98 resultados para Obesidade Fatores de risco


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A Sndrome do lcool Fetal (SAF) se refere a um conjunto de malformaes que podem estar presentes em crianas, filhas de mes que consumiram bebida alcolica durante a gestao. Esta sndrome apresenta um conjunto distinto de anomalias onde as mais freqentes so fissura palpebral estreita, lbio superior fino, filtro liso, restrio de crescimento e anomalias do sistema nervoso central. A exposio pr-natal ao lcool pode trazer srias conseqncias que permanecem a vida toda. Sua incidncia, nos Estados Unidos, chega a 1 em cada 100 nascimentos, mas esta estimativa varia de pas para pas devido a diferenas culturais, genticas e do mtodo de avaliao. O crebro o rgo mais vulnervel do corpo aos efeitos da exposio pr-natal ao lcool. O dano causado ao sistema nervoso central por tal exposio resulta em danos neurolgicos permanentes, incluindo anomalias de comportamento e atraso de desenvolvimento. A reduo no intelecto a manifestao comportamental mais comum observada do dano causado ao sistema nervoso central. Apesar disto, o dficit de comportamento social est se tornando uma seqela frequentemente encontrada em indivduos expostos. Recentemente, vrios estudos tm sugerido que crianas com SAF apresentam dificuldades emocionais e comportamentais que podem levar a uma srie de problemas secundrios. Este estudo tem como objetivo avaliar o consumo de lcool materno durante a gestao e verificar a presena de sinais relacionados SAF em adolescente e jovem adultos, de escolas pblicas, e comparar com uma amostra de indivduos institucionalizados. Tambm, analisar fatores de risco ambiental que possam estar relacionados com o comportamento antisocial observado nestes adolescentes. Cento e quarenta e cinco estudantes (controles) e 262 adolescentes da Fundao de Atendimento Scio-Edudativo - FASE (probandos) foram avaliados em relao a caractersticas maternas, histria familiar, consumo materno de lcool durante a gestao, exame fsico e teste de QI. Quase 40% dos controles e 49% dos probandos tiveram exposio pr-natal ao lcool. Todas as anlises estatsticas foram feitas comparando as variveis previamente citadas com a quantidade de ingesta materna de lcool durante a gestao: nenhuma, espordica e muita. Entre os estudantes, no encontramos diferenas significantes nas caractersticas gestacionais e de ambiente familiar quando comparadas entre os padres de consumo materno de lcool. No que diz respeito aos sinais fsicos da SAF, as seguintes medidas foram estatisticamente diferentes: permetro ceflico e fissura palpebral. Em relao aos adolescentes institucionalizados, diferenas foram encontradas entre as caractersticas de ambiente familiar: no amamentar mais comum entre as mulheres que bebem, bem como ter um membro da famlia condenado ou preso. A violncia domstica, criminalidade familiar, abuso infantil e alcoolismo familiar so as quatro variveis que predizem o uso de lcool durante a gestao. Quando comparamos ambos os grupos juntos como uma nica amostra constatou-se que algumas caractersticas do ambiente familiar eram muito importantes, como criminalidade familiar e abuso infantil; as medidas antropomtricas no foram diferiram entre expostos e no expostos, exceto pelo permetro ceflico. Estas particularidades do ambiente familiar esto influenciando o comportamento anti-social de modo a tornar os efeitos do consumo materno de lcool menos evidente entre os caracteres fsicos. Mesmo assim, todos os indivduos com sinais de SAF mostraram caractersticas similares: crescimento e desenvolvimento pobre, algumas dismorfias faciais e baixo escore no teste de QI.

