15 resultados para Baixada Fluminense (RJ) Condições sociais

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Foram utilizados metais pesados e colimetrias como indicadores biolgicos, na avaliao da qualidade do pescado artesanal do Lago Guaba, localizado junto regio metropolitana de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil), visando oferecer subsdios para discusso da qualidade de vida dos pescadores artesanais, de suas famlias e dos consumidores deste pescado, bem como fundamentar decises de polticas pblicas. Exemplares de, Leporinus obtusidens (Characiformes, Anostomidae) (Valenciennes, 1847) Piava (denominao local) e de Pimelodus maculatus (Siluriformes, Pimelodidae) (Lacpde, 1803), Pintado (denominao local), foram capturados por pescadores cooperativados, em trs pontos do referido Lago a saber: Delta do Jacu, Canal de Navegao e Lagoa. As amostras foram colhidas entre junho de 2000 a setembro de 2001. Foram avaliadas, quanto a presena de mercrio, 27 exemplares de Leporinus obtusidens e 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de mercrio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica e, excetuando-se duas amostras de Piava, os nveis de mercrio estavam abaixo de 0,5g/g, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes no predadores. A mdia encontrada nos Pintados (0,216 mg/kg) significativamente maior (p<0.001), quando comparada das Piavas (0,094 mg/kg). Presume-se como hiptese o fato dos Pintados serem peixes de nvel trfico elevado e as Piavas, por sua vez, de nvel trfico baixo. Tambm foram avaliadas, quanto a presena de arsnio, 27 amostras de Leporinus obtusidens 27 de Pimelodus maculatus. Os nveis de arsnio foram determinados por espectrofotometria de absoro atmica. Os nveis encontrados estavam abaixo de 1,0 mg/kg, limite tolerado pela legislao vigente no Brasil para peixes e seus produtos. A mdia encontrada nos Pintados foi de 0,142 mg/kg e nas Piavas de 0,144 mg/kg. Na mesma ocasio, foram avaliadas quanto a presena de coliformes totais, fecais e Escherichia col, 43 amostras de Leporinus obtusidens e 43 de Pimelodus maculatus. Os nveis colimtricos totais e fecais foram determinados segundo Brasil. Ministrio da Agricultura (1992), utilizando-se a tcnica dos Nmeros Mais Provveis. A presena de E. coli foi confirmada pelo teste do Indol. A mdia dos coliformes fecais significativamente maior nos Pintados quando comparado com as Piavas (p = 0,043). Em relao a E. coli existe diferena significativa entre a Piava e o Pintado (p=0,040). O Pintado significativamente mais contaminado que a Piava. Das Piavas analisadas 4,65 % estavam acima dos nveis permitidos pela legislao brasileira para coliformes fecais e dos Pintados, 11,62 % das amostras tambm estavam fora destes limites. Em 23,25 % das amostras de Piava e 44,18% de Pintados foi constatada a presena de E. coli. No houve diferena nos resultados quanto aos pontos de captao do pescado. Os valores encontrados no presente trabalho indicam a necessidade de maior ateno s boas prticas de higiene desde a captura, manipulao e processamento do pescado, preservando-se o ambiente e as condições sociais, culturais e mesmo artesanais envolvidas.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A presente pesquisa nasce a partir de indagaes sobre os caminhos que levam o sujeito da classe popular a fracassar. Fazem parte desta pesquisa alunos da rede estadual de ensino, de uma escola da periferia de Porto Alegre, RS, onde h elevado ndice de reprovaes, evases e desistncias. Pretende-se, alm de buscar entender a influncia das condições sociais, econmicas, polticas e culturais, descortinar uma possibilidade a mais para ser pensada, buscando produzir um re-olhar sobre a questo, indagando como o fracasso escolar vem sendo dito. Quem fala? De que lugar fala? Levanta-se uma hipottica suposio: o sujeito fracassa ao no passar de ano na escola ou responde ali onde ele chamado a responder? Qual o lugar do fracasso escolar para alunos, pais, professores e para a instituio? Problematiza-se a questo numa perspectiva que inclui o ponto de vista dos sujeitos que constituem a vida escolar, e esta incluso se d pela utilizao das falas dos alunos, professores e orientadores educacionais. Discute-se o tema, percorrendo uma trajetria que vai desde o histrico do fracasso escolar, at o fracasso visto luz da Psicanlise, enquanto sintoma social. Ao final desta pesquisa, apontamos que o fracasso escolar no pode ser dito nem pensado, sem o uso adequado das aspas que cercam a palavra desde o incio deste trabalho de pesquisa, pois esta uma construo coletiva e deve ser (re)pensada por todos e seus efeitos ultrapassam o aqui e agora, subjetivando todas as vidas que esto envolvidas no seu entorno. Urge que se priorize medidas necessrias na (re)construo deste lugar, ressignificando o fracasso.