38 resultados para Índios da América do Sul Bolívia Aspectos políticos
em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Resumo:
Este trabalho analisa as iniciativas brasileiras de integrao energtica com a Venezuela (petrleo), Bolívia (gs natural), Argentina e Paraguai (hidreltricas). O perodo considerado corresponde a quinze anos (1988-2002). Embora a gnese dos Acordos, que permitiram esses processos de integrao, seja anterior a esse perodo especfico, interessa-nos compreender o que representa a integrao energtica nos marcos atuais da poltica externa brasileira para a América do Sul. A hiptese de trabalho, que orientou a pesquisa realizada, deriva da Teoria Realista da Economia Poltica Internacional, na verso proposta por Robert Gilpin (2001). Basicamente, esta hiptese estrutura-se na afirmao de que os pases tomam decises (sobre o nvel de integrao econmica com seus vizinhos) tendo em conta as consideraes de poder poltico, tanto ou mais do que motivados pela busca de vantagens comparativas resultantes da especializao. O teste da presente hiptese foi realizado em duas etapas sucessivas: em primeiro lugar, foram analisadas a matriz energtica brasileira e a racionalidade econmica dos Acordos de integrao energtica do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento econmico brasileiro; em seguida foram analisados os processos de negociao dos Acordos propriamente ditos, contrastado-os e comparando-os com o discurso diplomtico brasileiro sobre a nova liderana na América do Sul. A recuperao histrica da lgica subjacente de cada processo integrador permitiu verificar at que ponto os objetivos políticos de consolidao da liderana brasileira foram favorecidos, sendo possvel concluir que esses trs processos em questo foram teis para o projeto de liderana do Brasil no mbito sul-americano, tanto do ponto de vista econmico, quanto do poltico.
Resumo:
Os crustceos decpodos da famlia Aeglidae so os nicos anomuros que ocorrem em guas continentais, na regio subtropical e temperada da América do Sul. Entre as mais de 60 espcies descritas, vrias so simptricas, destacando-se Aegla camargoi Buckup & Rossi, 1977 e Aegla leptodactyla Buckup & Rossi, 1977, que ocorrem no Rio da Divisa, Municpio de So Jos dos Ausentes, RS Com o objetivo de obter informaes sobre a ecologia trfica das espcies, com nfase na partio de nicho trfico, os animais foram coletados sazonalmente, em intervalos de 6 horas, por 24 horas. Em laboratrio, foi analisado o contedo estomacal, utilizando as tcnicas de mtodo dos pontos, classificao do grau de repleo estomacal, freqncia de ocorrncia, e ndice alimentar. A anlise indicou que os animais so omnvoros, alimentando-se preferencialmente de macrfitas, insetos imaturos das ordens Ephemeroptera, Trichoptera, Coleoptera e Diptera. Aegla leptodactyla mostrou maior preferncia por macrfitas, relacionada a sua predominncia nos ambientes onde ocorrem em maior abundncia. A estimativa de repleo estomacal indicou que as duas espcies alimentam-se em todos os horrios. Foram identificados e descritos os principais ossculos e estruturas que compem o estmago desses crustceos. No foram detectadas diferenas na morfologia dos estmagos cardaco e pilrico das espcies. Ambas possuem estmagos desenvolvidos, com dentes robustos, caractersticos de animais macrfagos. As peas bucais de ambas espcies, como as mandbulas, maxilas e maxilpodos foram descritas e comparadas, diferindo apenas em relao ao nmero de dentes da crista dentata do terceiro maxilpodo. A mandbula bem desenvolvida, caracterstica de caranguejos predadores. A largura do nicho trfico de cada espcie foi estimada, mostrando pequenas variaes sazonais. A sobreposio de nicho trfico entre as duas espcies ocorre em todas as estaes, corroborando os resultados obtidos da anlise do contedo estomacal. Concluiu-se que as espcies so omnvoras generalistas, partilhando os recursos disponveis no ambiente.
