72 resultados para Sistema cardiovascular Doenças Fatores de risco - Teses


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O presente estudo investigou trs processos que acontecem na esfera interpessoal: vitimizao, agressividade e amizade. Foram identificados aspectos de risco e proteo destes trs comportamentos, a relao entre os mesmos e tambm a validade do uso de diferentes instrumentos estrangeiros no Brasil. Em uma amostra de 258 crianas, regularmente matriculadas em escolas de nvel scio-econmico baixo, utilizaram-se duas escalas para investigao do comportamento agressivo, uma respondida pelas prprias crianas e outra pelas suas professoras, e tambm um instrumento de nomeao baseado em caractersticas, respondido pelos colegas. Para investigao da amizade foi utilizada uma escala sobre qualidade da amizade percebida e, para a investigao do processo de vitimizao, foi utilizado o instrumento projetivo SCAN-Bullying. As aplicaes dos instrumentos foram todas coletivas, com exceo do instrumento projetivo SCAN-Bullying que acompanhado de uma entrevista estruturada Foram realizadas regresses mltiplas e correlaes de Pearson, a fim de verificar as interaes entre as variveis estudadas. Testes T de Student, Teste de Kruskall- Wallis e Testes de Qui-quadrado foram utilizados a fim de verificar possveis diferenas entre grupos de crianas com amizades recprocas e sem amizades recprocas, grupos de crianas classificados como agressores, vtimas, agressores-vtimas e pr-sociais e entre os gneros. De uma maneira geral, verificou-se que a agressividade individual um fator de risco para a vitimizao entre pares, enquanto a amizade recproca um fator de proteo. Verificou-se, entretanto, que a agressividade do amigo pode ser um fator de proteo associado popularidade da criana e reciprocidade na sua amizade. Estes resultados oportunizaram a compreenso e reflexo sobre a qualidade da interao de comportamentos e caractersticas sociais na promoo da resilincia. Os resultados obtidos podero gerar subsdios para programas de interveno que visem adaptao saudvel no ciclo vital.

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A implementao de programas de controle de salmonela em sunos, com objetivo de diminuir os riscos de infeco alimentar em humanos, exige mtodos rpidos e baratos para medir a intensidade da infeco, bem como reduzir seus fatores de risco. A partir disso, desenvolveu-se um teste de ELISA, utilizando antgeno lipopolissacardeo do sorovar Typhimurium, pela sua similaridade antignica com os sorovares prevalentes em sunos no Rio Grande do Sul. O teste padronizado foi utilizado na determinao da soroprevalncia em 65 rebanhos sunos, os quais participaram de estudo para identificao de fatores de risco. As granjas foram classificadas em trs categorias de soroprevalncia, baixa (at 40%), mdia (40-70%) e alta (mais de 70%) prevalncia, estabelecidas como varivel explicada. As respostas do questionrio contituram as variveis explicativas. Aquelas associadas varivel explicada pelo teste de 2 (p 0,1) foram submetidas anlise fatorial de correspondncia mltipla (AFCM). Paralelamente, foram avaliados seis desinfetantes (amnia quaternria, glutaraldedo, iodforo, hipoclorito de sdio (1 e 0,1%), fenol e cido peractico) frente a amostras de Salmonella Typhimurium isoladas de sunos. Os produtos foram testados na presena e ausncia de matria orgnica, sob duas diferentes temperaturas e, posteriormente, frente a 8 isolados com diferentes perfis de resistncia antimicrobiana, por um tempo de contato de 5 minutos. O teste de ELISA identificou a soroconverso nos animais inoculados (7 dias p.i.) e contatos (21 dias p.i.), bem como o aumento no nmero de animais positivos aps infeco natural (28,6% para 76,9%). A sensibilidade e a especificidade do teste foram respectivamente de 92 e 100%. Aps adaptaes para suco de carne, estabelecendo o soro como referncia, a sensibilidade do teste para suco de carne foi de 88,12% e a especificidade 70,43%. Em anlise de concordncia entre os testes, o ndice kappa foi de 5,78, com p=0,002 no teste MacNemar. A AFCM identificou a associao da maior soroprevalncia com o seguinte grupo de variveis: nas granjas terminadoras, uso de rao peletizada, distribuio de dejetos a menos de 100m do local de captao de gua, no utilizao de comedouro do modelo comedouro/bebedouro, transporte com freteiro misturando animais de vrias granjas; enquanto nas granjas de ciclo completo apareceram ingredientes de rao desprotegidos de outros animais, ausncia de controle de roedores, rao seca, ausncia de cerca, no uso da pintura com cal aps lavagem e desinfeco e a entrada de outras pessoas alm do tcnico na granja. Todos os desinfetantes foram eficazes na ausncia de matria orgnica, nas duas temperaturas testadas. Entretanto, quando na presena de matria orgnica ou aps cinco minutos de contato, somente o hipoclorito de sdio (1%), fenol e o cido peractico foram eficazes. Dessa forma, ao estabelecer uma ferramenta sorolgica para medir a infeco pelos principais sorovares de Salmonella que afetam os sunos no sul do Brasil e identificar fatores de risco associados alta soroprevalncia, ser possvel dar incio implementao e validao de protocolos de controle da infeco em rebanhos.