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

As estratgias de desenvolvimento utilizadas, nas ltimas dcadas, com o enfoque da Revoluo Verde, afetaram de forma significava a capacidade de modificao dos ecossistemas pelo homem. A agricultura, sendo a principal forma de interveno nos processos naturais, incorporou inovaes tecnolgicas que possibilitaram o aumento do rendimento de cultivos e criaes. Ao mesmo tempo, estas inovaes provocaram efeitos negativos, no previstos, no meio ambiente e nas condições sociais dos seres humanos. A emergncia da expresso Desenvolvimento Sustentvel uma tentativa de conciliar o crescimento econmico, proporcionado pelo progresso tcnico, com a justia social e a preservao dos recursos naturais. Em virtude deste contexto, um novo desafio apresenta-se para os formuladores de polticas pblicas e agentes que interferem nos processos de desenvolvimento: avaliar a sustentabilidade, ou seja, quantificar o que mais ou menos sustentvel em sistemas de produo agrcola. Esta investigao representa um esforo para definir uma metodologia capaz de orientar na seleo de indicadores de sustentabilidade, bem como de permitir a obteno de ndices de sustentabilidade em sistemas de produo. O objetivo central propor uma metodologia que permita avaliar a sustentabilidade em sistemas de produo para facilitar a comunicao entre atores envolvidos em processos de desenvolvimento, no sentido de conduzir as intervenes dos mesmos para contextos de maior sustentabilidade nas dimenses social, econmica e ambiental. Para isto buscou-se uma metodologia com clculos e operaes simples, permitindo a obteno de informaes com recursos locais, sem a necessidade de avanados conhecimentos estatsticos de parte dos usurios, mas adaptadas complexidade e s particularidades locais dos processos envolvidos nos sistemas de produo da agricultura familiar. Os resultados obtidos, quando comparados com outras metodologias, demonstram a viabilidade do uso do mtodo proposto para a identificao de aspectos que conduzem os sistemas de produo estudados a contextos de maior ou menor sustentabilidade relativa.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho focaliza o processo de formulao e enunciao de problemas polticos sociais, tendo como contexto de anlise e coleta de material emprico a Assemblia Legislativa do Rio Grande do Sul. O objetivo elucidar os interesses, relaes e prticas sociais mobilizadas pelos deputados com vistas a intervir sobre problemas deste tipo. Para tanto, so abordadas as origens sociais, as formas de insero poltica, a mobilizao e gesto de vnculos com o que designam como bases eleitorais e as condições sociais e institucionais da atividade parlamentar. O exame destes aspectos busca demonstrar que a atuao dos deputados com relao ao social no algo que possa ser compreendido apenas com base nas divises polticas mais institucionalizadas, como os partidos e as respectivas coalizes, envolvendo diferentes lgicas e recursos sociais que interagem, tambm de diferentes maneiras, com o que se define como poltica.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Resumo no disponvel.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O manejo sustentado de agroecossitemas passa pelo planejamento de uso dos mesmos, para o que necessitam ser avaliados os recursos naturais e as condições sociais, culturais e econmicas dos habitantes nestes encontrados. ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, que permitem avaliar os recursos de grandes reas e anexar a bancos de dados georreferenciados, foram utilizados para caracterizar o meio fsico e planejar o uso da fazenda El P, Departamento de Cerro largo, Uruguai. dados topogrficos, planialtimtricos, de clima, solo e uso atual, foram usados para gerar os planos de informao: mapa base, modelo numrico do terreno, declividade, clima e recursos hdricos, solos, aptido de uso dos solos, uso atual, zoneamento ambiental e conflito de uso. A pesquisa mostra que a regio apresenta dficit hdrico de novembro a maro; Planossolos, Solos Podzlicos, Brunizm, Vertissolos e Solos Gley predominam na mesma; estes solos apresentam ampla faixa de aptido de uso, que facilita o zoneamento ambiental ecolgico da mesma. Se considerarmos que a tradicional pecuria desenvolvida nas reas onduladas e arroz nas vrzeas constitui o uso adequado dos solos, lavouras de arroz encontradas ao longo de sistemas de drenagem, onde deveria ser mantida a vegetao ciliar natural, constitui o principal conflito de uso relacionado ao zoneamento ambiental da regio. O geoprocesssamento e sensoriamento remoto mostraram-se eficientes no planejamento de uso da Fazenda Pantanoso.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Esse trabalho analisa as condições sociais de emergncia e as dinmicas de participao na defesa de causas ambientais no estado do Rio Grande do Sul entre 1970 e incio dos anos 2000. As mobilizaes ambientalistas ocorridas em tal estado no incio dos anos 70 so consideradas pela literatura pertinente como um dos marcos principais do nascimento do ambientalismo no Brasil, devido ao carter precursor das associaes e lideranas que participavam de tais mobilizaes. Trata-se de demonstrar que elas tambm so representativas da configurao de um militantismo de reconverso profissional para atuao nas mais diferentes esferas sociais. Tal caracterizao do ambientalismo como uma rea de atuao profissional est relacionada ao fato de se tratar de uma causa cuja emergncia e consolidao foi influenciada por variveis exgenas e, mais especificamente, pela presso e formulao de diretrizes ambientais nas instncias internacionais. Ela resulta tambm da conformao das foras sociais e polticas que participaram das mobilizaes e organizaes nos diferentes momentos de sua constituio. Ela est respaldada em concepes militantistas da formao e do exerccio profissional, segundo as quais a profisso sempre implica a capacidade ou a competncia de associar os recursos adquiridos durante o processo de escolarizao realidade e prtica poltica Todavia, as mobilizaes ambientalistas ocorridas a partir da dcada de 70 e sua expanso nos anos oitenta se caracterizam pela diversificao dos padres de utilizao da formao escolar e universitria como instrumento de politizao para a atuao profissional em diferentes esferas de atividade. Passa-se de uma situao em que as predisposies e os recursos para tal militantismo resultavam da bagagem cultural e poltica vinculada ao meio familiar, para uma outra na qual eles resultam das inseres dos dirigentes em diversas redes de organizaes e de movimentos sociais. Com isso, as gratificaes obtidas com tal militantismo e as bases que sustentam e do acesso ao exerccio profissional nessas diversas esferas de atividade se encontram diretamente ligadas vinculao simultnea dos dirigentes em tais redes sociais. Por isso, os objetivos e as intervenes associativas nas instncias de proteo ambiental tm se caracterizado por um elevado grau de atomizao e de segmentao e so muito difceis de serem conciliadas, sendo que quando isso acontece de forma muito circunstancial e provisria.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo - Os acidentes de trnsito so um grave problema de sade pblica universal, em pases desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os pases do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevncia, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominncia em populaes jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trnsito, avaliar sua correlao com indicadores sociais e proporo de jovens na populao e testar a sua associao com adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool. Material e Mtodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecolgico envolven-do todas as capitais das unidades da federao e Distrito Federal (exceto o municpio do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trnsito com vtimas no