27 resultados para Brasil - História administrativa

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O tema central deste trabalho a poltica cambial. Seu objetivo bsico analisar a conduo da poltica cambial no Brasil entre 1945-1973, que compreende a vigncia do Acordo de Bretton Woods, identificando as principais medidas adotadas e seus efeitos sobre algumas das principais variveis econmicas. Ainda que o Acordo de Bretton Woods tenha estabelecido o dlar norte-americano como base do sistema monetrio mundial, de forma que cada pas deveria adotar uma taxa fixa de cmbio em relao ao dlar-norte americano, verificou-se, especialmente aps a Segunda Guerra Mundial, a utilizao freqente de alternncia de instrumentos de poltica cambial pelo governo brasileiro. Dessa forma, ficou evidenciado que durante o perodo mencionado, a poltica cambial, esteve em grande parte, subordinada gesto de freqentes estrangulamentos cambiais, decorrentes da necessidade de equilibrar as contas externas ou de fornecer divisas importao dos bens de produo necessrios continuidade do desenvolvimento industrial. Tais fatos, levavam o governo brasileiro a adotar medidas intercaladas de controle cambial, ora austeras, ora mais flexveis, para fazer frente a tais desequilbrios. Em 1973, o Acordo de Bretton Woods ruiu e desta forma o sistema monetrio internacional passou a adotar taxas de cmbio flexveis. No entanto, o Brasil j vinha praticando uma poltica cambial mais flexvel desde 1968, com base em minidesvalorizaes cambiais, levando em considerao a variao da paridade do poder de compra. guisa de concluso, evidenciou-se que a poltica cambial teve importncia crucial, constituindo-se num marco decisivo no processo de desenvolvimento econmico do pas, durante o perodo analisado, procurando, em conjunturas especficas, compatibilizar a estabilidade econmica com os compromissos desenvolvimentistas assumidos pelos governos do perodo.

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Este estudo aborda a viabilidade de enfrentamento, pela autoridade julgadora em processo administrativo fiscal, do argumento de inconstitucionalidade da lei que determina a exigncia do tributo. Procede-se a uma anlise crtica, a partir de precedentes dos Conselhos de Contribuintes do Ministrio da Fazenda, da soluo usualmente adotada, de no-conhecimento da irresignao do contribuinte, sob o fundamento da reserva de jurisdio. A proposta defende a possibilidade de pronunciamento do julgador administrativo, com efeitos para o caso concreto, alm de sustentar a hiptese como um direito do contribuinte, luz da garantia constitucional do devido processo legal e dos princpios da legalidade, da moralidade e da eficincia.

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O desenvolvimento desse trabalho trata da construo discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na regio sul do pas. O marco terico que orienta esse estudo inclui-se na Anlise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da dcada de 60 e que se estende at a dcada de 90. Grande parte desse perodo coincide com o aparecimento das ditaduras militares em Amrica Latina, demarcando, assim, um espao histrico-discursivo especfico. Da mesma forma, ressaltam-se implicaes desse percurso imigrante quando discutimos a insero na lngua portuguesa, o que exige uma negociao com a lngua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistncias expostas no mbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: insero histrico-discursiva e insero na lngua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da história e real da lngua, os quais comportam aspectos de um indecifrvel que tanto na história como na lngua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenao e deslocamento de significaes. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidao sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratrio e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

