31 resultados para Agentes antiinflamatórios Teses
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Considerando que as doenas cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenas vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatórios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.
Resumo:
O contexto desta tese a Inteligncia Artificial aplicada Educao, especificamente a rea dos Sistemas Tutores Inteligentes (STI). Apesar das caractersticas multidisciplinares e interdisciplinares, a preocupao maior do trabalho se d quanto aos aspectos computacionais. A multidisciplinaridade est na relao entre os aspectos educacionais, filosficos e psicolgicos inerentes a toda construo de um software educacional, e a interdisciplinaridade acontece no relacionamento da IA com a Informtica na Educao. Esta tese prope o uso de aspectos afetivos como apoio deciso de ao por parte de um STI. As nossas hipteses fundamentais so: um sistema de ensino e aprendizagem computacional deve levar em considerao fatores afetivos tornando mais flexvel a interao; e a arquitetura de um sistema computacional de interao em tempo real com agentes humanos deve prever explicitamente, em sua arquitetura bsica, as crenas e o raciocnio afetivos. Para demonstrar essas idias, foi definida uma arquitetura para apoiar um STI de modo a reconhecer alguns fatores afetivos, representativos de estratgias de ao de agentes humanos em interao com sistemas. Esse reconhecimento realizado atravs de construes retiradas dos comportamentos observveis do agente humano em contextos determinados. A arquitetura prev um Sistema Multiagente para executar a percepo de fatores afetivos e da conduta do aluno em interao e de um agente pedaggico, representando o tutor. O agente tutor modelado atravs de estados mentais e responsvel pelo raciocnio de alto nvel. O modelo computacional de agentes de Mra [MR2000] foi utilizado para implementar o kernel cognitivo (termo cunhado por Mra e Giraffa [GIR99] que designa a parte responsvel pela deliberao). O kernel cognitivo decide que aes tomar para um conjunto de caractersticas de uma avaliao pedaggica. A utilizao de fatores afetivos e da avaliao cognitiva de situaes emocionais permite a flexibilizao das estratgias quanto adaptabilidade a agentes humanos. Particularmente, foi adotado o enfoque cognitivo para anlise de situaes, baseado em teorias cognitivistas sobre emoes. O uso de tecnologia multiagente, no enfoque mentalstico, especificamente BDI (Belief, Desire, Intention) e da ferramenta X-BDI, permite a formalizao e construo de um tutor atuante na avaliao pedaggica. A modelagem do aluno passa a ser constituda de aspectos qualitativos e quantitativos. Estudos de casos so apresentados, em situaes que consideram os fatores afetivos e nas mesmas situaes sem estas consideraes. As decises do tutor para agir so analisadas e confrontadas. Os resultados mostram um impacto positivo na adaptabilidade e ao pedaggica do tutor, sendo coerente com as teorias modernas [SAL97],[DAM2000] sobre as emoes que as consideram partes fundamentais para agir. A maior contribuio desta tese est na agregao de raciocnio sobre a afetividade envolvida em situaes de ensino aprendizagem de agentes humanos e artificiais e avana dentro da perspectiva de pesquisa do grupo de IA da UFRGS, quanto ao desenvolvimento de Ambientes de Ensino e Aprendizagem modelados com tecnologia multiagente, com o uso da metfora de estados mentais.