Departamento Nacional de Trnsito. Foram descritos os ndices de acidentes de trnsito com vtimas p/ 1.000 veculos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veculos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o ndice de mortos p/ 10.000 veculos (IM-V) referente ao perodo de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existncia de correlao entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), ndice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), ndice de condições de vida (ICV), proporo de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas (PCJ-ATV) e proporo de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas atendidos no Departamento Mdico Legal de Porto Alegre, no perodo de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trnsito com vtima fatal (casos) e com vtima no fatal (controles). Os grupos foram comparados com relao a adolescncia, sexo mascu-lino e consumo de lcool, atravs da razo de chances e seu intervalo de confiana, com signi-ficncia determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecolgico, observou-se, no Brasil, uma tendncia decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trnsito no perodo de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federao e Distrito Federal, apesar da ampla variao apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendncia decrescente observada para o pas como um todo. Na anlise das correlaes entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlao positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trnsito, alm de correlao negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimenses, a dimenso renda de ambos indicadores foi a nica que no demonstrou correlao com o IM- -V. As demais dimenses do IDH-M e ICV demonstraram correlao negativa, sendo que a dimenso infncia (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlao. A anlise da asso-ciao entre o IM-V e a PCJ-ATV no demonstrou correlao, mas, quando avaliada a asso-ciao com a PRJ nas capitais, houve forte correlao positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relao entre condutores envolvidos em acidentes com vtima fatal e adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool, no foi observada asso-ciao importante em nenhum dos fatores em estudo. Concluses - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trnsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendncia decrescente durante o perodo de estudo, acidentes de trnsito continuam sendo um grave problema de sade pblica. O estudo ecolgico evidenciou a existncia de relao entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimenso renda no demonstrou correlao e a dimenso infncia apresen-tou a correlao negativa de maior valor. Quanto PCJ-ATV, no foi encontrada associao relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associao entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle no evidenciou associao entre adolescncia e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trnsito fatal.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Proponho, com este trabalho, uma anlise da variao da manuteno da marca de concordncia verbal de segunda pessoa do singular em Pelotas (RS). Considero, para tanto, os aspectos lingsticos e, sobretudo, os aspectos sociais dessa variao. Almejo, assim, auxiliar na descrio de fenmenos de concordncia verbal. Apio esta anlise na Teoria da Variao Laboviana e em vises de classes sociais que levam em conta princpios socioeconomicistas, marxistas, econolingsticos, ocupacionais e das condições estruturais de manuteno das desigualdades sociais. Analisei dados de concordncia de segunda pessoa do singular em noventa entrevistas do Banco de Dados Sociolingsticos Variveis por Classe Social VarX que foram realizadas em Pelotas (RS) em 2000 e 2001. O VarX possui uma diviso equilibrada de informantes por gnero, faixa etria e classe social. Das entrevistas realizadas na casa do informante, afloram falas espontneas sobre histrias familiares, peripcias do passado. Utilizei, para a anlise dos dados, metodologia quantitativa com base na interface Windows para o Varbrul e em formulrio de codificao de dados. Alm dos dados de fala do VarX, utilizei como fonte de pesquisa o Questionrio