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Na sociedade brasileira, as polticas sociais para infncia e juventude considerada desamparada e delinqente entre os anos de 1920 e 1940 caracterizam-se pelo fato de terem sido levadas a cabo pelos representantes do Poder Judicirio. Em Florianpolis (SC), o Juizado de Menores foi institudo, em 1935, pelo grupo que passou a governar o Estado de Santa Catarina com o propsito de promover, sob a tica da gesto da populao, uma assistncia social moderna para os filhos dos trabalhadores urbanos. Nessa pesquisa, investigou-se, a partir da documentao emitida pelo Poder Judicirio, porque a prole de determinados grupos sociais migrantes, descendentes de aorianos e madeirenses e afrodescendentes que habitavam na cidade, na dcada de 1930, ingressaram no programa social colocao familiar implementado pelas autoridades judicirias no perodo. Inicialmente foram identificadas as motivaes relativas aos meios de subsistncia e ao contexto scio-familiar que geralmente levavam mes e pais consangneos a transferir seus filhos para outros lares. Posteriormente analisou-se como a noo de menor abandonado, vigente no Cdigo de Menores de 1927, foi operacionalizada do ponto de vista jurdico-administrativo pelos representantes do Estado com o intuito de enviar os infantes pobres e os considerados infratores para as residncias dos guardies. Por fim, as experincias vivenciadas pelos menores declarados abandonados nos lares dos guardies foram descritas. Os guardies da capital catarinense e do interior do Estado acolhiam os abandonados de ambos os sexos com o objetivo central de obter mo-de-obra, sobretudo, para os servios domsticos. Esse programa social se mostrou relativamente ineficaz medida que no propiciou condies para que essas crianas e jovens oriundos dos grupos populares urbanos ascendessem de classe, garantindo, na maioria das vezes, apenas a subsistncia dessas pessoas. A anlise desse processo histrico relativo chamada famlia substituta explica, em parte, as direes tomadas pelas polticas sociais infanto-juvenis nas dcadas subseqentes no Brasil.

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A regio costeira do Brasil Meridional, definida como Provincia Costeira do Rio Grande do Sul constituida por dois elementos geolgicos maiores, o Embasamento e a Bacia de Pelotas. O primeiro, composto pelo complexo cristalino pr-cambriano e pelas sequncias sedimentares e vulcnicas, paleozicas e, mesozoicas, da Bacia do Paran, comportando-se como uma plataforma instvel durante os tempos cretcicos, deu origem ao segundo, atravs de movimentaes tectnicas. Desde ento a Bacia de Pelotas, uma bacia marginal subsidente, passou a receber a carga clstica derivada da dissecao das terras altas adjacentes as quais constituam parte do seu embasamento que na parte ocidental atuou no inicio como uma rea levemente positiva, estabilizando-se aps. A sequncia sedimentar ali acumulada, cerca de I 500 metros de espessura, fruto de sucessivas transgresses e regresses. Controladas no princpio pelo balano entre as taxas de subsidncia e de sedimentao, a partir do Pleistoceno estas transgresses e regresses passaram a ser governadas pelas variaes glacio-eustticas ocorridas no decorrer da Era Cenozica A cobertura holocnica deste conjunto considerada como outro elemento geolgico importante da provincia costeira pelo fato de compor a maioria das grandes feioes morfograficas responsveis pela configuraao superficial da regio. Ela constituida por um pacote trans-regressivo cuja poro superior expe-se na plancie litornea, encerrando uma srie de unidades lito-estratigraficas descontinuas e de idade varivel resultantes do deslocamento de vrios ambientes de sedimentao por sobre a mesma regio. O estabelecimento de sua história geolgica somente tornou-se possivel aps detida anlise geomorfolgica. A planicie arenosa litornea que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlntico, revelou-se composta pela sucesso de quatro sistemas de barreiras, constituindo a denominada Barreira Mltipla da Lagoa dos Patos, cuja origem est diretamente relacionada s oscilaes eustticas que se sucederam na regio,durante os ltimos 6 000 anos, aps o final da Transgresso Flandriana. A primeira barreira formou-se durante o nivel mximo atingido pelo mar no final da grande transgresso holocnica, construida a partir de longos espores arenosos ancorados aos promontrios existentes na entrada das vrias baias que ornamentavam a costa de ento. Sobre tais espores acumularam-se, durante pequenas oscilaes do nivel do mar, extensos depsitos arenosos de natureza elica Outra barreira foi desenvolvida a partir da emerso de barras marinhas durante a fase regressiva que se sucedeu, aprisionando um corpo lagunar sobre um terrao marinho recm exposto. Ainda no decorrer desta transgresso, grandes quantidades de areia trazidas da antepraia foram mobilizadas pelo vento construindo grandes campos de dunas sobre a barreira emersa.Na rea lagunar, igualmente afetada pela regresso, depsitos lagunares e paludais foram acumulados sobre o terrao marinho. Assim estruturada, a barreira resistiu a fase transgressiva subsequente quando o aumento do nivel do mar foi insuficiente para encobri-Ia. Na margem ocenica a ao das ondas promoveu a formao de falsias, retrabalhando o material arenoso e redistribuindo-o pela antepraia. Na margem da Lagoa dos Patos de ento, o avano das aguas causou a abraso do terrao marinho parcialmente recoberto por depsitos paludais e lagunares. Nova fase regressiva ocasionou o desenvolvimento de outra barreira no lado ocenico isolando uma nova laguna enquanto que na margem da Lagoa dos Patos emergia um terrao lagunar. Obedecendo a este mesmo mecanismo a quarta barreira foi acrescentada a costa ocenica e um segundo terrao lagunar construido na borda da Lagoa dos Patos. O constante acmulo de sedimentos arenosos que se processou na rea aps a transgresso holocnica, atravs de processos praiais e elicos desenvolvidos num ambiente de completa estabilidade tectnica, aumentou consideravelmente a rea emersa da provncia costeira A parte superior da cobertura holocnica constitui assim uma grande sequncia regressiva deposicional, que teve como principal fonte os extensos depsitos que recobriam a plataforma continental adjacente. De posse de tais elementos, a costa atual do Rio Grande do Sul uma costa secundria, de barreiras, modelada por agentes marinhos, conforme a classificao de Shepard. A tentativa de correlaao entre as vrias oscilaoes eustticas deduzidas a partir da anlise geomorfolgica da regio ( com aquelas que constam na curva de variaao do nlvel do mar o corrida nos ltimos 6 000 anos, apresentada por Fairbridge, revela coincidncias encorajadoras no sentido de estender o esquema evolutivo aqui proposto, como uma hiptese de trabalho no estudo dos terrenos holocnicos restantes da Provncia Costeira do Rio Grande do Sul. A sua utilizao tornar muito mais fcil a organizao crono-estratigrfica das diversas unidades que nela se encontram.

