68 resultados para Células Adesão - Teses


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A mielopoiese depende do estroma mielossuportivo tanto no que diz respeito a produo de fatores de crescimento como de proteoglicanos de heparan-sulfato. O ambiente intercelular formado entre células do estroma e células progenitoras mielides possui caractersticas cidas, conferidas por molculas carregadas negativamente e sensveis a sialidase. Gangliosdios, glicoesfingolipdios contendo pelo menos uma molcula de cido silico, tm sido relacionados modulao de fatores de crescimento e diferenciao de células hematopoiticas. Neste trabalho, estudamos a produo, a distribuio e o papel dos gangliosdios em um modelo experimental in vitro de mielopoiese dependente do estroma derivado de fgado fetal murino AFT-024. Utilizamos como sistema de resposta para o monitoramento da disponibilidade e atividade local de GM-CSF a linhagem celular precursora mielide FDC-P1, a qual dependente de GM-CSF para sua sobrevivncia e proliferao. O GM3 foi o principal gangliosdio produzido pelo estroma, mas no pelas células mielides, sendo requerido para que a funo mielossuoprtiva do estroma seja tima. Este gangliosdio foi liberado para o sobrenadante de cultura das células AFT-024 e seletivamente incorporado pelas células progenitoras mielides, onde foi segregado em rafts e colocalizou-se com a cadeia do receptor de GM-CSF. Alm disso, o gangliosdio GM3 foi encontrado na frao insolvel de células AFT-024 tratadas com Triton X-100 a 4C, estando presente tambm nas fraes menos densas do fracionamento em gradiente de sacarose, indicando sua presena em rafts. O GM3 captado pelas células FDC-P1 foi metabolizado, gerando gangliosdios das sries a e b, da mesma forma que o GM3 endgeno. Nestas células, o GM1 o principal gangliosdio, tambm sendo encontrado na interface entre estroma e células mielides, mas com colocalizao apenas parcial com a cadeia do receptor de GM-CSF. As imagens de imunocitoqumica ainda revelaram que o GM1 no apresenta colocalizao significante com a cadeia do receptor de GM-CSF, com o gangliosdio GM3, ou com CD44. Em um outro grupo de experimentos, analisamos o perfil de sntese e shedding de gangliosdios em um estroma derivado de medula ssea, a linhagem celular S17; na linhagem celular GRX, derivada de células estreladas hepticas isoladas de reao fibro-granulomatosa inflamatria; e em cultivos primrios de fibroblasto de pele murinos. Alm disso, comparamos a habilidade destes estromas para sustentar a sobrevivncia e a proliferao das células precursoras mielides. A concentrao de cido silico reflete a capacidade mielossuportiva dos estromas. Embora os diferentes estromas sintetizem os mesmos gangliosdios, existem diferenas no contedo relativo de cada gangliosdio. Aparentemente, o GM3 o principal gangliosdio envolvido na modulao da atividade dos fatores de crescimento. O shedding foi similar ao perfil de sntese de gangliosdios, mas a atividade mielossuportiva dos sobrenadantes foi diferente entre os tipos celulares e em relao a sustentao por contato. No entanto, a proliferao das células FDC-P1 diminuiu em todos os sobrenadantes obtidos de células estromais em que a sntese de gangliosdios foi inibida e onde o gangliosdio GM3 foi neutralizado pelo anticorpo monoclonal anti-GM3. As diferenas encontradas na capacidade de sustentao da proliferao de células progenitoras mielides por fator de crescimento solvel ou apresentado podem estar relacionadas a diferenas na concentrao de gangliosdios inseridos na membrana plasmtica ou liberados para o meio de cultura. Sendo assim propomos que as células do estroma mielossuportivo produzem e secretam os fatores de crescimento necessrios e seus cofatores, tais como proteoglicanos de heparan-sulfato. O estroma tambm fornece gangliosdios, os quais so transferidos do estroma para as célulasalvo, onde geram domnios de membrana especficos contendo complexos macromoleculares que incluem os receptores para fatores de crescimento.

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Biofilmes bacterianos na indstria de alimentos freqentemente so prejudiciais, uma vez que podem abrigar patgenos e deteriorantes que contaminam os produtos. Este trabalho se props a avaliar e correlacionar o papel dos fatores de adesão e da hidrofobicidade na formao de biofilmes em diversos materiais. Leite in natura foi aliquotado em tubos contendo corpos de prova constitudos de vidro, polipropileno, ao inoxidvel e pano de algodo e incubados em 10 C e 25 C. Aps 2 h, 5 h e 8 h de contato, as células no aderidas foram removidas da superfcie dos materiais, e as aderidas contadas em PCA. Foram isolados e identificados microrganismos dos biofilmes, sendo verificada a produo de cpsula (colorao com vermelho congo), fmbria (hemaglutinao em placa), hemolisinas (gar sangue) e proteases (gar leite). As hidrofobicidades celular e dos materiais foram determinadas pelos testes de agregao com sulfato de amnio e do ngulo do raio da gota sssil, respectivamente. Verificou-se a adesão de consrcios formados por E. coli, S. aureus e B. cereus. Os 103 isolados obtidos pertencem, principalmente, a espcies da famlia Enterobacteriaceae (46) e do gnero Staphylococcus (45). Na produo de fatores de virulncia, 50,4% dos isolados produziram cpsula, 48,5% produziram fmbria, 55,3% hemolisina e 20,3% proteases. Dos microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, 86,6% e 84,4% foram positivos para o teste de hidrofobicidade, respectivamente. O ao inoxidvel foi o material mais hidrofbico testado, seguido por polipropileno e vidro. A temperatura de 25 C e o polipropileno foram os maiores favorecedores de adesão dos consrcios bacterianos.

