37 resultados para Booklet Viver é Lutar

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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O objetivo deste trabalho investigar a sociabilidade praticada por adolescentes da periferia urbana da cidade de Porto Alegre, considerando seus jeitos de viver a escola e a insero escolar, atravs da anlise das memrias individual e coletiva. O foco do estudo est relacionado ao fenmeno de alguns adolescentes, entre 12 e 18 anos de idade, que vo escola, mas resistem em participar das aulas, circulando pelos espaos institucionais ou, simplesmente, passando a maior parte do tempo no ptio. O recorte sobre a realidade pesquisada foi delimitado pela opo em estudar um fato ligado vivncia da adolescncia na periferia urbana dentro dos marcos da instituio escolar. Os conceitos de sociabilidade, processos de socializao e de escolarizao, identizao, memrias individual e coletiva, adolescncia e periferia urbana, escola como espao sociocultural foram articulados numa composio de autores vinculados ao campo das cincias sociais, especialmente da sociologia, da antropologia, da histria e da educao. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, articulando prticas metodolgicas como observaes, entrevistas abertas e grupos de discusso. A tese desenvolvida a de que os processos de escolarizao dos adolescentes de periferia urbana, cuja caracterstica central a circulao pelos espaos escolares, evidenciam a escola como um espao, no qual se pratica preferencialmente a sociabilidade, e apontam para um rearranjo nas relaes de poder presentes na mesma.

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Esta dissertao apresenta uma investigao a respeito da situao de incluso de crianas soropositivas nos Abrigos Residenciais da Fundao de Proteo Especial na cidade de Porto Alegre, como uma tentativa de contribuir com a pesquisa sobre os aspectos sociais da AIDS no Brasil. O mtodo de pesquisa utilizado foi o etnogrfico, com um trabalho de campo conduzido entre dezembro de 2003 e julho de 2004, em um dos trs Abrigos Residenciais da Fundao conhecidos at final dos anos 90 como casa de portadores. Estudam-se os fatores sociais relacionados com a transmisso do vrus de me para filho, e as implicaes desta transmisso no processo de abrigamento de crianas pelo Estado. Por meio da observao do dia-a-dia das pessoas que trabalham e moram no Abrigo, trata-se de compreender as formas, por vezes, sutis que a AIDS penetra o cotidiano da Instituio, analisando-se os fatores que levam persistncia no tempo de denominaes como casa de portadores, tendo como eixo central as representaes que os monitores tm do seu trabalho em relao a outros Abrigos da Fundao. Por ltimo, toma-se a histria do local desde a sua constituio como casa de portadores at a sua atual organizao como Abrigo Residencial, analisando os efeitos que a luta contra a AIDS e o debate sobre os direitos da criana tiveram na mudana de poltica em relao s crianas soropositivas abrigadas, levada adiante pela Fundao, assim como as ambigidades e contradies prprias de um momento institucional em que novas estratgias de incluso das crianas soropositivas esto sendo aplicadas nos Abrigos Residenciais.

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Dentro das perspectivas da Antropologia da Alimentao e da Antropologia do Consumo, este estudo trata das prticas e representaes relacionadas ao consumo de vinhos, entre apreciadores da bebida, da cidade de Porto Alegre. Atravs da observao participante em sesses de degustao de vinhos e da entrevista a membros de uma associao dedicada congregao de enfilos, buscou-se observar os valores envolvidos nas prticas de degustao e nos hbitos de consumo adotados em outros contextos. Nas sesses de degustao, buscouse observar como, atravs da organizao do espao, da obedincia a determinadas regras de comportamento, da adoo de determinadas tcnicas, so explicitadas representaes sobre o vinho e sobre a competncia requerida de um bom degustador, bem como so negociados valores importantes em meio ao grupo.

