55 resultados para Apoptose Teses
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente a apoptose em clulas epiteliais submetidas ao etanol. Para tanto, foram formados trs grupos de 10 animais: Grupo I ingeria lcool a 40o GL em substituio a gua, durante todo perodo experimental; Grupo II recebia aplicaes tpicas de lcool a 40o GL na cavidade bucal, duas vezes por semana, simulando um consumo eventual; e Grupo III, dieta livre. Para a investigao das clulas apoptticas, utilizou-se a tcnica de TUNEL (Terminal deoxinucleotidil transferase Uracil Nick End Labeling). Foram analisadas as clulas das camadas basal, suprabasal e superficial do epitlio lingual, realizando comparaes dentro dos mesmos grupos e entre os grupos. Atravs da anlise estatstica dos resultados, observou-se que, aos doze meses do experimento, houve aumento da apoptose na camada superficial do epitlio no grupo que ingeria lcool continuamente (p=0,03). Nos grupos controle e submetidos aplicao tpica, no foram evidenciadas diferenas estatsticas significantes no ndice de apoptose. Conclumos que a ingesto continuada do lcool aumenta o nmero de clulas em apoptose na camada superficial do epitlio lingual de camundongos, ao longo do tempo e leva a um comportamento epitelial, similar ao observado no epitlio senil.
Resumo:
Considerando que as doenas cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenas vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatrios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.
Resumo:
Ecteinascidina 743 (ET-743) uma nova droga isolada de um tunicado marinho, a Ecteinascidia turbinata, que est na fase III dos estudos clnicos por sua marcada atividade anticncer. Apesar de seu mecanismo de ao no estar completamente elucidado, tem sido demonstrado que a ET-743 se liga ao DNA formando adutos covalentes com o N2 da guanina. Alm disso, a ET-743 tem sido relatada como potente inibidora da transcrio. No presente estudo, utilizou-se como modelo para a investigao dos efeitos antiproliferativos deste composto a linhagem celular derivada de glioblastoma humano, U-251 MG. Uma vez que o foco principal de ateno nos estudos sobre o mecanismo de ao da ET-743 esteja concentrado em suas interaes com o DNA, a autora buscou avaliar outros aspectos de sua atividade antiproliferativa, quais sejam, o seu efeito sobre a distribuio das clulas no ciclo celular, sobre a atividade de enzimas associadas ao processo de apoptose, bem como sobre o contedo celular da protena Hsp70. Em incubaes de 0,5 nM por 48 h, a ET-743 causou um significante acmulo das clulas na fase G2M do ciclo celular, o mesmo ocorrendo com doses mais elevadas (1,0 e 1,5) e incubaes mais prolongadas (72 h). A ET-743 induziu morte celular dose-dependente e este efeito foi significativamente prevenido pelo inibidor de caspases z-VAD-fmk. Contudo, no foi observado aumento significativo nos nveis de Hsp70 aps tratamento com ET-743. Considerando que alta expresso de Hsp70 um dos principais mecanismos de proteo das clulas em condies de estresse, incluindo-se o tratamento com drogas citotxicas, a no elevao de seus nveis na presena da ET-374 pode estar, ao menos em parte, relacionada citotoxicidade produzida por este agente na linhagem estudada.