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A disfuno autonmica est associada com aumento da mortalidade em pacientes diabticos, especialmente naqueles com doena cardiovascular. Neuropatia perifrica, mau controle glicmico, dislipidemia e hipertenso so alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento de doena vascular perifrica (DVP) nestes pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco associados com a presena de DVP em pacientes com DM tipo 2. Um estudo transversal foi realizado em 84 pacientes com DM tipo 2 ( 39 homens, idade mdia de 64,9 7,5 anos). Os pacientes foram submetidos a uma avaliao clnica e laboratorial. A presena de DVP foi definida, utilizando-se um um aparelho manual de ultrasom com doppler (ndice perna-brao < 0,9). A atividade autonmica foi avaliada atravs da anlise da variabilidade da freqncia cardaca (HRV) por mtodos no domnio do tempo e da freqncia (anlise espectral), e pelo mapa de retorno tridimensional durante o perodo do dia e da noite. Para a anlise da HRV, um eletrocardiograma de 24 horas foi gravado e as fitas analisadas em um analisador de Holter Mars 8000 (Marquete). A potncia espectral foi quantificada pela rea em duas bandas de freqncia: 0,04-0,15 Hz baixa freqncia (BF), 0,015-0,5 Hz alta freqncia (AF). A razo BF/AF foi calculada em cada paciente. O mapa de retorno tridimensional foi construdo atravs de um modelo matemtico onde foram analisados os intervalos RR versus a diferena entre os intervalos RR adjacentes versus o nmero de contagens verificadas, e quantificado por trs ndices refletindo a modulao simptica (P1) e vagal (P2 e P3). DVP estava presente em 30 (36%) pacientes. Na anlise univariada, pacientes com DVP apresentaram ndices que refletem a modulao autonmica (anlise espectral) diminudos quando comparados aos pacientes sem DVP, respectivamente: BF = 0,19 0,07 m/s2 vs. 0,29 0,11 m/s2 P = 0,0001; BF/AF = 1,98 0,9 m/s2 vs. 3,35 1,83 m/s2 p = 0,001. Alm disso, o ndice que reflete a atividade simptica no mapa de retorno tridimensional (P1), foi mais baixo em pacientes com DVP (61,7 9,4 vs. 66,8 9,7 unidades arbitrrias, P = 0,04) durante a noite, refletindo maior ativao simptica neste perodo. Estes pacientes tambm apresentavam uma maior durao do diabetes (20 8,1 vs. 15,3 6,7 anos, P = 0,006), nveis de presso arterial sistlica (154 20 vs. 145 20 mmHg, P = 0,04), razo cintura-quadril ( 0,98 0,09 vs.0,92 0,08, P = 0,01), e nveis de HbA1c mais elevados (7,7 1,6 vs. 6,9 1,7 %, P = 0,04), bem como valores de triglicerdeos ( 259 94 vs. 230 196 mg/dl, P= 0,03) e de excreo urinria de albumina ( 685,5 1359,9 vs. 188,2 591,1 /min, P = 0,02) superiores aos dos pacientes sem DVP.. Nos pacientes com DVP observou-se uma presena aumentada de nefropatia diabtica (73,3% vs. 29,6% P = 0,0001), de retinopatia (73,3% vs. 44,4% P = 0,02) e neuropatia perifrica (705 vs. 35,1% P = 0,006). Os grupos no diferiram quanto idade, ndice de massa corporal, tabagismo e presena de doena arterial coronariana. Na anlise logstica multivariada, a DVP permaneceu associada com a disfuno autonmica, mesmo aps ter sido controlada pela presso arterial sistlica, durao do DM, HbA1c, triglicerdeos e excreo urinria de albumina. Concluindo, pacientes com DVP e DM tipo 2 apresentam ndices que refletem a modulao autonmica diminudos, o que pode representar um fator de risco adicional para o aumento da mortalidade nestes pacientes.

