158 resultados para Fluoretos Efeito fisiológico
Resumo:
Nucleotdeos extracelulares (ATP, ADP, AMP) e seu derivado adenosina so conhecidos sinalizadores do sistema cardiovascular podendo mediar vrios processos fisiológicos entre eles a proliferao celular, agregao plaquetria, inflamao e o tnus vascular. Os nveis destas substncias, localmente e na circulao sangunea, so controlados pelas ecto-NTPDases em conjunto com a ecto-5nucleotidase (ecto-5-NT) que realizam a degradao completa do ATP at adenosina. Os hormnios tireoideanos tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e o hormnio esteride sexual estradiol (E2) atuam ativamente no sistema vascular promovendo vasodilatao. Nosso objetivo foi investigar quais enzimas da famlia das NTPDases esto presente em clulas musculares lisas vasculares (CMLVs) e se a atividade destas enzimas pode ser influenciada pela ao desses hormnios, uma vez que seus substratos e produtos podem sinalizar processos de relaxamento/contrao muscular. Para tanto, as CMLVs foram extradas da artria aorta de ratos Wistar adultos e cultivadas em meio de cultura DMEM. Aps atingirem a confluncia, as clulas foram tratadas com 50 nM de T3 ou T4 ou 1M de 17-estradiol por 72 horas. As atividades enzimticas foram medidas pela liberao de fosfato inorgnico enquanto que a expresso das ectonucleotidases foi verificada por imunocitoqumica (protena) e RT-PCR (RNAm). Os resultados deste trabalho mostram que as CMLVs expressam as NTPDases 1, 2, 3, 5 e 6 e a ecto-5-NT, responsveis pelo controle dos nveis de nucleotdeos e nucleosdeos extracelulares. O tratamento com os hormnios T3, T4 e E2 nestas clulas mostrou que a atividade da ecto-5-NT foi aumentada pelos trs hormnios. A anlise do RT-PCR demonstrou que os tratamentos foram capazes de aumentar tambm a quantidade de RNAm da ecto-5NT, indicando mecanismos de ao genmica dos hormnios estudados. Por outro lado, O tratamento com os hormnios tireoideos no alterou as atividades ATPsica e ADPsica, somente o estradiol foi capaz de aumentar a atividade ATPsica. Estes resultados tambm sugerem que, pela hidrlise aumentada do AMP, disponibilizem-se nveis maiores de adenosina, com importante potencial vasodilatador local. Entretanto, o fato de o estradiol ter aumentado a hidrlise de ATP, mas no a de ADP, nos permite pensar que o ADP, agregador plaquetrio bem estabelecido, possa estar acumulando extracelularmente, contribuindo para o desenvolvimento de problemas circulatrios.
Resumo:
O Diabetes Mellitus uma sndrome metablica caracterizada por hiperglicemia crnica e, esta por sua vez, contribui para o desenvolvimento das complicaes secundrias freqentemente observadas nos pacientes diabeticos. O estresse oxidativo decorrente dessa hiperglicemia um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia dessas complicaes. Vrios estudos comprovam o efeito nocivo in vivo e in vitro de concentraes altas de glicose sobre diferentes tecidos e rgos. Enzimas sulfidrlicas como -aminolevulinato desidratase (-ALAD), lactato desidrogenase (LDH) e succinato desidrogenase (SDH), so altamente sensveis a elementos pr-oxidantes. Uma freqente coexistncia entre Diabetes mellitus e porfiria tem sido observada em humanos e em animais experimentais, o que pode estar ligado inibio da -ALA-D observada em diabticos. Este estudo tem como objetivos induzir estresse oxidativo in vivo com exerccio fsico intenso ou dieta contendo altos nveis de sacarose e in vitro e com altas concentraes de acares redures e avaliar seus efeitos sobre os nveis de lipoperoxidao, fragilidade osmtica dos eritrcitos, atividade de enzimas antioxidantes (catalase e superxido dismutase) e enzimas sulfidrlicas (-ALA-D, LDH e SDH), verificar o efeito de um antioxidante seleno-orgnico (ebselen) e a suplementao de selnio sobre a atividade destas enzimas, bem como avaliar o possvel papel teraputico do ebselen sobre a fragilidade osmtica dos eritrcitos. