75 resultados para Língua japonesa Análise do discurso


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Nesta Dissertao, problematizo a poltica de subjetividade da infncia na atualidade, a partir da análise do discurso especializado ratificado no programa Dirio de um beb veiculado pela Rede Brasil Sul de Telecomunicaes, entre janeiro de 1999 e janeiro de 2000. Para tal empreendimento, fiz uso de ferramentas analticas da produo de Michel Foucault, as quais possibilitaram que eu procedesse analtica do discurso especializado como prtica que produz, corporifica, significa, objetiva e subjetiva os sujeitos de que fala. Descrevi a maneira pela qual a materialidade discursiva do programa monta um determinado tipo de subjetividade infantil atravs de objetivaes especficas e normalizadoras. Tais objetivaes procedem ao governo da infncia, mas no apontam para uma subjetividade infantil reprimida, verdadeira, natural ou definitiva. Demonstrei como os mais diversos sujeitos adultos so instados a garantirem a sobrevivncia, a conservao e a evoluo dos infantis por meio de atividades cotidianas, num convvio pontual e condutor. Essas prescries conduzem as aes adultas na relao com os infantis, embora em meio a formas de saber e foras de poder instveis e no ditatoriais. Indiquei, assim, um campo de possibilidades que o mecanismo de governo Dirio de um beb articula na constituio da subjetividade infantil no tempo presente. Os procedimentos analticos possibilitaram-me finalizar este investimento de forma a apontar que o governo da infncia est imerso em relaes de liberdade e resistncia. Tais relaes instigam possibilidades de deslocamento das formas de ser sujeito infantil, abrindo perspectivas para a incitao de novas formas de subjetividade.

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Esta Tese realiza uma leitura sobre a produo das identidades de gnero, de gerao e de etnias nos livros didticos de Geografia, do ensino fundamental. Ela se inscreve no terreno das discusses que examinam as relaes entre poder e produo de significados, ancorada em ferramentas tericas fornecidas pela vertente ps-estruturalista dos Estudos Culturais. A investigao pretende demonstrar que as invenes identitrias so engendradas atravs de discursos, que produzem significados por meio de diversos referentes: origem, sexo, idade, cor da pele, configurao geogrfica. A problematizao e a discusso desenvolvida durante a pesquisa permitiram evidenciar que h uma regularidade na maneira de produzir as identidades. Tambm demonstram que as identidades so posicionadas com significados fixos, cristalizados e universais, predominando uma homogeneizao de sentido. As diferenas entre as identidades so produzidas em diversas dimenses e constantemente alteradas, mas sempre seguindo uma poltica interessada em permitir que sejam posicionadas como distintas. Pelas diferenas, as identidades so definidas e classificadas, autorizando e legitimando uma hierarquia territorial binria entre elas. Entre uma srie de relaes traadas a partir dessa leitura, argumenta-se que essa produo identitria uma continuidade do projeto da Modernidade e do processo civilizatrio ocidental, nos quais a diferena vista com estranhamento, sendo inferiorizada. Esta pesquisa estabelece os seguintes focos para análise: Uma diviso do mundo examino como os discursos dos livros didticos de Geografia fabricam o territrio como uma matriz, para a partir da estabelecer as identidades. Procuro demonstrar como os discursos constroem essa matriz bipolar desenvolvida e subdesenvolvida diante de tantas diversidades histricas, socioeconmicas, culturais, tnicas, etc. e conseguem erguer fronteiras impenetrveis, que funcionam para conformar as identidades em dois territrios, anulando outras possibilidades; Gnero a reafirmao da polaridade descrevo e problematizo o funcionamento dos discursos que procuram produzir identidades distintas entre homens e mulheres por meio de uma sexualizao dos espaos domstico e do mercado de trabalho. Essa separao espacial captura homens e mulheres em territrios opostos, disponibilizando uma hierarquia socioeconmica entre eles; Geraes aprisionadas em etapas da vida centro o foco analtico na constituio das identidades das crianas e dos/as idosos/as por meio das idades da vida, para dar sustentao a uma racionalidade capitalista-moderna. Tambm mostro que o rompimento das definies etrias dessa 14 lgica implica numa poltica identitria que os inventa como diferentes; Etnia a naturalizao das diferenas mostro a forma como os discursos dos livros didticos de Geografia acionam estratgias estruturadas por meio de um esquema epidrmico e da configurao geogrfica para produzir, posicionar as identidades tnicas e captur-las para territrios: ocidentais e Outros. Tambm comento que a movimentao de algumas identidades tnicas para outros

