, foi operacionalizada do ponto de vista jurdico-administrativo pelos representantes do Estado com o intuito de enviar os infantes pobres e os considerados infratores para as residncias dos guardies. Por fim, as experincias vivenciadas pelos menores declarados abandonados nos lares dos guardies foram descritas. Os guardies da capital catarinense e do interior do Estado acolhiam os abandonados de ambos os sexos com o objetivo central de obter mo-de-obra, sobretudo, para os servios domsticos. Esse programa social se mostrou relativamente ineficaz medida que no propiciou condies para que essas crianas e jovens oriundos dos grupos populares urbanos ascendessem de classe, garantindo, na maioria das vezes, apenas a subsistncia dessas pessoas. A anlise desse processo histrico relativo chamada famlia substituta explica, em parte, as direes tomadas pelas polticas sociais infanto-juvenis nas dcadas subseqentes no Brasil.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

O gnero Ctenomys (famlia Ctenomyidae) compreende 50 a 60 espcies de animais conhecidos popularmente como tuco-tucos. De hbito fossorial, este grupo representa os mamferos dominantes na explorao do nicho subterrneo na Regio Neotropical. A distribuio das espcies bastante fragmentada, influenciada por vrios fatores limitantes como barreiras ecolgicas e geogrficas. Seu pequeno poder de dispersao (baixa vagilidade) causa uma restrio ao fluxo gnico. Ctenomys minutus, a espcie alvo deste trabalho, habita campos arenosos e dunas da Plancie Costeira do Sul do Brasil, do Rio Grande do Sul at Santa Catarina. Uma interessante caracterstica da espcie a ampla variao cariotpica, apresentando onze diferentes caritipos. A fixao destes polimorfismos, bem como a distribuio desta espcie, esto amplamente relacionada a história de formao geolgica da regio que habita, especialmente a existncia de barreiras geogrficas. Atualmente, cruzando a rea norte de sua distribuio encontram-se a rodovia RS 030, uma via de ligao do interior do estado ao litoral, e o Rio Mampituba, uma barreira geogrfica de origem recente. A fim de entender os nveis de fluxo gnico entre populaes de Ctenomys minutus e testar a efetividade destas barreiras, este trabalho utilizou quatro loci de microssatlites como marcadores moleculares na determinao da estrutura gentica das populaes Foram selecionados seis locais de estudo correspondentes a seis populaes ao longo da distribuio da espcie. Quatro pontos esto prximos ao Municpio de Osrio e correspondem a duas populaes que margeiam a RS 030, Campo Amaral e Campo Weber, ambos situados a uma distncia de menos de 100 metros em lados opostos da rodovia (distantes entre si em 1Km), e a Maribo A e Maribo B, populaes sem barreira aparente entre si (afastadas em 700m). Outros dois locais esto localizados nos municpios de Torres (RS) e Sombrio (SC) correspondendo as populaes do Parque da Guarita e da Praia da Gaivota, respectivamente. Esto separados pelo Rio Mampituba e distantes em 25Km. A obteno de um fragmento de pele da cauda para posterior extrao de DNA foi realizada com a captura dos animais (auxlio de armadilhas do tipo oneida-vitor n0), retirada do material e devoluo dos animais vivos toca de origem. A amostra contou com 227 indivduos, sendo 50 para a populao de Weber, 50 para Maribo A, 52 para Amaral, 38 para Maribo B,19 para Gaivota e 18 para Torres. Na amplificao dos quatro loci de microssatlites foram empregados primers descritos para a espcie co-genrica C. haigi, obtendo-se ao todo 27 diferentes alelos. A anlise das freqncias destes alelos indicou subestruturao populacional nas amostras atravs de altos valores de Fis baixa heterozigosidade observada e alta probabilidade de subdiviso na anlise para a probabilidade do nmero de populaes Os valores de Fst revelaram isolamento entre as populaes e, analisados em relao a disposio geogrfica entre os locais de coleta, mostraram um padro de isolamento pela distncia. Foram tambm avaliadas as populaes par a par para determinao do isolamento entre elas e nveis de fluxo gnico. Quando analisadas Maribo A e Maribo B observou-se baixo isolamento, com nveis de fluxo da ordem de 1,082 indivduos/gerao para estas populaes no separadas por barreiras. Os resultados obtidos para a anlise de Torres e Gaivota foram indicadores de alto isolamento, com nmero de migrantes no efetivo. Para Weber e Amaral obteve-se a menor estruturao, sendo o nmero de migrantes de 6,33 indivduos por gerao. Acerca destes resultados fica evidenciada a efetividade do Rio Mampituba como barreira ao fluxo gnico entre as populaes de Ctenomys minutus de lados opostos de suas margens. Para a RS 030, no houve indicao de sua efetividade como barreira ao fluxo gnico, nem de queda na variabilidade gentica das populaes prximas quando comparadas s demais populaes. Os valores de Fst e nmero de migrantes, no entanto, sugerem a existncia de uma nica populao inicial atualmente dividida pela presena da rodovia.