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolado so mais sensveis ao choque osmtico que eritrcitos de pacientes com diabetes controlado e eritrcitos de pessoas saudveis. Alm disso, uma funo protetora do ebselen contra a fragilidade osmtica, indica que eritrcitos de pessoas com diabetes descontrolada esto expostos a um aumento na produo de radicais livres in vivo. O ebselen tambm apresentou propriedade de inibir a glicao in vitro. O exerccio fsico intenso associado deficincia de selnio, capaz de diminuir a atividade das enzimas sulfidrlicas. No entanto, exerccio fsico moderado de menor intensidade melhora a sencibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina, previne contra fatores nocivos comumente encontrados no diabetes como ganho de peso corporal e acmulo de gordura abdominal no capaz de afetar atividade da -ALA-D. Atravs dos 2 modelos experimentais utilizados, modelo de induo de peroxidao lipdica em eritrcitos incubados com concentraes elevadas de acares redutores in vitro e modelo de induo de resistncia insulina em animais treinados e sedentrios, pode-se concluir que: A incubao de eritrcitos in vitro com altas concentraes de glicose ou frutose leva a um aumento na lipoperoxidao e contribui para a diminuio da atividade de enzimas tilicas provavelmente por oxidao dos seus grupos SH. O exerccio fsico associado com baixos nveis de selnio na dieta prejudica a atividade de enzimas tilicas como -ALA-D e SDH. O exerccio fsico de intensidade moderada aumenta a sensibilidade insulina em camundongos com resistncia insulina induzida pela dieta com sacarose e previne contra o ganho de peso corporal e aumento do ndice de gordura abdominal.
Resumo:
Neste trabalho foi realizada a preparao de compsitos tendo como base o uso de poli(etileno-co-acetato de vinila) (EVA) a 18 mol% de acetato de vinila, com cinco tipos diferentes de carga (carbonato de clcio, slica, xisto retortado, xisto calcinado e argila sdica), sendo elas usadas naturalmente, funcionalizadas com silano ou tratadas termicamente. As misturas foram processadas durante 15 minutos em cmara de mistura a 160C com velocidade dos rotores de 50rpm. Foi verificado que o processamento do EVA no acarretou processos de degradao ou reticulao do polmero. Propriedades mecnicas, calorimetria diferencial de varredura e anlises morfolgicas foram realizadas para avaliar o efeito da adio de diferentes cargas em distintas concentraes. Os compsitos EVA-18/argila sdica silanizada e EVA-18/xisto calcinado silanizado foram os sistemas que apresentaram os melhores resultados em relao s propriedades mecnicas quando comparado com a matriz polimrica e as demais cargas ensaiadas. O silano teve um papel fundamental na melhoria das propriedades mecnicas. Com apenas 1% (m/m) de argila sdica silanizada obteve-se um aumento de 13% na tenso no ponto de ruptura. Ambos so melhores que o EVA-18/carbonato de clcio e o EVA-18/slica comumente utilizados na indstria. Baseando-se nos resultados obtidos, conclui-se que tanto a argila sdica silanizada quanto o xisto calcinado silanizado so alternativas econmicas e eficientes a serem aplicadas como uma possibilidade de escolha de carga para melhorar as propriedades mecnicas do EVA.
Resumo:
Foi realizado um experimento para avaliar o efeito da suplementao com sal proteinado e sal mineralizado sobre o desempenho de novilhos de corte em pastejo de capim estrela (Cynodon nlemfuensis Vanderyst) (CE) diferido. Os suplementos avaliados foram produtos comerciais disponveis no mercado: sal mineralizado (SM); sal proteinado (SP) e sem suplementao (SS). O experimento teve uma durao de 84 dias e foram utilizados 36 novilhos Braford com um peso mdio de 267 kg, distribudos aleatoriamente em seis piquetes com rea de 4 ha, num delineamento completamente casualizado. A pastagem de CE apresentou valores mdios de protena bruta (PB), fibra insolvel em detergente neutro (FDN) e digestibilidade in vitro da matria orgnica (DIVMO) de 7,6, 78,7 e 45,3 % respectivamente e no sendo observadas diferenas significativas entre tratamentos (p>0,05). Entretanto, observou-se que as condies climticas observadas durante o experimento podem ter afetado os parmetros de avaliao da qualidade e disponibilidade da pastagem. O ganho mdio dirio (GMD) apresentado pelos animais no mostrou diferena significativa (p>0,05) entre os diferentes tratamentos, sendo de 0,009 kg/dia para SM, 0,104 kg/dia para SP e 0,198 kg/dia para SS. Nas condies em que foi conduzido o presente experimento, a utilizao de sal mineralizado e de sal proteinado no melhorou o ganho de peso por animal e por rea em relao aos novilhos que no receberam suplementao.