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Neste estudo busca-se a compreeno dos significados dos contedos vividos e percebidos pela criana doente e sua famlia ao experimentar a doena sob o olhar existencial de Heidegger, Merleau-Ponty, Emmanuel Levinas e Paul Ricoeur. um caminhar no cotidiano do mundo do hospital com a criana, famlia e equipe de sade , tentando entender as caractersticas bsicas do Dasein e as representaes das mudanas existenciais, provocadas pela doena, no viver da criana e da famlia. Neste processo emergem trplices mundos, intimamente interligados: o mundo do hospital,da famlia e da criana. A partir da relao e interao nestes mundos, num espao e tempo determinados, constri-se o compreender do modo de ser da criana doente. Trata-se de um estudo fenomenolgico desenvolvido na Unidade de Oncologia Peditrica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre do Rio Grande do Sul, que utiliza, para coleta de dados, a observao participante, a entrevista e a filmagem, sendo o mtodo hermenutico selecionado para a interpretao. A criana surge, emerge, como um ser em construo no mundo,e a doena desarticula sua existncia, abala e desestrutura a ordem familiar.O modo de ser da criana doente desvelado na relao com a famlia e com o mundo do hospital. A criana e a famlia reorganizam-se como ser-no-mundo e enfrentam esta dimenso existencial que os caracteriza como seres autnticos, que manifestam seus sentimentos, angstias e sofrimento ao perceber as mudanas no mundo da vida e sua finitude. A equipe de sade compartilha o sofrimento vivido pela famlia e a criana com cncer, e sensibilidade e solicitude desempenham um papel fundamental em sua prtica, alm do seu conhecimento tcnico-cientfico. Este momento existencial sempre inacabado, possibilitando novas construes e interpretaes, entretanto a riqueza vivida, neste encontro, com o outro mundo do hospital, revelador de uma infinidade de possibilidades no ato de conhecer e de cuidar, a partir da estrutura existencial do ser-no-mundo. O enfoque filosfico existencial de Heidegger torna possvel vislumbrar novos caminhos em direo compreenso e ao cuidado do ser-no-mundo que enfrenta a doena.

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O desligamento por idade de mo-de-obra qualificada, tema deste trabalho, traz em si inmeras e complexas variveis relativas ao modelo educacional da sociedade, voltado para a preparao do exerccio profissional; ao capital intelectual, como recurso mais importante e vital para o futuro das organizaes no mundo ps-capitalista e ps-industrial; ao aumento do ndice de longevidade da populao e declnio das taxas de natalidade, indicando significativa elevao da idade mdia da populao economicamente ativa; s dificuldades da previdncia social, tornando a demanda por previdncia privada cada vez maior; ao debate sempre presente sobre o adiamento ou antecipao da idade de aposentadoria; s repercusses destas e de outras questes correlatas para as organizaes; e ao prprio indivduo que precisa preparar-se psicolgica e economicamente para o fato. Mas a fora de trabalho qualificada, nesse intricado cenrio, dever encontrar formas para, em sua aposentadoria, poder usufruir das vantagens e benefcios merecidos, em funo de sua dedicao e atuao profissionais emprestadas sociedade. Nessa misso, dever ter o apoio da prpria sociedade, da organizao e da famlia, para conseguir formar a base constituda por previdncia social, previdncia privada, poupana pessoal e trabalho pontual que lhe permita viver, principalmente, os sonhos acalentados, talvez, por longos e duros anos. Para ajudar nessa tarefa, no que tange fora de trabalho da RBS, o presente estudo dedicou-se, justamente, a refletir e pesquisar sobre quais so as demandas pessoais e organizacionais para um consistente, efetivo e prazeroso processo de desligamento de colaboradores por idade, com o objetivo de contribuir para o aperfeioamento do processo decisrio da empresa, quanto implementao de polticas e prticas de desligamento de colaboradores por idade. Os procedimentos metodolgicos utilizados foram de estudo de caso de natureza exploratria A documentao de base para o estudo foi indireta, utilizando-se pesquisa bibliogrfica e a base documental da RBS sobre o tema. A documentao, em base direta, foi possibilitada pela aplicao de questionrios e entrevistas realizadas junto a trs tipos de respondentes aposentados pela RBS Prev, colaboradores que esto a cinco, dez, quinze e vinte anos da aposentadoria, e gestores da RBS , elementos de amostras no-probabilsticas escolhidos por julgamento, representativas das respectivas populaes. O perodo de anlise considerado iniciou-se em 1997, ano da instituio da RBS Prev, e estendeu-se at junho de 2001, ms em que foi realizada a coleta de dados, atravs de questionrios e entrevistas. A interpretao dos resultados teve por base uma anlise de carter qualitativo, utilizando-se a anlise de contedo. As referncias tericas abordam as relaes de trabalho, contemplando aspectos da administrao de recursos humanos, das transformaes no mundo do trabalho e do desligamento e manuteno de mo-de-obra jovem e com idade avanada, alm do resgate dos valores, das estratgias de recursos humanos e das relaes de trabalho da RBS. Os resultados obtidos permitiram perceber a opinio dos aposentados pela RBS Prev, as expectativas dos que esto a cinco, dez, quinze e vinte anos da aposentadoria e a viso dos gestores sobre o processo de desligamento por idade da RBS.