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A Icnologia, os Argilominerais e a Geoqumica foram integradas aos estudos de Associao Faciolgica com objetivo de test-las como ferramentas auxiliares na caracterizao de Seqncias Deposicionais, segundo os conceitos da Estratigrafia de Seqncias (sentido Exxon). Para isso, foi selecionado o intervalo estratigrfico, compreendido do Sakmariano ao Kunguriano (Permiano), correspondente s formaes Rio do Sul, Rio Bonito e base da Formao Palermo. A rea de estudo est situada na borda leste da Bacia do Paran, nos municpios de Orleans e Lauro Mller, regio sul do estado de Santa Catarina. Como metodologia de trabalho, foi selecionado um arcabouo estratigrfico considerando uma hierarquia de eventos de 3a e 4a ordem, inseridos em um evento de 2a ordem, correspondente a uma superseqncia. Para isso, foram selecionados dez afloramentos, e os poos PB-18 e PB-20, com testemunhos, totalizando 500 m. Foram interpretadas seis associaes faciolgicas, representadas, da base para o topo, por rochas glcio-marinha, plataforma marinha dominada por ondas com estrutura hummocky, arenito de shoreface mdio/superior, bioturbados, pelitos marinho/marinhos marginais, flvio-estuarino e ilha de barreira/laguna. Admitiu-se ainda a formao de vales incisos para as regio de Lauro Mller e para a rea do poo RL-6, a partir da deposio das rochas flvio-estuarinas. O uso da Icnologia limitou-se interface entre o topo da formao Rio do Sul e a base do Membro Triunfo da Formao Rio Bonito, onde a identificao da Icnofbrica de Glossifungites auxiliou na delimitao de limites de seqncia de alta freqncia. Alm disso, foram reconhecidas, o predomnio das Icnofbricas de Thalassinoides e Teichichnus e, secundariamente, Planolites, Ophiomorpha, Arenicolites, Cylindrichnus, Monocraterion, Diplocraterion e Rosselia, permitindo posicionar a interface entre estas formaes na Icnofcies Skolithos/Cruziana. Helminthopsis, Condrites e Palaeophycus passam a predominar quando da presena de subambientes mais restritos tipo baas e lagunas. Os argilominerais identificados foram a caolinita, a clorita, a ilita e o interestratificado ilita-esmectita (I-S) do tipo ordenado. O predomnio da clorita e da ilita, na Formao Rio do Sul e o da caolinita no Membro Siderpolis, indicam variaes paleoclimticas, onde, inicialmente, existiram condies mais frias e secas, passando para condies de clima mais quente e mido. Os pelitos transgressivos do Membro Paraguau da Formao Rio Bonito foram caracterizados pelos valores relativos mais elevados do interestratificado I-S, e do SiO2 e Na2O e, os menores valores relativos do Al2O3, K2O, Fe2O3, MgO e TiO2. Interpretou-se uma provenincia detrtica para estes argilominerais sendo associados a minerais micceos e feldspticos. As relaes V/(V+Ni) e V/Cr indicam condies paleoambientais restritas, de carter redutor, praticamente para todo o intervalo estudado. A relao Sr/Ba mostrou-se boa indicadora de eventos transgressivos no PB-18 e no poo 1-TV-4-SC, perfurado em posio mais distal na bacia. Embora o uso da Taphonomia no tenha sido contemplada no objetivo inicial, a utilizao da razo plens/esporos foi satisfatria. Pulsos transgressivos de alta freqncia puderam tambm ser balizados pelas razes mais elevadas desta relao, havendo uma correlao razovel com as indicaes advindas da curva da razo Sr/Ba. Integrando-se os resultados destas vrias ferramentas foi possvel dividir o intervalo estratigrfico no PB-18, em sete seqncias deposicionais de 4a ordem e, em cinco seqncias deposicionais, no PB-20. As variaes encontradas nos estilos de estaqueamento estratigrfico entre as reas perfuradas por estes poos, deve-se s variaes locais no estilo tectono-sedimentar, dentro do modelo de bacias tipo foreland parte distal, modelo este adotado para a sedimentao destas seqncias e que tiveram, na subsidncia e no controle glcio-eusttico, os agentes moduladores deste padro estratigrfico.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

