51 resultados para Mulheres - Casamento


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Essa dissertação é um estudo antropológico sobre a recriação da identidade étnica através das festas de casamento e das dinâmicas familiares promovidas pelas famílias de origem palestina residentes nas cidades de Porto Alegre e Canoas localizadas no Estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, enfatizo essa análise em dois aspectos da vida social: as dinâmicas familiares e as festas de casamento. A partir desses dois enfoques é possível entender o que é a tradição e os costumes tidos como árabes. Ao apontar o que entendo como uma construção cultural própria dessas famílias, sugiro que o sentido é uma construção particular que só pode ser entendido de acordo com o contexto de relações no qual é fabricado. Dessa forma, não sugiro que haja uma cultura comum a todos os palestinos, mas sim jogos identitários que os definem e, nesse caso, os distinguem dos brasileiros.

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Esta Tese se propôs descrever o Cotidiano de um galpão de separação de resíduos sólidos urbanos, apresentando as ações e as relações entre os sujeitos, compreendidas como atitudes de Cuidado. A investigação foi desenvolvida em uma perspectiva qualitativa, descrevendo como o grupo investigado estabelece em seu interior relações sociais, relações de trabalho e relações de gênero. A descrição do Cotidiano do Galpão Rubem Berta mostrou como este grupo se organiza, mostrou como se manifestam as atitudes de Cuidado entre as mulheres e de que modo esta dimensão pode ser percebida na atividade que realizam. Como resultado, foi possível afirmar que a Educação Popular é uma interface do universo do Galpão, um espaço mediador de aprendizagens e de construção de saberes, sistematizados a partir da convivência e visibilizados nas relações e nas ações das mulheres recicladoras. Para fundamentar teoricamente esta Tese, recorri às contribuições de Michel Maffesoli, Georg Simmel, Martin Heidegger, Carlos Rodrigues Brandão, dentre outros autores, que favoreceram a compreensão desse grupo desde uma perspectiva que valoriza a efervescência e a vitalidade nas relações sociais. Trata-se, portanto, de uma abordagem teórica que se aproxima e se reconcilia com a vida, tendo-a como uma obra de arte em criação permanente.

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O presente estudo teve como objetivo analisar como os casais coabitantes e os não coabitantes passam pela transição para o casamento, desde o semestre anterior, até o final do primeiro ano após o casamento. Participaram quatro casais adultos, residentes em Porto Alegre, com idades entre 25 e 32 anos, sendo que dois eram coabitantes e dois não coabitantes antes do casamento. Trata-se de uma pesquisa com delineamento de estudo de caso coletivo que abrangeu, para cada caso, quatro etapas: o último semestre antes do casamento e o primeiro, o sexto e o décimo segundo mês de casamento. As entrevistas com os participantes foram analisadas através de análise de conteúdo qualitativa, a qual gerou algumas categorias que foram agrupadas em três eixos temáticos: a individualidade e a conjugalidade, a avaliação da própria relação e da cerimônia de casamento; e a relação com a família de origem. Os resultados revelaram que há uma tendência à polarização e à estabilidade no que se refere à administração da individualidade e da conjugalidade e à relação com as famílias de origem Para estes temas, não se constatou diferença entre os casais coabitantes e os não coabitantes. No que se referiu à avaliação da própria relação e à cerimônia de casamento, perceberam-se algumas diferenças entre os coabitantes e os não coabitantes: os casais coabitantes mencionaram que a coabitação auxiliou a preparação para o casamento e relacionaram o mesmo à aprovação social e familiar e à potencial transição para a parentalidade. Nos casais não coabitantes, houve uma modificação, em termos longitudinais, nos conceitos acerca de um bom e de um mau casamento, à medida que vivenciavam, pela primeira vez, o casamento. Os achados deste estudo corroboram o entendimento de que há um ciclo de vida da família e do casal, que se coadunam ao entendimento sistêmico de tendência à homeostase e à transformação, sendo importante identificar como cada casal se situa nesta etapa de transição do ciclo de vida. Discute-se ainda a coabitação como possível estágio da relação conjugal e do ciclo de vida dos casais.