do VarX e os resultados do Censo 2000 do IBGE. Os resultados, com relao concordncia de segunda pessoa do singular em Pelotas, apontam na direo de que: ocorra apagamento varivel da desinncia nmero-pessoal em virtude de uma regularizao do paradigma verbal em que so privilegiadas formas neutras; o apagamento da marca de segunda pessoa do singular sofra influncia de condicionadores lingsticos (salincia fnica, interlocuo entrevistado/entrevistador, ausncia do pronome-sujeito e tipo de frase) e sociais (h indcios de que: a utilizao de marca tenha prestgio, mas sua no-utilizao no sofra estigma; o fenmeno esteja em fase de consolidao e se configure como uma mudana lingstica quase completada; as mulheres resistam ao processo de apagamento da marca de concordncia mais do que homens).

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente trabalho um estudo da evoluo da configurao espacial do Centro da Cidade do Rio de Janeiro, feita a partir da metodologia da sintaxe espacial. O objetivo da pesquisa analisar, ao longo de quatro sculos (XVII, XVIII, XIX e XX), as transformaes morfolgicas que ocorreram na estrutura urbana da rea central de uma das cidades do Brasil que viveu mais intensamente as mudanas polticas e econmicas que ocorreram na formao nacional; e avaliar, no presente, em que medida as expectativas de co-presena, o movimento de pedestres e a disperso de usos econmicos do solo, em 4 fraes representativas do Centro (morro de Conceio, Lapa, Central do Brasil e centro de negcios) avaliadas empiricamente, esto correlacionadas com as medidas sintticas obtidas a partir da descrio de seus padres espaciais. O foco da descrio e das correlaes, discutir o processo de formao e consolidao da centralidade urbana, e a dinmica de apropriao social do espao, vinculada s expectativas das possibilidades e tipos de encontros entre as diferentes categorias sociais, que reconhecem ali, o centro simblico e funcional de suas vidas social e espacial.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Esta tese tem como objeto de estudo o processo de formao e desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras. Visa formular uma interpretao sociolgica desse processo, a partir da abordagem terica configuracional proposta por N. Elias, sendo esta complementada pela utilizao de outras categorias de anlises, tais como Identidade Histrica, Identidade Social e Identidade Cognitiva (W. Lepenies), que permitem focalizar a dinmica deste e incorporar a sua dimenso histrica. Conforme essa orientao terica, o objeto de estudo reconstrudo, tendo como eixo de anlise a direo que este apresenta no decorrer do seu desenvolvimento. Essa direo, nesta tese, foi definida como uma tendncia que oscila entre diferenciao/integrao/diferenciao de grupos de pesquisadores envolvidos no processo. A partir desta tendncia, so identificados e caracterizados trs perodos, sendo eles: primeiro perodo (pr-1964): Pioneiros e precursores uma Identidade Histrica em construo; segundo perodo (ps-1964 at 1986): a construo de espaos institucionais (Identidade Social) e a redefinio da Identidade Cognitiva; terceiro perodo (1987 em diante): uma rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais diferenciada internamente. A formao da rea de Estudos da Religio analisada tambm levando-se em considerao as transformaes do campo religioso, das Cincias Sociais e das principais condições scio-polticas da sociedade brasileira contempornea. Nas Consideraes Finais, formula-se uma sntese comparativa dos trs perodos identificados na reconstruo do processo, que fornece uma viso de conjunto da evoluo do mesmo. Logo se examina, igualmente em perspectiva comparativa, a formao e o desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras em relao trajetria desses estudos nos trs pases do Cone Sul aqui selecionados: Argentina, Chile e Uruguai. Por fim, salientam-se algumas consideraes sobre a abordagem terica adotada neste estudo. O material emprico utilizado provm de vinte entrevistas realizadas, neste estudo, com antroplogos e socilogos dedicados ao estudo da religio e inseridos no campo das Cincias Sociais, de uma extensa reviso bibliogrfica de livros, artigos publicados em revistas acadmicas, teses de Doutoramento e dissertaes de Mestrado, bem como de bancos de dados disponibilizados pela Internet.