Resumo:
Esta pesquisa teve como proposta avaliar histopatologicamente,os efeitos do tratamento de perfuraes radiculares, empregando medicamentos base de corticide e antibitico como curativo, seu posterior preenchimento com uma pasta aquosa de hidrxido de clcio e iodofrmio e, tambm, a utilizao dessa pasta durante todo o perodo experimental. Para tanto, foram utilizados os segundos e terceiros pr-molares superiores e os terceiros e quartos inferiores de 6 ces adultos jovens. Nestes dentes, sob isolamento absoluto do campo operatrio com dique de borracha, efetuou-se a obturao dos canais radiculares, e aps a limpeza da cmara pulpar, procedeu-se a perfurao radicular na raiz mesial para a regio interradicular e lateralmente disposta furca. Como curativo foram utilizados o Rifocort e o Otosporin, que permaneciam por 7 dias no trajeto perfurado e em contato com os tecidos periodontais da regio. Passado esse perodo, o curativo era substitudo por uma pasta aquosa de hidrxido de clcio e iodofrmio e todos os dentes eram radiografados antes e depois da substituio do material. Decorridos 90 dias, os animais foram sacrificados por meio de perfuso e as peas removidas, radiografadas e preparadas para se obter cortes histolgicos, os quais foram corados pela hematoxilina e eosina e pelo tricrmico de Masson. Pelos resultados obtidos neste trabalho, vlido concluir que: a) as perfuraes seladas imediatamente com a pasta aquosa de hidrxido de clcio e iodofrmio apresentaram melhores resultados no exame histolgico, onde ficaram evidenciadas menor quantidade do processo inflamatrio e maior hiper-plasia de cemento; b) no houve diferena significante entre as perfuraes tratadas com os medicamentos Rifocort e Otosporin; c) os dentes cujas perfuraes permaneceram sem nenhum tratamento durante 7 dias, exibiram uma resposta menos favorvel e sem evidncia de reparao na rea perfurada; d) as imagens radiogrficas, no que se refere extenso de destruio do tecido sseo alveolar, foram compatfveis com os quadros histolgicos, no havendo evidncias, porm, da neoformao do tecido cementrio.
Resumo:
Proposio: avaliar histologicamente o reparo sseo, especialmente a velocidade de cicatrizao, aps ostectomias a fresa cirrgica e a laser de Er:YAG, sem contato, em diferentes intensidades de energia, in vivo. Materiais e mtodo: 20 ratos (Novergicus Cepa Wistar), divididos em cinco grupos de quatro animais, foram submetidos a ostectomias da cortical ssea do corpo mandibular a fresa cirrgica e a laser de Er:YAG (400 mJ/6 Hz), sem contato, no lado direito; no lado esquerdo foram realizadas ostectomias a laser de Er:YAG nas intensidades de 350 mJ/6 Hz e 300 mJ/6 Hz, sem contato. O laser foi aplicado sob irrigao constante. Foi utilizada matriz metlica para padronizao das cavidades. Os tempos cirrgicos foram sete, 14, 45, 60 e 90 dias ps-operatrios, e os espcimens analisados ao microscpio ptico. Resultados: as ostectomias a fresa cirrgica apresentaram reparo sseo a partir do endsteo cortical e do trabeculado remanescente. Aos 45 dias, observou-se o restabelecimento cortical, e aps remodelao ssea. O reparo sseo aps irradiao a laser apresentou neoformao ssea a partir da superfcie externa e endsteo corticais. reas de dano trmico foram verificadas nas trs condies de irradiao, limitando-se a superfcie. Estas reas no foram mais evidenciadas aos 60 dias ps-operatrios. Neste perodo e adiante, verificou-se remodelao ssea. Concluso: o reparo sseo aps ostectomias a laser de Er:YAG ocorreu atravs de corredores de cicatrizao. O reparo sseo aps ostectomias a fresa cirrgica tende a forma centrfuga. J o reparo sseo aps irradiao a laser de Er:YAG tende a forma centrpeta. A velocidade de reparo foi maior nas ostectomias a fresa cirrgica do que nas ostectomias a laser. Aos 90 dias, verificou-se reparo sseo comparativamente homogneo nas quatro condies propostas.