Resumo:
A Mg e Mn-Ftalocianina (Mg e Mn-Pc) foram solubilizados 25C em dimetilsulfxido (DMSO); N, N-dimetilacetamida (DMA); N,N-dimetilformamida (DMF); N-metil-formamida, formamida, piridina, o-diclorobenzeno, monoclorobenzeno, tolueno, metanol, etanol, propanol-1, propanol-2, butanol-1 e octanol-1. Alguns valores representativos obtidos para o logartimo da absortividade molar (E) da Mn-Pc, so os seguintes: o-diclorobenzeno (E = 4,94); DMSO (E = 4,39); octanol-1 (E = 3,90). Valores correspondentes para Mg-Pc so: o-diclarobenzeno (E = 4,93); DMSO (E = 5,22) e Octanol-1 ( E = 5,06). Em funo de interao com solventes, pode-se classificar a Mg-Pc como um indicador bsico e a Mn-Pc como indicador cido. Os pigmentos Mg e Mn-Pc foram tambm solubillzados em solues aquosas contendo vrios surfatantes 25C. A Mg-Pc apresentou solubilidade significativa em gua contendo brometo de cetiltrimetilamnio (CTAB), Brij-35, cloreto de cetilpiridinio (CPC1), brometo de cetilpiridnio (CPBr,) Triton X-100, cloreto de metildodecilbenziltrimetilamnio, brometo de cetildimetiletilamnio e brometo de laurilisoquinolnio. A Mn-Pc foi solvel em solues aquosas de Brij-35 e Triton X-100. Em funo de sua interao com surfatantes a Mg-Pc classificada como corante catinico e a Mn-Pc como corante aninico. O corante comercial quinide Oil Blue A [1,4-di(isopropilarnina)-antraquinona - 9,10 foi solubilizado 25C em DMF, DMSO, DMA, monoclorobenzeno, benzeno, tolueno, piridina, metanol, etanol, propanol-1, propanol-2, butanol-1 e octanol-1. Foi tambm solubilizado em solues aquosas de surfatantes, tais como sdio lauril-sulfato (NaLS), cloreto de cetiltrimetilamnio (CTAB), brometo de cetildimetiletilamnio, Triton X-100, cloreto de cetilpiridnio (CPCl), Brij-35, cloreto de rnetildodecilbenziltrimetilamnio e brometo de laurilisoquinolnio. Em funo de suas interaes com os solventes o corante um indicador cido-bsico pouco sensvel e em funo de sua interao com surfatantes um corante catinico. 0s resultados experimentais apresentam importncia terica e prtica considerando sistemas que envolvem armazenamento e transferncia de energia, compostos porfirnicos, fotossntese, fotocondutores, coletores solares, semi-condutores e processos de embelezamento e proteo de superficies de vrios materiais.
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo verificar a trajetria das negociaes da rea de Livre Comrcio das Amricas (ALCA), desde os seus antecedentes histricos at os acontecimentos mais recentes. Por outro lado, caracteriza tambm os sistemas produtivos das Amricas, atravs das suas principais potencialidades e entraves, com o intuito de desvendar quais dos membros do bloco possuem vantagens quanto as suas condies edafoclimticas. Num outro momento, a pesquisa descreve especificamente a produo de soja entre os pases formadores da ALCA, enfocando os aspectos de produo, produtividade e rea plantada entre os perodos de 1996 a 2000, com a finalidade de descobrir quais dos integrantes ocupa posio de destaque no cultivo da planta. Finaliza-se o estudo com o parecer dos agricultores, tcnicos e empresrios rurais ligados diretamente ao agronegcio da soja, pois deles busca-se ilustrar o ponto de vista de uma classe de suma importncia para a gerao de renda, riqueza e divisas para o pas.
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo descrever o que agentes comunitrios de sade da cidade de Porto Alegre sabem em relao sade bucal e como colocam em prtica esse saber. Partindo de um histrico recente do sistema pblico de ateno sade no Brasil, so resumidas duas estratgias de ateno primria sade - a sade comunitria e a sade da famlia. A seguir, so enfocados os trabalhadores em sade coletiva, especificamente em termos de trabalho interdisciplinar e em relao sua formao e capacitao. Os agentes comunitrios de sade so ento apresentados por um breve histrico da profisso, o desempenho de sua funo nas equipes de sade e junto s comunidades, sua capacitao tcnica e seu papel em relao s aes em sade bucal. A discusso est baseada em entrevistas realizadas com agentes comunitrios de sade, buscando caracterizar sua origem, expectativas, condies de trabalho e satisfao com as mesmas. Finalmente, aspectos relativos sade bucal so apresentados e relacionados aos demais. Ao final da pesquisa foi elaborada uma proposta de capacitao em sade bucal para essa categoria profissional.
