55 resultados para discursive pracitices [práticas discursivas]


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A presente dissertao um estudo antropolgico sobre as representaes de transio de fase de vida de jovens com idade entre 15 e 24 anos, de segmentos populares, mdio-baixos e mdios, aps terem experienciado a maternidade e a paternidade, em Porto Alegre e Grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Inicialmente mostro como a idia de juventude se constitui, afirmando a importncia do processo histrico e dos contextos envolvidos nessa classificao. Analiso, a partir da, como os jovens entrevistados para a presente pesquisa vivem atualmente a juventude, antes de tornarem-se pais e mes. Demonstro como o evento da parentalidade vivido por eles, considerando que a maternidade e a paternidade no provocam um rompimento imediato com a fase da juventude. Por fim, apresento os significados e representaes que os jovens pais e mes mostram como marcos de um processo de amadurecimento. Assim, os dados da pesquisa mostram que a parentalidade na juventude um fenmeno que atinge social e economicamente de forma diferente os jovens e a rede social na qual esto inseridos.

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Este trabalho trata da formao do leitor adulto. A partir de uma Oficina de Leitura, os alunos sistematizaram suas leituras atravs da escrita de um memorial. Aps a oficina, realizei entrevistas com as alunas. O recorte para anlise foi feito a partir dos memoriais e entrevistas de duas alunas. O referencial terico-metodolgico adotado na prtica pedaggica a Pedagogia de Projetos, em interface com a Anlise de Discurso. Com relao ao referencial terico, realizo uma pesquisa sobre a leitura, considerando basicamente duas vozes: a voz dos escritores e a voz da academia. O conceito de letramento utilizado para discutir a prtica social da leitura. Fundamento meu trabalho numa viso discursiva de leitura, elaborada desde Michel Pcheux. Entendo a leitura como um acontecimento, que desloca e desregula a memria discursiva. A anlise feita com dois objetivos: evidenciar relaes entre a histria de vida e a histria de leitura; mostrar os efeitos de sentido em suas relaes com diversos pr-construdos do sujeito-leitor adulto. O intradiscurso composto pelos memoriais e entrevistas de duas alunas. Na anlise feita, o interdiscurso constitudo por formaes discursivas religiosa, trabalhadora e familiar, que marcaram a posio de sujeito aluna adulta Em funo disso, apresento uma Formao Discursiva Aluna Adulta heterognea. Nesta, situo o sujeito adulto analisado, tendo em vista propiciar subsdios ao ensino de leitura. Defendo que as alunas no se consideram excludas socialmente, ficando o lugar de excluso restrito escola e s prticas leitoras. Tambm observo que as condies para a ampliao das prticas de leitura, e conseqentemente das condies de letramento desse sujeito, no esto dadas nos seus contextos sociais, cabendo Educao de Jovens e Adultos promov-la de modo condizente.

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O presente estudo visa diagnosticar as prticas de responsabilidade social em escolas situadas em municpios do Vale do Taquari (Rio Grande do Sul, Brasil). Este esforo foi implementado a partir da busca de compreenso dos princpios da responsabilidade social empresarial e do conceito de sustentabilidade, e com base nas diretrizes dos indicadores Ethos de responsabilidade social 2004, adaptados s escolas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa (interpretativa e baseada em estudo de casos mltiplos) visando a identificar as prticas de responsabilidade social s quais os diversos stakeholders esto expostos, bem como os fatores que levam as escolas a adotar estas prticas. Tambm foi verificado se as prticas existentes nas escolas so implementadas com um planejamento adequado, e onde esto as lacunas de responsabilidade social destas instituies. Como efeito do estudo, foi constatado que as prticas evidenciadas, relacionadas a cada stakeholder, diferem de uma escola para outra, e que h planejamento para a implementao da maioria das prticas constatadas. As lacunas de responsabilidade social das escolas, em diversas circunstncias, se mostram bastante similares. No entanto, estas instituies apresentam diferentes desempenhos em relao aos blocos temticos da pesquisa, os quais abordam distintos aspectos da responsabilidade social.

