Investigação de fatores que afetam o desempenho e apropria����o de espa��os abertos p��blicos : o caso de Campo Grande - MS

Esta pesquisa investigou os fatores que afetam a apropria����o de espa��os abertos p��blicos - ruas e espa��os p��blicos de lazer -, adotando como estudo de caso a cidade de Campo Grande ��� MS. Procurou entender as causas de diferentes n��veis de apropria����o de espa��os p��blicos abertos, atrav��s de uma abordagem perceptiva que utilizou a satisfa����o do usu��rio e o comportamento ambiental como indicadores de desempenho dos espa��os estudados. Este �� avaliado a partir das percep����es dos moradores e usu��rios sobre as ��reas selecionadas, e da verifica����o do perfil comportamental dos espa��os. O objetivo principal deste trabalho �� a investigação de quais aspectos afetam mais fortemente os tipos e intensidade de uso diferenciados dos espa��os abertos p��blicos, se fatores composicionais ou fatores contextuais. O levantamento de dados foi realizado atrav��s da aplica����o de m��ltiplos m��todos: levantamentos de arquivos, levantamentos f��sicos, observa����es comportamentais, aplica����o de question��rios e entrevistas. A an��lise destes dados possibilitou uma maior precis��o e validade da investigação A an��lise das rela����es entre caracter��sticas individuais dos usu��rios e n��vel de apropria����o dos espa��os p��blicos e entre atributos ambientais e diferentes n��veis de apropria����o dos espa��os p��blicos, indicam que os aspectos composicionais de ordem socioecon��mica afetam fortemente o tipo e intensidade de uso das ruas residenciais. Em rela����o aos espa��os p��blicos de lazer, os resultados evidenciam a forte influ��ncia de aspectos de ordem f��sica no tipo e intensidade de uso. As conclus��es indicam que, se for desej��vel uma dinamiza����o das ruas para atividades sociais, �� poss��vel alcan��ar o objetivo, em certa medida (que depende especialmente de valores relacionados com o n��vel socio-econ��mico da popula����o atingida), criando condi����es f��sicas que favore��am o encontro e a perman��ncia. Quanto aos espa��os p��blicos de lazer as conclus��es indicam que investimentos no planejamento f��sico destes, embasados em conhecimento real das necessidades da popula����o alvo, dar��o retorno consistente em maior uso.

A metarrepresenta����o na brincadeira de faz-de-conta : uma investigação da teoria da mente

A Teoria da Mente �� uma ��rea de estudo que investiga a compreens��o da mente pelas crian��as pequenas. Uma das quest��es centrais nesta investigação refere-se a quando a crian��a come��a a entender a mente em sua dimens��o metarrepresentativa. Neste estudo, examinou-se o status metarrepresentativo da brincadeira de faz-de-conta, considerada como uma das atividades que indicam a presen��a de uma teoria da mente, e a sua rela����o com o n��vel representativo apresentado nas tarefas de cren��a falsa e de apar��ncia-realidade, e no emprego de termos mentais. Os dados foram obtidos atrav��s de testagem, entrevista e de uma sess��o de observa����o, em que cada um dos sete participantes, com seis anos de idade, foi observado por vinte minutos. As crian��as foram filmadas interagindo com colegas e brinquedos e suas falas gravadas, utilizando-se um microfone de lapela. Os resultados mostraram que todas as crian��as do estudo resolveram as tarefas de cren��a falsa e de apar��ncia-realidade, indicando a presen��a de uma teoria da mente e da capacidade de metarrepresenta����o. Quanto �� brincadeira de faz-de-conta, houve predom��nio de epis��dios categorisados como de brinquedo n��o-metarrepresentativo, apesar de seis crian��as apresentarem epis��dios de faz-de-conta metarrepresentativo. Quanto ao uso de termos mentais, cinco crian��as, em suas conversa����es, empregaram termos mentais considerados metarrepresentativos. Apesar das crian��as apresentarem epis��dios de faz-de-conta metarrepresentativo, de resolverem corretamente as tarefas e de empregarem termos mentais que requerem metarrepresenta����o para serem compreendidos, n��o parece haver uma rela����o linear entre esses indicadores. Os resultados confirmam a hip��tese de alguns autores de que a brincadeira de faz-de-conta metarrepresentativa ocorre mais tardiamente no desenvolvimento, estando estreitamente relacionada �� compreens��o da sintaxe do termo mental fazer de conta.