Resumo:
A crescente complexidade das aplicaes, a contnua evoluo tecnolgica e o uso cada vez mais disseminado de redes de computadores tm impulsionado os estudos referentes ao desenvolvimento de sistemas distribudos. Como estes sistemas no podem ser facilmente desenvolvidos com tecnologias de software tradicionais por causa dos limites destas em lidar com aspectos relacionados, por exemplo, distribuio e interoperabilidade, a tecnologia baseada em agentes parece ser uma resposta promissora para facilitar o desenvolvimento desses sistemas, pois ela foi planejada para suportar estes aspectos, dentre outros. Portanto, necessrio tambm que a arquitetura dos ambientes de desenvolvimento de software (ADS) evolua para suportar novas metodologias de desenvolvimento que ofeream o suporte necessrio construo de softwares complexos, podendo tambm estar integrada a outras tecnologias como a de agentes. Baseada nesse contexto, essa dissertao tem por objetivo apresentar a especificao de uma arquitetura de um ADS distribudo baseada em agentes (DiSEN Distributed Software Engineering Environment). Esse ambiente dever fornecer suporte ao desenvolvimento de software distribudo, podendo estar em locais geograficamente distintos e tambm os desenvolvedores envolvidos podero estar trabalhando de forma cooperativa. Na arquitetura proposta podem ser identificadas as seguintes camadas: dinmica, que ser responsvel pelo gerenciamento da (re)configurao do ambiente em tempo de execuo; aplicao, que ter, entre os elementos constituintes, a MDSODI (Metodologia para Desenvolvimento de Software Distribudo), que leva em considerao algumas caractersticas identificadas em sistemas distribudos, j nas fases iniciais do projeto e o repositrio para armazenamento dos dados necessrios ao ambiente; e, infra-estrutura, que prover suporte s tarefas de nomeao, persistncia e concorrncia e incorporar o canal de comunicao. Para validar o ambiente ser realizada uma simulao da comunicao que pode ser necessria entre as partes constituintes do DiSEN, por meio da elaborao de diagramas de use case e de seqncia, conforme a notao MDSODI. Assim, as principais contribuies desse trabalho so: (i) especificao da arquitetura de um ADS distribudo que poder estar distribudo geograficamente; incorporar a MDSODI; proporcionar desenvolvimento distribudo; possuir atividades executadas por agentes; (ii) os agentes identificados para o DiSEN devero ser desenvolvidos obedecendo ao padro FIPA (Foundation for Intelligent Physical Agents); (iii) a identificao de um elemento que ir oferecer apoio ao trabalho cooperativo, permitindo a integrao de profissionais, agentes e artefatos.
Resumo:
Este trabalho est relacionado s reas de Sistemas Multiagentes, Simulao Computacional e Emoes. A partir do estudo destas reas de pesquisa, foi proposto e desenvolvido um prottipo para um ambiente de simulao baseado em agentes com emoes. Os sistemas multiagentes tm sido utilizados nas mais diversas reas de pesquisa, no apenas para a rea acadmica, mas tambm para fins comerciais. Isso ocorre devido a caractersticas importantes que estes possuem, como flexibilidade e cooperao. Estas caractersticas so teis para um grande nmero de aplicaes, como para simulao de situaes reais, pois os modelos de simulao desenvolvidos utilizando a tecnologia de agentes so muito eficazes e versteis no estudo dos mais diferentes problemas. Emoes vm sendo estudadas h algum tempo, pois elas influenciam a tomada de deciso de todas as suas atividades. A tentativa de expressar emoes algo complexo, dependendo de diversos fatores, tanto sociais como fisiolgicos. Objetivando a abrangncia das pesquisas na rea de sistemas multiagentes, este trabalho prope o desenvolvimento de um prottipo para um ambiente de simulao baseado em agentes com emoes, utilizando como base para a estruturao das emoes o modelo OCC. Este novo ambiente chamado AFRODITE. De forma a melhor definir como o AFRODITE seria implementado, foram estudados quatro ambientes de simulao baseados em agentes existentes - SIEME, SWARM, SeSAm e SIMULA, e alguns aspectos destes foram utilizados na construo do novo ambiente. Para demonstrar como o AFRODITE utilizado, trs exemplos de aplicaes de reas de conhecimentos diferentes foram modelados: o IPD (Iterated Prisoners Dilemma), da rea de Teoria dos Jogos; Simulao de Multides, da rea de Engenharia de Segurana; e Venda de aparelhos celulares com servio WAP, da rea de Telecomunicaes. Atravs dos trs exemplos modelados foi possvel demonstrar que o ambiente proposto de fcil utilizao e que a tarefa de insero de emoes nas regras de comportamento pode ser realizada pelo usurio de forma transparente.