Resumo:
Os egldeos constituem o nico grupo de anomuros que ocorrem em guas continentais, na regio subtropical e temperada da América do Sul. Com o objetivo de obter informaes sobre o comportamento reprodutivo desse grupo, machos e fmeas de Aegla platensis foram coletados no Arroio do Mineiro, na bacia hidrogrfica do rio Gravata, no municpio de Taquara, localidade da Fazenda Fialho, RS (29 46 S - 50 53 W) e trazidos para o laboratrio para aclimatao e posterior observao. Na sala de cultivo do laboratrio de crustceos da UFRGS, os animais foram mantidos, observados e filmados durante seis meses ad libitum. Foram montados trs experimentos (experimentos 1, 2 e 3), com casais, trincas (um macho e duas fmeas) e quartetos (um macho e trs fmeas), respectivamente. A partir dos protocolos de observaes dirias dos experimentos e das filmagens, as atividades dos animais, o comportamento reprodutivo e a influncia da maturidade fisiolgica das fmeas no comportamento reprodutivo foram descritos e analisados. Ao longo das observaes os animais exibiram atos de inatividade e atividades de rotina. Tanto os machos quanto as fmeas alternaram perodos de atividade, nos quais basicamente alimentaram-se e limparam-se, com perodos de letargia, nos quais estavam escondidos. O nmero e a maturidade fisiolgica das fmeas nos experimentos influenciaram as atividades dos animais. Fmeas maduras em um mesmo aqurio com fmeas imaturas (experimento 2) apresentaram uma maior atividade, podendo ser explicada por competio por comida. Com trs fmeas em um mesmo aqurio (experimento3), os machos aumentam suas atividades. Talvez os machos, com o aumento do nmero de fmeas precisem sair dos abrigos ou do estado de letargia para controlar o ambiente. O comportamento reprodutivo da espcie foi descrito em trs diferentes fases: fase pr-copulatria, fase copulatria e fase ps-copulatria. A fase pr-copulatria foi caracterizada pela exibio dos atos de agarrar e cortejar exibidos pelos machos. Verificou-se uma tendncia, ao longo dos experimentos, com o aumento do nmero de fmeas, de um aumento na exibio do ato de agarrar, e conseqente diminuio da corte, sugerindo que o ato de agarrar est relacionado com o reconhecimento das fmeas e de seus diferentes estgios de maturao das gnadas. Durante a fase copulatria, evidncias indicam que o quinto par de pereipodos pode ser o apndice responsvel pela produo e transferncia desse pacote de espermatozides. Aps a cpula, o macho permanece prximo fmea, para que essa dar incio fertilizao e posterior fixao dos ovos aos plepodos. O comportamento reprodutivo de A. platensis caracteriza-se por uma fase prcopulatria diretamente relacionada maturidade fisiolgica das fmeas, mediada por atos agonsticos (agarrar) ou atos ritualizados (cortejar), alm de uma fase copulatria envolvendo fmeas em estgio de inter-muda, que tambm so encontradas em outros grupos de crustceos decpodos. Algumas dessas caractersticas podem ser identificadas em outros anomuros at ento estudados, mas o fato novo dentro do grupo que a espcie no possui espermatforos produzidos nos vasos deferentes.
Resumo:
O presente trabalho investigou o programa televisivo Hip Hop Sul, veiculado pela TV Educativa do Rio Grande do Sul, e a sua relao com os msicos que dele participam, buscando entender as funes scio-musicais e as experincias de formao e atuao musical que o programa desempenha. As tcnicas utilizadas na coleta de dados foram a entrevista semi-estruturada, observaes e acompanhamento da rotina de trabalho dos produtores do programa e registros em fotografias digitais e em audiovisuais da atuao dos grupos de rap e da produo do programa. A investigao foi desenvolvida na perspectiva dos estudos culturais (Wolf, 1995) e a anlise dos dados foi feita com base no mtodo de anlise televisiva de Casetti e Chio (1998). O trabalho fundamenta-se na perspectiva da televiso como mediadora de conhecimentos musicais, (Fischer, 1997, 2000a, 2000b; Kraemer, 2000; Nanni, 2000 e Souza, 2000), a partir dos quais foram evidenciados os aspectos musicais formativos e atuantes presentes no Hip Hop Sul. Os aspectos abordados referem-se as experincias musicais dos grupos de rap como telespectadores e participantes do programa. Os resultados dessa pesquisa mostram que para esses grupos, ver a si mesmo ou sentir-se representados na televiso, significa existir, ter uma identidade e sair do anonimato. Estar na televiso , portanto, uma experincia que modifica o ser e o fazer musical.