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A presente tese, A Produo da Anormalidade Surda nos Discursos da Educao Especial, insere-se no terreno das discusses que pretendem examinar as relaes entre normalidade/anormalidade e poder/saber. Tendo como foco principal a Poltica Nacional de Educao Especial (PNEE), ela aponta para as formas como um dispositivo pedaggico torna possvel a produo de um aparato de verdades que, ao dizer coisas sobre os sujeitos deficientes e ao definir modelos para conduzir a ao pedaggica a eles dirigida, operam na constituio de subjetividades anormais. Tal empreendimento analtico foi constitudo a partir de um conjunto de ferramentas extradas do campo dos Estudos Culturais, principalmente aqueles que esto prximos a uma perspectiva ps-estruturalista; entre elas, destaco as noes foucaultianas de poder disciplinar, biopoder e normalizao. Tais ferramentas possibilitaram-me operar sobre as formas como os discursos institudos pelas prticas da Educao Especial colocam em funcionamento estratgias de normalizao para os sujeitos surdos. Mostrei, por meio da análise desses discursos, como os surdos so constitudos como sujeitos patolgicos e como se incide sobre eles uma teraputica que capaz de acionar mecanismos de correo, exame e vigilncia, uma vez que analisam, decompem e classificam esses sujeitos e estabelecem sobre eles a partilha entre normalidade e anormalidade. Tambm problematizei a norma como uma estratgia de gerenciamento do risco social. Fao isso por meio da análise dos discursos das polticas de incluso voltadas para os sujeitos surdos. Evidencio, ao final, a pedagogia da diversidade como uma estratgia normalizadora que, ao enaltecer as diferenas, captura-as a partir de uma norma transparente, colocando em funcionamento uma operao de apagamento das diferenas.

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A noo de poltica construda pelos jornais Zero Hora e Folha de So Paulo nos seus editoriais a questo que este trabalho se prope analisar, utilizando como caminho metodolgico a análise de discurso. Durante a leitura destes editoriais, pode-se perceber a freqncia de quatro assuntos principais, ligados principalmente conjuntura de sucesso presidencial que ento se aproximava. O primeiro deles a prpria questo da sucesso presidencial e a construo deste processo pelos editoriais. O segundo assunto diz respeito economia. Segue-se a isso a democracia e, por fim, a segurana pblica. Ao dissertar sobre cada um destes pontos, buscou-se a deteco dos agentes presentes no tratamento dispensado ao tema. A partir da, ocorreu a busca do posicionamento de cada um dos veculos e a análise de sua posio. Esta análise levou em considerao a feio prpria do texto do editorial, como espao de expresso das opinies da empresa responsvel pelo jornal.

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Esta pesquisa avalia o nvel de satisfao dos usurios e trabalhadores da sade no Centro de Sade Modelo do Municpio de Porto Alegre. Baseia-se no modelo de avaliao em sade de Avdis Donabedian, aplicado s condies, contexto e limitaes de um estudo de posto de sade. Responderam s entrevistas 9 trabalhadores e 9 usurios. As mesmas serviram como base para a elaborao de um instrumento de coleta de dados quantitativo; alm disso foi feita análise do discurso dessas entrevistas. Para os questionrios, foi utilizado uma escala tipo Likert, com respostas de 1 a 5, correspondendo aos nveis de satisfao: muito insatisfatrio, insatisfatrio, indiferente, satisfatrio e muito satisfatrio. As questes abrangem aspectos relativos s dimenses de estrutura, processo e resultado. Foi elaborado um questionrio com questes que avaliam o nvel de satisfao dos usurios quanto ao servio do Centro de Sade Modelo, e outro, que, alm destas questes, com a finalidade de avaliar a percepo dos trabalhadores da sade quanto ao servio que eles produzem, agrega questes referentes avaliao do nvel de satisfao dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho. Os resultados evidenciam que o nvel de satisfao tanto dos usurios quanto dos trabalhadores do Centro de Sade Modelo de Porto Alegre satisfatrio, sendo que os resultados foram bem positivos em praticamente todos os atributos pesquisados. A análise das variveis permite identificar diversas questes a serem melhoradas, bem como, sugere um aprofundamento das questes mais polmicas.