Resumo:
Com o aumento de informaes disponveis e das possibilidades de fazer comrcio por meios eletrnicos, aumenta a complexidade de algumas tarefas, como comprar. Um dos possveis caminhos para diminuir essa complexidade dotar programas de computadores com conhecimentos sobre a realizao de tais tarefas, incluindo como tomar decises. Esta dissertao versa sobre a utilizao de agentes de software nas empresas, que so programas de computadores delegados para a realizao de funes especficas. Alm de uma reviso sobre o atual uso de tais tecnologias, apresenta-se uma possvel aplicao na rea de Compras para uma empresa real. Para modelar o sistema proposto, utilizou-se uma extenso da Unified Modeling Language (UML), a Agent UML, que objetiva a adequao da primeira para representar sistemas multiagentes. As dificuldades encontradas para modelagem so uma discusso adicional, bem como as sugestes. Outras contribuies do presente trabalho so as apresentaes de mecanismos de deciso e de negociao para a Funo Compras, inspirados em funes de valor e na negociao colaborativa. Encerra-se, apontando algumas futuras direes, incentivando reflexes posteriores sobre este tema pioneiro na Escola de Administrao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Resumo:
Estudos referentes dinmica espao-temporal da interao hospedeiro-parasitide so de fundamental importncia para o desenvolvimento de tcnicas de manejo de insetos em agroecossistemas. Uma recente abordagem tm sido o estudo de populaes atravs da simulao computacional dos indivduos que a compem. Este mtodo tem possibilitado a incorporao de importantes caractersticas como individualidade e estrutura espacial nos modelos tericos. Neste sentido, o presente estudo visou a elaborao de um modelo baseado no comportamento individual para simular a dinmica espao-temporal da interao Spartocera dentiventris (Berg) (Hemiptera: Coreidae), inseto associado cultura do fumo, e de seu inimigo natural, o parasitide de ovos Gryon gallardoi (Brethes) (Hymenoptera: Scelionidae). Para a elaborao do modelo, estudos sobre a bioecologia de G. gallardoi foram desenvolvidos, de modo a investigar (i) o efeito da temperatura no seu desenvolvimento e viabilidade, (ii) a mortalidade de imaturos em campo, (iii) os parmetros reprodutivos e a longevidade dos adultos, (iv) os padres de disperso em campo e (v) a resposta funcional e a interferncia mtua dos parasitides em diferentes densidades de ovos de S. dentiventris. No intuito de avaliar a capacidade de predio do modelo elaborado, a dinmica espao-temporal de ovos sadios e parasitados de S. dentiventris foi acompanhada em um cultivo de fumo, estabelecido em rea experimental do Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Porto Alegre (30o01S e 51o13O), RS, Brasil A viabilidade do desenvolvimento dos parasitides na faixa de 20 a 30oC no diferiu significativamente, alcanando 98,8%. O tempo de desenvolvimento ovo-adulto de machos e fmeas foi inversamente proporcional ao aumento da temperatura. Os valores estimados para o limite trmico inferior de desenvolvimento e para a constante trmica foram 15,5oC e 185,19GD para machos e 15,6oC e 192,31GD para fmeas. Diversos fatores afetam o sucesso de imaturos de G. gallardoi em campo, sendo que o malogro e a predao por sugadores so os principais responsveis pela emergncia de apenas 37,87% dos adultos. Foi observado um perodo mdio de oviposio de 10,1 1,74 dias, com o pico de oviposio no segundo dia, sendo depositados ao longo dos mesmos uma mdia de 67,5 11,29 ovos por fmea. Fmeas de G. gallardoi foram significativamente mais longevas que os machos, vivendo, respectivamente, 13,7 1,94 e 10,6 1,78 dias. A razo sexual total observada foi de 0,79. A disperso de G. gallardoi em cultivo de fumo no foi sensivelmente influenciada pelo vento, sendo estimada uma capacidade de locomoo diria mdia para fmeas de no mnimo 7,62 m. O padro de parasitismo de G. gallardoi ajustou-se perfeitamente resposta funcional do tipo II (pseudo-r2= 0,99), sendo obtidos