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A importncia do esporte no mundo levou criao das cincias do esporte, onde a Psicologia Aplicada tem evoludo. Na estruturao dos programas de atendimento psicolgico dos desportistas, apresentada pelo autor, alm do psiclogo, diversos profissionais que trabalham nas comisses tcnicas, tm opinado. Entretanto, o cliente (atleta) que consome o produto (Psicologia do Esporte) nunca opinou sobre este, na América do Sul. O presente estudo a oportunidade de atender a esta necessidade. O estudo, de abordagem descritiva, objetiva verificar a percepo de atletas adolescentes do sexo masculino, sobre a Psicologia do Esporte. A amostra foi de 52 atletas de futebol (Sport Club Internacional e Grmio Futebol Porto-alegrense) e de 50 de tnis (Sogipa, Leopoldina Juvenil e Petrpolis Tnis Clube), com idades entre quatorze e dezoito anos, filiados s respectivas federaes esportivas, da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O instrumento de medida foi um questionrio que buscava avaliar, dados biodemogrficos e a percepo dos atletas sobre: a) auxlio da Psicologia do Esporte; b) Psicologia do Esporte e relacionamento do atleta; c) Psicologia do Esporte e reas de atuao; d) Psicologia do Esporte e rendimento do atleta; e) Psicologia do Esporte e o grupo esportivo; f) Psicologia do Esporte e relao treinador/atleta; g) anlise crtica sobre a Psicologia do Esporte. Os resultados foram tratados pelo SPSS, atravs de percentagem, freqncia, mdia e desvio padro. A anlise dos resultados proporcionou as seguintes concluses: a) Os atletas tm conhecimento dos benefcios que a Psicologia pode proporcionar ao Esporte; b) O trabalho com a Psicologia do Esporte nos clubes espordico; c) Os atletas no recebem esclarecimentos sobre os objetivos da Psicologia do Esporte; d) Os psiclogos tm trabalhado mais para o rendimento esportivo e menos para o desenvolvimento humano; e) Os atletas no esto motivados a trabalhar sua relao com a torcida. f) H ambivalncia dos atletas quanto a trabalhar seu relacionamento com os pais. g) H debilidades nos programas de Psicologia do Esporte quanto s habilidades: - Integrao grupal. - Modulao da ansiedade. - Ateno concentrada. - Motivao. - Cooperao. h) H queixas sobre a conduta de alguns psiclogos sobre os seguintes aspectos: - Rigidez; - Dar menos importncia aos atletas fracos que aos fortes; - Demora em atingir objetivos; - Uso inadequado da Psicologia do Esporte prejudicando valores pessoais. O autor sugere que sejam divulgados estes resultados aos psiclogos e aos membros da comisso tcnica dos clubes para o aperfeioamento dos futuros programas de Psicologia do Esporte.