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Fatores genticos e ambientais so apontados como fatores causais para explicar as diferenas no desenvolvimento de problemas de sade entre grupos tnicos. O conceito de raa/etnia definido, assim como as indicaes de seu uso. Diabetes melito (DM) como um estado de doena com uma marcada variabilidade tnico-racial utilizado como exemplo de anlise. Atravs de estudo transversal avaliou-se a prevalncia das complicaes vasculares em uma amostra de pacientes com DM tipo 2. Um total de 864 pacientes, incluindo 656 brancos, 104 mulatos e 104 pretos, classificados por auto-definio, foram avaliados atravs de protocolo padro para doena arterial coronariana (DAC), doena vascular perifrica (DVP), acidente vascular cerebral (AVC), retinopatia diabtica (RD), nefropatia diabtica (ND) e neuropatia diabtica sensrio-motora distal (NSMD). Pacientes brancos e mulatos eram mais velhos que os pacientes pretos (61,0 9,3 vs. 60,1 10,3 vs. 56,0 10,3 anos; P <0,001), embora o tempo de durao do DM fosse semelhante entre os grupos (14,8 8,2 vs. 14,2 6,7 vs. 13,3 7,0 anos; P = 0,169). Parmetros antropomtricos (ndice de massa corporal e medida da cintura), prevalncia de sndrome metablica, hipertenso arterial sistmica, nveis de hemoglobina glicada, tambm foram similares entre os grupos. Em relao s complicaes crnicas do DM, brancos, mulatos e pretos apresentaram-se com uma prevalncia similar de DVP, AVC e NSMD. Mulatos e pretos, quando comparados com brancos, apresentaram uma maior prevalncia de DAC (45,4% vs. 60,4% vs. 39,2% ; P=0,004). As prevalncias de microalbuminria (22,4%, 21,2 e 22,1%; P= 0,906) e macroalbuminuria (16,2%, 19,2% and 13,5%; P= 0,915) foram similares entre os grupos. Doena renal avanada (dilise) (9% vs. 8,7% vs. 18,3%; P=0,012) e RDP (21,5% vs. 15,4% vs. 34,6%; P=0,005) foram mais freqentes em pretos. Estas diferenas se mantiveram aps ajustes para possveis fatores de confuso. Concluindo, em pacientes com DM tipo 2 com o mesmo tipo de assistncia mdica, controle pressrico e metablico, foi observada uma prevalncia maior de DAC, RDP e doena renal avanada em pacientes pretos. Os mecanismos pelos quais estas diferenas ocorrem no so claros e componentes genticos e/ou ambientais devem ser melhor explorados. Entretanto, at que este melhor entendimento seja disponvel, uma abordagem mais agressiva na avaliao e manejo dos fatores de risco para as complicaes do DM nos indivduos pretos deve ser pensada.

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Base terica: Para pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais (IA2-IIA) e fatores de risco para recorrncia, a radioterapia ps-operatria diminui a incidncia de recorrncia local, embora sem impacto na sobrevida. Os fatores de risco incluem metstases em linfonodos, invaso do espao linfovascular, invaso com profundidade maior do que 10mm, invaso microscpica de paramtrios, histologia no-escamosa e margens cirrgicas comprometidas. Alm disso, essas pacientes possivelmente estejam sob risco de disseminao subclnica da doena, o que no seria afetado pela radioterapia direcionada pelve. Desta forma, esta reviso sistemtica foi realizada com o objetivo de avaliar as evidncias disponveis para a adio de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterpico de pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais com fatores de risco de mau prognstico. Objetivos: Avaliar a sobrevida, a sobrevida livre de progresso e as taxas de recorrncia do cncer de colo uterino em estdios iniciais (estdios IA2-IIA) com fatores de risco para recorrncia, tratado com quimioterapia e radioterapia adjuvantes versus apenas radioterapia adjuvante. Estratgias de busca: Foram realizadas buscas no Cochrane Gynaecological Cancer Group Trials Register (busca realizada em dezembro de 2004), CENTRAL (a partir de 1993), MEDLINE (a partir de 1966), EMBASE (a partir de 1980), LILACS (a partir de 1982), Biological Abstracts (a partir de 1990), CINHAL (a partir de 1984), SciSearch (a partir de 1991) e Cancerlit (a partir de 1963). Tambm foram realizadas buscas em resumos de congressos. Critrios de seleo: Foram includos todos os ensaios clnicos randomizados controlados comparando quimioterapia e radioterapia adjuvantes (grupo interveno) com radioterapia adjuvante apenas (grupo controle) no tratamento do cncer de colo uterino em estdio inicial. Extrao dos dados e anlise: Dois revisores avaliaram de maneira independente os critrios de elegibilidade e de qualidade de