os valores de 0,0557 e 0,9989 h para os componentes a e Tm , respectivamente O aumento da densidade de parasitides acarretou, de maneira geral, uma diminuio no nmero de ovos parasitados por parasitide. Foi obtido para o ndice de interferncia mtua m o valor 0,626. A dinmica temporal de S. dentiventris G. gallardoi simulada ajustou-se muito bem aos dados obtidos em campo (r2= 0,82 para ovos sadios e r2= 0,72 para ovos parasitados). Da mesma forma, os arranjos espaciais dos ovos e da taxa de parasitismo observados em campo foram satisfatoriamente reproduzidos atravs das simulaes computacionais. Os resultados indicam que G. gallardoi apresenta um bom potencial para controlar populaes de S. dentiventris, seja pela sua viabilidade de desenvolvimento em uma larga faixa de temperatura ou pela sua capacidade reprodutiva e padres de disperso similares queles observados para outras espcies j utilizadas no controle biolgico de insetos. Por outro lado, a sensibilidade s baixas temperaturas, a alta mortalidade de imaturos observada em campo e uma resposta funcional do tipo II podem ser fatores que se contrape ao sucesso do parasitide no controle de populaes de S. dentiventris. Considerando a independncia entre os dados observados e os dados obtidos atravs de simulaes, o modelo elaborado obteve pleno sucesso em simular a dinmica da interao S. dentiventris G. gallardoi a partir do comportamento individual dos diferentes agentes Duas importantes caractersticas associadas estabilidade de sistemas hospedeiro-parasitide foram observadas no estudo de campo e reproduzidas no modelo um padro de parasitismo inversamente dependente da densidade dos hospedeiros e uma resposta agregativa dos parasitides em algumas regies do sistema. Desta forma, futuros estudos podem avaliar, a partir de um enfoque baseado no indivduo, quais mecanismos so responsveis por tais comportamentos e qual o seu efeito na dinmica do sistema. Conclui-se, atravs deste trabalho, que o estudo da dinmica de populaes atravs de uma abordagem baseada no indivduo, com base em modelos computacionais, pode ser uma alternativa vivel para superar as limitaes e a complexidade inerente ao uso de modelos populacionais analticos. Desta forma, o maior realismo implcito nestes modelos os torna ferramentas muito teis para diversas reas da ecologia aplicada, particularmente para a entomologia agrcola.
Resumo:
Este trabalho tem como foco de anlise os "encontros" e "desencontros" entre os sujeitos participantes de uma poltica pblica especfica: o Projeto Agente Jovem. Tal poltica visa o resgate da cidadania, a construo do projeto de vida e a incluso social de jovens (15 - 17 anos) "em conflito com a lei" e/ou "excludos socialmente". Centrado na relao entre os sujeitos, este estudo etnogrfico busca dar voz aos seus participantes atravs do dilogo empreendido nas suas interaes cotidianas e nas representaes que estes agentes constrem acerca das temticas desenvolvidas ao longo do Projeto. Tendo como pano de fundo a problemtica da violncia urbana e da crescente excluso de jovens na faixa etria circunscrita pelo Projeto, busca-se trazer o cenrio histrico, social e econmico contemporneo para dentro da anlise, a fim de situar esta poltica especfica que tem sua gerao a partir de um processo maior, ou seja, na prpria discusso que tem sido feita no pas a respeito do "problema da juventude marginalizada". De posse deste panorama, o trabalho procura adentrar no universo dos sujeitos para, a partir dele, buscar interpretaes que, na maioria dos casos, so buscadas pelo caminho contrrio, centradas na configurao de polticas sociais que tendem a subsumir os sujeitos e suas aes a um tipo de grupo ou comportamento homogneo. objetivo mostrar que tais anlises no se anulam, mas se complementam e so importantes para o entendimento das fragmentaes de significado, conseqentes das distintas representaes feitas pelos agentes, inevitveis ao desenvolvimento de uma poltica social pensada para todo um segmento e aplicada a uma parte dele.