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Este estudo analisa o Ensino Superior Agrcola Brasileiro ESAB, como campo (Bourdieu, 1983a), diante do cenrio do mundo cambiante em que vivemos, com os seguintes objetivos: (i) resgatar parte da história, destacando dois momentos de inflexo vividos pelo ESAB: o primeiro a partir da dcada de 1960, quando, dentro do projeto urbano-industrialista, foram lanadas as bases do conhecimento e das estruturas acadmicas (ainda hegemnicos) para a modernizao da agricultura. O segundo na virada do Sculo XX, quando existe uma multiplicidade de propostas e no h mais um modelo a ser copiado; (ii) sugerir alguns dos caminhos possveis e suas implicaes para as instituies do ESAB, que pretendam encontrar novo sentido social no seu trabalho; (iii) analisar a influncia das Universidades Norte-americanas no ESAB, tendo em vista sua importncia no perodo de 60 e como essa influncia se manifesta no segundo momento. Um college norte-americano (College of Agricultural and Environmental Science da University of California Davis) e uma faculdade brasileira (Faculdade de Agronomia da UFRGS) foram escolhidos, como centros de formao e de pesquisa importantes e com participao destacada nos intercmbios bilaterais. Essas instituies servem como testemunhas exemplares da dinmica geral. Em ambas foram realizadas investigaes e foram ouvidos atores destacados (professores-pesquisadores), atravs de questionrios e entrevistas ao vivo Nas duas universidades os professores mostraram-se conscientes sobre as mudanas em curso, mas na UFRGS parece que o debate est menos desenvolvido. Diante das tendncias que se apresentam, a Agricultura Sustentvel e a Biotecnologia foram eleitas como plos aglutinadores de diferentes projetos em disputa no incio do Milnio. O estudo conclui que ou as escolas de agronomia se modificam ou no se justificam e tambm que, as mudanas podem ou no se vincular busca de uma ruptura paradigmtica (Santos, 1997). Conclui ainda, que seria importante cada instituio explicitar sua proposta, mesmo que esta seja de convivncia entre os diferentes projetos. Finalmente opina que, Agricultura Sustentvel parece ser estrategicamente mais interessante; tendo em vista ser mais adequada realidade social e ambiental do Brasil.

