4 resultados para 790 RECREATIONAL
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
INTRODUO. O aumento da densidade de arritmia ventricular e a reduo da variabilidade da freqncia cardaca esto associados com risco de morte sbita e mortalidade total em insuficincia cardaca. A inibio colinestersica com brometo de piridostigmina (PIR) aumenta a variabilidade da freqncia de pessoas normais, porm seu efeito em pacientes com insuficincia cardaca desconhecido. OBJETIVOS. Testar a hiptese de que a administrao a curto prazo de piridostigmina reduz a densidade de arritmia ventricular e aumenta a variabilidade da freqncia cardaca em pacientes com insuficincia cardaca. MTODOS. Pacientes com insuficincia cardaca e em ritmo sinusal participaram de um estudo duplo-cego, cruzado, randomizado para placebo e piridostigmina (30mg VO de 8 em 8 horas por 2 dias). Monitorizao eletrocardiogrfica ambulatorial de 24 horas foi realizada para anlise de arritmia e para avaliao dos ndices do domnio do tempo da variabilidade da freqncia cardaca. Pacientes foram separados em 2 grupos, de acordo com a densidade de arritmia ventricular. O grupo Arritmia (n = 11) incluiu pacientes com mais de 10 extrassstoles ventriculares por hora (ESV/h), e o grupo Variabilidade da Freqcia Cardaca (n = 12) incluiu pacientes com um nmero de ESVs em 24 horas que no excedia 1 % do nmero total de intervalos RR. RESULTADOS. No grupo Arritmia, PIR resultou em uma reduo de 65% no nmero de extrassstoles ventriculares (Placebo 266 + 56 ESV/h vs. PIR 173 + 49 ESV/h; p = 0,03). No grupo da Variabilidade da Freqncia Cardaca, a administrao de PIR resultou em um aumento do intervalo RR mdio (Placebo 733 + 22 ms vs PIR 790 + 33 ms; p = 0,01), e nos ndices do domnio do tempo da variabilidade da freqncia cardaca PNN50 (Placebo 3 + 1,1 % vs PIR 6 + 1,6 %; p = 0,03) e RMSSD (Placebo 21 + 2 vs PIR 27 + 3; p = 0,008). CONCLUSO. Em pacientes com insuficincia cardaca, PIR reduziu a densidade de arritmia ventricular e aumentou a VFC, provavelmente por seu efeito colinomimtico. Estudos a longo prazo com PIR em insuficincia cardaca devem ser realizados.
Resumo:
Esta Dissertao tem o objetivo de problematizar algumas campanhas de sade realizadas na escola, discutindo o carter curativo/teraputico da Pedagogia. O estudo aqui apresentado, baseado numa perspectiva ps-estruturalista, incorpora algumas contribuies de Michel Foucault, entre outros autores, possibilitando pensar algumas prticas de controle dos sujeitos na escola atravs do disciplinamento e do biopoder como formas de governamento que asseguram a normalizao, a disciplinarizao e a regulao da populao (escolar). Os materiais de pesquisa se constituem em fitas VHS, cartilhas e manuais para professores e alunos, cadernos recreativos, histrias e fichas mdicas produzidos pelo Ministrio da Sade e pelo Ministrio da Educao, em parceria com entidades no-governamentais. Esses materiais foram elaborados para as escolas pblicas brasileiras e esto inseridos no Programa Nacional de Sade do Escolar. Nesse sentido, analiso algumas campanhas de sade e os modos como elas operam para regular e produzir nos sujeitos modos de ser com relao preveno de doenas e regulao da sade. Discuto os modos pelos quais essas campanhas participam na produo de uma criana considerada saudvel, com nfase em algumas prticas (de higiene, cuidado e cura) que se articulam com os fazeres escolares e que posicionam a escola como uma das principais responsveis pela educao em sade.
Resumo:
Este trabalho analisa a atividade turstica na rea Antrtica Especialmente Gerenciada baa do Almirantado (AAEG), ilha Rei George, arquiplago Shetlands do Sul, atravs de levantamento realizado com turistas, guias e pessoal das estaes cientficas. A dissertao revisa o turismo no rtico e na Antrtica e, apesar das diferenas geogrficas, a preocupao com a regulamentao, a proteo ambiental e o gerenciamento do espao transnacional so preocupaes presentes nas duas regies. Os dados foram coletados por entrevistas e questionrios. Aplicaram-se 144 questionrios aos visitantes da estao polonesa Henryck Arctowski (6210S, 5828W) na temporada 2003/2004, a qual recebeu todos os turistas que entraram na AAEG naquele vero. Doze guias foram entrevistados e o pessoal da estao polonesa e da Estao Antrtica Comandante Ferraz (Brasil, 6205S, 5824W) responderam 9 e 26 questionrios, respectivamente. Desse levantamento foi possvel obter o perfil, as expectativas e motivaes do turista antrtico. Nas entrevistas com guias observou-se que h preocupao com o rpido crescimento do turismo a partir da dcada de 1990. Alm disso, as respostas do pessoal das duas estaes demonstram que nem sempre as visitas so bem vindas, j que elas modificam a rotina e o trabalho dos pesquisadores. A AAEG, por estar na rota dos navios que deixam os portos do sul da Amrica do Sul, principal ponto de partida para os que desejam visitar o continente, por ser de fcil acesso, por permitir ancoragens seguras e pela beleza paisagstica, recebe aproximadamente 90% dos turistas antrticos. O levantamento revelou o predomnio de cidados norte americanos e alemes, entre esses um grande nmero de aposentados. A vida selvagem a principal motivao para visitar a Antrtica, revelando expectativas e motivaes semelhantes a outros estudos j realizados no prprio continente e no arquiplago de Svalbard no rtico. Os possveis impactos da atividade turstica que mais preocupam os especialistas so a ameaa vida selvagem e os distrbios causados s atividades dos pesquisadores nas estaes cientficas. A preocupao com o crescente nmero de turistas nessa que uma das reas mais remotas do planeta, aponta para a necessidade de aplicao de metodologias avaliadoras de impacto e de restrio ao turismo como a Limits of Acceptable Change (LAC), empregada juntamente com Recreational Opportunity Spectrum (ROS), j h muito tempo utilizada em parques nacionais dos EUA e Austrlia.