Resumo:
Modelos BDI (ou seja, modelos Beliefs-Desires-Intentions models) de agentes tm sido utilizados j h algum tempo. O objetivo destes modelos permitir a caracterizao de agentes utilizando noes antropomrficas, tais como estados mentais e aes. Usualmente, estas noes e suas propriedades so formalmente definidas utilizandos formalismos lgicos que permitem aos tericos analisar, especificar e verificar agentes racionais. No entanto, apesar de diversos sistemas j terem sido desenvolvidos baseados nestes modelos, geralmente aceito que existe uma distncia significativa entre esta lgicas BDI poderosas e sistemas reais. Este trabalho defende que a principal razo para a existncia desta distncia que os formalismos lgicos utilizados para definir os modelos de agentes no possuem uma semntica operacional que os suporte. Por semntica operacional entende-se tanto procedimentos de prova que sejam corretos e completos em relao semntica da lgica, bem como mecanismos que realizem os diferentes tipos de raciocnio necessrios para se modelar agentes. H, pelo menos, duas abordagens que podem ser utilizadas para superar esta limitao dos modelos BDI. Uma estender as lgicas BDI existentes com a semntica operacional apropriada de maneira que as teorias de agentes se tornem computacionais. Isto pode ser alcanado atravs da definio daqueles procedimentos de prova para as lgicas usadas na definio dos estados mentais. A outra abordagem definir os modelos BDI utilizando formalismos lgicos apropriados que sejam, ao mesmo tempo, suficientemente poderosos para representar estados mentais e que possuam procedimentos operacionais que permitam a utilizaao da lgica como um formalismo para representao do conhecimento, ao se construir os agentes. Esta a abordagem seguida neste trabalho. Assim, o propsito deste trabalho apresentar um modelo BDI que, alm de ser um modelo formal de agente, seja tambm adequado para ser utilizado para implementar agentes. Ao invs de definir um novo formalismo lgico, ou de estender um formalismo existente com uma semntica operacional, define-se as noes de crenas, desejos e intenes utilizando um formalismo lgico que seja, ao mesmo tempo, formalmente bem-definido e computacional. O formalismo escolhido a Programao em Lgica Estendida com Negao Explcita (ELP) com a semntica dada pelaWFSX (Well-Founded Semantics with Explicit Negation - Semntica Bem-Fundada com Negao Explcita). ELP com a WFSX (referida apenas por ELP daqui para frente) estende programas em lgica ditos normais com uma segunda negao, a negao explcita1. Esta extenso permite que informao negativa seja explicitamente representada (como uma crena que uma propriedade P no se verifica, que uma inteno I no deva se verificar) e aumenta a expressividade da linguagem. No entanto, quando se introduz informao negativa, pode ser necessrio ter que se lidar com programas contraditrios. A ELP, alm de fornecer os procedimentos de prova necessrios para as teorias expressas na sua linguagem, tambm fornece um mecanismo para determinar como alterar minimamente o programa em lgica de forma a remover as possveis contradies. O modelo aqui proposto se beneficia destas caractersticas fornecidas pelo formalismo lgico. Como usual neste tipo de contexto, este trabalho foca na definio formal dos estados mentais em como o agente se comporta, dados tais estados mentais. Mas, constrastando com as abordagens at hoje utilizadas, o modelo apresentanto no apenas uma especificao de agente, mas pode tanto ser executado de forma a verificar o comportamento de um agente real, como ser utilizado como mecanismo de raciocnio pelo agente durante sua execuo. Para construir este modelo, parte-se da anlise tradicional realizada na psicologia de senso comum, onde alm de crenas e desejos, intenes tambm considerada como um estado mental fundamental. Assim, inicialmente define-se estes trs estados mentais e as relaes estticas entre eles, notadamente restries sobre a consistncia entre estes estados mentais. Em seguida, parte-se para a definio de aspectos dinmicos dos estados mentais, especificamente como um agente escolhe estas intenes, e quando e como ele revisa estas intenes. Em resumo, o modelo resultante possui duas caractersticas fundamentais:(1) ele pode ser usado como um ambiente para a especificao de agentes, onde possvel definir formalmente agentes utilizando estados mentais, definir formalmente propriedades para os agentes e verificar se estas propriedades so satifeitas pelos agentes; e (2) tambm como ambientes para implementar agentes.