cada estudo e extraram os dados. Resultados: Dois estudos randomizados preencheram os critrios de seleo, incluindo um total de 314 pacientes. As pacientes apresentaram diminuio significativa no risco de morte em 48 meses (hazard ratio 0,43, intervalo de confiana IC 95% 0,25 0,76), o que representou uma reduo de 57% no risco de morte e um benefcio absoluto de 17%. Em 48 meses, o risco para sobrevida livre de progresso foi estimado em 0,45 (IC 95% 0,28 - 0,74), o que representa uma reduo de 55% na razo de chances de progresso da doena e um benefcio absoluto de 17%. A recorrncia local em 48 meses foi menor no grupo da interveno (hazard ratio 0,50; IC 95% 0,26 0,98). O risco de recorrncia distncia no foi diferente entre os dois grupos de tratamento (hazard ratio 0,74; IC 95% 0,36 1,52). A recorrncia global favoreceu o grupo de interveno, com razo de chances (RC) de 0,54 (IC 95% 0,33 0,90) em 48 meses. A razo de chances para toxicidade grau 3 foi maior no grupo que recebeu quimioterapia (RC 5,19; IC 95% 2,90 9,29), da mesma forma que a razo de chances para toxicidade grau 4 (RC 4,62; IC 95% 1,96 - 10,86). No foram encontrados dados a respeito de qualidade de vida nos estudos avaliados. Concluso dos revisores: Nesta reviso sistemtica, as evidncias sugerem haver benefcio clnico com a adio de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterpico de pacientes com cncer de colo uterino em estdios iniciais e fatores de risco para recorrncia. No entanto, as evidncias so limitadas devido ao pequeno nmero de pacientes includas nos estudos e ao curto perodo de seguimento. H a necessidade de novos ensaios clnicos randomizados nesta rea, com um maior nmero de pacientes, para que os desfechos possam ser adequadamente avaliados.

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Introduo: A hipertenso fator de risco importante para doenas cardiovasculares, mas o controle da presso arterial insatisfatrio. Um dos motivos para o controle inadequado a fraca adeso entre os pacientes que recebem antihipertensivos, parcialmente explicada pela ocorrncia de eventos adversos. A incidncia de eventos adversos chega a 28% em ensaios clnicos, mas a real magnitude do problema na prtica assistencial pouco conhecida. Mtodos: Realizou-se um estudo de coorte prospectivamente planejado, acompanhada de 1989 a 2000, no ambulatrio de hipertenso arterial do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (Diviso de Cardiologia e Farmacologia Clnica do HCPA). Os objetivos foram, determinar a incidncia de eventos adversos (EA) relacionadas terapia anti-hipertensiva, referidos por pacientes hipertensos, descrever os EA mais freqentes e os fatores de risco para ocorrncia de EA. Em cada consulta, os pacientes eram indagados sobre a presena de evento adverso e, no caso de resposta positiva, era aplicada uma lista dirigida a eventos adversos especficos. Resultados: De 1957 pacientes da coorte, 1508 preencheram os critrios de incluso e foram seguidos por 12,3 12,2 meses (mediana, 10 meses), resultando em 18548 pacientes/ms. Entre todos os pacientes includos, 534 (35,4%) apresentaram pelo menos uma queixa de evento adverso durante o acompanhamento, resultando em 28,8 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 26,4 a 31,3). Entre os pacientes em tratamento farmacolgico (1366), a incidncia foi de 31,3 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 28,6 a 33,9) e, entre aqueles em uso de monoterapia, de 29,6 pacientes com EA /1000 pacientes / ms ( IC 95% 22,3 a 36,9). Os pacientes em uso de mais de um anti-hipertensivo apresentaram risco relativo bruto para eventos adversos de 2,10 (IC 95% 1,67 a 2,63). Houve associao entre a classe do anti-hipertensivo usado em monoterapia e a ocorrncia de eventos adversos em algum momento do seguimento (P < 0,001), os quais foram mais freqentes com bloqueadores dos canais de clcio comparados aos tiazdicos e betabloqueadores. Entre as queixas especficas, tontura (P = 0,007), cefalia (P = 0,003) e problemas sexuais (P= 0,045) foram mais freqentes no primeiro grupo. Concluses: O presente estudo descreveu a incidncia de eventos adversos em uma coorte de pacientes hipertensos de um ambulatrio especializado, confirmando dados de estudos observacionais e ensaios clnicos que indicam que estes so problemas freqentes. O uso de mais de um anti-hipertensivo aumenta significativamente o risco de eventos adversos e, entre as classes de antihipertensivos usados em monoterapia, os tiazdicos mostram-se os mais seguros.