Resumo:
Clulas do crtex e da medula renal esto constantemente expostas variaes da concentrao de solutos extracelulares e podem responder essas variaes com o acmulo de osmlitos orgnicos, como a glicina betana, cujo precursor a colina. Uma das caractersticas do diabetes um distrbio osmtico renal, levando posteriormente a uma nefropatia diabtica, que finalmente pode resultar num quadro de insuficincia renal. O objetivo desse trabalho foi estudar o metabolismo da colina e da glicina betana no rim de ratos diabticos. Rins de ratos diabticos foram excisados e fatiados. Nas fatias foram separadas a regio cortical e a medular, e ento incubadas em soluo fisiolgica com 0,2 Ci de [metil-14C] cloreto de colina. Foram quantificadas ento a captao de colina e a formao de glicina betana. Os maiores valores de captao foram obtidos aos 30 minutos de incubao. Tanto o crtex como a medula apresentaram diminuio na captao de colina e na formao de glicina betana na presena de colina no marcada no meio de incubao, possivelmente por um processo de competio pelos transportadores de colina nos tbulos renais. Os rins de ratos diabticos apresentaram maiores valores de captao de colina, possivelmente para contrabalanar a alta osmolaridade do lquido tubular decorrente da alta concentrao de glicose. Os ratos que receberam tratamento com colina na alimentao apresentaram valores de captao semelhantes aos isentos. O suplemento de colina na dieta produziu um aumento na formao de glicina betana no crtex. Possivelmente a colina diettica fornecida em baixas concentraes e cronicamente pode estar funcionando como um ativador do sistema enzimtico de formao de glicina betana presente no crtex renal. Por outro lado a hipertrofia renal no foi influenciada pelo tratamento. Entretanto, estudos com a avaliao da atividade enzimtica nestes tecidos ajudaro a esclarecer este mecanismo osmorregulador.
Resumo:
O trabalho foi realizado, no perodo de outubro a dezembro de 1996. Foram utilizadas 80 fmeas hbridas F1, oriundas de cruzamentos de Landrace e Large White distribudas aleatoriamente em quatro tratamentos: T1 fornecimento de rao sem glicose e de forma restrita, 2 kg ao dia (duas vezes ao dia); T2 fornecimento de rao sem glicose e vontade; T3 fornecimento de rao com 20% de glicose e de forma restrita, 2 kg ao dia (duas vezes ao dia), e, T4 fornecimento de rao com 20% de sacarose, vontade. Como fonte de glicose foi utilizado o acar cristal. A rao continha 3.150 kcal/Kg de E.D., 14%, de protena bruta, 0,65 de lisina, 0,9% de clcio e 0,45% de fsforo disponvel. Todas as fmeas foram pesadas individualmente ao alojamento e na apresentao do 10 e do 20 estro. Os tratamentos foram aplicados no momento em que as fmeas manifestaram o 10 estro e terminaram quando estas apresentaram o 20 estro. As fmeas foram inseminadas artificialmente (IA) no 20 estro e abatidas 28-34 dias aps para a contagem do nmero de ovulaes e nmero de embries viveis. Foram analisados, os dados referentes taxa de prenhez, a taxa de sobrevivncia embrionria e a taxa de retorno ao estro. A taxa de ovulao das fmeas do T4 foi superior aquelas das fmeas dos T1 e T3 (respectivamente 17,80; 15,26; 15,60) (p0,01). T4 foram diferentes quanto ao nmero de embries viveis daquelas do T1 (1,94 a mais; p0,03), do T2 (1,27 a mais; p0,05) e do T3 (3,6 a mais; p0,01). Na anlise do contraste rao restrita (T1 e T3) vs. rao vontade (T2 e T4), foi observada um aumento do nmero de ovulaes (15,38 vs 17, 34, respectivamente; p<0,01) e tambm no nmero de embries viveis (11,52 vs 13,64, respectivamente; p<0,04). As fmeas que receberam rao com acar (T3 e T4) no diferiram (p>0,05) dos que receberam rao sem acar (T1 e T2), nas variveis estudadas. O arraoamento vontade, independente da adio de sacarose, foi efetivo no aumento do nmero mdio de ovulaes e nmero mdio de embries viveis. Apesar do maior nmero de ovulaes, a taxa de sobrevivncia embrionria no foi diferente entre os tratamentos. As taxas de prenhez e retorno ao estro tambm no apresentaram diferenas as fmeas dos diferentes tratamentos.