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A escola nas aldeias Guarani do Rio Grande do Sul um acontecimento recente. Algumas TEKO decidiram no abrig-la em seu meio, considerando que a educao tradicional, assentada na cosmologia Guarani, suficiente para o seu viver e, portanto, prescindem dos saberes escolares. Outras, evidenciando a necessidade de saberes que se relacionam escolacomo a escrita, a leitura, a Lngua Portuguesa e o sistema monetrio, entre outros –, a solicitam e a acolhem, iniciando processos e prticas de escolarizao que afirmam o desejo de se apropriar de instrumentos que permitam um dilogo mais eqitativo com a sociedade no indgena. Num movimento de interlocuo com os gestores das polticas pblicas, tensionam a Secretaria de Estado da Educao para criar condies de implementar a Escola Especfica e Diferenciada nas aldeias. No entanto, experimentam a ambigidade de uma aproximao e de um afastamento, de um querer e um no querer a escola em suas aldeias, pois intuem as mudanas que poder desencadear no modo de vida tradicional. Para compreender os processos de implementao da escola do povo Guarani, e os significados que atribuem educao escolar, dirigi o olhar e aprofundei o estudo em trs aldeias do Rio Grande do Sul: TEKO JATATY (Cantagalo, municpio de Viamo), TEKO ANHETENGU (Lomba do Pinheiro, Porto Alegre) e TEKO IGUA´POR (Pacheca, municpio de Camaqu). Os movimentos de aproximao com a cosmologia Guarani e com o universo das aldeias, constitudo atravs de um estar-junto sensvel, e o com-viver com a totalidade cosmolgica de cada lugar pesquisado possibilitou a elaborao de um contorno antropolgico etnogrfico que busca dizer dos Guarani desde si. A perspectiva terica, assentada principalmente na aproximao da Educao com uma Antropologia Filosfica latino-americana, possibilitou a compreenso do pensamento indgena e da ambigidade do “ser” europeu e do “estaramericano, presente nas aldeias e fora delas tambm. A pesquisa mostra que h nos preceitos educacionais da cosmologia Guarani um admirvel mundo a ser desvendado, em que os significados de cada gesto, de cada ao mostram a integridade de um povo que sobrevive e se recria e a escola na aldeia poder se inserir nesse universo e dialogar com todos os princpios que compem a educao tradicional e a cosmologia Guarani.

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A presente dissertao resulta de uma pesquisa em que se discute como determinadas jovens escolares aprendem estratgias para cuidar do corpo, nos dias de hoje. Utilizo a abordagem da anlise cultural, tal como desenvolvida pelos Estudos Culturais e de Gnero, que se aproximam do Ps-Estruturalismo de Michel Foucault, para examinar depoimentos de 18 mulheres jovens entre 13 e 15 anos, estudantes dasrie do ensino fundamental e 1º ano do ensino mdio do Colgio de Aplicao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAP/UFRGS). Esses depoimentos foram produzidos no contexto de discusses conduzidas em grupos focais, as quais foram gravadas e, posteriormente, transcritas para anlise. Exploro as falas das jovens tomando como base os conceitos de cultura, discurso, gnero e poder, com o propsito de analisar os diferentes modos pelos quais o cuidado com o corpo significado. Discuto quais so as prticas que as jovens privilegiam quando cuidam do corpo, que discursos se articulam para configurar tais prticas e, finalmente, como o gnero institui e atravessa as relaes de poder/saber no mbito destas formaes discursivas. As anlises desenvolvidas permitem-me dizer que determinados atributos como a forma fsica e a aparncia que ela revela so elevados a marcadores sociais importantes na classificao e na hierarquizao dos estilos de vida contemporneos. As estratgias para cuidar do corpo esto relacionadas com os desenvolvimentos tecnolgicos, cientficos ou mercadolgicos que procuram lhes dar sentido. Alm disso, as aprendizagens parecem resultar de investimentos num conjunto de estratgias direcionadas s mulheres (principalmente). Dessa forma, tais aprendizagens configuram, cada vez mais cedo um jeito especfico de cuidado e controle destes corpos, relacionados alimentao, s dietas, aos exerccios fsicos e ao vesturio. A relevncia das anlises dos depoimentos em torno das questes do cuidado pode ser percebida nas muitas hesitaes demonstradas pelas jovens nesses depoimentos. Em particular, quando pensam em cuidar do corpo - entre o fazer e o no fazer, entre o prazer e o risco. Problematizaes como essas so interessantes na medida em que desestabilizam a unidimensionalidade dos processos de se tornar mulheres e homens jovens. Sugiro, ainda, que pensar nas transformaes no cuidado problematizar o que se espera que seja cuidado, o modo de cuidar e, principalmente, o que efetivamente objeto de cuidado. Enfim, a discusso da temtica do cuidado permite pensar a mudana em ns mesmos na nossa sociedade.

