4 resultados para Beckett, Joe (1892-1965)
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Minha dissertação consiste em desenvolver a relação estabelecida entre o texto e o leitor no processo de leitura literária como produtividade, considerada como um conjunto, compreendendo o produtor do texto e seu leitor. A leitura vista como ‘‘jogo", em que o retorno do diferente não desdenha a tradição da leitura, conduz o leitor à produzir um texto múltiplo, plural. O texto é o mesmo e um outro ao mesmo tempo. Este estudo compreende três textos singulares da obra de Samuel Beckett: Malone meurt, L’Innommable e En attendant Godot. Tudo o que é assimilado, assim como refutado por Beckett, é convidado a entrar em cena no decorrer deste trabalho. Como via de acesso para a composisão da escritura becketiana, foi necessário seguir os passos da memória de leitura do autor para chegar a uma conclusão, segundo minha própria leitura, a partir da leitura dos três textos escolhidos. Por isso, reencontrei em Proust, a idéia do leitor ‘‘livre’’ e ‘‘independente’’ mantido por Beckett. Seguindo os traços da tradição, foi possível desenvolver uma memória de leitura como uma repetição, conduzindo a um resultado imprevisto. Balzac é a primeira referência da leitura beketiana. O autor é trabalhado como fonte principal da leitura becketiana. Assim, a composição da memória em Beckett não pode ser recuperada senão na articulação dos estudos textuais como ‘‘produção’’ e, cujas imagens repetitivas fornecidas pelos três textos de Samuel Beckett asseguram a continuidade, a produtividade de leitura, em que, esta memória, torna-se inevitavelmente, memória do texto.
Resumo:
O presente trabalho é um estudo histórico-descritivo sobre as diferentes formas de financiamento da agricultura e de suas relações com as políticas macroeconômicas adotadas no Brasil no período 1965-97. Buscaram-se mostrar as mudanças que ocorreram no padrão de financiamento da agricultura e se as diferentes formas de financiamento agrícola foram coerentes com os objetivos das políticas macroeconômicas. O padrão de financiamento da agricultura brasileira evoluiu e adaptou-se ao contexto econômico do país em cada fase da sua história. As diferentes formas de financiar a agricultura estão associadas aos interesses políticos e econômicos de cada etapa do desenvolvimento brasileiro, havendo coerência entre as políticas macroeconômicas e as políticas agrícolas durante todo o período. O processo de modernização e industrialização da agricultura teve o seu desenvolvimento sustentado no crédito agrícola, por intermédio do financiamento de máquinas, implementos e insumos que foram produzidos pelo setor industrial. Com a crise fiscal presente no país desde os anos 80, os recursos oriundos do Governo Federal passaram a ser substituídos por recursos dos Governos Estaduais e Municipais e pela iniciativa privada.
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Resumo:
Esta dissertação visa traçar um panorama representativo das casas modernas cariocas dentro do quadro da arquitetura moderna brasileira de 1930 a 1965. Para tanto, utiliza-se da reunião catalográfica de 145 exemplares de autoria de arquitetos nascidos ou radicados no Rio de Janeiro, localizadas no estado do Rio ou eventualmente fora dele. Os objetos de estudo são apresentados cronologicamente em sete períodos, correspondentes à incubação (1930-35), à eclosão (1936-39), à emergência (1940- 45), à consolidação (1946-50), à hegemonia (1951-55), à mutação (1956-60) e ao conseqüente ocaso (1961-65) da arquitetura moderna brasileira. A constituição do panorama é feita sistematicamente sobre dados extraídos da documentação publicada nacional e internacionalmente, através de tabulações e fichamentos. A identificação dos exemplares permite, primeiramente, ampliar e formatar um conjunto disperso; num segundo momento, a leitura dos dados facilita a análise e gera comentários que buscam somar um enfoque qualitativo à coletânea. As verificações corroboram a validade atemporal da arquitetura moderna brasileira e apontam para a necessidade de abertura de colunas intermediárias de classificação, que contemplem os ‘caminhos do meio’ entre o figurativo e o abstrato, o particular e o universal, o vernáculo e o erudito, o tradicional e o moderno.