Resumo:
Estudou-se o comportamento eletroqumico do alumnio em misturas de etilenoglicol (EG) e gua, em presena e ausncia de agentes quelantes (EDTA - cido etilenodiaminotetraactico ou EDTPO - cido etilenodiamino tetrametilenofosfnico), na faixa de pH entre 7 e 9, atravs de ensaios potenciodinmicos, de espectroscopia de impedncia eletroqumica e microscopia de fora atmica. Em soluo EG-gua, a eficincia de inibio do EDTA na corroso do Al depende da proporo de etilenoglicol e do pH do eletrlito, observando-se que o filme de xido de alumnio mais uniforme e estvel quando o teor de EG na mistura maior ou igual a 35 % v/v, mantido o pH em 7. Nestes casos, a adsoro do EDTA sobre o eletrodo favorecida. Por outro lado, verificou-se que a dissoluo do Al acentuada com a adio de EDTA em eletrlitos com pH alcalino e com teores de gua maiores. Nas mesmas condies experimentais, o EDTPO apresentou um efeito inibidor superior ao do EDTA, podendo ser empregado em uma faixa de pH mais ampla. Este comportamento atribudo a uma adsoro mais forte do cido fosfnico sobre a superfcie do eletrodo, favorecendo a formao de um filme de xido de elevada resistncia, que se mantm por longos tempos de imerso. Verificou-se neste caso que a adsoro de EDTPO favorecida em meio etilenoglicol-gua, similarmente ao que ocorre com o EDTA. Observou-se ainda um efeito inibidor do EDTPO na corroso do Al em soluo aquosa com pH 9,2 contendo on cloreto. Imagens da superfcie do metal obtidas por microscopia de fora atmica indicam que o filme de xido apresenta um espessamento quando em presena dos agentes quelantes em concordncia com os experimentos por espectroscopia de impedncia.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento de trs aparelhos fotoativadores, sendo que dois aparelhos utilizam a tecnologia de diodos emissores de luz (LED) (Radii-SDI; Single V-Bio art) e o ultimo um aparelho convencional de lmpada halgena (XL-2500-3M ESPE), sendo que o primeiro apresenta o diodo emissor de luz na extremidade do aparelho; o segundo apresenta ponteira de fibra ptica turbo e o terceiro apresenta ponteira de fibra ptica convencional. O desempenho dos aparelhos foi analisado por meio da anlise de microdureza do fundo de um incremento de 2mm do compsito Z250 (3M ESPE), submetido polimerizao em diferentes profundidades: 2mm, 4mm, 6mm e 8mm. Em todos os casos, o tempo de polimerizao adotado foi de 20 s. Para obteno dos corpos de prova, foi utilizada uma matriz de dentina com uma cavidade de 3mm de dimetro por 2mm de espessura. Para simular as diferentes profundidades de 2mm, 4mm, 6mm e 8mm, foram utilizados espaadores de dentina em forma de anel com 2mm, 4mm, e 6mm de espessura sobre a matriz. Para o ensaio de microdureza, foram confeccionados cinco corpos de prova para cada combinao entre aparelho fotoativador e as quatro profundidades, totalizando 60 corpos de prova. . O ensaio foi realizado 15min aps a polimerizao. Os valores de microdureza foram obtidos a partir de cinco endentaes em cada corpo de prova. Os resultados obtidos foram submetidos anlise de varincia e ao teste Tukey para comparao entre os aparelhos, em cada profundidade (=0,05). Os valores mdios e desvio padro da microdureza obtidos com os aparelhos Radii(R), Single V (S) e XL-2500(XL), a 2mm, foram respectivamente: 55,16 (1,66), 58,56 (1,77), 51,15 (2,08), mostrando diferena significativa entre eles, sendo que o melhor desempenho foi obtido pelo S seguido pelo R e pelo XL. A 4mm, os valores foram R= 52,23 (1,66 ); S= 49,04 (2,04); XL= 47,34 (2,69), com melhor desempenho