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Desde o incio da histria taxonmica de Relbunium, muitos foram os trabalhos que enfatizaram sua autonomia e posio taxonmica. Atualmente, alguns estudos sugerem que as espcies pertencentes a Relbunium devam ser includas em uma seo do gnero Galium. Porm, recentes estudos moleculares na tribo Rubieae, destacam Galium como um grupo parafiltico, e Relbunium como um gnero independente e monofiltico. O problema taxonmico referente a Galium e Relbunium de difcil soluo, devido ausncia de estudos que integrem caracteres morfolgicos, ecolgicos e moleculares. No presente trabalho objetivou-se adicionar informaes para o conhecimento bsico das espcies de Relbunium e Galium para o sul do Brasil, a partir de caracteres morfolgicos e moleculares, buscando responder a seguinte questo: Relbunium pode ser considerado um gnero ou apenas uma seo dentro de Galium?. Para atingir os objetivos, foi analisada a morfologia das espcies, com nfase nas folhas, flores e frutos para duas espcies de Galium e treze de Relbunium: G. latoramosum, G. uruguayense, R. equisetoides, R. gracillimum, R. hirtum, R. humile, R. humilioides, R. hypocarpium, R. longipedunculatum, R. mazocarpum, R. megapotamicum, R. nigro-ramosum, R. ostenianum, R. richardianum e R. valantioides. Chaves de identificao foram geradas a partir dos resultados das anlises morfolgicas. As folhas foram analisadas quanto forma, pice, padro de venao, tricomas, estmatos, distribuio de idioblastos secretores e vascularizao do hidatdio. Esses caracteres no evidenciaram a separao entre os gneros, auxiliando apenas na individualizao das espcies. A morfologia das flores e frutos auxiliou na diferenciao dos gneros e espcies estudadas. As flores so comumente bispricas, a exceo de G. latoramosum. Brcteas involucrais, ausentes em Galium, esto presentes nas espcies de Relbunium, de duas a quatro; nesse gnero h presena de antopdio, ausente em Galium. A corola possui tricomas glandulares unicelulares na face adaxial, e na face abaxial os tricomas, quando presentes, so simples e idioblastos secretores esto presentes apenas em R. gracillimum. O androceu tem quatro estames alterniptalos e exsertos, com anteras dorsifixas e tetrasporangiadas, de deiscncia longitudinal. O ovrio nfero, bicarpelar, bilocular, com um rudimento seminal antropo e unitegumentado por lculo. O desenvolvimento dos frutos, a estrutura do pericarpo e da testa foram descritos. Os frutos so do tipo baga, em R. gracillimum e R. hypocarpium, ou esquizocarpo, nas demais espcies. A consistncia do pericarpo pode variar de carnosa, nos frutos do tipo baga, a levemente seca, nos frutos esquizocarpos. Entre as espcies, observou-se uma variao com relao ao exocarpo, que pode ser liso, piloso ou com idioblastos secretores. A testa constituda por apenas uma camada de células, que em R. hypocarpium mostra-se descontnua. Alm das descries morfolgicas, foram realizados estudos moleculares das espcies, atravs do seqenciamento de fragmentos do DNA nuclear (ITS) e plastidial (trnL-F). A partir dos resultados obtidos formam elaborados cladogramas com base nos dados morfolgicos e moleculares. O cladograma construdo a partir dos dados morfolgicos (vegetativos e reprodutivos) evidenciou a distino dos dois gneros, ou seja, sustenta Relbunium como txon independente. Nesse cladograma observa-se que a VI presena ou ausncia de brcteas foi determinante, e proporcionou a separao dos gneros. A uniformidade dos caracteres morfolgicos vegetativos entre as espcies auxiliou apenas na distino das espcies de Relbunium. Com relao aos dados moleculares, os fragmentos de DNA utilizados mostraram-se pouco informativos. A anlise do fragmento ITS, em especial, contribuiu para confirmao da relao entre algumas espcies (R. hirtum e R. ostenianum, e R. humile e R. mazocarpum). A anlise combinada dos dados morfolgicos e moleculares no caracterizou Relbunium como um clado monofiltico, sendo sua manuteno no sustentada, isso, principalmente, devido falta de diferenas moleculares entre as espcies. Conclui-se que para o grupo em questo as anlises morfolgicas, das folhas, flores e frutos, foram suficientes para destacar Relbunium como um gnero autnomo e monofiltico na tribo Rubieae.