41 resultados para Suplemento literário


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Este trabalho teve como objetivo avaliar a resposta animal medida em termos de digestibilidade, consumo, parâmetros ruminais e degradabilidade da fibra da dieta frente a níveis crescentes de suplementação energética, sob condições onde a disponibilidade de PDR não foi um fator limitante.

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Ao longo do processo de evolução por que passou a forma literária que conhecemos por Conto, fica evidente que cada vez mais este se distanciou de suas origens: a oralidade, a essência popular, que agrega o maravilhoso. Este estudo discute algumas questões relativas à gênese do Conto, aspectos relacionados à nomenclatura; conceito; origem e suas fronteiras, objetivando caracterizar ou melhor definir essa Forma tão avessa a caracterizações definitivas. O ponto de partida é a relação de oposição entre Forma simples x Forma artística. Tomamos Guimarães Rosa como paradigma, pois o autor resgata, em sua obra, aspectos referentes às formas ancestrais de contar, atualizando-os. Como contista, a partir do aproveitamento dos temas e das formas populares, características das narrativas de tradição oral, que utilizam com freqüência o elemento maravilhoso, o autor tece seu próprio contar. Seu feitio, porém, não se assemelha ao dos compiladores, mercê de um trabalho minucioso e artesanal com a palavra, o qual acaba por atribuir à tessitura do texto uma especificidade que intriga, encanta e convida ao jogo. Estudamos essa atualização do conto popular de tradição oral na obra de Guimarães Rosa à luz da Metalingüística bakhtiniana, utilizando os contos Famigerado e Um moço muito branco, de Primeiras estórias; Como ataca a sucuri, de Tutaméia; e Meu tio o Iauaretê, de Estas Estórias, como exemplos desse fato, pois cremos que sua teoria ajuda a esclarecer os aspectos da obra rosiana que dizem respeito ao discurso. Malgrado a investigação a que se lançou Mikhail Bakhtin ter sido empreendida a partir do romance, acreditamos que sua teoria possa ser aplicada à narrativa curta, já que trata basicamente das relações dialógicas entre narrador e interlocutor. A direção que tomamos em nossa análise, diz respeito, justamente, ao discurso na obra do autor mineiro, sobretudo às formas de citação desse discurso, fator relevante em seu fazer literário.

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Romantic English literature – written at a time when prose fiction was predominantly a medium for sheer entertainment – is rooted in poetry. One or two novelists may exceptionally be granted the adjective “Romantic”, but Mary Shelley is not ranked among them. For centuries, her work has been restricted to that section in handbooks reserved for exotic Gothic literature. This thesis argues that literary criticism has failed to recognize Frankenstein’s obvious relation with the movement. The argument will be fostered by a brief look at such handbooks, and developed through the analysis of the imagery of the novel, so as to trace the Romantic elements there contained. The analysis relies mainly on the frame developed by Northrop Frye concerning the nature and function of imagery in literature. The concept of intertextuality will also be useful as a tool to account for the insertion of images in the novel, and for the novel’s insertion within the Romantic context. The work is divided into three parts. The first contextualizes the main issues set forth by Frankenstein, establishing connections with the life of the author and with the Romantic movement. The second exposes the theoretical basis on which the thesis is grounded. The last presents my reading of the novel’s web of images. In the end, I hope to validate the thesis proposed, that Frankenstein embodies the aesthetic and philosophical assessments of the English Romantic agenda, and therefore deserves to be situated in its due place in the English Literary canon as the legitimate representative of Romanticism in prose form.