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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educao geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a história da educao universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.

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O gnero Ctenomys (famlia Ctenomyidae) compreende 50 a 60 espcies de animais conhecidos popularmente como tuco-tucos. De hbito fossorial, este grupo representa os mamferos dominantes na explorao do nicho subterrneo na Regio Neotropical. A distribuio das espcies bastante fragmentada, influenciada por vrios fatores limitantes como barreiras ecolgicas e geogrficas. Seu pequeno poder de dispersao (baixa vagilidade) causa uma restrio ao fluxo gnico. Ctenomys minutus, a espcie alvo deste trabalho, habita campos arenosos e dunas da Plancie Costeira do Sul do Brasil, do Rio Grande do Sul at Santa Catarina. Uma interessante caracterstica da espcie a ampla variao cariotpica, apresentando onze diferentes caritipos. A fixao destes polimorfismos, bem como a distribuio desta espcie, esto amplamente relacionada a história de formao geolgica da regio que habita, especialmente a existncia de barreiras geogrficas. Atualmente, cruzando a rea norte de sua distribuio encontram-se a rodovia RS 030, uma via de ligao do interior do estado ao litoral, e o Rio Mampituba, uma barreira geogrfica de origem recente. A fim de entender os nveis de fluxo gnico entre populaes de Ctenomys minutus e testar a efetividade destas barreiras, este trabalho utilizou quatro loci de microssatlites como marcadores moleculares na determinao da estrutura gentica das populaes Foram selecionados seis locais de estudo correspondentes a seis populaes ao longo da distribuio da espcie. Quatro pontos esto prximos ao Municpio de Osrio e correspondem a duas populaes que margeiam a RS 030, Campo Amaral e Campo Weber, ambos situados a uma distncia de menos de 100 metros em lados opostos da rodovia (distantes entre si em 1Km), e a Maribo A e Maribo B, populaes sem barreira aparente entre si (afastadas em 700m). Outros dois locais esto localizados nos municpios de Torres (RS) e Sombrio (SC) correspondendo as populaes do Parque da Guarita e da Praia da Gaivota, respectivamente. Esto separados pelo Rio Mampituba e distantes em 25Km. A obteno de um fragmento de pele da cauda para posterior extrao de DNA foi realizada com a captura dos animais (auxlio de armadilhas do tipo oneida-vitor n0), retirada do material e devoluo dos animais vivos toca de origem. A amostra contou com 227 indivduos, sendo 50 para a populao de Weber, 50 para Maribo A, 52 para Amaral, 38 para Maribo B,19 para Gaivota e 18 para Torres. Na amplificao dos quatro loci de microssatlites foram empregados primers descritos para a espcie co-genrica C. haigi, obtendo-se ao todo 27 diferentes alelos. A anlise das freqncias destes alelos indicou subestruturao populacional nas amostras atravs de altos valores de Fis baixa heterozigosidade observada e alta probabilidade de subdiviso na anlise para a probabilidade do nmero de populaes Os valores de Fst revelaram isolamento entre as populaes e, analisados em relao a disposio geogrfica entre os locais de coleta, mostraram um padro de isolamento pela distncia. Foram tambm avaliadas as populaes par a par para determinao do isolamento entre elas e nveis de fluxo gnico. Quando analisadas Maribo A e Maribo B observou-se baixo isolamento, com nveis de fluxo da ordem de 1,082 indivduos/gerao para estas populaes no separadas por barreiras. Os resultados obtidos para a anlise de Torres e Gaivota foram indicadores de alto isolamento, com nmero de migrantes no efetivo. Para Weber e Amaral obteve-se a menor estruturao, sendo o nmero de migrantes de 6,33 indivduos por gerao. Acerca destes resultados fica evidenciada a efetividade do Rio Mampituba como barreira ao fluxo gnico entre as populaes de Ctenomys minutus de lados opostos de suas margens. Para a RS 030, no houve indicao de sua efetividade como barreira ao fluxo gnico, nem de queda na variabilidade gentica das populaes prximas quando comparadas s demais populaes. Os valores de Fst e nmero de migrantes, no entanto, sugerem a existncia de uma nica populao inicial atualmente dividida pela presena da rodovia.