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A famlia Hydrobiidae, que apresenta maior diversidade entre os moluscos lmnicos e estuarinos, com mais de 300 gneros e cerca de mil espcies Recentes, constitui-se em um importante componente bitico de guas continentais. A monofilia da famlia ainda duvidosa, uma vez que a maioria das espcies apenas conhecida pelos caracteres da concha, oprculo, pnis e rdula, insuficientes para traar relaes filogenticas em Hydrobiidae. Apresentam alta diversidade especfica e genrica, nos diferentes continentes, sendo a América do Sul uma exceo, com 120 espcies em sete gneros recentes, enquanto que na América do Norte as mais de 200 espcies da famlia esto distribudas em 40 gneros, como registrado pela literatura. Estes caracis acham-se distribudos ao longo de toda Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. A presente tese objetiva: identificar, definir e redefinir os hidrobiideos ocorrentes em ambientes lmnicos e estuarinos da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, a partir de colees cientficas e amostragens de material vivo. Examinou-se Hydrobiidae das colees: Museu Museu de Cincias Naturais da Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul (MCNZ); Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); coleo particular de Rosane Lanzer (RL); The Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP); The Natural History Museum, Londres (BMNH). Realizou-se coleta no rio Herclio em Santa Catarina, nas lagoas Itapeva, Tramanda, Rondinha, Fortaleza e arroio do Carvo (bacia do rio Maquin) no Rio Grande do Sul, utilizando peneira com malha de 1mm de abertura para a amostragem. Material coletado est depositado na coleo de moluscos da UFRGS. Obtiveram-se dados conquililgicos, conquiliometricos e morfoanatmicos in vivo - cabea-p, cavidade palial, sistemas reprodutores feminino e masculino e rdula. As ilustraes correspondem a desenhos da morfo-anatomia, e fotomicrografias da concha, oprculo, cabea-p e rdula. Foram inventariados 145 txons do grupo da espcie de Hydrobiidae, descritos para a América do Sul, acrescidos de lista sinonmica e informaes morfolgicas de material-tipo. Registram-se os seguintes hidrobdeos para Plancie Costeira do Rio Grande do Sul: Heleobia australis (Orbingy, 1835) (rio Tramanda, lagunas Tramanda e Armazm, lagoas Custdia e Paur e laguna dos Patos); Heleobia bertoniana (Pilsbry, 1911) (lagoa Caieiras); Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911) ( lagoa Rondinha); Heleobia doellojuradoi (Parodiz, 1960) (lagoas Figueiras, Bojuru Velho e Mangueira); Heleobia parchappei (Orbigny, 1835) (lagoas Itapeva, Quadros, Ramalhete, Negra, Malvas, Marcelino, Quinto, Barro Velho, Moleques, Peixe, Jacar, Mangueira e Laguna dos Patos); Heleobia xi sp. (lagoas Itapeva, Quadros, Malvas, Palmital, Pinguela, Lessa, Peixoto, Marcelino, laguna Tramanda, lagoas Gentil, Manuel Nunes, Fortaleza, Rondinha, Cerquinha, Rinco das guas, Cip, Porteira, Capo Alto, Quinto, Charqueadas, Barro Velho, So Simo, Veiana, laguna Mirim, lagoas Nicola e Jacar); Potamolithus kusteri (Strobel, 1874) (arroio Carvo); Potamolithus philippianus Pilsbry, 1911 (lagoas Itapeva e Figueiras). Registra-se pela primeira vez para o Brasil, H. bertoniana, H. doelojuradoi e P. kusteri; para o Rio Grande do Sul, P. philippianus; e para a Plancie Costeira, H. cuzcoensis. A partir de toptipos, redescrito o txon Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911, assinalado na literatura para o litoral norte da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, cuja ocorrncia no confirmada. Heleobia charruana (Orbigny, 1835), registrada na literatura para o litoral norte do RS, no tem sua ocorrncia confirmada. Transfere-se o gnero monotpico Parodizia, arrolado entre os hidrobdeos, para Pyramidellidae (Gastropoda, Heterobranchia), a partir da morfologia das partes moles, desconhecidas at o presente. A morfologia do pnis de exemplares de Potamolithus kusteri (Strobel, 1874), do arroio Carvo, justifica sua remoo de Heleobia para Potamolithus. Heleobia australis nana (MARCUS & MARCUS, 1963) considerada sinnimo de H. australis, por tratar-se de txons morfoanatomicamente iguais. As distintas dimenses da concha (2,0 a 8,4 mm) de populaes, ao longo da distribuio da espcie (Rio de Janeiro Baa San Bls), decorrem de fatores ambientais, provavelmente relacionados com o grau de variao da salinidade.