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O presente estudo insere-se no programa interdisciplinar Evoluo e diferenciao da agricultura, transformao do meio natural e desenvolvimento sustentvel em espaos rurais do sul do Brasil. Nele a rea da sade, aborda as interfaces entre a sade pblica e a antropologia sobre as desigualdades sociais no meio rural e prioriza os segmentos mais fragilizados da populao. Tem como objetivo conhecer a situao nutricional e o contexto de vida do universo de crianas menores de cinco anos do meio rural de Arambar/RS, atravs de um estudo epidemiolgico do tipo seccional. Os dados referentes ao contexto de vida, foram coletados por intermdio de um formulrio semi-estruturado e analisados via estatstica descritiva no software Epi-info 6.04. A avaliao antropomtrica foi realizada com base em ndices antropomtricos (Peso/Idade, Peso/Estatura, Estatura/Idade) expressos em escore Z, como populao de referncia a do NCHS e analisados atravs do programa EPINUT. Os resultados mostram que a pobreza rural marcante no contexto estudado e a agricultura de subsistncia pouco expressiva. Constatase a dificuldade de acesso da populao rural aos servios de sade. No que se refere alimentao, identifica-se introduo alimentar precoce e a adoo de padres/modelos alimentares tidos como urbanos; o aleitamento materno exclusivo pouco praticado. Em relao nutrio, os problemas de dficit confirmam uma realidade comum a contextos rurais, e o excesso de peso, pouco explorado nestes locais, tem prevalncia um pouco acima do esperado para populao considerada saudvel. Algumas associaes estatsticas so observadas entre o excesso de peso e a no realizao do aleitamento materno; no caso da desnutrio crnica, esta teria relao com a baixa escolaridade materna e com o peso da criana ao nascer. Evidencia-se que a complexidade que envolve os problemas nutricionais dificulta a construo de modelos causais, baseados em fatores de risco pr-estabelecidos; h diferentes graus de vulnerabilidade ao adoecimento, modulados pelas lgicas internas e pelo protagonismo social, como visto na distribuio dos problemas nutricionais dentro da heterogeneidade social presente no municpio. O estudo desvela a necessidade de se repensar a ateno social, econmica e de sade para a populao rural. Acredita-se que essas e outras informaes produzidas por este estudo, podero influenciar polticas pblicas locais direcionadas s crianas e s suas famlia.

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O presente estudo visou a investigar a percepo de adolescentes em situao de rua, de profissionais de sade e educadores acerca da condio de sade dos primeiros. A pesquisa foi realizada em duas instituies destinadas a crianas e adolescentes em situao de rua (servio de atendimento sade e abrigo diurno) e teve como participantes doze adolescentes, cinco profissionais de sade e quatro educadoras. Dois estudos foram delineados para analisar as concepes de sade e doena de cada grupo de participantes, a sua percepo acerca da influncia da rua sobre a sade dos adolescentes, as principais doenas enfrentadas, as estratgias utilizadas para cuidar da sade e a rede de apoio. Os resultados sugerem que necessria uma anlise dinmica entre os diversos fatores de risco e proteo relacionados ao contexto, s caractersticas individuais dos adolescentes e rede de apoio existente. Entre os fatores de risco, destacam-se: as condies inadequadas de vida (falta de proteo s variaes ambientais, condies inadequadas de higiene etc.), o uso de drogas e a violncia. J os fatores de proteo citados foram: a busca da rua como uma "estratgia saudvel" diante do ambiente familiar violento, a existncia de uma rede de assistncia a essa populao, assim como da resistncia criada pelos adolescentes ao contgio de algumas doenas. A anlise do binmio risco/proteo permite uma viso mais realstica da influncia da situao de rua sobre a sade e, ainda, a superao de uma viso de sade e doena como uma questo esttica, a-histrica e unidimensional. Por fim, ressalta-se a validade da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano e da sua relao com os enfoques da Resilincia e da Psicologia Positiva para o estudo do desenvolvimento humano em contexto, assim como dos processos desenvolvimentais relacionados formao de comportamentos saudveis, mesmo diante das situaes adversas oferecidas pelo contexto da rua.