Resumo:
A leso inflamatria periapical uma patologia bastante frequente, sendo na maioria dos casos, consequncia da crie dental. O objetivo deste trabalho foi quantificar as populaes linfocitrias CD8+ e CD20+ em leses inflamatrias periapicais crnicas. Foram utilizadas 90 leses inflamatrias periapicais. Atravs da tcnica de imunohistoqumica pelo mtodo da estreptoavidina-biotina, utilizou-se os marcadores CD8 e CD20 para identificao dos linfcitos T citotxicos/supressores e linfcitos B, respectivamente. A contagem das clulas foi feita em 3 campos microscpicos da lmina, mantendo-se um aumento de 400 vezes. A mdia da contagem das clulas CD8+ foi de 7,72 clulas para os cistos inflamatrios, enquanto que nos grupos cisto abscedado e abscesso crnico foi 11,25 e 11,62, respectivamente, com diferena estatisticamente significante. A mdia da contagem das clulas CD20+ foi 12,19; 11,06 e 12,91 clulas nos cistos abscedados, cistos inflamatrios e abscessos crnicos, respectivamente, sem diferena estatisticamente significante. As leses inflamatrias periapicais supuradas apresentaram nmero maior de linfcitos CD8+ do que as leses no supuradas e; a presena de supurao e proliferao epitelial nas leses no interferiu na quantidade de linfcitos CD20+ presentes.
Resumo:
As mutaes no gene de supresso tumoral p53 esto entre as anormalidades genticas mais comuns encontradas numa ampla variedade de tumores. Embora a funo do gene p53 ainda no esteja completamente esclarecida, ele parece ser um fator de transcrio nuclear que controla a proliferao celular, a apoptose e a manuteno da estabilidade gentica. A angiognese essencial para o crescimento e a metastatizao de tumores slidos. O Fator de Crescimento do Endotlio Vascular (VEGF, Vascular Endothelial Growth Factor), um fator de crescimento identificado recentemente com propriedades angiognicas significativas, pode ser um importante regulador da angiognese tumoral. A associao entre as expresses da protena p53 e do VEGF e o prognstico tem sido pouco estudada. Foram estudadas peas cirrgicas de 47 pacientes com carcinoma epidermide de esfago (CEE) submetidos esofagectomia em estgios II e III, utilizando-se colorao imuno-histoqumica. As expresses da protena p53 e do VEGF foram observadas em 53% e 40% dos tumores, respectivamente. As expresses da protena p53 e do VEGF coincidiram em somente 21% dos casos, e no foi encontrada correlao entre elas. Nenhum dos fatores clinicopatolgicos se correlacionaram significativamente com as expresses da protena p53 ou do VEGF. Em relao ao prognstico, no havia associao significativa entre as expresses da protena p53 e do VEGF e pior prognstico. Os autores concluem que tanto a expresso da protena p53 como a expresso do VEGF no se correlacionaram com o prognstico em pacientes com CEE em estgios II e III.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o efeito da ao local e sistmica do lcool na proliferao celular, realizou-se um experimento com sessenta camundongos divididos em trs grupos de vinte, durante um ano. Um grupo ingeria lcool a 40GL (Graduao Alcolica de Gay-Lussac) em substituio gua durante todo o perodo do experimento, outro grupo recebia aplicaes tpicas de lcool a 40GL no dorso da lngua duas vezes por semana e o terceiro grupo foi o controle. A quantificao da proliferao celular considerou as clulas positivas para a evidenciao do PCNA (Antgeno Nuclear de Proliferao Celular), pela tcnica imunohistoqumica. Foram consideradas as clulas das camadas basal e intermediria do epitlio lingual. A contagem foi realizada em trs momentos do trabalho; antes dos animais serem submetidos ao lcool a 40GL, aos seis e aos doze meses, fazendo comparaes entre os grupos e intra grupos. Nos resultados observou-se que aos doze meses de experimento, houve aumento da proliferao celular na camada intermediria no epitlio do grupo que ingeria lcool continuamente (p =0,01). Os grupos controle e de aplicao tpica no mostraram diferenas significativas na proliferao celular em momento algum do trabalho. Com isso, concluiu-se que o efeito do lcool na promoo da proliferao celular, neste experimento, devido a sua ingesto contnua e acontece em perodos acima de 6 meses.