Resumo:
A perda de material, na forma de sobras ou resduos, no processamento das toras de madeira, alm de ser uma varivel muito importante para o gerenciamento da produo responsvel por uma parcela significativa dos impactos ambientais causados pela produo de madeira serrada. A quantificao e a identificao dos resduos do processamento (desdobro) da madeira so componentes fundamentais para o estudo de suas possibilidades de aproveitamento como insumo de outros produtos. Tradicionalmente o aproveitamento dos resduos ou sobras pelas serrarias tem sido utilizados em caldeiras para gerao de vapor para a secagem da madeira processada e para produzir energia eltrica. Mas os resduos e sobras, que so uma fonte de matria-prima madeireira, tambm podem ser empregados para a produo de outros produtos, tais como: chapas e painis. O presente trabalho consistiu de uma pesquisa realizada em serrarias das trs principais regies produtoras de madeira serrada do Rio Grande do Sul, as quais processam madeira de espcies de Eucalyptus spp. e Pinus spp. A pesquisa visou obter informaes a respeito do processo produtivo de madeira serrada de florestas plantadas por serrarias e sua consequente gerao de resduos e sobras. Os resultados obtidos, alm de estabelecerem um diagnstico da produo de madeira serrada de florestas plantadas e da conseqente gerao de resduos e sobras pelas serrarias no Rio Grande do Sul, revelam aspectos referentes ao atual destino e o aproveitamento potencial dos resduos e sobras, neste caso para a produo de painis ou chapas de madeira reconstituda Esta pesquisa e a anlise dos dados coletados trazem, ainda, contribuies para o estabelecimento de formas e programas de reduo na gerao, qualificao e utilizao de resduos e sobras, como mecanismo de reduo dos impactos ambientais negativos, atravs da substituio do processo da queima ou dispensa indevida na natureza, dando nfase na sustentabilidade ambiental e econmica no uso do insumo madeira. O aproveitamento de sobras e resduos serve, ainda, para agregar valor madeira e para o emprego em produtos com base na madeira consumidos por setores industriais importantes, tal como a construo civil.
Estudos citogenticos em espcies americanas de Lupinus L. : nmero cromossmico e comportamento meitico
Resumo:
O comportamento meitico e viabilidade do plen foram estudados em 23 acessos de sete taxa de Lupinus ocorrentes no Rio Grande do Sul. Para as espcies L. lanatus, L. rubriflorus, L. multiflorus, L. paranensis, L. bracteolaris, L. guaraniticus e Lupinus sp., o pareamento cromossmico foi regular com preferencial formao de bivalentes, mas a ocorrncia de alguns poucos quadrivalentes foi observado em um acesso de Lupinus sp e presena de quadrivalentes, associaes mltiplas e aderncia cromossmica foi evidenciada em um acesso de.L. guaraniticus. O ndice meitico e a estimativa da viabilidade do plen foram superiores a 90% em todos os acessos e espcies analisadas, como reflexo da regularidade meitica, indicando serem plantas meiticamente estveis. Nmeros cromossmicos de (2n=36) foram determinados pela primeira vez para L. guaraniticus e L. paraguariensis e confirmados nmeros de 2n=36 para L. lanatus, L. rubriflorus e 2n=34 para L. bracteolaris ocorrentes no Rio Grande do Sul. Em 13 acessos analisados de Lupinus sp provenientes do Peru e Bolívia foi observado 2n=48 cromossomos, e 2n=36 em dois acessos de Lupinus cf. bandelierae da Bolívia. No hbrido ornamental Lupinus Russel foi observado 2n=48 cromossomos. As duas espcies unifolioladas norte americanas L. cumulicula e L. villosus exibiram nmero cromossmico de 2n=52, diferindo dos demais nmeros conhecidos para as Américas. Os dados cromossmico obtidos neste trabalho aliados aos da literatura reforam a idia de que os lupinos andinos formam um grupo citolgico diferenciado dentro do gnero, que os lupinos do sudeste da América do Sul so tambm um grupo citologicamente diferente da maioria dos demais taxa americanos, e que os lupinos unifoliolados norte americanos e os brasileiros no so diretamente relacionados.
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A partir do modelo etnolgico, esta Tese de Doutorado busca compreender o complexo xamnico dos Kaingang, uma sociedade J que passou por profundas transformaes sociais, religiosas e ambientais no decorrer dos ltimos dois sculos. Trata-se de uma pesquisa realizada entre os Kaingang catlicos da Terra Indgena Votouro e do Capo Alto (Terra Indgena Nonoai), duas sociedades falantes do dialeto kaingang Sudoeste, localizadas na bacia do Rio Uruguai, respectivamente s margens leste e oeste do rio Passo Fundo, regio Alto-Uruguai, norte do Rio Grande do Sul, Brasil, América do Sul. De forma especfica, na perspectiva do saber guiado kaingang, esta pesquisa analisa os dois sistemas ideolgicos que marcam essa instituio xamnica, quais sejam: o sistema kuj ligado ao domnio floresta virgem e influncia dos Guarani e o sistema caboclo ligado aos domnios casa e espao limpo e influncia dos caboclos. No mesmo sentido, este trabalho visa perceber a maneira como o complexo xamnico se estabelece contemporaneamente entre os Kaingang da T.I. Votouro, a partir da influncia exercida pela Igreja Catlica Apostlica Romana e pelo Estado brasileiro.