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As adaptações cinematográficas das obras literárias podem freqüentemente transmitir uma leitura, uma interpretação capaz de perpetuar um momento da recepção do texto de origem, de reavivar a discussão sobre seu significado, enfim de trazê-lo à vida. Para nós, a releitura fílmica inscreve-se na fortuna do romance. Nessa perspectiva, essa tese tem como objetivo o de refletir sobre a passagem do literário ao fílmico, mais especificamente, sobre As ligações perigosas (1988) de Stephen Frears, uma das adaptações de As relações perigosas (1782), romance epistolar de Choderlos de Laclos cuja permanência no imaginário do mundo contemporâneo é notável. Romances, peças teatrais, filmes, óperas, balés e minisséries televisivas atualizam a narrativa com freqüência e variedade impressionantes. Começamos esse trabalho pela leitura de As relações perigosas de Laclos : sua contextualização no âmbito da produção literária do século XVIII, comentários sobre o autor e a recepção da obra, uma análise de diferentes aspectos da narrativa com enfoque na teatralidade e na libertinagem dos personagens principais. Analisamos também um outro texto literário, Les Liaisons dangereuses (1985) de Christopher Hampton, uma adaptação teatral do romance de Laclos. Hampton é co-roteirista de As ligações perigosas e o filme se baseia também em sua peça (« D’après la pièce de Christopher Hampton. Adapté du roman Les Liaisons dangereuses de Choderlos de Laclos », informa a seqüência genérica). Essa trajetória do palco às telas desperta um interesse especial quando se trata da leitura de um romance epistolar do século XVIII impregnado de referências teatrais : procuramos descobrir a maneira pela qual cada uma das obras – a adaptação teatral e a adaptação cinematográfica – tirou partido dos recursos próprios a cada linguagem para ler e recriar os traços da teatralidade que identificamos no romance de Laclos. A leitura cruzada entre As relações perigosas de Laclos e As ligações perigosas de Stephen Frears torna possível concluir que a adaptação cinematográfica teve êxito em condensar dados relevantes disseminados pelo romance e, apostando nos meios de expressão próprios da linguagem cinematográfica, produziu uma interpretação criativa do texto literário.

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O trabalho experimental foi desenvolvido em uma propriedade de produção leiteira no município de Camargo, na região fisiográfica denominada de Planalto Médio do RS, com o objetivo de estudar e quantificar o efeito da substituição do componente protéico (farelo de soja) da ração, comumente fornecida aos animais, por pastejo controlado de trevo branco (Trifolium repens L.) em animais mantidos em pastagens de azevém (Lolium multiflorum L.), na performance produtiva, comportamento e qualidade do leite de vacas holandesas. Para tal, foram utilizados dois grupos de animais agrupados de forma homogênea após estratificação por produção, período de lactação e peso corporal, em um delineamento experimental completamente casualizado em blocos. Os dois grupos eram mantidos em pastagens de azevém, por um determinado período de tempo durante o dia (aproximadamente 5 horas). Um grupo recebia diariamente 3 kg de suplemento energético constituído de farelo de milho, farelo de trigo, casca de soja e sal mineral (subtraída de farelo de soja) e tinha acesso controlado à pastagem de trevo branco (aproximadamente 2,5 horas), denominado tratamento TB; outro recebia a mesma quantidade de suplemento, adicionada de quantidade de proteína equivalente ao consumo diário no tratamento anterior via trevo, na forma de farelo de soja, denominado tratamento FS. As medições eram realizadas em avaliações quinzenais, procedendo-se controles leiteiros individuais, medidas de perímetro torácico, coletas de amostras de sangue e leite dos animais e registro de atividades dos animais em pastejo. Os resultados demonstraram semelhanças significativas entre os dois tratamentos, para a maioria das variáveis estudadas, com exceção do teor de proteína do leite que foi maior para o tratamento TB, e os valores de teor de lactose, tempo de pastejo e freqüência de bocados maiores para o tratamento FS. Estes resultados indicam que a utilização do trevo branco, como fonte protéica para os animais, foi tecnicamente viável e eficiente.