O desenvolvimento desse trabalho trata da construo discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na regio sul do pas. O marco terico que orienta esse estudo inclui-se na Anlise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da dcada de 60 e que se estende at a dcada de 90. Grande parte desse perodo coincide com o aparecimento das ditaduras militares em Amrica Latina, demarcando, assim, um espao histrico-discursivo especfico. Da mesma forma, ressaltam-se implicaes desse percurso imigrante quando discutimos a insero na lngua portuguesa, o que exige uma negociao com a lngua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistncias expostas no mbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: insero histrico-discursiva e insero na lngua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da história e real da lngua, os quais comportam aspectos de um indecifrvel que tanto na história como na lngua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenao e deslocamento de significaes. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidao sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratrio e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A Regio Sul do Brasil, do ponto de vista da diversidade lingstica, caracteriza-se, entre diversos outros aspectos, pelo contato do portugus com as lnguas dos imigrantes europeus que colonizaram a regio desde o século XIX. Monolnges no incio, esses imigrantes tornaram-se bilnges ao adquirir o portugus ao longo dos anos e, atualmente, a tendncia serem monolnges em portugus. Em tal contexto, os italianos assumem posio de destaque, no s pelo nmero de falantes, mas tambm pelas reas ocupadas e pela influncia no contexto lingstico, sociocultural e econmico. O portugus falado nas regies em que ocorre o contato com o italiano assumiu traos especficos que refletem a constituio social e tnica dessas reas, distinguindo-se, assim, do portugus falado em outras regies e da variedadepadro subjacente. Considerando esse cenrio, o objetivo deste estudo explicitar a dinmica de difuso do portugus no espao pluridimensional de contato com o italiano, mais especificamente em oito pontos (municpios) do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A linha terica da pesquisa segue a perspectiva da dialetologia pluridimensional e relacional, a qual busca constituir uma cincia da variao lingstica que corrija as deficincias da geolingstica tradicional e acrescente sociolingstica uma importncia maior ao valor do espao no debate sobre a variao: o conceito das interrelaes no espao, segundo Harald Thun. Os dados foram coletados atravs de trinta e duas entrevistas, nos estilos conversa semidirigida, resposta a questionrio e leitura, nas quais foram controladas dimenses sociais e geogrficas, visando a verificar a pronncia varivel do ditongo nasal tnico [A)w)], do [r] forte, da vogal [a] seguida de consoante nasal, do alamento das vogais tonas finais [e] e [o], da africao de [t] e [d] diante de [i], da realizao das fricativas [S] e [Z]. Os resultados, demonstrados atravs de tabelas estatsticas e de mapas pluridimensionais, evidenciam que a difuso dos traos associados ao portugus varia no modo e na intensidade. No plano diatpico, ocorre difuso mais intensa em Orleans (SC) e Caxias do Sul (RS), ao passo que a maior resistncia inovao lingstica foi detectada em Rodeio (SC) e Sananduva (RS). Na perspectiva diassocial, o uso de variantes sem interferncia do italiano liderado, sucessivamente, pelos falantes urbanos, pelos mais jovens e mais escolarizados.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho trata das dificuldades de formao do campo artstico no Rio Grande do Sul, Brasil, desde o final do século XIX at meados do século XX, articulando perspectivas econmicas e sociais com aes pontuais de indivduos e de grupos que tiveram participao na construo de uma história regional, segmentada e descontnua, que ainda no foi incorporada a uma narrativa geral da arte brasileira. A pesquisa, que, alm de envolver levantamento emprico e historiogrfico, tambm inclui anlise formal de obras produzidas em diferentes perodos, procurou estabelecer nexos entre fenmenos que, at o presente momento, tinham sido tratados de maneira isolada. Independentemente do potencial artstico, da capacidade intelectual, ou da disposio para trabalhar em prol da coletividade, todos os indivduos estudados se defrontaram com resistncias e desafios, que variaram em grau e intensidade, por parte do conjunto da sociedade gacha, e o reconhecimento social s aconteceu depois de encontrarem aceitao em centros artsticos mais tradicionais. Assim, a despeito da existncia de artistas e de agentes culturais bastante ativos, o campo artstico, propriamente dito, no encontrou formas concretas de existncia no Rio Grande do Sul, pelo menos at o final dos anos de 1950, pela ausncia de outros elementos necessrios para sua estruturao.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