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Espcimes de Hypholoma (Fr.) P. Kumm. e Stropharia (Fr.) Qul., ambos pertencentes famlia Strophariaceae Singer & A.H. Sm., de ocorrncia no estado do Rio Grande do Sul foram estudados. O estudo baseou-se em coletas realizadas pelo autor no perodo entre maro de 2004 e setembro de 2005, e tambm na reviso do material depositado em herbrios do estado, Brasil e exterior. As anlises macro e microscpica dos basidiomas foram realizadas segundo metodologia usual para estudo de fungos agaricides, e todo o material coletado encontra-se preservado no Herbrio do Departamento de Botnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICN). Neste estudo, concluiu-se que o gnero Hypholoma est representado no Rio Grande do Sul pelas seguintes espcies: H. aurantiacum (Cooke) Faus, H. ericaeum (Pers.: Fr.) Khner, e H. subviride (Berk. & M.A. Curtis) Dennis. Da mesma forma, o gnero Stropharia encontra-se representado no estado por: S. acanthocystis Cortez & R.M. Silveira, S. aeruginosa (Curtis: Fr.) Qul., S. alcis var. austrobrasiliensis Cortez & R.M. Silveira, S. apiahyna (Speg.) Cortez & R.M. Silveira, S. araucariae Cortez & R.M. Silveira, S. coronilla (Bull.: Fr.) Qul., S. dorsipora Esteve-Rav. & Barrasa, S. earlei Norvell & Redhead, S. rugosoannulata Farl. ex Murrill e S. semiglobata (Batsch: Fr.) Qul. Dentre estas, Stropharia acanthocystis, S. alcis var. austrobrasiliensis e S. araucariae, so descritos como novos txons para a cincia; S. apiahyna proposta como uma nova combinao; S. dorsipora, S. aeruginosa e S. earlei so citadas, respectivamente, pela primeira vez para a América do Sul, Brasil e Rio Grande do Sul. So apresentadas chaves de identificao, descries e ilustraes macro e microscpicas de todas as espcies estudadas.
Resumo:
H uma preocupao crescente sobre a necessidade de produo e consumo de alimentos mais saudveis, sem uso de agrotxicos nem fertilizantes qumicos. Neste contexto se insere a prtica da agricultura orgnica que, contudo, apresenta resultados ainda pouco avaliados. Assim, pretendeu-se, nesta pesquisa diagnosticar a produo orgnica na regio citrcola do Vale do Rio Ca, no Rio Grande do Sul. Inicialmente foram selecionadas propriedades de oito agricultores, todas j convertidas ao sistema orgnico de produo h pelo menos cinco anos. Para tanto foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas junto s unidades familiares, visando diagnosticar os aspectos sociais, econmicos e tcnicoambientais. Os agricultores orgnicos mostram-se satisfeitos com o sistema orgnico de produo, que de maneira geral proporciona boas produtividades com custos de produo menores do que no sistema convencional de cultivo. Os agricultores que se dedicam ao sistema orgnico de produo revelam bom conhecimento sobre o meio ambiente, plantas, solos e processos agroecolgicos, aspectos políticos, econmicos e sociais, adquiridos atravs da participao em cursos, palestras, congressos, dias de campo, treinamentos, e atravs das reunies e assemblias da Cooperativa ECOCITRUS. A constante troca de experincias entre os agricultores orgnicos tem contribudo na melhoria da qualificao tcnica dos produtores, alm de melhor conscientiz-los nos aspectos políticos, econmicos e sociais. A participao dos produtores na ECOCITRUS tem proporcionado melhor organizao dos mesmos, contribuindo na viabilizao da produo orgnica, inclusive com vantagens econmicocomerciais, pela obteno de insumos orgnicos, venda da produo e estmulo ao beneficiamento da produo, visando agregar renda propriedade.