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O texto prope uma análise sobre o modo como descrita a temtica racial nos Parmetros Curriculares Nacionais (PCNs), bem como examinar como esses discursos subjetivam professores e alunos. Para esta análise, vou me deter nos PCNs de 1 a 4 srie, enquanto documentos norteadores da educao nacional. A escolha das temticas e a forma como estas so abordadas no documento constituem um campo frtil de produo e disseminao de conceitos. Problematizo como a questo racial constituda no e pelo discurso dos PCNs, assim como os efeitos que esse discurso produz, entre os quais a sustentao do "mito da democracia racial". Detenho-me no exame dos volumes da Introduo, da Apresentao dos Temas Transversais e tica, das reas de Histria e Geografia e dos Temas Transversais de Pluralidade Cultural e Orientao Sexual. Uso alguns conceitos-chave do arsenal foucaultiano, os quais me possibilitam um pensar diferente a analtica da questo racial.

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O presente trabalho de pesquisa investiga a diferena na instituio escolar, utilizando como principal referencial terico o pensamento de Foucault. Procura-se problematizar os discursos e as prticas normatizadoras/normalizadoras em relao diferena na instituio escolar, investigando as relaes de semelhana e coincidncia entre as categorias diferena-deficincia. Considerando que o conceito diferena designa uma problematizao na dicotomia normalidade/anormalidade, proposta, inicialmente, uma breve retomada da histria dos fenmenos que marcaram a aproximao entre relaes sociais e anormalidade, suas descontinuidades e rupturas. Alm disso, apresenta-se uma sucinta análise etimolgica e conceitual das categorias norma/normal; diferena/deficincia, A partir dessas idias, discute-se como o sujeito tem sido categorizado como diferente frente aos discursos e s prticas institucionais. As seguintes questes, ento, ganham destaque na investigao: Como o discurso da diferena constitui a prtica escolar hoje? Que prticas escolares so produzidas hoje, a partir dos discursos contemporneos sobre a diferena? Foi investigado como esses discursos e prticas tm sido produzidos em uma instituio escolar da Rede Privada do municpio de Lajeado/RS, a qual contempla na sua proposta pedaggica e nos seus movimentos institucionais questes relativas diferena A escola investigada aponta para algumas rupturas/fissuras na lgica institucional que compe o modelo escola. Os dispositivos criados pela instituio (redes de apoio, grupo de estudos...) parecem constituir-se como tessituras que possibilitam formas atualizadas de ver o outro. Os movimentos produzidos nesta escola geram confronto, potncia e metamorfoses nos seus professores, o que faz com que os discursos e as prticas sobre a diferena e, principalmente, a relao entre ambos apontem para sintonias e dissonncias relativas a afeces produzidas na relao das professoras com os seus alunos, as quais instauram possibilidades de singularizao.

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Com o fim da Ditadura Militar, alguns importantes acontecimentos comearam a fazer parte do cotidiano nacional. A retomada do interrompido sistema democrtico propiciou a instaurao da Assemblia Nacional Constituinte, a promulgao da Constituio Federal em 1988 e a conseqente retomada do Pas do difcil processo de reconstruo social do Estado Democrtico e de Direito. Em certo aspecto, esta pesquisa estabelece laos com estes recentes acontecimentos de nossa histria. Os efeitos de seus desfechos ainda potencializam inflamadas discusses e controvrsias. No os tomamos enquanto objetos especficos de nossa investigao, mas os consideramos como fatores decisivos que provocaram crticas sobre as estruturas e o modos de funcionamento das instituies policiais. A deciso em elegermos o discurso dos policiais, civis e militares, como foco de ateno desta pesquisa acarreta num encaminhamento da problemtica da segurana pblica para alm das discusses acadmicas, para alm dos discursos especialistas e para alm do discurso poltico sobre a questo. Esta forma de encaminhamento provocou a necessidade de investigarmos de que forma as demandas sociais e institucionais (e tambm polticas) de mudanas so significadas pelos prprios policiais. Procuramos dar uma maior nfase ao processo de construo da reflexo terica, buscando em autores como Freud, Pcheux, Bhabha, Foucault e Bauman subsdios que favorecessem a interlocuo entre os respectivos campos de conhecimento a que se filiam esses autores. Os pronunciamentos escritos dos alunos-policiais produzidos em situao de sala-de-aula foram brevemente analisados como ensaio, um exerccio de análise inspirado nas reformulaes propostas por Pcheux em sua ltima reflexo terica, expressadas no livro O discurso: estrutura ou acontecimento, que veio a configurar o estabelecimento da Análise de Discurso de terceira poca - AD3, ainda em processo de construo. Esse exerccio de análise procurou surpreender, atravs da identificao de marcas lingsticas de nfase, no discurso dos sujeitos-alunos-policiais, alguns efeitos de sentidos de ambivalncia.