As controv��rsias na investigação da rela����o nexo-causal de dist��rbios osteomusculares e o trabalho realizado

Atualmente, discute-se muito que em todas as ��reas onde se desenvolvem atividades laborais, sempre existem riscos presentes. De fato, a observa����o estat��stica tem mostrado que atrav��s de algum agente nocivo, tanto pela sua natureza qu��mica, f��sica ou biol��gica como pela sua origem mec��nica ou ergon��mica, a sa��de dos trabalhadores sempre pode sofrer agress��es. Tais condi����es podem ser legalmente identificadas com a denomina����o de acidentes do trabalho ou como doen��as ocupacionais. A nocividade desencadeada pelos riscos ergon��micos, assim denominados pela legisla����o trabalhista e pela legisla����o previdenci��ria, criaram ��� no Brasil ��� um contexto que favorece um amplo questionamento. Esta condi����o parte do princ��pio da busca de uma rela����o entre a sintomatologia dos envolvidos e o trabalho executado e depende de m��ltiplos fatores existentes na sua origem e no seu desencadeamento. Este estudo tem por objetivo a proposi����o de uso de um protocolo ��� j�� existente na legisla����o aplic��vel ao caso ��� para a avalia����o da referida rela����o nexo-causal. Para isso, foi escolhido um protocolo proposto pelo Minist��rio da Sa��de, que serviu de base para a normatiza����o efetuada pelo Minist��rio da Previd��ncia atrav��s de um dispositivo legal recentemente publicado. A escolha do m��todo mostrou-se adequada, uma vez que tais recursos de conhecimento desses dist��rbios, quando observados em uma empresa de envasamento e comercializa����o de g��s liq��efeito do petr��leo (GLP), permitiram verificar que, ap��s implementadas as a����es propostas, foi poss��vel constatar-se a exist��ncia ou n��o de uma rela����o nexo-causal mais evidente. A partir dos resultados obtidos, pode-se creditar que a aplica����o do m��todo, de modo mais aprofundado em outras situa����es, deve possibilitar uma melhoria das condi����es de sa��de e de trabalho dos envolvidos.

A sa��de geral dos professores municipais de Caxias do Sul e suas rela����es com as atividades laborais

O servi��o da doc��ncia tem apontado para um crescente adoecimento do professor, podendo ser confirmado atrav��s dos registros biom��dicos e do elevado abste��smo nas institui����es de ensino do Brasil. A demanda do trabalho do professor vai al��m do que de fato est�� prescrito na sua tarefa. Diante disso, os objetivos deste estudo, visam identificar e classificar as patologias que prevalecem nesta categoria e, a partir deste levantamento, investigar os fatores que determinam o n��vel de sa��de geral destes trabalhadores, propondo ainda, medidas para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Esta proposta de investigação aplicou dois instrumentos para verificar os fatores que interferem no trabalho dos professores. Para tal, foi escolhido um instrumento de avalia����o de sa��de mental, o Question��rio de Sa��de Geral de Goldberg (QSG), que contempla indicadores de estresse, desejo de morte, capacidade de desempenho, dist��rbios do sono, dist��rbios psicossom��ticos e sa��de geral. Tamb��m foi aplicado o Question��rio Geral, na finalidade de identificar as caracter��sticas pessoais, de sa��de geral, funcionais e organizacionais. A aplica����o destes m��todos mostrou-se adequada, principalmente o QSG, que possibilitou expressar os sentimentos no presente, enfatizando a realidade da sa��de mental.Com os resultados obtidos foi poss��vel tra��ar o perfil sintom��tico do grupo avaliado, e ainda, subsidiar a organiza����o p��blica analisada, na ado����o de medidas que contemplem a melhoria das condi����es de trabalho e de vida das professoras.

Investigação das ectonucleotidases de c��lulas musculares lisas vasculares : efeito dos hormonios tireoideanos e estradiol