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Este estudo situa-se no campo da sociologia rural, a partir da noo do continuum rural/urbano, articulada ao conceito de territrio como uma construo social que suplanta a dicotomia pela interao entre os atores e base geogrfica, formando um complexo contexto sociocultural e econmico. Trata-se da anlise das condições socioeconmicas e culturais em que opera a dinmica do municpio de Encruzilhada do Sul, localizado no Rio Grande do Sul (Brasil), na busca de oportunidades para seus integrantes. Esse territrio, nos ltimos anos, passa por transformaes significativas que impactam a posse e o uso da terra. So mudanas na matriz produtiva, substituindo parte da pecuria extensiva e da agricultura tradicional por grandes reas de reflorestamento e, em menor escala, introduzindo a fruticultura e inovaes na produo em pequenas propriedades. A construo de uma tipologia de insero dos trabalhadores na transformao territorial, baseada no vnculo de trabalho nas novas atividades, desvelou as condições em que se articularam os atores sociais para produzirem modelos distintos territorialmente pelas caractersticas da posse e uso da terra, bem como os resultados decorrentes dessas condições. As concluses deste estudo indicam que a explorao de atividades econmicas tradicionais e a introduo de novas atividades aparentemente sob uma lgica racional esto reproduzindo o patrimonialismo nas relaes sociais e de poder. Por outro lado, as transformaes protagonizadas pelos trabalhadores locais na posse e uso da terra, que, pelas suas caractersticas, se contrapem ao modo de explorao e uso tradicionais, reconfiguram as representaes sociais, apontando para a construo de um territrio mais sustentvel econmica, social e ambientalmente. Ao correlacionar processos econmicos e processos simblicos em contextos de transformaes territoriais, este estudo apresenta-se como mais uma contribuio no debate que ora se estabelece no sul do Brasil a respeito da mudana da matriz produtiva e do desenvolvimento territorial.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O estudo tem como questo central o debate sobre as caractersticas do processo de globalizao e das implicaes sociais que dele decorrem para a esfera local. O argumento desenvolvido na anlise de que o processo de globalizao seria modelado no apenas por diferentes contextos institucionais, mas tambm por recursos e por estratgias dos atores sociais implicados. Se, por um lado, o processo de globalizao significaria a imposio de novas formas tecnolgicas e organizacionais e de novas regras econmicas, por outro lado, interagiria com conjunturas polticas e de mercado, com os diferentes recursos dos atores sociais e com valores e ideologias locais, configurando realidades diversas e processos contraditrios de mudana social. Neste sentido, as mudanas decorrentes da presena de agentes globais conteriam, potencialmente, riscos e oportunidades cuja realizao dependeria da capacidade dos atores locais de interagir com aquelas foras e agentes. As relaes de poder entre atores globais e locais seriam assimtricas, submetendo estes a intensas e inesperadas mudanas que podem ser traumticas. Contudo, os atores locais tenderiam a reagir, nas possibilidades de seus recursos e nos horizontes de seus valores, s novas regras e condições, tentando criar alternativas e, com isso, beneficiar-se das novas relaes que se estabelecem. Ao sublinhar a complexidade, a contingncia e a diversidade das relaes global-local, o enfoque terico-interpretativo adotado no estudo questiona argumentos de que a globalizao decorre puramente da lgica ou dos interesses do capital ou de que as foras da globalizao estimulariam integrao econmica e social, com efeitos homogneos. A questo das relaes global-local discutida mediante a anlise da instalao, no ano de 2000, do novo plo automobilstico de Gravata (RS) liderado por uma unidade montadora da General Motors do Brasil (GMB) - e de seus reflexos na reestruturao do processo produtivo e nas relaes de trabalho e de emprego em empresas fornecedoras locais. A despeito de, no caso em estudo, a GMB no desenvolver programas de apoio capacitao