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Esta dissertao de mestrado tem como objetivo a análise da gesto democrtica da educao na rede municipal de Porto Alegre, no perodo de 1989 a 2000, enfocando nesse movimento os aspectos de reforma introduo de inovaes que garantem a continuidade de determinadas prticas sociais e mudana estabelecimento de rupturas geradoras de prticas sociais inditas, considerando os diferentes agentes sociais envolvidos, dentre eles o Estado e suas polticas pblicas. Trata-se de uma investigao qualitativa, a partir da análise de material escrito (legislao instituinte dos instrumentos de gesto democrtica, textos de enunciado poltico produzidos pela Secretaria Municipal de Educao e outros agente sociais e documentos das escolas) e oral (depoimentos de atores envolvidos no processo: assessores da Secretaria Municipal de Educao; membros de Conselhos Escolares das escolas municipais, representantes dos segmentos pais, alunos, professores e funcionrios; presidente do Conselho Municipal de Educao; diretor de escola; dirigente da Associao de Trabalhadores em Educao). A pesquisa focalizou questes sobre as prticas e as relaes (regulatrias e emancipatrias) dos diferentes agentes sociais presentes nesse cenrio, incluindo, para alm dos movimentos sociais, o Estado como um importante e singular promotor nesse processo; sobre os discursos produzidos por estes diferentes agentes nos distintos tempos e espaos; e sobre a constituio de projetos e instrumentos de gesto democrtica e os efeitos de sentido produzidos a partir deles em nvel local (escola) A construo das referncias tericas para a análise foi realizada atravs da reviso bibliogrfica sobre como figuraram historicamente os elementos constitutivos da gesto democrtica (democratizao do acesso, da permanncia na escola e do saber; e democratizao da gesto) no contexto da educao, no bojo do debate mais amplo da questo democrtica na sociedade; e da trama dos conceitos: reforma, mudana, democracia, gesto, gesto democrtica, participao, poder e Estado, a partir de Popkewitz e outros autores, bem como inspirada na análise do discurso proposta por Pcheux. O conceito de gesto democrtica proposto nesta dissertao est associado ao estabelecimento de mecanismos institucionais e organizao de aes que desencadeiem processos de participao social: na formulao de polticas educacionais; na determinao de objetivos e fins da educao; no planejamento; nas tomadas de deciso; na definio sobre alocao de recursos e necessidades de investimento; na execuo de deliberaes; nos momentos de avaliao Este conceito se ope s proposies ligadas a concepes empresariais em educao, cuja finalidade a obteno de mais resultados com um mnimo de investimentos, interpelando os agentes sociais mera execuo de planejamentos centralizados e captao de recursos, bem como aquelas que concebem a educao como um campo cientfico especializado e neutro, que deve ser dirigido por especialistas e agentes do Estado, no qual a participao da populao deve ser restrita ao planejamento e execuo de tarefas de apoio ao processo pedaggico. primeira concepo est ligado o conceito de mudana e segunda o conceito de reforma.A gesto democrtica deve ser produtora de uma nova qualidade social na educao, que atenda s aspiraes dos agentes envolvidos e contribua no desenvolvimento da sociedade mais ampla, no sentido de estabelecer relaes mais justas e igualitrias. Os mecanismos de gesto democrtica necessitam, portanto, garantir a plena participao dos sujeitos envolvidos em nvel de deliberao dos planos de gesto educacional, bem como na escolha dos seus dirigentes e representantes, alm do acompanhamento, execuo e avaliao de planejamentos e aes. A eleio direta para diretores, a presena de conselhos escolares como rgo mximo no nvel da escola, compostos por representantes de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos e funcionrios) articulados com suas bases, a descentralizao de recursos financeiros, garantindo condies de funcionamento s escolas, so instrumentos apontados como os mais indicados na democratizao da gesto, dentre os construdos na experincia educacional brasileira. Juntamente com estes mecanismos, prticas dialgicas e participativas no cotidiano do espao escolar, desde os espaos micro (salas de aula) ao espao mais amplo, so constituintes da gesto democrtica Na experincia analisada, qual seja, a experincia de gesto democrtica na rede municipal de educao de Porto Alegre de 1989 a 2000, foi possvel observar: a instituio dos instrumentos de gesto democrtica descritos anteriormente (eleio direta de diretor, conselhos escolares e descentralizao de recursos); a ao propositiva de diferentes agentes sociais trabalhadores em educao, vereadores, militantes polticos, estudantes, lideranas comunitrias, pais de alunos - na constituio e consolidao destes instrumentos; a elaborao de projetos pelo Estado, visando produzir a democratizao da gesto no espao escolar e na elaborao de diretrizes educacionais em nvel de rede escolar, bem como a utilizao de mecanismos regulatrios a fim de manter a direo deste processo; a diversidade de experincias e temporalidades a partir do encontro entre a poltica pblica global e os processos singulares em cada escola. Dentre as singularidades do processo analisado, destaca-se: a confluncia de diferentes foras na constituio da gesto democrtica (a atuao da Associao dos Trabalhadores em Educao, de vereadores da Cmara Municipal, dos movimentos sociais, das escolas e do prprio Estado); a presena do Partido dos Trabalhadores em todos estes espaos, atravs de seus militantes, buscando legitimar as propostas de gesto democrtica produzidas no pensamento pedaggico progressista, inseridas no projeto global de democratizao do Estado no mbito da administrao municipal; a fora da tradio, movimentada por professores que atuam para manter sua posio de domnio na gesto escolar, e pela incorporao dos mecanismos de democracia representativa em detrimento da democracia participativa; o dilema do Estado, que embora proponha a gesto democrtica como poltica pblica, muitas vezes aciona seu poder regulador para efetivar suas propostas de reorganizao curricular; a diversidade de cenrios entre as escolas, com a produo de singularidades locais inseridas nessa experincia de rede municipal. O contexto facilitador da cidade, ensejado por quatro administraes consecutivas do Partido dos Trabalhadores, em conjuno com o movimento dos diferentes agentes sociais, est produzindo movimentos significativos de mudana, construindo em nvel local uma transformao no significado do conceito de democracia, tornando-a, em nvel de gesto educacional, mais democrtica e participativa.