Nucleot��deos extracelulares (ATP, ADP, AMP) e seu derivado adenosina s��o conhecidos sinalizadores do sistema cardiovascular podendo mediar v��rios processos fisiol��gicos entre eles a prolifera����o celular, agrega����o plaquet��ria, inflama����o e o t��nus vascular. Os n��veis destas subst��ncias, localmente e na circula����o sangu��nea, s��o controlados pelas ecto-NTPDases em conjunto com a ecto-5���nucleotidase (ecto-5���-NT) que realizam a degrada����o completa do ATP at�� adenosina. Os horm��nios tireoideanos tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e o horm��nio ester��ide sexual estradiol (E2) atuam ativamente no sistema vascular promovendo vasodilata����o. Nosso objetivo foi investigar quais enzimas da fam��lia das NTPDases est��o presente em c��lulas musculares lisas vasculares (CMLVs) e se a atividade destas enzimas pode ser influenciada pela a����o desses horm��nios, uma vez que seus substratos e produtos podem sinalizar processos de relaxamento/contra����o muscular. Para tanto, as CMLVs foram extra��das da art��ria aorta de ratos Wistar adultos e cultivadas em meio de cultura DMEM. Ap��s atingirem a conflu��ncia, as c��lulas foram tratadas com 50 nM de T3 ou T4 ou 1���M de 17���-estradiol por 72 horas. As atividades enzim��ticas foram medidas pela libera����o de fosfato inorg��nico enquanto que a express��o das ectonucleotidases foi verificada por imunocitoqu��mica (prote��na) e RT-PCR (RNAm). Os resultados deste trabalho mostram que as CMLVs expressam as NTPDases 1, 2, 3, 5 e 6 e a ecto-5���-NT, respons��veis pelo controle dos n��veis de nucleot��deos e nucleos��deos extracelulares. O tratamento com os horm��nios T3, T4 e E2 nestas c��lulas mostrou que a atividade da ecto-5���-NT foi aumentada pelos tr��s horm��nios. A an��lise do RT-PCR demonstrou que os tratamentos foram capazes de aumentar tamb��m a quantidade de RNAm da ecto-5���NT, indicando mecanismos de a����o gen��mica dos horm��nios estudados. Por outro lado, O tratamento com os horm��nios tireoideos n��o alterou as atividades ATP��sica e ADP��sica, somente o estradiol foi capaz de aumentar a atividade ATP��sica. Estes resultados tamb��m sugerem que, pela hidr��lise aumentada do AMP, disponibilizem-se n��veis maiores de adenosina, com importante potencial vasodilatador local. Entretanto, o fato de o estradiol ter aumentado a hidr��lise de ATP, mas n��o a de ADP, nos permite pensar que o ADP, agregador plaquet��rio bem estabelecido, possa estar acumulando extracelularmente, contribuindo para o desenvolvimento de problemas circulat��rios.

Investigação de ganhos na aprendizagem de conceitos f��sicos envolvidos em circuitos el��tricos por usu��rios da ferramenta computacional Modellus

O objetivo deste trabalho de pesquisa foi investigar o desempenho de alunos que trabalharam com atividades de simula����o e modelagem computacionais no estudo de circuitos el��tricos, utilizando o software Modellus, comparado com alunos expostos apenas ao sistema tradicional de ensino. A fundamenta����o te��rica adotada esteve baseada no referencial de trabalho de Halloun sobre modelagem esquem��tica e na teoria de Ausubel sobre aprendizagem significativa. O estudo envolveu 193 alunos de cursos de Engenharia, da disciplina de F��sica-II oferecida pela UFRGS no 2�� semestre de 2004. O procedimento did��tico ocorreu em duas etapas. Na primeira, os alunos do grupo experimental trabalharam com um conjunto de atividades sobre circuitos el��tricos simples durante cinco aulas e na etapa seguinte, com um conjunto de atividades sobre circuitos RLC durante quatro aulas. Cada aula teve dura����o de 1h40min. Os resultados quantitativos mostram que houve melhorias estatisticamente significativas no desempenho dos alunos do grupo experimental, quando comparado aos alunos dos grupos de controle, expostos apenas ao m��todo tradicional de ensino. Os resultados de nossa an��lise qualitativa sugerem que muitos dos alunos atingiram uma aprendizagem significativa. Nossas observa����es e o levantamento de opini��es mostraram que o procedimento did��tico adotado exigiu muita intera����o dos alunos com as atividades computacionais, dos alunos entre si e com o professor, tornando-se um elemento motivador na aprendizagem dos alunos.

Estudo para elabora����o de um programa de atividades corporais dirigido aos moradores do Asilo Padre Cacique Adriana Fernanda Coltro de Andrade

Este estudo prop��e estabelecer as bases necess��rias para a elabora����o de um programa de atividades dirigido ao corpo dos velhos com idade acima de 80 anos, chamados velhos muito velhos, moradores do Asilo Padre Cacique em Porto Alegre. Partiu-se do pressuposto de que, para atingir esse objetivo, �� preciso conhecer as particularidades que caracterizam a popula����o a qual o programa se dirige. A velhice, apesar de fazer parte da vida de todos, �� vivenciada de forma distinta pelos sujeitos que envelhecem. Para abordar o que de singular se apresenta na velhice e no processo de envelhecimento realizou-se uma investigação descritiva com caracter��sticas de um estudo de caso. A partir da interlocu����o entre diferentes ��reas que se dedicam �� velhice e ao processo de envelhecimento, buscou-se saber como os velhos muito velhos moradores do Asilo Padre Cacique percebem as perdas inerentes ao processo de envelhecimento; se eles participam das atividades corporais oferecidas no Asilo e se eles t��m interesse em participar de um programa de atividades dirigidas ao corpo que venha a interferir nessas perdas. Com base nos dados coletados mediante entrevistas semi ��� estruturadas e observa����o participante, pode-se verificar a viabilidade da proposta deste estudo e apresentar sugest��es para a elabora����o de um programa de atividades dirigidas ao corpo dos velhos muito velhos moradores do Asilo Padre Cacique em Porto Alegre.