do R em relao a XL, porm sem diferena do S. A 6mm, os valores foram R= 46,40 (1,07); S= 43,64 (1,56); XL= 42,12 (1,72). Com melhor desempenho do R, seguidos pelo S e XL que no mostraram diferena entre si. J a 8mm, os valores foram R= 41,96 (1,09); S= 38,36( 0,87); XL= 40,16 (1,70), com melhor desempenho do R seguido pelo XL e este pelo S, mostrando diferena significativa entre eles. Comparando os aparelhos LED com a lmpada halgena, pode-se observar que o Radii teve um desempenho superior a ela em todas as profundidades. J o Single V foi superior na profundidade de 2mm, similar em 4mm e em 6mm e inferior em 8mm, mostrando que os aparelhos LED tiveram um comportamento diferenciado que talvez possa ser atribudo presena de uma ponteira turbo no Single V. Tambm com base nos resultados foi possvel concluir que houve uma reduo significativa, dos valores de microdureza do fundo do material restaurador com o aumento da profundidade da cavidade para todos os aparelhos.
Resumo:
Em pacientes portadores de fibromialgia, a administrao de doses farmacolgicas de DHEA ocasionou reduo da sensao de dor muscular e fadiga, o que permitiu inferir seu envolvimento na modulao da percepo dolorosa. sabido que a DHEA pode ser convertida, tanto perifericamente como no SNC, em sua forma sulfatada (DHEAS) por ao de enzimas sulfotransferases, tendo esta papel na modulao da nocicepo. Outro hormnio esteride com ao sobre a nocicepo a progesterona, cuja administrao resultou em efeitos anestsicos e sedativos. A maioria destes resultados foram obtidos em mamferos e humanos. Todavia, um estudo recente demonstrou que o tecido enceflico de r foi capaz de sintetizar esterides a partir de colesterol, sendo este processo de biossntese similar quele descrito em mamferos. Deste modo, o presente estudo utilizou a r Rana catesbeiana, adulta, macho, para determinar os efeitos da administrao aguda (1,0, 2,0 e 10,0 mg/kg) e crnica (2,0 mg/kg) de DHEA, DHEAS e progesterona sobre o limiar nociceptivo das mesmas. Este limiar foi determinado pela utilizao do teste qumico do cido actico, o qual foi realizado 2 horas antes da administrao das solues e aps 2, 6 e 24 horas nos estudos de tratamento agudo e 48 horas aps o trmino da ltima injeo nos estudos crnicos, sendo que nestes as rs receberam 6 injees subcutneas, havendo entre cada administrao um intervalo de 72 horas. Foram utilizados 3 grupos: controle, veculos e tratados. No tratamento agudo, as doses de 1,0 e 2,0 mg/kg de DHEA, DHEAS e progesterona no ocasionaram modificaes estatisticamente significativas no limiar nociceptivo das rs. J a dose de 10,0 mg/kg de DHEA e DHEAS induziu um acrscimo significativo no limiar nociceptivo destes animais. Esta alterao no foi observada nas rs tratadas com progesterona nesta dose. Entretanto, a administrao crnica de DHEA, DHEAS e progesterona, provocou aumento estatisticamente significativo no limiar nociceptivo das rs. A interrupo da administrao de DHEA por 05 dias resultou no retorno do limiar nociceptivo a valores semelhantes queles obtidos antes das injees subcutneas de DHEA. A repetio deste tratamento por mais 07 dias ocasionou um novo aumento no limiar nociceptivo das rs. Estes resultados sugerem que o efeito antinociceptivo destes esterides apareceram precocemente na evoluo dos vertebrados, estando ainda presente em humanos. Assim, as rs, constituem modelos experimentais que podero contribuir para o esclarecimento dos mecanismos celulares de ao da DHEA, da DHEAS e da progesterona sobre a nocicepo, tema ainda muito especulativo na neurocincia.