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Este trabalho trata da formao do leitor adulto. A partir de uma Oficina de Leitura, os alunos sistematizaram suas leituras atravs da escrita de um memorial. Aps a oficina, realizei entrevistas com as alunas. O recorte para análise foi feito a partir dos memoriais e entrevistas de duas alunas. O referencial terico-metodolgico adotado na prtica pedaggica a Pedagogia de Projetos, em interface com a Análise de Discurso. Com relao ao referencial terico, realizo uma pesquisa sobre a leitura, considerando basicamente duas vozes: a voz dos escritores e a voz da academia. O conceito de letramento utilizado para discutir a prtica social da leitura. Fundamento meu trabalho numa viso discursiva de leitura, elaborada desde Michel Pcheux. Entendo a leitura como um acontecimento, que desloca e desregula a memria discursiva. A análise feita com dois objetivos: evidenciar relaes entre a histria de vida e a histria de leitura; mostrar os efeitos de sentido em suas relaes com diversos pr-construdos do sujeito-leitor adulto. O intradiscurso composto pelos memoriais e entrevistas de duas alunas. Na análise feita, o interdiscurso constitudo por formaes discursivas religiosa, trabalhadora e familiar, que marcaram a posio de sujeito aluna adulta Em funo disso, apresento uma Formao Discursiva Aluna Adulta heterognea. Nesta, situo o sujeito adulto analisado, tendo em vista propiciar subsdios ao ensino de leitura. Defendo que as alunas no se consideram excludas socialmente, ficando o lugar de excluso restrito escola e s prticas leitoras. Tambm observo que as condies para a ampliao das prticas de leitura, e conseqentemente das condies de letramento desse sujeito, no esto dadas nos seus contextos sociais, cabendo Educao de Jovens e Adultos promov-la de modo condizente.