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Introduo: Obesidade pode ser definida como uma condio de acmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo que acarreta prejuzo sade. Em pases desenvolvidos, a obesidade considerada um problema de sade pblica, e pela Organizao Mundial da Sade, uma epidemia global. Esta patologia predispe ao desenvolvimento de outras doenças como: diabetes, hipertenso arterial, dislipidemias, doenças cardiovasculares, cncer, distrbios respiratrios (entre eles apnia do sono), colilitase, esteatose heptica e afeces osteoarticulares. Em adolescentes e crianas, a obesidade contribui com mais de um tero das consultas endocrinolgicas peditricas (5). Dados americanos referentes ao excesso de peso durante a adolescncia indicam que jovens com ndice de massa corporal (IMC) elevado apresentam maior risco de desenvolver hipertenso, dislipidemia, intolerncia glicose e doenças crnicas como, por exemplo, doena cardiovascular. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 70 bilhes so gastos anualmente em obesidade, enquanto que doenças como diabetes e doena coronariana consomem apenas 50 bilhes de dlares. Em outros pases, os gastos com obesidade representam uma proporo expressiva dos oramentos destinados sade: 4% na Holanda, 3,5% em Portugal, 2,5% na Nova Zelndia, 2% na Austrlia, 2,4% no Canad e 1,5% na Frana. Tratando-se exclusivamente de crianas e adolescentes, em 1979-1981, o sistema americano de sade gastou, em mdia, 35 milhes de dlares com tratamento da obesidade e, em 1997-1999, os custos chegaram a 127 milhes.A elevao dos custos est diretamente relacionada ao aumento da prevalncia de obesidade, ocorrida nos ltimos anos. No Brasil, segundo dados do Plano de Oramento Familiar, havia 38 milhes de brasileiros com excesso de peso e 10,3 milhes com obesidade em 2003. Objetivos: estimar a prevalncia de excesso de peso em adolescentes em uma amostra representativa da Cidade de Porto Alegre. Alm de calcular taxas de prevalncia de obesidade, sobrepeso e adiposidade utilizando diferentes pontos de corte internacionais para circunferncia da cintura, razo cintura quadril, razo cintura-altura, percentual de gordura corporal e ndice de massa corporal. Material e mtodos: este estudo transversal de base populacional incluiu adolescentes, entre 12 a 19 anos, que residiam em Porto Alegre. Os adolescentes foram selecionados atravs de amostragem aleatria de base populacional. A coleta dos dados se deu atravs de entrevista domiciliar utilizando questionrio padronizado, com questes sobre: idade, sexo, escolaridade, consumo de bebidas alcolicas, tabagismo, freqncia e durao de prtica de hbitos sedentrios. Aferiu-se peso (kg), altura (cm), e circunferncia da cintura (CC) em duplicata. Razo cintura-altura (RCA), razo cintura-quadril (RCQ), percentual de gordura corporal (%GC) e IMC [quilos (kg)/altura (m)2] tambm foram calculados. A anlise dos dados incluiu as distribuies de percentis para cada varivel antropomtrica, regresso linear para calcular coeficiente de determinao, e anlise de varincia para calcular mdias e desvios-padres para idade e sexo. As taxas de prevalncia e intervalos de confiana de 95% (IC 95%) foram calculadas utilizando-se padronizao direta. Clculo de tamanho da amostra determinou que 183 adolescentes deveriam ser estudados para que, com intervalo de confiana de 95%, fossem detectadas prevalncias de 22%, com erro de 4%. Resultados: Cento e dois meninos e 99 meninas foram avaliados nesta anlise interina, correspondendo a 25% da amostra global. A distribuio por idade e sexo foi comparvel a do IBGE para adolescentes de Porto Alegre. As distribuies dos percentis 85 e 90 para IMC, CC, RCQ caracterizaram pontos de corte que incluam valores anormais para indivduos adultos. Um total de 20,9% dos meninos e 22,1% das meninas apresentavam sobrepeso e 7,9% e 4,6% obesidade, respectivamente. O IMC apresentou correlao mais forte com CC e RCA (r 0,80) do que com RCQ (r=0,33); e associou-se significativamenye com %GC (P,0,001). Detectaram-se associaes estatisticamente significativas de CC, RCQ e %GC com sexo, e RCQ com idade e sexo, mas no houve interao entre sexo e idade. Concluso: esta amostra de adolescentes permitiu detectar prevalncias de sobrepeso e obesidade que esto entre as descritas em outros pases e mesmo em outras partes do Brasil. Os percentis 80 a 85 dos ndices antropomtricos podem capturar um risco mais elevado para apresentar outros fatores de risco cardiovasculares. Unitermos: prevalncia, adolescente, obesidade, sobrepeso, circunferncia da cintura, razo cintura-quadril, razo cintura-altura.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.