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O Centro de Porto Alegre (Brasil) caracteriza-se pela presena de vendedores de rua desde o sculo XVIII. Hoje, contudo, essa forma de comrcio informal assume propores extraordinrias, constituindo-se um fenmeno global relacionado produo e comercializao de pirataria, consumida generalizadamente em todas as camadas sociais. O universo desta pesquisa so os camels e sacoleiros regularizados que trabalham na Praa XV de Novembro da capital gacha e comercializam mercadorias contrabandeadas de Ciudad del Este (Paraguai), trazidas por eles prprios. A atuao dos camels no espao pblico envolve uma permanente negociao - ora pacfica, ora conflituosa - com o poder pblico, lojistas, meios de comunicao e vendedores de rua em situao irregular. Afora as dificuldades do trabalho de rua e a competitividade do ofcio, os comerciantes estudados formam suas redes de relaes (sejam elas de vizinhana, de parentesco ou de companheirismo de viagem) pautadas pela presena constante da solidariedade e lealdade - cdigos simblicos que do sustentao ao trabalho cotidiano, conferindo sentido ao trabalho e vida social. Procura-se, com isso, fornecer uma viso ampla do universo estudado, mostrando vrias de suas facetas, acompanhadas ao longo de uma etnografia que aconteceu tanto em Porto Alegre, quanto na fronteira do Brasil com o Paraguai.

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O presente estudo examinou as eventuais diferenas nos comportamentos e prticas educativas maternas e nos comportamentos infantis em famlias de mes solteiras e famlias nucleares. Participaram do estudo quatorze famlias, das quais sete de mes solteiras (me-criana) e sete de mes casadas (me-pai-criana). As famlias foram emparelhadas conforme a idade, a escolaridade e o nvel socioeconmico. Foi utilizada uma sesso de observao da interao familiar durante um almoo realizado na casa dos participantes, quando as crianas tinham 30-36 meses de idade. Foram examinados os comportamentos e prticas educativas maternas e os comportamentos infantis, atravs de um protocolo envolvendo diversas categorias. Contrariando a hiptese do estudo, o Teste de Mann-Whitney no revelou diferenas significativas entre as famlias de mes solteiras e as nucleares para as categorias examinadas. Diferenas tambm no foram encontradas quando se buscaram contextualizar as categorias, examinando os eventos envolvendo os comportamentos e as prticas educativas maternas. Assim, apesar de apoiada em parte da literatura, a hiptese do presente estudo no foi corroborada. Discutem-se os diversos fatores que podem ter contribudo para isso, em particular, as caractersticas dos participantes, a situao de observao e a sensibilidade do protocolo utilizado.

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa na linha histrica, que teve como objetivo conhecer as prticas de trs parteiras leigas, atualmente moradoras na cidade de Porto Alegre e que atuaram nas dcadas de 1960, 1970 e 1980, no interior do Rio Grande do Sul. Atravs da histria oral temtica, resgataram-se as aes que elas desenvolviam durante o acompanhamento de mulheres, na gestao, parto e puerprio. As informaes foram obtidas atravs de entrevistas com as colaboradoras, e analisadas de acordo com a tcnica de anlise de contedo temtica, de Bardin. Desta forma obteve-se dois grandes temas: o respeito ao processo fisiolgico da mulher e a presena do domstico. Buscou-se realizar uma reflexo das prticas obtidas com as parteiras leigas do estudo, em relao s propostas de humanizao do parto e nascimento preconizadas pelo Ministrio da Sade, e observou-se que mesmo com aprendizado informal do ofcio, as parteiras leigas utilizavam prticas em sua maioria consideradas adequadas. O resgate dessas prticas poder servir de reflexo para os profissionais de sade e os futuros, visando repensar seus momentos em relao mulher e questo da humanizao.

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Este estudo analisa oito dimenses do currculo, da prtica pedaggica e da avaliao, no ano letivo de 2004, em duas turmas de alfabetizao de escolas pblicas de Porto Alegre – uma Estadual e outra Municipal. O processo de alfabetizao numa escola organizada por Sries comparado com o realizado na escola organizada por Ciclos de Formao. Os resultados encontrados nestas duas prticas so comparados com os resultados obtidos numa prtica de alfabetizao investigada em 1984 (Veit, 1990), na mesma Escola Estadual. Esta investigao foi baseada na teoria do socilogo Basil Bernstein (1996, 1998) e inspirada nas definies operacionais de uma pesquisa realizada em Lisboa por Morais et al. (1993). A comparao entre os trs contextos educacionais apresentou diferenas acentuadas entre as ideologias de um e de outro sistema de ensino, sendo possvel distinguir, na Escola Estadual, uma modalidade de Pedagogia Visvel e, na Escola Municipal, uma Pedagogia Invisvel.