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A presente dissertao discute a resistncia mudana em tempos de reestruturao produtiva do trabalho, desde a perspectiva de trabalhadores que ocupam postos ditos de gesto e de execuo. Trata-se de um estudo de caso realizado em uma empresa de mdio porte considerada de terceira gerao do setor plstico, situada em Caxias do Sul/Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram dez trabalhadores da linha de produo e dois gestores. A coleta de dados deu-se atravs de entrevistas semiestruturadas, fontes documentais e iconogrficas, e observao assistemtica do cotidiano do trabalho dos trabalhadores. A anlise dos dados priorizou o entendimento qualitativo da realidade apresentada luz do referencial terico pertinente e discutiu trs eixos centrais, assim apresentados: as facetas da reestruturao produtiva do trabalho na empresa A; os modos de resistncia mudana provenientes da reestruturao produtiva do trabalho desde a perspectiva dos gestores e os modos de resistncia mudana provenientes da reestruturao produtiva do trabalho desde a perspectiva dos trabalhadores que ocupam postos ditos de execuo. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a resistncia mudana um comportamento que se faz notar tanto nos trabalhadores que ocupam postos ditos de execuo quanto nos gestores que so incubidos de implementar as mudanas. A resistncia aparece como um enigma central no cotidiano do trabalho da empresa A, atingindo os modos de ser e de viver dos trabalhadores. A resistncia inserida no contexto de reestruturao produtiva do trabalho na empresa A se mostra de forma sutil, diferentemente da forma visvel e de oposio comumente encontrada na literatura clssica.

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O presente estudo traz reflexes sobre Noite na Taverna e Macrio, textos de lvares de Azevedo, e a forma pela qual eles se inscrevem na literatura maldita. Para tanto, faz-se necessrio um olhar mais detido para elementos fundadores do maldito: o erotismo como fonte do desejo; o sentimento de perda pelo desejo no realizado; a melancolia decorrente dessa desiluso; a rebeldia pela percepo do ideal frustrado e a morte como fim ltimo da existncia. Visa-se, portanto, abordar a questo do mal enquanto temtica literria que passa a influenciar o pensamento e o modo de viver e agir das personagens azevedianas, tornando-se aspecto fundamental nos textos em questo.