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Objetivos: Determinar a dose eritematosa mnima (DEM) medida por exposio controlada radiao ultravioleta-B (RUV-B), como limiar para dano solar agudo nos diversos fototipos, e medir a cor da pele constitucional pelo sistema colorimtrico CIELAB. Pacientes e Mtodos: Um total de 194 voluntrios, sadios, com idades acima de 18 anos, distribudos em um mnimo de 30 participantes por fototipo. Todos foram classificados por fototipos segundo os critrios de Fitzpatrick. As regies infra-axilar torcica e ndega foram irradiadas em 4 reas de 1 cm2, assim como foi registrada a cor da pele desses locais pelo sistema CIELAB. Delineamento: Estudo transversal. Resultados: A mdia de idade dos participantes foi de 38 anos, sendo 68% do sexo feminino. A avaliao da associao entre as medidas das DEMs e dos valores colorimtricos da coordenada L*, mostrou uma correlao de Pearson negativa com r = -0,91 para um valor p<0,05. Para os valores das DEMs e os escores da classificao dos voluntrios por fototipos, obteve-se correlao de Spearman (rs) de +0,95 para p<0,05 e, correlacionando os valores colorimtricos com os escores dos fototipos, encontrou-se em trax um rs de -0,93 e em ndega -0,92 para um p < 0,05. Concluses Concluiu-se que: 1)- a mensurao dos valores colorimtricos da coordenada L* nas regies infra-axilar torcica e ndega mostraram uma forte correlao com os valores das DEMs, sendo de menor poder invasivo e de maior praticidade para mensurao de sensibilidade radiao ultravioleta; 2)- apesar de os escores de Fitzpatrick terem alta correlao com os valores das DEMs, mostraram superposio de valores nos fototipos adjacentes; 3)- o grau de associao das classes dos fototipos com a cor da pele permite dizer que a categoria numrica do fototipo aumenta medida que a pele fica mais escura.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao freqente do diabete melito (DM) e acarreta grande morbi-mortalidade. A preveno desta complicao ser mais efetiva se os indivduos de maior risco, que se beneficiariam de tratamento intensivo dos fatores risco modificveis, fossem precocemente identificados. A microalbuminria, definida por valores de excreo urinria de albumina (EUA) de 20-199 g/min, ainda o melhor marcador da instalao e progresso da ND, alm de ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças macrovasculares. Estas associaes podem ser explicadas pela teoria de que a microalbuminria representa, na verdade, dano endotelial generalizado. A albuminria nos limites superiores da normalidade tambm est associada ao desenvolvimento futuro de micro- e macroalbuminria. Alm disso, existe uma associao entre albuminria normal-alta, doena cardiovascular e mortalidade geral em indivduos com e sem DM. A EUA tem correlao direta e contnua com o desenvolvimento de doena renal e cardiovascular, sem um ponto determinado a partir do qual ocorreria um aumento mais importante do risco. No entanto, na prtica clnica se faz necessrio o estabelecimento de um valor crtico para guiar o tratamento dos pacientes. Algumas evidncias apontam para valores de EUA em torno de 10 g/min como um novo ponto de corte para o diagnstico de microalbuminria.Concluindo, a associao entre a EUA e os desfechos renais e cardiovasculares parece ser contnua e j est presente at mesmo com nveis de EUA considerados normais. A adoo do valor de 10 g/min como de risco poder identificar os pacientes que deveriam receber tratamento mais precoce e agressivo dos fatores de risco modificveis.