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Esta tese, intitulada uma histria de governamento e de verdades Educao Rural no Rio Grande do Sul (1950-1970), analisa como a educao rural constituiu-se em dispositivo que desenvolveu minucioso esforo de governamento da populao rural no perodo estudado A pesquisa inscreve-se no campo das discusses educacionais que examinam relaes de poder-saber e est considerando a perspectiva que toma a educao em seu papel na fabricao ativa dos indivduos. A investigao trata de um processo de produo de subjetividades de crianas, jovens e docentes para novos tempos vividos entre as dcadas de 1950 a 1970 e analisa investimentos estratgicos levados a efeito atravs da Revista do Ensino do Rio Grande do Sul e do manual didtico Escola Primria Rural. Conclui que tais investimentos no queriam produzir apenas os rurais escolares, mas tambm pretendiam atingir, o mais amplamente possvel, as comunidades rurais, as famlias; em ltima instncia, queriam atingir a vida dessas populaes, regulando-a, governando-a. Na primeira parte do trabalho, o objetivo montar o baralho da estratgia analtica, situando, alm do corpus discursivo, a perspectiva dos estudos Culturais Contemporneos e as contribuies da teorizao de Michel Foucault. Assim, so anunciadas as concepes utilizadas para realizao de uma analtica do governamento. Na segunda parte, faz-se uma leitura das prescries endereadas ao magistrio gacho e, atravs dele, comunidade. Inicialmente, so examinados alguns investimentos de poder sobre os escolares, tecnologias que colocaram em ao instrumentos disciplinares com vistas ao aparelhamento da escola, formao-atualizao docente e a educao integral dos estudantes, atravs do Clube Agrcola A seguir, a analtica realizada utilizou o conceito de biopoder desenvolvido por Foucault, para mostrar os investimentos de um poder poltico sobre o conjunto da populao rural. Inmeras campanhas, programas e projetos foram veiculados prescrevendo um conjunto de coisas ensinveis, relativas ao modo de vida da populao. Observa-se como docentes e estudantes rurais tiveram a pauta de um currculo cultural constituda por enunciados que pretenderam mudar a mentalidade da populao, modernizando-a. A mudana de hbitos dizia respeito alimentao, agricultura, sade e economia, bem como a cuidados com o corpo, a casa e o meio ambiente. Por fim, a investigao teve como propsito mostrar os sujeitos escolares rurais como efeito das prticas discursivas a que estiveram submetidos. O trabalho buscou problematizar o sujeito escolar rural descrito e prescrito pelos discursos em análise, interrogando como os rurais constituram-se em objeto de conhecimento possvel e desejvel.

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Leitura de Sistema do Imperfeito & Outros Poemas, livro de Guilhermino Cesar publicado em 1977. O perfil mltiplo do autor professor, tradutor, historiador, jornalista, economista, escritor e pesquisador em diversas reas do conhecimento resulta numa poesia plurirrefencial, tocada por temas de sua poca. Constatamos em Sistema do Imperfeito & Outros Poemas o privilgio de determinadas temticas relacionadas com a tecnologia, a velocidade, a fragmentao, a sociedade massificada, o impacto (especialmente no que diz respeito ao Brasil) do caos urbano. Essa problemtica fica mais evidente a partir da segunda metade do sculo XX: no Brasil, por um processo de intensa modernizao urbana; em mbito mundial, por uma espantosa difuso da influncia dos meios de comunicao de massa. Esta leitura, articulada a partir de autores que pensaram as transformaes sociais e culturais do sculo XX, volta-se para o Sistema do Imperfeito & Outros Poemas examinando a estrutura do livro e o conjunto de referncias culturais e histricas mobilizadas pelo autor, pondo em relevo os recursos formais e a linguagem construda por Guilhermino Cesar.