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Esta tese apresenta dados de um estudo descritivo exploratrio com crianas em situao de rua da cidade de Ribeiro Preto, interior do Estado de So Paulo. Foi abordada, atravs de uma perspectiva ecolgica, a temtica da infncia, abrangendo seus significados e determinaes para estas crianas, questes de temporalidade e da identificao, descrio e significao de atividades cotidianas em situao de rua. A amostra foi composta por dez crianas com idades entre oito e onze anos, de ambos os sexos. Com base nos pressupostos terico-metodolgicos da Teoria dos Sistemas Ecolgicos e na reviso da literatura nas reas da Histria, Psicologia e Psicopatologia do Desenvolvimento foram criados quatro instrumentos de pesquisa (entrevista scio-demogrfica, jogo de sentenas incompletas sobre a infncia, entrevista semi-estruturada sobre o tempo e gravuras sobre atividades cotidianas em situao de rua), aplicados na prpria situao de rua. Os dados mostram: a) a diversidade da rua enquanto ambiente de desenvolvimento, b) a presena de contatos familiares freqentes na vida das crianas, c) a defasagem escolar caracterstica, d) a infncia definida dentro de parmetros ideais propostos no macrossistema, e) a vivncia do tempo estruturada em rotinas onde a cronologia no se encontra presente de forma incisiva, f) as atividades cotidianas abrangendo diferentes significaes, com expresses de diversos afetos e opinies sobre o viver a situao de rua. A Teoria dos Sistemas Ecolgicos sustenta a anlise destes dados dentro de parmetros de integrao entre as dimenses Tempo, Pessoa, Processo e Contexto, viabilizando a valorizao da criao de instrumentos que favoream a descrio e anlise da realidade pelos prprios participantes da pesquisa e a proposta e sustentao de projetos de interveno nesta realidade.

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Envelhecimento, estratgias de sade e qualidade de vida em uma vila popular do municpio de Porto Alegre um estudo sobre a situao de vida e de sade, na perspectiva da qualidade de vida, de idosos pobres, moradores da Vila Pitinga Porto Alegre, RS. Trata-se de uma proposta diagnstica, do tipo scio-demogrfica e descritiva das prticas e estratgias quotidianas de sade, adotadas por estes indivduos. Chamada de estudo hbrido, tal proposta, na pluralidade desse modelo, permite a utilizao simultnea de coleta de dados e anlise quanti-qualitativa. Atravs deste estudo destaca-se a necessidade de se reforar a compreenso, no s dos idosos, mas da sociedade em geral, de que ser idoso no significa ser ou estar doente. Tambm no se pode ignorar que cada idoso constri as suas prprias formas de ter sade e de manter-se saudvel. Assim, noes de situao de vida e de sade adotadas pelos idosos, aliadas s estratgias de sade dos mesmos, frente s suas necessidades e peculiaridades, permitem que a vida de pobre tambm possa ser vivida com qualidade, numa oportunidade positiva de se viver o envelhecimento, atravs das escolhas individuais de cada um.

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A autora faz um estudo de natureza qualitativa que busca compreender a trajetria da famlia que vivencia o risco de vida do filho, e utiliza os pressupostos do Interacionismo Simblico, para a compreenso desta trajetria. O mtodo utilizado para a coleta de dados o da observao participante e entrevistas. Os sujeitos so seis famlias que vivenciam o risco de vida de um dos filhos e intemao na Unidade de Terapia Intensiva Peditrica de um Hospital Geral de Porto Alegre. O processo de anlise indutivo e conhecido como anlise compreensiva dos dados, cujos resultados desvelam um processo dinmico na trajetria da famlia, apresentados em trs temas: "Percebendo que algo no est bem e mobilizando-se" - perodo pr-hospitalizao; "Concentrando a ateno no filho doente: vivenciando a hospitalizao" - perodo da hospitalizao da criana; e "Construindo e reconstruindo o cotidiano: reorganizando-se aps a alta" - a volta da famlia ao seu mundo cotidiano. O presente estudo converge para a ampliao do conhecimento sobre famlias e seu processo de viver e ser saudvel, oferecendo subsdios enfermagem que desenvolve assistncia junto s famlias e s crianas em risco de vida.