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A desnutrio protica provoca efeitos deletrios sobre o metabolismo, principalmente quando imposta em perodos de crescimento e desenvolvimento corporal, em decorrncia de alteraes bioqumicas e hormonais. Muitos estudos, utilizando modelos de desnutrio materna, sugerem uma srie de adaptaes bioqumicas nos filhotes, cujas repercusses na vida adulta podem tornar-se importantes fatores de risco para doenças como Diabetes mellitus tipo ll, hipertenso e doena coronariana. Neste trabalho investigamos os efeitos da desnutrio protica imposta nos perodos pr-gestacional - gestacional - lactacional, bem como nos perodos gestacional e lactacional sobre alguns parmetros do metabolismo heptico, cerebelar e perfil lipdico plasmtico de ratos Wistar de 21 dias de idade. Os animais desnutridos (dieta: 7% de casena) foram divididos em trs grupos: a) pr-gestacional, gestacional e lactacional (grupo denominado PGGL); b) gestacional e lactacional em cuja dieta foi adicionada metionina (denominado GL(+)M); c) gestacional e lactacional sem adio de metionina dieta (denominado GL(-)M) e d) grupo controle (dieta: 25 % casena). Os pesos corporais dos filhotes foram verificados no 1, 7, 14 e 21 dias aps o nascimento e o peso do fgado, crebro e cerebelo apenas no 21 dia de vida ps-natal. Observamos que os ratos desnutridos apresentaram menor peso corporal aps o primeiro dia do nascimento. Aos 21 dias os ratos do grupo PGGL e do grupo GL(+)M no apresentaram diferena de peso entre si, contudo apresentaram peso inferior ao do grupo controle. O grupo GL(-)M apresentou uma diminuio ponderal em todos os parmetros avaliados. Hipoglicemia e hipoalbuminemia foram observadas em todos os grupos de ratos desnutridos. A concentrao de DNA cerebelar de ratos do grupo GL(-)M foi superior observada em todos os outros grupos; no entanto, nestes animais a concentrao cerebelar de protenas foi inferior aos demais grupos experimentais. No fgado, a concentrao de DNA dos grupos PGGL e GL(+)M no diferiu do controle, enquanto o grupo GL(-)M apresentou os menores valores A concentrao de protenas hepticas no grupo controle e no grupo GL(+)M foi semelhante, porm superior observada nos grupos PGGL e GL(-)M. A concentrao heptica de glicognio foi superior nos ratos do grupo PGGL, sendo que nos dois outros grupos de animais desnutridos foi inferior ao controle, porm no se observou diferena entre eles. Todos os grupos desnutridos apresentaram maior concentrao heptica de colesterol, sendo o maior valor encontrado no grupo GL(+)M. Os grupos PGGL e GL(+)M apresentaram os maiores valores de triglicerdeos hepticos e o grupo GL(-)M, o menor valor. No plasma, a maior concentrao de colesterol, HDL-c e LDL-c foi observada no grupo PGGL, enquanto que a concentrao de triglicerdeos do grupo GL(-)M foi superior aos dois outros grupos de animais desnutridos e no diferiu do controle. Os resultados obtidos sugerem que os animais expostos desnutrio protica nos perodos de desenvolvimento podem, na vida adulta, apresentar fatores de risco para vrias doenças crnico-degenerativas relacionadas com a Sndrome Metablica.