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A distribuio de recursos pblicos de modo equilibrado e bem aplicado questo de suma importncia para administradores pblicos e planejadores, especialmente em pases como o Brasil que, a cada ano, v sua capacidade de investimento mais reduzida e onde mais se acentuam os desnveis sociais. A metodologia, aqui empregada, busca incorporar ao modelo a caracterstica de dinamismo prpria da realidade regional e por isso permite grande abertura na fase de seleo de variveis, tratamento dos dados e clculos de correlaes. Descarta de sada a possibilidade de ser resposta nica para a questo da regionalizao, e sobretudo, visa ser um modelo heurstico que se realimenta via interaes, permitindo inmeras solues, tanto melhores, quanto mais forem as tentativas de otimizao do mtodo. Este trabalho trata da questo da regionalizao sob a tica do estabelecimento de similaridades atravs de uma anlise centrada nos dados scio-econmicos que guardam melhor correlao com a estrutura espacial, utilizando a tcnica de anlise de agrupamentos e estatstica multivariada, com o fim de facilitar o planejamento regional e munir os administradores pblicos com instrumentos de deciso para uma distribuio melhor dimensionada de recursos. O tratamento dos dados se desenvolve a partir de matrizes que relacionam cada objeto unitrio com todos os demais, neste caso, cada unidade municipal do estado do Rio Grande do Sul com todos os demais municpios. Utiliza-se o clculo de variadas formas de distncias euclidianas e no euclidianas para estabelecer a similaridade entre os objetos, o que medido atravs do Teste de Mantel que relaciona as matrizes de dados com a matriz de distncia. Posteriormente, via uso de tcnicas de anlise de agrupamento obtm-se os padres regionais atrelados estrutura espacial. As regionalizaes geradas pelo mtodo tm a vantagem de apresentarem-se em vrios nveis hierrquicos, direcionando-se para uma maior diferenciao medida que os nveis se aprofundam. Permitem uma visualizao dos resultados em qualquer um dos nveis de diferenciao, o que proporciona ampla gama de possibilidades comparativas. Possuem um bom grau de iseno tcnica, porque so o resultado de uma anlise cujos principais referenciais so de domnio coletivo e definidores do espao, em que pese o ndice de correlao entre as matrizes de distncias ter sido baixo, para esta partida de dados selecionada e aplicada ao estado do Rio Grande do Sul.

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A reflexo sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram geraes de pesquisadores no Brasil um instrumental terico importante para o avano do pensamento cientfico na Sociologia. Neste sentido, prope-se analisar a problemtica agrria a partir do Socilogo brasileiro Jos de Souza Martins. Esse autor, em uma srie de livros e artigos ao longo da sua trajetria intelectual, forneceu-nos vrios conceitos e interpretaes significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importncia da contribuio de Jos de Souza Martins para o tema dos processos agrrios, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrria, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os captulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da dcada de 1970 at perodo recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetria intelectual, as suas inspiraes tericas, ou seja, os autores que se tornaram referncias para a construo do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores como a Comisso Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Polticos e, finalmente, ao longo dessa trajetria, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas anlises Duas hipteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importncia de alguns conceitos-chave como a renda fundiria, na anlise do autor, e a segunda dizendo respeito atuao dos mediadores principais da reforma agrria. Tais hipteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de renda fundiria permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espao rural. Alm disso, segundo a anlise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a conduo da reforma agrria baseados em concepes do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da História a classe operria. Finalmente, esta investigao pde ser realizada atravs da seleo de algumas obras emblemticas do autor.