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A tuberculose resistente a mltiplos frmacos (TB MDR) definida como uma forma de tuberculose (TB) causada por Mycobacterium tuberculosis resistente a pelo menos isoniazida e rifampicina. A TB MDR um problema mundial crescente resultante da no adeso dos pacientes ao tratamento e pelo gerenciamento ineficaz da doena pelos sistemas de sade. Este estudo foi realizado com o objetivo de identificar os fatores de risco e os padres de transmisso da TB MDR no Estado do Rio Grande do Sul, comparando os resultados obtidos com aqueles casos de TB suscetveis aos frmacos. Durante os anos de 1999 e 2000 foram identificados 60 isolados MDR no Laboratrio Central do RS (LACEN) e 202 isolados suscetveis aos frmacos anti-TB. Estes isolados foram analisados utilizando a tcnica de Polimorfismo do Tamanho dos Fragmentos de Restrio (RFLP) baseado no IS6110. Os dados clnicos e demogrficos dos pacientes portadores destas linhagens tambm foram analisados. Nos isolados que apresentaram seis ou menos cpias de IS6110 foi realizada uma segunda tcnica de genotipagem, o Spoligotyping. Os pacientes portadores de linhagens de M. tuberculosis com padres idnticos foram considerados clusters. Foi observado que entre os 262 isolados, 94 (36%) pertenciam a 20 distintos clusters, e aps a anlise por Spoligotyping, 89 destes isolados (34%) permaneceram em cluster. Os isolados MDR no diferiram estatisticamente dos isolados suscetveis na proporo de formao de cluster. Foi observada associao significante entre a ocorrncia de TB MDR e tratamento prvio (p < 0,001) e falncia no tratamento (p < 0,001). No entanto, os pacientes HIV positivos foram associados com TB suscetvel (p = 0,024). Tambm foi identificado que pacientes no casados desenvolveram mais TB devida transmisso recente (p < 0,005). A introduo da terapia supervisionada de curta durao (DOTS) no RS ser importante, pois auxiliar na diminuio das taxas de falncia e abandono de tratamento, evitando o desenvolvimento de novas linhagens MDR.

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A retinopatia e a nefropatia esto entre as mais prevalentes e incapacitantes complicaes secundrias a dano microvascular no diabete melito. A gravidade da hiperglicemia e a presena de hipertenso arterial sistmica esto entre os principais fatores de risco para essas complicaes. A monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA) permitiu uma melhor compreenso dos padres de variao da presso arterial em pacientes diabticos. Vem se acumulando evidncias de que pacientes com diabetes podem apresentar padres alterados da homeostase pressrica durante as 24h. Mesmo pequenas alteraes da homeostase pressrica podem estar implicadas no aumento de risco de complicaes microvasculares, incluindo pacientes considerados normotensos na avaliao da presso arterial por aferio em consultrio. Essas alteraes pressricas associadas hiperglicemia, podem produzir perda da auto-regulao dos vasos retinianos, acelerando ou agravando a retinopatia diabtica. Provavelmente a MAPA poder se tornar um instrumento de avaliao clnica til em pacientes diabticos normotensos, auxiliando no processo de identificao precoce de pacientes em risco de desenvolvimento de complicaes microangiopticas. O objetivo desse artigo fornecer uma reviso atualizada e orientada para a clnica sobre homeostase pressrica e diabetes.