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A presente tese intitulada Traduzindo a Alteridade: a questão da identidade nacional em Eduardo Acevedo Díaz e Euclides da Cunha tem como objetivo analisar a construção dos arquétipos nos textos Ismael e Os Sertões e de como tais tipos colaboraram para a construção do conceito de nação nas obras em questão, bem como analisar a utilização da imagem do outro nessa mesma construção. Com base na Literatura Comparada, nos Estudos de Tradução, na Teoria da Literatura e em outras áreas do conhecimento, foi possível constatar que os autores uruguaio e brasileiro se valeram da obra Facundo: civilização e barbárie no pampa argentino, de Domingo Faustino Sarmiento, para comporem suas obras, ainda que distantes temporalmente e com visões diferentes. Esse movimento mostra que as produções literárias latino-americanas possuem uma ligação porque igualmente registraram os tipos presentes no lugar e o próprio lugar em que habitavam, colaborando, assim, para a construção do sistema literário latino-americano, visto que, em alguns casos, esses arquétipos eram comuns entre os diferentes países. A convergência desses arquétipos, como o gaúcho/gaucho do pampa do Rio Grande do Sul do Brasil, do Uruguai e da Argentina, demonstra que a cultura ultrapassa fronteiras políticas, e corrobora a idéia de Ángel Rama acerca da existência da comarca cultural. No caso do arquétipo do sertanejo, fundamentado por Euclides da Cunha, não há um correspondente nas demais produções em questão, principalmente porque sua identidade está impregnada de cor local, cujas particularidades não são compartilhadas pelos demais países. A convergência ou divergência das características de cada tipo local interfere na produção das traduções, uma vez que, quando dessemelhantes, a visibilidade do tradutor é necessária e sua interferência acontece no sentido de aproximar o diferente da cultura alvo. Também os Estudos de Tradução e as análises tradutórias colaboraram igualmente para que as investigações acerca das obras evoluíssem no sentido de estudarmos como se deu, na escrita dos autores e dos tradutores, a consciência do outro no processo de construção do eu nacional.

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Nesta dissertação visamos discutir as concepções acerca de Modernismo e nacionalidade a partir do ideário estético elaborado pelos intelectuais da revista Festa: mensário de Pensamento e de arte, no decorrer da sua primeira fase, ou seja, 1927 – 1929, contemporânea aos grupos modernistas paulistas, demonstrando uma visão sobre arte divergente daquelas expostas por outros grupos. Para isso, é apresentado um breve panorama sobre as origens do nacionalismo literário na Europa e no Brasil; as confluências e divergências entre Festa e outros periódicos e a inquietação do grupo diante das inovações culturais do início do século XX. A fim de compreender as percepções dos intelectuais do Mensário sobre arte, centramo-nos na pesquisa dos artigos de seus principais colaboradores: Andrade Muricy, Tasso da Silveira, Henrique Abílio e Barretto Filho. Após a análise desse ideário, investigamos a relação entre o aparato estético idealizado pelos autores e a concretização do mesmo no âmbito da literatura. Assim, utilizamos os contos de Adelino Magalhães, um dos principais realizadores do alvitre estético do Mensário, sobretudo aqueles pertencentes às obras publicadas na década de 20, para verificar em que medida a criação literária do autor realiza os pressupostos teóricos do grupo. Em forma de anexos, acrescentamos uma antologia de artigos de Festa e de contos de Adelino Magalhães que consideramos essenciais para a apreensão das aspirações do Periódico.

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O presente estudo tem como objeto final a análise do romance belga francófono contemporâneo Une paix royale, publicado em 1995 por Pierre Mertens. No que diz respeito a um espaço nacional sem conformidade com o modelo canônico do Estadonação, quer-se evidenciar o estatuto de uma poética romanesca no seu processo de invenção do mito da nação e as peculiaridades da representação nacional que essa poética contribui a gerar. Tal abordagem do texto literário tem como pressuposto um estudo teórico sobre o conceito de nação, do qual são apresentadas uma história e uma definição. Também é levada em consideração a natureza das relações que a ficção romanesca estabelece com o mito da nação: a invenção do mesmo – que pode incluir sua desconstrução - utiliza uma linguagem específica da qual o romance e o campo literário em geral são enunciadores privilegiados. Essas considerações teóricas abrem caminho para um método interpretativo de textos francófonos que são os portadores contemporâneos do mito da nação belga, ou seja, manifestos publicados por intelectuais e por escritores entre 1976 e 2003, e o romance Une paix royale. A tese manifesta o papel criativo das Letras belgas francófonas na renovação da nação, que conserva uma atualidade