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Esta tese discute trs temas: polticas pblicas, gesto tecnolgica, e setor automotivo. Tendo por objetivo abreviar o ciclo de absoro e desenvolvimento de tecnologia, um volume expressivo de recursos tem sido transferido do setor pblico para o setor privado atravs do que denominado de Poltica Pblica Indutora (PPI). Os governos pretendem, assim, atrair aquelas empresas tecnologicamente mais capacitadas, na expectativa de que transfiram para a localidade onde se instalam o conhecimento que detm. No Brasil, um dos setores-alvo deste tipo de poltica tem sido o automotivo, circunstncia observada em diferentes momentos da história. Efetivamente, o Regime Automotivo Brasileiro pretende no apenas acelerar o desenvolvimento do pas, mas tambm promover uma significativa transferncia de tecnologia. A anlise das PPI, por ser de extrema importncia, bastante influenciada e dificultada quer por seus defensores, quer por seus destratores, que as vem sob os aspectos de sucesso ou no; mas, no bastasse essa dificuldade, h tambm o elevado contedo ideolgico que sustenta as argumentaes, que faz com que a avaliao se perca num quadro inconclusivo. Afinal, estas iniciativas so benficas ou no para o pas e para as economias regionais? Finalmente, a eficcia, e portanto o acerto desta estratgia s pode ser avaliado expost facto, quando j comprometidos, qui irremediavelmente, os recursos pblicos. Por essa razo, este estudo desenvolve uma anlise ex-ante das polticas pblicas do tipo indutoras, fazendo uso de um modelo compreensivo que permite uma anlise longitudinal, captando assim, as mudanas no ambiente. Entre outras, procurou-se responder seguinte questo: possvel, hoje, inferir quanto contrib uio, se positiva ou negativa, que o Regime Automotivo Brasileiro e os seus desdobramentos estaduais traro capacidade tecnolgica no entorno da empresa atrada? O problema e a questo de pesquisa foram abordados, predominantemente, sob um enfoque qualitativo, e o mtodo escolhido foi o estudo de caso. Com o auxlio do modelo proposto foi analisada e avaliada a potencialidade de aumento na capacidade tecnolgica induzida pela instalao da unidade montadora da General Motors do Brasil, em Gravata, Rio Grande do Sul. Ao final conclui- se que os benefcios previstos pelo Regime Automotivo Brasileiro, no que diz respeito a capacitao tecnolgica local, dificilmente sero atingidos pela instalao de novas empresas automotivas ou a modernizao das existentes.

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Um histrico das recentes Polticas de Combate Inflao no Brasil apresenta uma descrio dos planos econmicos ocorridos no pas desde o Plano de Metas da era Juscelino at o recente Plano Real. Esta discusso feita atravs dos aspectos econmicos tericos e prticos que foram se desenvolvendo no pas e no mundo e traz alguns aspectos polticos e sociais quando determinantes a esses aspectos. A dissertao est organizada em trs captulos: Aspectos Histricos determinantes dos Planos Econmicos da Nova Repblica; Planos Econmicos da Nova Repblica e Plano Real. No decorrer desses captulos h a descrio, objetivos, propostas de aplicao e decorrncias de cada um dos planos aplicados economia nacional na história recente. Relaciona as maneiras ortodoxas e heterodoxas de tentar debelar a inflao e a postura dos presidentes e seus ministros da rea econmica frente a essa que tantas variveis trouxe ao desenvolvimento do Brasil. H uma anlise mais detalhada do Plano Real, explorando seus antecedentes, o contexto social e poltico em que surgiu, a sua natureza, seu impacto na dvida pblica e no relacionamento comercial com outros pases. Como os objetivos do plano ainda esto em prtica, a concluso traz, alm de uma apreciao sobre ele, algumas perspectivas ao seu futuro.