de fornecedores e de as instituies locais mostrarem-se tmidas e seletivas relativamente a essa tarefa, a montadora requer novos padres de escala de compras, de qualidade dos componentes, de custos e preos e de valor agregado ao produto, que tendem a estimular a expanso das atividades, a reestruturao do processo produtivo e a flexibilizao das relaes de trabalho e de emprego, em empresas locais. Ademais, as mudanas verificadas nas empresas locais tendem a assumir diferentes trajetrias que variam de acordo com os seus recursos e estratgias (capital, tipo de produto e tecnologia, experincia no mercado global). Tais constataes autorizam concluir que o processo de globalizao uma imposio, porm, ele no se desenvolve de maneira unilateral, nem produz efeitos homogneos sobre os atores locais, requerendo destes o aprendizado sobre como mover-se nessa nova realidade e dela obter benefcios coletivos.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O ncleo medial da amgdala (AMe), cujo um de seus componentes tem localizao pstero-dorsal (AMePD), uma estrutura enceflica que apresenta plasticidade morfofuncional em seus neurnios e modula vrios comportamentos sociais e reprodutivos em ratos. Os objetivos do presente estudo foram determinar a densidade de espinhos dendrticos de neurnios da AMePD de ratos nas seguintes condições experimentais: 1) machos adultos e no manipulados experimentalmente, para estudar separadamente os neurnios multipolares de tipo bipenachados e estrelados; 2) machos adultos submetidos ao estresse de conteno por 1 h, por 6 h ou por 28 dias; 3) machos adultos criados em ambiente enriquecido por 3 semanas; e, 4) em machos com idade avanada (24 meses), estud-los na velhice. Todos os animais (N = 6 em cada grupo) foram manipulados em condições ticas e submetidos ao mtodo de Golgi do tipo single-section. Nos animais dos grupos controle e submetidos ao estresse de conteno, adicionalmente as adrenais foram retiradas e pesadas. Para o estudo dos neurnios da AMePD, os encfalos foram seccionados em vibrtomo e os cortes coronais foram colocados, aps fixao, em soluo de dicromato de potssio e em nitrato de prata. Neurnios bem impregnados e indubitavelmente presentes na AMePD foram selecionados para estudo.Os espinhos presentes nos primeiros 40 m dendrticos foram desenhados com auxlio de uma cmara clara, acoplada a microscpio ptico, em aumento de 1000X. Cada animal teve 8 ramos dendrticos selecionados, um por neurnio diferente, perfazendo 48 ramos ao total em cada grupo experimental. Para o primeiro objetivo, as mdias da densidade de espinhos dendrticos dos neurnios multipolares bipenachados e estrelados foram comparados pelo teste t de Student. Para os demais, as mdias das densidades de espinhos dendrticos dos ratos nos grupos estudados nas diferentes condições experimentais foram comparados entre todos os grupos experimentais pela ANOVA de uma via, tendo-se o grupo controle (obtido do primeiro experimento) como o mesmo para todos os outros grupos manipulados experimentalmente. A seguir, os dados foram analisados pelo teste post-hoc de Tukey tendo-se selecionado as comparaes mais pertinentes aos grupos experimentais estudados. Em todos os casos o nvel de significncia foi estabelecido em p < 0,05. A densidade de espinhos dendrticos (mdia + e.p.m do nmero de espinhos por m dendrtico) foi de 3,07 + 0,1 e 3,12 + 0,05 para os neurnios bipenachados e estrelados, respectivamente. Os dois tipos de neurnios multipolares no apresentaram diferena estatisticamente significativa na densidade de espinhos dendrticos entre si (p = 0,6). Desta forma, aleatoriamente selecionou-se parte dos resultados de ambos os tipos celulares que foram somados para gerar o grupo controle. Nos grupos experimentais estudados a seguir, os dois tipos morfolgicos contriburam indistintamente para os valores obtidos. Os resultados da ANOVA de uma via indicaram que em tais grupos houve diferena estatisticamente significativa quando os dados foram comparados entre si [F(5,35) = 10,736; p < 0,01]. O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao estresse de conteno por 1 h possui uma menor densidade de espinhos dendrticos em comparao ao grupo controle (1,94 + 0,08 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,01). Tal