Resumo:
A homocistinria um erro inato do metabolismo caracterizado, bioquimicamente, pela deficincia da enzima cistationina--sintase, resultando no acmulo tecidual de homocistena. Os pacientes afetados apresentam sintomas neurolgicos e vasculares caractersticos, como retardo mental e arteriosclerose, cuja fisiopatologia desconhecida. No presente trabalho, avaliamos os efeitos in vitro e in vivo da homocistena sobre alguns parmetros bioqumicos. Primeiramente, observamos o efeito in vitro da exposio de homogeneizados de crtex parietal de ratos ao cido flico, avaliando a inibio causada pela homocistena sobre a atividade da Na+,K+-ATPase de membranas plasmticas. Nos estudos in vivo, investigamos o efeito do pr-tratamento com cido flico sobre a inibio das enzimas Na+,K+-ATPase e butirilcolinesterase em crtex parietal e em soro de ratos submetidos hiperhomocisteinemia aguda, respectivamente. Considerando que a Na+,K+-ATPase suscetvel ao ataque de radicais livres, ns determinamos o efeito da hiperhomocisteinemia aguda sobre alguns parmetros de estresse oxidativo, como a formao de substncias reativas ao cido tiobarbitrico e o contedo total de grupos tiis em crtex parietal de ratos. Finalmente, investigamos o efeito do cido flico sobre a reduo da atividade da Na+,K+-ATPase em crtex parietal e sobre o aumento do ndice de dano ao DNA em sangue total de ratos submetidos hiperhomocisteinemia crnica. Nossos resultados mostraram que a homocistena in vitro reduz, significativamente, a atividade da Na+,K+-ATPase e que o cido flico previne esse efeito. Estudos cinticos com o substrato ATP revelaram que a homocistena inibe de forma no-competitiva a enzima Na+,K+-ATPase. Os estudos in vivo confirmaram que a hiperhomocisteinemia aguda diminui as atividades das enzimas Na+,K+-ATPase e butirilcolinesterase e que o pr-tratamento com cido flico tambm previne os efeitos causados pela homocistena. Por outro lado, a hiperhomocisteinemia aguda no alterou os parmetros de estresse oxidativo analisados. A hiperhomocisteinemia crnica inibiu a Na+,K+-ATPase em crtex parietal e aumentou o ndice de dano ao DNA em sangue total de ratos e, novamente, o tratamento com cido flico previne tais efeitos. Esses resultados, em conjunto, revelam os efeitos da homocistena sobre alguns parmetros bioqumicos e colaboram com o entendimento da fisiopatologia da homocistinria. Alm disso, os resultados sugerem que o cido flico, j utilizado por alguns pacientes homocistinricos, poder ser uma importante ferramenta teraputica utilizada na preveno dos efeitos neurolgicos e vasculares da homocistena.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
A homocistinria uma desordem metablica causada pela deficincia da enzima cistationina -sintase, resultando no acmulo tecidual de homocistena e de metionina. Os pacientes afetados por essa doena apresentam principalmente retardo mental, isquemia cerebral, convulses e aterosclerose. Entretanto, os mecanismos fisiopatolgicos responsveis por essas manifestaes so pouco conhecidos. O sistema colinrgico apresenta papel importante na funo cognitiva do qual as colinesterases, acetilcolinesterase e butirilcolinesterase, so constituintes ubquos. Similarmente acetilcolinesterase, a butirilcolinesterase hidrolisa a acetilcolina e est presente no soro, corao, endotlio vascular e no sistema nervoso. Estudos tm mostrado que as colinesterases esto inibidas no crtex cerebral de pacientes com a doena de Alzheimer. Adicionalmente, h evidncias na literatura mostrando que as colinesterases so inibidas por radicais livres. A Na+,K+-ATPase uma enzima fundamental responsvel pela manuteno do gradiente inico necessrio para a excitabilidade neuronal e consome de 40 a 60% do ATP formado no crebro. Recentes estudos tm demonstrado que essa enzima inibida por radicais livres e tambm que sua atividade est diminuda na isquemia cerebral, epilepsia