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A realização deste trabalho tem como norte a verificação de questões típicas de países periféricos colonizados, como a busca identitária imbricada num processo de hibridação cultural. Para tanto, trabalhamos com duas obras consagradas da literatura brasileira: Iracema, de José de Alencar, e Macunaíma, de Mário de Andrade, vinculando as mesmas a seus períodos literários correspondentes e, estes, ao meio social e político, numa abordagem que privilegia a sociologia da literatura, em que a obra de Antonio Candido, especialmente, serve de base teórico-prática para a realização desta pesquisa. Nesse contexto, achamos interessante, também, verificar como o indianismo de Alencar, trabalhando numa perspectiva pós-colonial e imbuído de um sentimento patriótico e mitificador do índio e da natureza, faz com que a literatura brasileira integre-se às literaturas européias. E, ainda, com que estratégias Macunaíma consegue inverter esteticamente a visão etnocêntrica tradicional e trabalhar com a capacidade crítica de selecionar o que não é do autóctone mas que nos interessa, tingindo esta ação seletiva e seu produto com as cores locais para torná-los dignos representantes de nosso sincretismo racial e cultural. Assim, através de uma postura crítico-sociológica, damos início a uma caminhada pelo viés literário e verificamos que este revelou a hibridação cultural própria do povo brasileiro, ultrapassando preconceitos etnocêntricos, aparentemente sólidos, e mostrando que o caldeamento de raças e, conseqüentemente de crenças e costumes, não deve ser olhado sob a ótica da anomalia mas, sim, sob a luz da fertilidade. Desse modo, as obras analisadas, apesar de possuírem estéticas singulares e pertencerem a quadros sócio-políticos distintos, apresentam em sua essência um compromisso literário maior: fazer uma ficção representativa da realidade cultural brasileira.

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Este estudo objetiva analisar três forças motrizes que muito influenciaram a escritura de Monteiro Lobato: o conto, a tradução e a ideologia humanista. Conhecido por sua literatura infantil, pouco se estudou sobre sua obra adulta e menos ainda sobre sua profícua atividade tradutória. Como contista, Lobato pode ser dito – ao lado de Machado de Assis – um dos grandes incentivadores do conto, resgatando-o de sua posição marginal e elevando-o à categoria de gênero literário em uma época geralmente negligenciada pela crítica – sua produção anterior à Semana de Arte Moderna (1922) –, alcançando seu público através de estratégias de marketing inovadoras e, portanto, formando um novo público leitor brasileiro. Seus ideais nacionalistas e suas crenças ideológicas estão presentes em tudo o quanto escreveu, proporcionando ao leitor do século XXI um claro panorama de sua época. O humanismo é, se não a mais visível ideologia em sua obra, a que gerou maior conflito, sobretudo em contraste com sua formação cristã e seu refinado tom pessimista. Tendo traduzido mais de cem livros, Lobato contribuiu indiscutivelmente tanto para a circulação quanto para a edição de obras traduzidas – inglesas e norteamericanas em sua maioria –, enriquecendo, dessa forma, nosso polissistema literário e promovendo uma sensível mudança no status da tradução, marginal e secundária na época. Ele consciente e cuidadosamente escolhia o que traduzia com o intuito de alcançar um objetivo: dar ao público leitor brasileiro – especialmente ao infantil – literatura estrangeira de qualidade. Segundo ele, Kipling estava arrolado entre os “sumos” contistas, o que o levou a traduzir e publicar suas obras, experiência que resultou tanto na apropriação quanto na expropriação daqueles textos, o que pode ser facilmente verificado por qualquer leitor atento tanto da contística quanto do epistolário de Lobato, nas muitas estratégias por ele empregadas: empréstimos, invocações de personagens, reconstrução de histórias e imagens das narrativas de Kipling.

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Esta dissertação aborda a questão da “inocência americana” em duas obras do escritor norte-americano Henry James, empregando conceitos da Literatura Comparada como base para a análise dos textos escolhidos: The American e Daisy Miller: A Study. Portanto, os conceitos de intertextualidade, influência e alteridade são fundamentais para o estabelecimento das confluências e divergências entre as duas obras. Este trabalho também apresenta uma análise, com base na teoria comparatista da interdisciplinaridade, entre a obra literária Daisy Miller: A Study e o filme Daisy Miller, dirigido por Peter Bogdanovich. O tema recorrente nas obras analisadas, o da “inocência americana”, foi abordado por Henry James em grande parte de sua produção literária, sendo um reflexo de sua própria experiência como o “outro”, bem como de suas observações sobre seus compatriotas, quando confrontados com os valores e tradições vigentes na Europa, no século XIX. James alcançou seu merecido lugar no cânone literário ocidental, graças ao seu estilo incomparável, o qual foi aperfeiçoando durante toda sua carreira e até hoje é parâmetro para escritores contemporâneos.