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A presente dissertao resulta de uma pesquisa em que se discute como determinadas jovens escolares aprendem estratgias para cuidar do corpo, nos dias de hoje. Utilizo a abordagem da análise cultural, tal como desenvolvida pelos Estudos Culturais e de Gnero, que se aproximam do Ps-Estruturalismo de Michel Foucault, para examinar depoimentos de 18 mulheres jovens entre 13 e 15 anos, estudantes da 8 srie do ensino fundamental e 1 ano do ensino mdio do Colgio de Aplicao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAP/UFRGS). Esses depoimentos foram produzidos no contexto de discusses conduzidas em grupos focais, as quais foram gravadas e, posteriormente, transcritas para análise. Exploro as falas das jovens tomando como base os conceitos de cultura, discurso, gnero e poder, com o propsito de analisar os diferentes modos pelos quais o cuidado com o corpo significado. Discuto quais so as prticas que as jovens privilegiam quando cuidam do corpo, que discursos se articulam para configurar tais prticas e, finalmente, como o gnero institui e atravessa as relaes de poder/saber no mbito destas formaes discursivas. As análises desenvolvidas permitem-me dizer que determinados atributos como a forma fsica e a aparncia que ela revela so elevados a marcadores sociais importantes na classificao e na hierarquizao dos estilos de vida contemporneos. As estratgias para cuidar do corpo esto relacionadas com os desenvolvimentos tecnolgicos, cientficos ou mercadolgicos que procuram lhes dar sentido. Alm disso, as aprendizagens parecem resultar de investimentos num conjunto de estratgias direcionadas s mulheres (principalmente). Dessa forma, tais aprendizagens configuram, cada vez mais cedo um jeito especfico de cuidado e controle destes corpos, relacionados alimentao, s dietas, aos exerccios fsicos e ao vesturio. A relevncia das análises dos depoimentos em torno das questes do cuidado pode ser percebida nas muitas hesitaes demonstradas pelas jovens nesses depoimentos. Em particular, quando pensam em cuidar do corpo - entre o fazer e o no fazer, entre o prazer e o risco. Problematizaes como essas so interessantes na medida em que desestabilizam a unidimensionalidade dos processos de se tornar mulheres e homens jovens. Sugiro, ainda, que pensar nas transformaes no cuidado problematizar o que se espera que seja cuidado, o modo de cuidar e, principalmente, o que efetivamente objeto de cuidado. Enfim, a discusso da temtica do cuidado permite pensar a mudana em ns mesmos na nossa sociedade.

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A presente dissertao investiga as relaes entre Educao, Psicanálise e Comunicao em uma pesquisa na rea de mdia e educao. Mais especificamente, analisa o produto televisivo Cidade dos Homens, com o qual estabelece algumas articulaes a partir do conceito psicanaltico de funo fraterna, discutido por Maria Rita Kehl. Pergunta-se de que modo o programa apresenta verdades sobre a convivncia entre jovens negros e moradores da periferia, personagens at h pouco excludos do espao de protagonistas em um seriado de fico. Ao analisar a linguagem televisiva de Cidade dos Homens articuladamente a um determinado construto terico (funo fraterna), este trabalho tambm discute a inseparabilidade entre teoria e mtodo proposto por Michel Foucault. A análise da estrutura do programa, sua sintaxe e formas de narrar oferecem amplas condies para investigar formas de visibilidade do lao fraterno no programa televisivo. O argumento final destaca a microssrie Cidade dos Homens como um programa de estrutura narrativa que se assemelha estrutura da funo fraterna, ao priorizar a necessariedade da fala e do lao entre a fratria, ao destacar a provisoriedade das certezas e a implicao da dvida, seja atravs do pensamento solidrio, seja do encontro com o outro. Com esta pesquisa, consideramos a importncia de se produzir espao para uma discursividade do lao fraterno na cultura. O trabalho de investigao sobre a mdia televisiva, mais precisamente a partir da análise de imagens, ao implicar uma posio tica e poltica, torna-se tarefa fundamental para qualquer interessado na formao de sujeitos comprometidos com cultura, tica e educao.

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Esta dissertao, Histria do Povo Surdo em Porto Alegre, Imagens e Sinais de uma Trajetria Cultural traz a narrativa, atravs de fotografias, da evoluo das polticas surdas em Porto Alegre. O Referencial terico utilizado para embasar as narrativas em seus contextos histricos e culturais foi o dos Estudos Surdos, Estudos Culturais e Análise de Fotografias. A documentao destes eventos importantes para o povo surdo local possibilitou o registro do desenvolvimento e das articulaes feitas pelas pessoas surdas em busca de seu reconhecimento como grupo cultural e no como sujeitos deficitrios, desde a dcada de 1950 at os dias atuais. As histrias registradas nas fotografias, narradas por seus protagonistas, mostram a construo do Povo Surdo, passo a passo, historicamente.