e em doenas neurodegenerativas como a doena de Alzheimer. Alm disso, nosso grupo demonstrou que a homocistena inibe a atividade da Na+,K+-ATPase cerebral. Considerando que: a) pouco se sabe sobre os mecanismos responsveis pelas manifestaes neurolgicas que ocorrem na homocistinria, b) a administrao de homocistena prejudica a memria, c) as colinesterases so importantes para as funes cognitivas, d) a atividade da Na+,K+-ATPase est diminuda na isquemia cerebral, e) a homocistena inibe a atividade dessa enzima in vitro e f) as atividades da butirilcolinesterase e da Na+,K+-ATPase em tecidos perifricos podem ser consideradas marcadores de alteraes que ocorram no sistema nervoso central, no presente estudo determinamos o efeito in vitro da homocistena sobre as atividades da butirilcolinesterase e da Na+,K+-ATPase em soro e plaquetas de ratos, respectivamente. Tambm determinamos o efeito da administrao aguda e crnica de homocistena sobre a atividade da butirilcolinesterase srica e a influncia das vitaminas E e C sobre os efeitos inibitrios causados pela homocistena. Os resultados mostraram que a homocistena diminuiu significativamente a atividade da butirilcolinesterase em soro de ratos de 60 dias in vitro. A homocistena inibiu essa enzima de forma competitiva com a acetilcolina como substrato. Tambm foi verificado que a homocistena reduziu significativamente as atividades da butirilcolinesterase e da Na+,K+-ATPase em soro e plaquetas de ratos de 29 dias, respectivamente. Nossos resultados tambm mostraram que a administrao aguda de homocistena diminuiu significativamente a atividade da butirilcolinesterase em soro de ratos de 29 dias. Adicionalmente, verificou-se que o pr-tratamento com as vitaminas E e C no alterou per se a atividade da butirilcolinesterase, mas preveniu a reduo da atividade dessa enzima causada pela administrao aguda de homocistena. Por fim, determinou-se que a administrao crnica desse aminocido diminuiu significativamente a atividade da butirilcolinesterase. Os resultados obtidos em nosso trabalho sugerem que a reduo das atividades da butirilcolinesterase e da Na+,K+-ATPase pode estar associada disfuno neurolgica presente em pacientes homocistinricos, uma vez que a determinao dessas enzimas em sistemas perifricos represente um marcador para a ao neurotxica da homocistena.
Resumo:
A cistinose uma desordem sistmica de estocagem autossmica recessiva hereditria rara, causada pelo transporte deficiente de cistina atravs da membrana lisossomal.. O acmulo excessivo de cistina dentro dos lisossomos leva destruio tecidual por mecanismos ainda no totalmente compreendidos. O acmulo de cistina no sistema nervoso central pode provocar sintomas neurolgicos tais como: convulses, tremores e retardo mental. A hipertriptofanemia uma desordem metablica rara, provavelmente causada por um bloqueio na converso do triptofano a quinurenina, acumulando triptofano e alguns de seus metablitos no plasma e tecidos dos pacientes. Os pacientes apresentam retardo mental leve a moderado com respostas afetivas exageradas, mudanas peridicas de humor, comportamento hipersexual, e ataxia, alm de eroses cutneas de hipersensibilidade e retardo no crescimento. A fenilcetonria um erro inato do metabolismo causado pela deficincia severa na atividade da enzima fenilalanina hidroxilase heptica que converte fenilalanina em tirosina. Esta doena bioquimicamente caracterizada pelo acmulo de fenilalanina e seus metablitos, fenilpiruvato, fenillactato, fenilacetato, feniletilamina e O-hidroxifenilacetato no sangue e outros tecidos. Pacientes no tratados podem apresentar severo retardo mental e psicomotor e, em alguns pacientes, irritabilidade, movimentos despropositados, reflexos diminudos dos tendes, convulses, formao deficiente de mielina e microcefalia. Apesar de haver um consenso sobre o papel da fenilalanina no dano cerebral, os