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A alimentao no uma simples ingesto de calorias, necessrias sobrevivncia. Ela tambm envolve uma vasta gama de aspectos simblicos, que expressam relaes e pertencimentos grupais. Os Mby-Guarani atribuem sentidos aos seus alimentos (desde a sua produo, armazenamento, processamento, preparao e consumo) que mantm estreita relao com seus atributos tnicos e cosmolgicos. Desta maneira, a presente dissertao tem como objetivo uma anlise antropolgica das prticas alimentares que ocorrem neste grupo indgena. Mais precisamente, busca-se verificar de que maneira as prticas alimentares esto relacionadas com suas concepes cosmolgicas e de que forma so utilizadas como sinais diacrticos delimitadores de suas especificidades tnicas.

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O trabalho tem como temtica o processo de implementao das transformaes legais realizadas a partir da promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), em 1990. Especificamente, investiga a nova configurao dos aparatos de ateno jurdico-estatais para osadolescentes em conflito com a lei” no Rio Grande do Sul, a partir do estudo da implantao das novas polticas scio-educativas. A pesquisa destaca, desde uma perspectiva antropolgica, os modos pelos quais a transformao de princpios dinamizada em prticas diversas, institucionalizada no seio de entidades especficas e entendida por seus protagonistas privilegiados: os agentes jurdico-estatais, na interface de seus relacionamentos com os adolescentes, familiares e/ou responsveis.

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As problematizaes que me levaram a realizao desse estudo vinculam-se a minha formao como biloga e professora de Biologia. A partir de aproximaes com leituras do campo dos Estudos Culturais, dos Estudos Culturais da Cincia e de estudos com inspirao foucaultiana, passei a questionar tanto a formao acadmica que me constituiu, quanto o lugar que os objetos, as classificaes e as explicaes ligados ao corpo no campo da Biologia adquiriam nas prticas escolares. Nesse estudo, tomo o corpo como produo de prticas sociais; inscrito por discursos e prticas de diferentes instncias culturais que se articulam e se confrontam, constituindo corpos mltiplos, sujeitos particulares. Com esses entendimentos e questionamentos, busquei, nessa dissertao, conhecer e problematizar o corpo nas prticas escolares, ou melhor, como a escola lida com os corpos nas suas prticas cotidianas e naquelas relacionadas ao campo da Biologia, assim como alguns efeitos nos corpos dos estudantes. Realizei esta pesquisa numa escola da rede pblica estadual de Porto Alegre. Para tanto, freqentei o espao escolar e as aulas de duas turmas do segundo ano do Ensino Mdio, por aproximadamente dois meses, e tambm uma atividade “extra-muros”, um passeio 4ª Bienal de Arte do Mercosul, com a turma da manh. Para a realizao da pesquisa na escola, utilizei ferramentas de cunho etnogrfico e realizei entrevistas com alguns estudantes. Nas anlises, fui fazendo relaes com autores dos estudos anteriormente citados, conforme as questes que emergiam nessa trajetria. Ao integrar as atividades escolares cotidianas, passei a observar e analisar questes relativas aos efeitos de estratgias disciplinares, direcionadas fabricao de corpos escolares; ao mesmo tempo, busquei apontar alguns movimentos de resistncia e diferentes formas, que estudantes e professores, encontraram para lidar com tais estratgias Procurei mostrar como, nessas relaes configuram-se uma pluralidade de sujeitos e prticas que significam o espao escolar. Da imerso que empreendi na sala de aula, foram criadas questes relativas ao corpo no campo de saberes. Nessa discusso, o corpo associado aos discursos da disciplina biolgica foi trazido para a sala de aula vinculado a explicaes da rea cientfica, tais como a Embriologia e a Gentica, sendo que esse modo de tratar o corpo no articulou-se, muitas vezes, s experincias e problematizaes dos estudantes. Por ltimo, analisei uma aula especfica, que tratou da temtica do aborto numa gestao de um feto com uma patologia grave, sem perspectivas de vida. Essa aula foi uma encenao dos estudantes de um julgamento, em que a me pediu autorizao na justia para a interrupo da gravidez. Nesse momento, as problematizaes que fiz disseram respeito ao posicionamento de sujeitos — mulher, homem, me, pai, filhos, experts, monstros e outros — em nossa sociedade, por diferentes discursos — mdicos, biolgicos, polticos, religiosos, morais, ticos, etc.