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A presena da vegetao exerce grande influncia em aspectos de conforto ambiental principalmente nas questes referentes ao conforto trmico e a percepo do ambiente construdo. A excluso das reas verdes nos locais que o ser humano habita, causa inmeros danos para o ambiente influenciando na sua qualidade de vida porque ele est geneticamente ligado natureza e precisa dela para viver. Estas questes so determinantes para que o desempenho do ambiente construdo atinja nveis satisfatrios para o bem estar do usurio. O objetivo principal deste trabalho foi compreender questes relacionadas a aspectos fsicos e psicolgicos quanto a presena da vegetao para os usurios dos espaos abertos no Campus Central da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul situado em Porto Alegre. O objetivo secundrio foi a identificao dos aspectos positivos e negativos da presena da vegetao quanto s questes trmicas e psicossociais no Campus Central da PUCRS. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizadas entrevistas com um grupo de usurios dos espaos abertos do Campus Central da PUCRS. Os resultados foram analisados a fim de verificar a percepo dos entrevistados sobre a presena da vegetao e a relao estabelecida com os aspectos de conforto ambiental. A discusso sobre a influncia da vegetao no ambiente construdo foi embasada em uma reviso terico-conceitual sobre conforto e percepo ambiental direcionada aos espaos abertos nas cidades em relao ao ser humano e natureza Conforme foi possvel identificar atravs dos resultados desta pesquisa, os entrevistados valorizam a presena da vegetao nos espaos abertos do Campus Central da PUCRS. Os entrevistados destacaram aspectos relativos vegetao como elemento importante para a melhoria do conforto trmico e para a humanizao dos espaos abertos no Campus Central da PUCRS. Algumas questes foram destacadas pelos entrevistados em relao s altas temperaturas no vero, falta de sombra nos estacionamentos do Campus, demanda por locais para sentar nas reas externas e recantos e a necessidade de aumento da vegetao nos espaos abertos do Campus Central da PUCRS.

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O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.

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Nesta dissertao, discuto e analiso alguns dos modos pelos quais o Tradicionalismo Gacho ensina sobre masculinidade. O estudo desenvolvido fundamenta-se nos campos dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais, especificamente naquelas vertentes que tm proposto uma aproximao crtica com a perspectiva ps-estruturalista. Utilizando a abordagem da anlise cultural examinei trs documentos que tm sido considerados como sendo textos fundadores do Movimento Tradicionalista Gacho, quais sejam: a tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo Gacho, de autoria de Luiz Carlos Barbosa Lessa, a Carta de Princpios do Tradicionalismo Gacho e o Manual do Tradicionalista, ambos de autoria de Glaucus Saraiva. As anlises desenvolvidas permitem argumentar que este movimento, desde a criao do primeiro Centro de Tradies Gachas (CTG), em 1948, em Porto Alegre, investiu na preservao de uma tradio gacha interiorana e rural e esta preservao deveria se processar dentro ou em torno dos CTGs; neste processo foram sendo produzidas representaes de gacho as quais atravessam e instituem o que chamei, aqui, de pedagogia tradicionalista com a qual se buscava - e ainda se busca ensinar, especialmente aos meninos, modos adequados de sentir, comportar-se e viver como um gacho de verdade.

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Este estudo tem o objetivo de desvelar os processos envolvidos na construo da identidade coletiva dos professores de uma escola pblica, da Rede Municipal de Porto Alegre, problematizando a unidade assumida por seus atores e reconhecida publicamente.Partindo do modo com que os professores apresentam-se como ator coletivo e da auto-imagem que revelam, o estudo procura abordar as razes e os modos de viver em conjunto, bem como a dinmica das interaes que realizam, envolvendo conflitos, negociaes, intercmbios e decises. Surgem, a, os processos individuais de insero no coletivo de professores e no contexto escolar, exigindo o estudo das suas trajetrias profissionais e a influncia das culturas profissionais, dos espaos de formao e das prticas de gesto da escola, tanto na construo das identidades individuais, como da identidade coletiva docente. O estudo apresenta os contextos poltico e pedaggico no s da escola analisada mas tambm da rede de ensino de Porto Alegre, na medida em que eles produzem e exigem mudanas, geram crises e influenciam os processos identitrios dos professores. Na escola, a histria da comunidade e a conquista da prpria escola, assim como o projeto pedaggico voltado incluso irrestrita de alunos e, nele, o trabalho coletivo, os espaos de formao, a gesto administrativa e pedaggica surgem como fatores interrelacionados que influenciam significativamente o modo como se assumem professores, individual e coletivamente, para si e para os outros A identidade coletiva docente tem as marcas do lugar: de um morro chamado Morro Alto e de uma comunidade que conseguiu uma escola para seus filhos. A ao coletiva formaliza-se no projeto pedaggico que, ao mesmo tempo em que agrega novos valores, preserva os que lhe garantem a identificao com um projeto poltico, voltado para as classes populares. A pesquisa participante, desenvolvida no perodo de novembro de 2001 a outubro de 2002, envolveu a totalidade dos professores da escola em encontros coletivos, uma estratgia de entrevista coletiva. Foram realizadas entrevistas individuais com parte dos professores da escola e com ex-professores, com uma assessora pedaggica da Secretaria de Educao e com alguns ex-alunos, como possibilidade de olhares diversos e singulares sobre a escola e seus professores. A anlise documental incluiu especialmente textos produzidos pelos docentes e vdeos sobre a escola.Autores como Paulo Freire, Alberto Melucci, Claude Dubar, Georges Snyders, Cludia Vianna e Antnio Nvoa constituem as principais referncias tericas deste estudo.