mecanismos pelos quais a fenilalanina neurotxica parece serem mltiplos e ainda pouco conhecidos. Estas 3 doenas: fenilcetonria, hipertriptofanemia e cistinose so caracterizadas como Erros Inatos do Metabolismo. Os pacientes afetados por qualquer uma destas patologias apresentam uma caracterstica clnica comum: o dano cerebral. Considerando que o metabolismo energtico parece estar alterado nas trs doenas e que a piruvatoquinase uma enzima crucial para o metabolismo da glicose e liberao/armazenamento de energia para o crebro, decidimos estudar o efeito dos trs aminocidos acumulados nestas doenas (fenilalanina, triptofano e cistina) sobre a atividade desta enzima em crtex cerebral de ratos, j que a alterao da atividade dessa enzima poderia contribuir para o dano cerebral caracterstico nestes pacientes. Os estudos in vitro e in vivo mostraram que a o fenilalanina e o triptofano inibem a atividade da piruvtoquinase e que esta inibio pode pode ser prevenida por alanina. Quanto cistina, os estudos in vitro mostraram que este aminocido inibe a atividade da piruvatoquinase por dois mecanismos distintos, um dos quais parece envolver os grupos tilicos da enzima e que pode ser prevenido e revertido pela cisteamina. Os estudos cinticos sugeriram que a piruvatoquinase possui um stio de ligao para aminocidos (e talvez para alguns derivados de aminocidos, como o fenilpiruvato) regulando a atividade da enzima. Se a inibio da atividade da piruvatoquinase tambm ocorrer nos pacientes afetados pelas doenas estudadas, possvel que medidas tais como a suplementao diettica de alanina e de glicose para os pacientes com fenilcetonria e hipertriptofanemia e de cisteamina para os pacientes com cistinose, sejam benficas. Entretanto, mais estudos so necessrios antes de considerar o uso de tais medidas para os pacientes.
Resumo:
A utilizao de ingredientes fibrosos pode resultar efeitos deletrios sobre a energia metabolizvel (EM) e lquida (EL) da dieta para frangos que dependem do nvel, fonte e estrutura macromolecular da fibra. No presente trabalho foram desenvolvidos dois experimentos com frangos em crescimento, com os objetivos de avaliar os efeitos do nvel e fonte de fibra sobre a disponibilidade e partio da EM, testar diversas medidas da fibra em equaes de predio da concentrao diettica de EM e EL e avaliar e aperfeioar metodologias de estudo da partio metablica da energia. No experimento I, utilizando abate comparativo e regresso mltipla com frangos ISA em gaiolas individuais, foram observados efeitos significativos do nvel e fonte de fibra sobre a disponibilidade e eficincia de reteno da EM (K0). As melhores medidas isoladas do efeito da fibra foram a parede celular insolvel em gua e a fibra total da dieta, e as melhores equaes de predio obtidas para a EM e a EL contiveram combinaes de uma medida da quantidade de fibra, como as fibra bruta, detergente cido ou uma das citadas anteriormente, com as medidas de viscosidade e/ou de reteno de gua. No experimento II, utilizando calorimetria indireta e modelagem com frangos Ross alojados em grupo, foi demonstrado que o efeito do nvel de fibra sobre o K0 em dietas com baixa viscosidade pode estar relacionado com o aumento no efeito trmico do alimento (ETA) de curto prazo. A perda de calor total (61% dos 360 kcal EM/kg0,75 consumidos) e partida em metabolismo basal (52%), atividade fsica (19%) e ETA total (29%) e de longo prazo (16%), no foram alterados pelo nvel de fibra. O peso do trato gastrintestinal das aves aumentou com o aumento no nvel de fibra nos dois experimentos Foram obtidos coeficientes mdios para a EL de mantena de 97,5 e 115,2 kcal/kg0,75/dia, respectivamente para os experimentos I e II, e o K0 variou de 0,638 (alta fibra de trigo e far. soja) a 0,708 (controle milho e far. soja) no experimento I, e foi de 0,706 (dieta normal) e 0,714 (alta fibra) no experimento II.