Esta dissertao de mestrado apresenta estudos sobre as propriedades geotcnicas dos solos coluvionares existentes ao longo do gasoduto Bolvia-Brasil em Timb do Sul (SC), na regio sul do Brasil. Estas propriedades devero ser utilizadas em anlises de estabilidade de taludes naturais e de corte ao longo do gasoduto, principalmente na avaliao da suscetibilidade iniciao de fluxos de detritos (debris flows), j constatados na regio em Dezembro de 1995. Os fluxos de detritos so os movimentos de massa que representam maior risco integridade fsica do gasoduto na regio investigada. Ressalta-se que rupturas de gasodutos, como a ocorrida no Mxico em Junho de 2003, em funo de um fluxo de detritos, podem ter conseqncias devastadoras em termos de perda de vidas e danos a propriedades e ao meio ambiente. A rea investigada formada por depsitos coluvionares originados da Formao Serra Geral, geralmente associados existncia de perfis com horizontes de solo residual e blocos de rocha, originrios de macios rochosos fraturados. Dois depsitos coluvionares investigados foram identificados como provenientes da decomposio de rochas vulcnicas. Estes depsitos encontram-se assentes sobre solo residual de basalto. Outro depsito coluvionar estudado foi identificado como oriundo da degradao de arenito intertrap. Os ensaios de laboratrio realizados foram ensaios de expanso, ensaios de caracterizao, ensaios de cisalhamento direto, ensaios ring shear e ensaios triaxiais (CIU) e especiais Os ensaios triaxiais especiais consistiram em uma fase de cisalhamento inicial realizada sob condies drenadas at prximo do estado de tenses existente no campo, seguida de um carregamento no drenado at a ruptura. Estes ensaios demonstraram que, na fase no drenada e sob baixas tenses de confinamento, ocorre um aumento de poropresso seguido pela diminuio da mesma at valores negativos. Mostram tambm que, carregamentos no drenados em baixas tenses confinantes sobre este solo no induzem tendncia a liquefao.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A predao de rebanhos domsticos por predadores silvestres o conflito mais intenso entre seres humanos e animais silvestres por causa do prejuzo econmico. A soluo encontrada pelos fazendeiros o abate do predador, causa principal de mortalidade destes animais ao redor do mundo. Para compreender melhor as variveis ambientais relacionadas a este conflito na regio do Parque Nacional de So Joaquim, SC, Brasil, e entorno, foram visitadas propriedades que registraram a presena de lees-baios (Puma concolor) e propriedades que sofreram perdas para este animal durante o ano de 2004. Informaes relacionadas ao manejo utilizado com os rebanhos e com a rea da fazenda foram coletadas e analisadas conjuntamente com dados provenientes de geoprocessamento (cobertura florestal, altitude, declividade, distncia de corpos hdricos e de estradas) mostrando que o manejo utilizado com os rebanhos na rea de estudo potencializa os eventos de predao de rebanhos domsticos pelo feldeo em questo. Melhorias no manejo dos rebanhos e das propriedades, diminuio da caa de animais silvestres e a proteo dos fragmentos florestais so aes que, considerando a regionalidade do conflito, podem reduzir os ndices de predao. Agncias ambientais federais e estaduais tem papel importante na disseminao de informaes a respeito da ecologia dos predadores, fornecendo subsdios para os proprietrios melhorarem o manejo de seus rebanhos e propriedades. rgos extensionistas devem planejar e implantar programas de apoio com tcnicas adequadas de manejo das propriedades visando a conservao do meio ambiente.

Relevância:

40.00% 40.00%

Publicador:

Resumo:

A presente dissertao tem por objetivo desenvolver uma reflexo sobre a relao entre mtodo e escrita da história a partir da anlise dos escritos de Joo Capistrano de Abreu. A hiptese que orienta a leitura de sua obra a de que os dispositivos da crtica documental, praticada pelos historiadores do século XIX, ao mesmo tempo em que conferem as marcas de credibilidade ao texto histrico, tambm impem coeres e limites incontornveis sua construo. O estudo do caso Capistrano oferece a possibilidade de investigar alguns desdobramentos epistemolgicos desta questo, sobretudo em um momento em que a história nacional investiu-se de pretenses cientficas, com diretrizes tericas e temticas prprias. A história em captulos do historiador corresponderia instaurao de um novo regime de escrita cujos dispositivos de validao no se encontrariam exclusivamente na explicitao do aparato crtico utilizado, mas na coerncia explicativa prpria do texto que ele elaborou.