Resumo:
A globalizao e o surgimento dos mercados internacionais tm trazido no bojo de sua evoluo o interesse pela compreenso da relao entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor ao redor do mundo. Embora a globalizao seja um tema em evidncia na literatura de marketing (Hadjimarcou, 1998), poucos so os estudos que analisam o comportamento trans -cultural do consumidor em ambientes de varejo na América do Sul. Verifica-se, nesta rea, um franco predomnio da produo cientfica norte-americana, que se restringe a investigar a dinmica do comportamento do consumidor entre as diversas naes existentes nos Estados Unidos (Czinkota e Ronkainen, 2001). Diante do desafio de se compreender a dinmica existente entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor em ambientes de varejo no contexto internacional, elegeu-se como cenrio de pesquisa trs pases que guardam entre si similaridades e distines marcantes: Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Na busca de se colaborar com a consolidao do tema no escopo da rea de marketing, este estudo investigou a relao entre a nacionalidade e o comportamento do consumidor nos shopping centers regionais em contextos internacionais. Brasileiros e uruguaios encontram-se imersos num caldo tnico e econmico que se confunde com a prpria formao scio-cultural dos dois pases. Os resultados alcanados neste estudo revelam que a proximidade que eiva a relao histrica comum de Brasil e Uruguai manifestam-se valores pessoais e na forma como brasileiros e uruguaios se comportam nos shopping centers. Empregando-se a tcnica de modelagem de equaes estruturais, revelou-se que a nacionalidade guarda uma relao causal com os valores pessoais e o comportamento do consumidor nos shopping centers regionais dos trs pases. O modelo estrutural final obteve bons ndices de ajustamento, indicando que a nacionalidade exerceu influncia indireta sobre comportamento do consumidor nos shopping centers regionais atravs da mediao dos valores pessoais e atitudes em relao aos atributos daqueles centros de compras. No captulo de concluso apresenta-se as implicaes dos resultados obtidos, as limitaes do estudo e novas possibilidades de pesquisa que surgiram com a realizao deste estudo.
Resumo:
O gene da apolipoproteina E (APOE) possui trs alelos com freqncias polimrficas. Esta apolipoprotena possui um importante papel no metabolismo de lipdeos, crescimento e regenerao neuronal, e parece estar relacionada com a doena de Alzheimer. No entanto, a magnitude destas influncias difere de acordo com a populao estudada, sugerindo uma interao gentipo/ambiente. No presente trabalho, foram estudadas seis tribos indgenas sul-americanas (n=186), 100 negrides e 466 caucasides de Porto Alegre. Destes ltimos, 343 foram investigados quanto associao com nveis lipdicos e 23 quanto associao com doena de Alzheimer. Todas as amostras foram amplificadas pela reao em cadeia da polimerase (PCR) e clivadas com a enzima de restrio Hha I. Os gentipos foram identificados aps separao dos fragmentos de restrio por eletroforese em gel de agarose a 4% corado com brometo de etdeo. O presente estudo teve os seguintes objetivos especficos: 1)Determinar as freqncias gnicas e genotpicas da APOE nas populaes negrides e caucasides de Porto Alegre e de seis tribos indgenas da América do Sul; 2)Verificar se as associaes entre os alelos da APOE e lipdeos sricos descritas em caucasides tambm ocorrem em populaes indgenas brasileiras; 3)Investigar a influncia do polimorfismo do gene APOE em pacientes com hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, bem como em indivduos normais da populao de Porto Alegre e 4)Determinar a distribuio dos alelos da APOE em uma amostra de pacientes com Doena de Alzheimer.