Resumo:
Improvisao tem sido considerada uma caracterstica importante para agentes que pretendem operar de maneira consistente com a situao do momento, exibindo um comportamento credvel e interessante. A improvisao deve estar presente tanto nos agentes individuais quanto nas sociedades de agentes. Desta maneira, esta tese ir abordar estes dois aspectos da improvisao. Propomos a viso de que, agentes capazes de realizar improvisao, os agentes improvisacionais, so um tipo de agente deliberativo capaz de solucionar problemas por improvisao. Neste sentido, buscamos identificar dentro de uma arquitetura clssica de agentes deliberativos, a arquitetura BDI (belief-desire-intention), a existncia e/ou a possibilidade da incluso de componentes de improvisao nesta arquitetura. Para resolver problemas complexos, estes agentes precisam estar agrupados em sociedades e estas sociedades, por sua vez, precisam produzir comportamentos coerentes. A coordenao a rea da Inteligncia Artificial responsvel por este objetivo. Propomos que a coordenao de agentes que improvisam pode ser realizada por meio de um processo de direo improvisacional, no sentido usado no contexto do teatro improvisacional. Ao longo deste documento, iremos mostrar nosso entendimento sobre agentes improvisacionais como agentes deliberativos e coordenao como direo improvisacional. Com isto, defende-se nesta tese que o uso da improvisao em agentes improvisacionais possibilita que os agentes improvisem comportamentos interativos, de maneira coerente, melhorando seu desempenho como solucionadores de problemas, criando e mantendo uma iluso de vida para os agentes interativos e contribuindo para o aperfeioamento dos sistemas multiagentes.
Resumo:
Este trabalho foi realizado com o intuito de estudar as plantas utilizadas como medicinais pelos moradores do bairro Ponta Grossa e pelos Agentes Comunitrios de Sade relacionados ao Posto de Sade da Famlia do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foram realizadas entrevistas estruturadas, na forma de questionrios, para obteno dos dados socioculturais e semi-estruturadas para o levantamento dos dados sobre as plantas. Foram coletadas 150 espcies utilizadas pela populao, sendo 9 delas identificadas somente at gnero, pertencentes a 59 famlias botnicas. As famlias mais representadas em nmero de espcies foram Asteraceae e Lamiaceae. As partes das plantas mais utilizadas foram folhas e partes areas, sendo o ch a principal forma de utilizao. As doenas e/ou sintomas mais mencionados foram os relacionados aos aparelhos digestrio e respiratrio. Em uma anlise dos nomes populares foram encontradas 56 espcies com etnohomnimos e 73 espcies com etno-sinnimos verdadeiros ou falsos. Tambm foi realizada uma reviso bibliogrfica comparativa entre as indicaes de uso originais e as indicaes atuais referidas no estado do Rio Grande do Sul e pases limtrofes. Esta reviso teve como objetivo verificar se houve alteraes do conhecimento popular. Uma espcie apresentou equivalncia entre as indicaes de usos originais e atuais e 140 apresentaram alterao do conhecimento popular. Para 16 espcies foi detectada alterao total do conhecimento, 61 apresentaram ampliao do conhecimento e 21 reduo do conhecimento popular. Ferramentas quantitativas foram utilizadas, como Valor de Uso (UV) e a porcentagem de Concordncia corrigida quanto aos Usos Principais (CUPc), para verificar quais as espcies mais importantes para a populao e as mais promissoras para a realizao de estudos biolgicos posteriores. Para as 21 espcies mais importantes foram feitas revises na literatura cientfica com o objetivo de reunir dados qumicos e biolgicos, que resultaro na elaborao de um manual didtico, o qual ser devolvido como um retorno para a populao estudada.