reduo foi de mais de 34% em relao ao grupo controle. J os grupos submetidos ao estresse por 6 h e ao estresse por 28 dias (mdia + e.p.m = 2,52 + 0,11 e 3,07 + 0,03; respectivamente), no apresentaram diferena estatisticamente significativa em relao ao grupo controle (p > 0,05). O peso relativo das adrenais apresentou diferena estatisticamente significativa entre os grupos controle e submetidos ao estresse de conteno [F (3,29) = 48,576; p < 0,01]. O grupo estressado cronicamente apresentou o peso relativo das adrenais maior do que qualquer outro dos grupos estudados (p < 0,01). O teste post hoc de Tukey demonstrou que o grupo submetido ao enriquecimento ambiental apresentou uma diminuio significativa na densidade de espinhos dendrticos em relao ao grupo controle (2,39 + 0,12 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p < 0,05) e que tal reduo foi de 19% (p < 0,05). Por fim, o teste post hoc de Tukey tambm indicou que os ratos velhos no apresentaram diferena estatisticamente significativa no valor da densidade de espinhos dendrticos em relao ao grupo controle (2,55 + 0,16 e 2,95 + 0,16; respectivamente; p > 0,05). Os resultados demonstram a plasticidade neural que ocorre na AMePD, especfica para a condio experimental estudada. As modificaes no nmero dos espinhos dendrticos na AMePD podem ser uma conseqncia do funcionamento da microcircuitaria local e da hodologia desta estrutura no contexto da organizao geral do SNC do rato, como decorrncia de aes hormonais nessa estrutura nervosa.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introduo: O estudo da estatura muito importante, pois a altura definitiva alcanada por uma populao um poderoso indicador das condições de vida na infncia. Se o meio em que a criana vive no estiver em condições ideais seu crescimento pode estar prejudicado. O crescimento total atingido por uma populao no determinado apenas por fatores biolgicos. A combinao dos fatores scio-econmicos com a dieta e as condições de sade podem ser os maiores contribuidores. Do ponto de vista gentico nascemos com um potencial de crescimento que poder ou no ser atingido dependendo das condições de vida a que estamos expostos na infncia. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi estudar a evoluo da estatura de conscritos, na idade de 18 anos, no Rio Grande do Sul (RS) e fatores associados. Mtodos: Estudo transversal com 5 painis sucessivos de estatura. Analisaram-se os dados de 97976 indivduos do sexo masculino nascidos e alistados nos municpios do RS. O perodo de alistamento variou de 2000 a 2004. Os anos de nascimento variaram de 1982 a 1986. Os dados foram analisados no software SPSS 10.0 e Statisca 4.3. Para o georeferenciamento utilizou-se o software TabWin do Ministrio da Sade. Resultados: A mdia de estatura encontrada foi de 173,70 cm com desvio padro de 6,94 cm. Verificou-se uma tendncia positiva na evoluo da estatura para o Estado com um todo. O aumento real foi de 0,29 cm em 5 anos. A mdia de anos de estudo foi de 7,98 anos com desvio padro de 2,48 anos. O aumento real foi de 0,7 anos de estudo. O ndice de Desenvolvimento Humano Municipal Total (IDHMT) entre os anos de 1980-1986 teve uma mdia de 0,765 com desvio padro de 0,044. A anlise de regresso linear entre estatura e ano de nascimento mostrou um aumento significativo da estatura no Estado (p<0,001). Essa tendncia positiva de crescimento foi vista nas mesorregies Noroeste, Ocidental e Oriental. A mesorregio Sudeste apresentou um decrscimo real significativo (p<0,001) na estatura de 1,50 cm para conscritos nascidos entre 1982-1986. A anlise de regresso linear mostrou associao significativa (p<0,001) entre as variveis explicativas ano de nascimento, ndices de Desenvolvimento Humano Municipais e anos de estudo quando analisadas individualmente. O modelo final, que testou as 3 variveis em conjunto, teve melhor significncia com as variveis anos de estudo e IDHMT. Concluso: As mdias de estatura e anos de estudo aumentaram em conscritos no RS. Este aumento foi significativo no Estado. A mesorregio Sudeste foi a nica a apresentar um decrscimo significativo na altura. A estatura mostrou-se associada as variveis anos de estudo, ano de nascimento e IDHMT.