Resumo:
Um histrico das recentes Polticas de Combate Inflao no Brasil apresenta uma descrio dos planos econmicos ocorridos no pas desde o Plano de Metas da era Juscelino at o recente Plano Real. Esta discusso feita atravs dos aspectos econmicos tericos e prticos que foram se desenvolvendo no pas e no mundo e traz alguns aspectos políticos e sociais quando determinantes a esses aspectos. A dissertao est organizada em trs captulos: Aspectos Histricos determinantes dos Planos Econmicos da Nova Repblica; Planos Econmicos da Nova Repblica e Plano Real. No decorrer desses captulos h a descrio, objetivos, propostas de aplicao e decorrncias de cada um dos planos aplicados economia nacional na histria recente. Relaciona as maneiras ortodoxas e heterodoxas de tentar debelar a inflao e a postura dos presidentes e seus ministros da rea econmica frente a essa que tantas variveis trouxe ao desenvolvimento do Brasil. H uma anlise mais detalhada do Plano Real, explorando seus antecedentes, o contexto social e poltico em que surgiu, a sua natureza, seu impacto na dvida pblica e no relacionamento comercial com outros pases. Como os objetivos do plano ainda esto em prtica, a concluso traz, alm de uma apreciao sobre ele, algumas perspectivas ao seu futuro.
Resumo:
Recentes terremotos e furaces mostraram quo vulnerveis so as estruturas s foras da natureza. Ainda em pases desenvolvidos, existe alto risco a desastres naturais. Portanto, um dos principais desafios da Engenharia a preveno de desastres mediante o desenvolvimento de conceitos inovadores de projeto, para proteger eficientemente as estruturas, seus moradores e o contedo, dos efeitos destrutivos das foras ambientais. O tradicional procedimento de projeto de construes para prevenir falhas catastrficas baseado na combinao de resistncia e capacidade de deformao (ductilidade). Solicitaes de baixos nveis provocadas por ventos ou sismos so freqentemente idealizados com cargas laterais que devem ser resistidas s pela ao elstica da estrutura, enquanto que, em eventos moderados ou severos permite-se certos nveis de dano estrutural e no estrutural, mas no, colapso da mesma. Esta filosofia proporcionou a base da maioria dos cdigos de construo (fundados em mtodos estticos equivalentes) desde princpios do sculo, com resultados satisfatrios. No entanto, a partir do estudo das caractersticas dinmicas das estruturas surgem novos e diversos conceitos de proteo dos sistemas estruturais que tem sido desenvolvidos e ainda esto em expanso, entre os quais pode-se citar a dissipao de energia externa. Esta nova tecnologia consiste em incorporar na estrutura, elementos projetados especificamente para dissipar energia. Com isto, logra-se reduzir as deformaes nos membros estruturais primrios e portanto, diminui-se a demandada de ductilidade e o possvel dano estrutural, garantindo uma maior segurana e vida til da estrutura Graas a recentes esforos e ao particular interesse da comunidade cientfica internacional, estudos tericos e experimentais tm sido desenvolvidos durante a ltima dcada com resultados surpreendentes. Hoje j existem sistemas de dissipao de energia aplicados com sucesso em pases como Estados Unidos, Itlia, Nova Zelndia, Japo e Mxico. Recentemente este campo est-se estendendo na América do Sul. Dentro deste contexto, considerando o beneficio econmico e o melhor desempenho estrutural que implica a incorporao desta nova tecnologia, no presente trabalho abordou-se o estudo deste tipo de sistemas de proteo estrutural orientado ao uso de amortecedores metlicos. O trabalho dividiu-se em trs partes principais: a) Projetar e construir um amortecedor metlico que usa as excelentes propriedades do chumbo para dissipar energia. b) Desenvolvimento de metodologias de anlise e projeto de estruturas que incorporam amortecimento suplementar a fim de melhorar o seu desempenho estrutural. c) Avaliao da eficincia de sistemas externos de dissipao de energia em estruturas. A primeira parte consistiu em projetar e construir um amortecedor metlico para logo submet-lo a numerosos testes com diferentes nveis de amplitude de deslocamento e freqncia a fim de avaliar suas propriedades mecnicas e desempenho. Os resultados so considerados altamente satisfatrios. Na segunda parte foram desenvolvidas ferramentas computacionais para pesquisa e docncia na rea da mecnica estrutural mediante as quais possvel simular o comportamento linear e no linear de estruturas que incorporam amortecimento suplementar Finalmente, apresenta-se um procedimento robusto para avaliar a eficincia dos sistemas dissipadores de energia baseado numa anlise da confiabilidade estrutural. Atravs de vrios exemplos com estruturas reais e tericas se atingem os objetivos traados no presente trabalho.