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Observa-se que indivduos e idosos, particularmente, utilizam diversas prticas teraputicas, buscando o alvio ou a cura de algum desconforto fsico ou mental. Culturalmente, em diferentes sociedades, os indivduos utilizam-se de vrios recursos para manter-se com sade; alm das prticas "formais", fazem uso de frmulas caseiras ou medicamentos que possuem em casa. Com este estudo objetivou-se conhecer e compreender o uso de prticas teraputicas entre idosos residentes em rea urbana, na Zona Leste do municpio de Porto Alegre. Trata-se de um estudo exploratrio descritivo com abordagem qualitativa. Foram desenvolvidas entrevistas semi-estruturadas com 24 idosos. Processou-se a caracterizao sociodemogrfica desses idosos e a anlise temtica das informaes coletadas. Os idosos entrevistados eram na maioria do sexo feminino, com mdia de idade de 68 anos, tinham 4 anos completos de estudos, e renda familiar, em mdia, de trs salrios mnimos, a metade dentre eles possua convnio de sade particular. Para metade dos idosos entrevistados a sade era considerada como ausncia de doena, outra parcela considerava que o processo sade e doena est diretamente ligado aos usos sociais do corpo, como, por exemplo, o trabalho e a realizao de atividades dirias. Dentre os participantes 4 referiram a sade como um processo mais complexo no sentindo de qualidade de vida, dependente de fatores biopsicossocias. A principal prtica teraputica referida pelos entrevistados foi a automedicao. Dessa forma, verifica-se que mesmo as prticas teraputicas informais sofreram um processo de medicalizao. O uso de chs caseiros restringe-se a problemas considerados comuns. A outra prtica teraputica referida pelos idosos foi a busca por um profissional mdico. Esse fato foi evidenciado principalmente entre aqueles que possuem convnios de sade. A busca por terapeutas populares foi a prtica menos referida. Acredita-se que isso foi influenciado pela presena do profissional de sade e pelo receio de serem "repreendidos". Outro fato que se observou foi a utilizao simultnea de diferentes prticas teraputicas. O que motiva a escolha por uma, ou outra alternativa, a durao e a gravidade do desconforto fsico e acessibilidade dos recursos teraputicos. Observou-se um processo crescente de medicalizao entre os entrevistados, influenciado pelo mercado da sade e tambm pela mdia. Isso pode ser verificado pela busca de solues mgicas e sem esforos que so a primeira opo, pois respondem lgica da urgncia e do mercado farmacutico que acaba por induzir esses comportamentos imediatos. Considera-se que por meio da anlise e discusso crtica da temtica, pode-se subsidiar a capacitao de profissionais no campo da Educao em sade e do trabalho da Enfermagem em particular, favorecendo, assim, os processos de autocuidado e de resolutividade teraputica para os problemas da populao idosa.

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Verifica como os processos de comunicao da Cooperativa de Produo e Consumo Concrdia contemplam os problemas ambientais decorrentes da produo de sunos no Alto Uruguai de Santa Catarina. um estudo qualitativo elaborado a partir de dados e informaes coletados por meio de entrevistas com dirigentes da cooperativa e especialistas na questo ambiental ligada aos dejetos sunos; de questionrios aplicados a extensionistas da cooperativa; e atravs da anlise do jornal da cooperativa. Identifica como os agentes envolvidos percebem os problemas ambientais, quais so os processos comunicacionais implementados pela Coprdia e verifica como abordada a questo ambiental nos processos comunicacionais da Coprdia. Fica constatado um vis pessimista e outro otimista. O pessimista reside no fato de que a comunicao voltada para a promoo de uma nova relao entre o suinocultor e o meio ambiente, decisiva para a reduo dos estragos ambientais provocados pelos dejetos sunos, no prioridade dentro da cooperativa, apesar dos seus dirigentes afirmarem o contrrio. Mostra-se ainda que o que acontece dentro da cooperativa pode ser extrapolado para as demais agroindstrias que exploram a suinocultura na regio. O otimista apontado com base nas notcias sobre o termo de ajustamento de condutas da suinocultura, nas informaes levadas pelos tcnicos vinculados a programas ambientais, como o Programa Nacional de Meio Ambiente, ou na cobertura que os meios de comunicao de massa do questo dos dejetos sunos, que circulam com intensidade na regio e cumprem o papel de lentamente mostrar as mudanas pelas quais a atividade, inadiavelmente, deve passar.