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Esta dissertao enfoca o jornal Brasil Mulher resgatando a trajetria do tablide a partir da tica de sua fundadora, Joana Lopes, e da anlise descritiva das vinte edies publicadas entre 1975 e 1980. Analisa como o Brasil Mulher contribuiu para a constituio da imprensa alternativa feminista e a luta das mulheres pelas causas feministas e contra a ditadura militar. A pesquisa insere-se nos estudos feministas e no mtodo histrico, especificamente, na perspectiva da história das mulheres e da história oral. Mostra como o jornal primordialmente feminista antes de alternativo, sua representatividade como registro de um perodo marcante do pas, as ingerncias polticas que levaram a rupturas internas e a recorrncia hoje de temas abordados pelo jornal. Enfatiza ainda o papel da mdia na contemporaneidade para manter a estrutura do sistema patriarcal.

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O presente trabalho aborda, atravs da perspectiva histrica da Comunicao, a trajetria de uma agncia de publicidade brasileira: a MPM Propaganda. Primeiro lugar no ranking brasileiro por uma dcada e meia, esta empresa fundamental para o entendimento do contexto da atividade publicitria, pois o seu sucesso no mercado ilustra o potencial atingido pelas agncias de capital nacional. A inaugurao da MPM no Rio Grande do Sul, em 1957, possibilita articular o contexto gacho com o nacional, devido expanso da agncia a partir da dcada de 1960. Parte-se da relao histrica entre a publicidade e o capitalismo, ambientando-se na realidade brasileira as conformaes da atividade publicitria tpicas de um capitalismo retardatrio. Ao tratar o pressuposto da publicidade como agente fundamental no sistema capitalista, articula-se a história da atividade publicitria a partir de fases da industrializao e da publicidade no Brasil, permitindo um entendimento sobre o contexto que envolveu a entrada da MPM no mercado, sua ascenso no contexto nacional, e o fim de sua trajetria ao ser adquirida por uma agncia multinacional em 1991.

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O produto de algumas pesquisas em andamento, especialmente de estudos que se propem a refletir sobre as conseqncias hegemnicas da globalizao do capitalismo na Educao Superior, apontam para a disseminao de tcnicas de stricto sensu empresarial, objetivando o aprimoramento da gesto acadmico-administrativa das universidades. Contrapondo-se a essas concepes, em cujas epistemologias, no raro, identifica-se a coao, sobretudo, da autonomia acadmica, o presente trabalho apresenta a hiptese da co-responsabilidade como uma proposta capaz de suscitar a integrao das dimenses pedaggicas e econmico-financeiras que se configuram, normalmente, dissociadas no interior das Instituies de Ensino Superior (IES). A partir desse pressuposto, especialmente centrado nos processos decisrios das IES, admite-se a possibilidade do xito da gesto administrativa, ou seja, a manuteno e o acrscimo das receitas destinadas melhoria das condies de oferta dos cursos (bibliotecas, laboratrios, incentivo dedicao e capacitao docente, pesquisa, extenso etc) como atrelada ao xito da gesto pedaggica, ou seja, do aprimoramento do ensino e da qualidade das aprendizagens e vice-versa. Embora essas duas injunes, se atreladas a paradigmas simplificadores, dever-se-iam anular em um crculo vicioso, o presente estudo fundamenta-se na teoria da complexidade (de Edgar Morin), por meio da qual se torna possvel compreender a organizao dos sistemas atravs de antagonismos (de ordem e desordem), mesmo, aparentemente, contraditrios. Como exemplo prtico de implementao desse modelo terico, esta tese mostra uma experincia vivenciada na Universidade Catlica de Pelotas (Brasil), capaz de corroborar a premissa proposta.