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A presente pesquisa um estudo de caso de natureza qualitativa, com apoio nos pressupostos tericos do materialismo histrico. Tem por objetivo compreender como o trabalho acadmico (o ensino, a pesquisa e a extenso) se manifesta no processo de organizao, desorganizao e de desenvolvimento do espao pblico na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), nos ltimos dez anos, com o avano do neoliberalismo que incide sobre as Universidades, enfraquecendo os seus espaos pblicos, e diante das relaes vivenciadas pelo professor no processo de execuo desse trabalho. Com base nas analises dos documentos pertinentes (leis, decretos, regimentos e outros), na literatura pesquisada, na experincia da investigadora e como profissional vinculada UFSC, e nas entrevistas semi-estruturadas realizadas com os professores dessas Universidades, com respaldo nas distintas reas de conhecimentos da CAPES, esta pesquisa se desenvolve a partir da tese de que, no exerccio do trabalho acadmico, o professor universitrio tem possibilidades de, atravs das relaes que estabelece com o seu trabalho, organizar, desorganizar, na perspectiva de desenvolvimento, diante das condies atuais de realizao do trabalho, o espao pblico na UFSC e na UFRGS. A partir dos resultados da pesquisa, analisando o exerccio do trabalho acadmico, no processo de desenvolvimento do espao pblico, h evidncias concretas de que esse processo se manifesta na Universidade, atendendo as necessidades estabelecidas pelo professor na interao com as condies de realizao do trabalho acadmico. Esse trabalho desenvolvido pelo professor um trabalho consciente, no sentido de que determinado pelas suas condies de vida e de trabalho. Neste contexto, o espao pblico vem se degradando diante do processo de manifestao do trabalho acadmico, porque tem se enfraquecido o processo de liberdade acadmica diante das exigncias do Estado, segundo as quais a Universidade necessita produzir competitiva e lucrativamente para se manter. Com a omisso do financiamento do Estado, os professores so compelidos a constituir parcerias com setores privados e, com isto, h um cerceamento da liberdade acadmica, por exemplo, no processo de produo, de maturao e de desenvolvimento das pesquisas. H uma tendncia de enfraquecimento dos espaos pblicos diante do enfraquecimento da liberdade acadmica, na universidade pblica. Com isto, h um fortalecimento do espao privado e da legitimao das aes neoliberais. O professor vive essencialmente a necessidade de constituir e desconstituir, de organizar e desorganizar, de fortalecer e enfraquecer o processo de desenvolvimento do espao pblico na Universidade. A universidade pblica constituda de antagonismos; isso que a faz uma instituio instigante para quem com ela interage. Viver a universidade pblica desafiar o lgico, viver entre a utopia e a realidade cada vez mais estreita e sufocante, e tambm entre o elitismo e o antielitismo, entre o que necessrio fazer e o que verdadeiramente se faz no desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extenso.