37 resultados para Mulheres Aspectos sociais


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o tema desta pesquisa so concepes e prticas de iniciao sexual-afetiva de jovens moradores de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador (Brasil). O meu objeto de anlise so representaes sociais destes jovens entrevistados acerca de suas experincias afetivas, amorosas e/ou sexuais, a partir de suas narrativas sobre sua primeira experincia amorosa. Entendendo que os significados que estruturam e so atualizados nas relaes afetivas e nas prticas sexuais dos jovens so fornecidos pela cultura, investiguei em que medida as relaes de gnero e os diferenciais dados pelo pertencimento a diferentes segmentos sociais (popular ou mdio/alto) determinam diferenas nas representaes destes jovens acerca da sexualidade. As principais concluses apontam para a existncia de sistemas de significados sexuais diferenciados, em primeiro lugar, pelas relaes de gnero e, em segundo, pelo segmento social. Mulheres e homens falam de suas relaes amorosas e de sexo de maneiras distintas: os discursos femininos centram-se na contextualizao afetivo-romntica de suas relaes, enquanto os discursos masculinos enfocam a capacidade tcnica-corporal para o desempenho do ato sexual. O material aqui analisado constitui uma parte dos dados oriundos de uma etapa qualitativa de um projeto de pesquisa intitulado "Gravidez na Adolescncia: Estudo Multicntrico sobre Jovens, Sexualidade e Reproduo no Brasil" (G,RAVAD) desenvolvido pelo IMS-UERJ, MUSA-UFBA e NUPACS-UFRGS.

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O gerenciamento de recursos hdricos visa solucionar conflitos resultantes do uso intensivo da gua, resultado do crescimento econmico e populacional, bem como assegurar que a gua, recurso natural, finito e insubstituvel vida, se mantenha com oferta adequada e preserve as funes hidrolgicas, biolgicas e qumicas dos ecossistemas. Um dos instrumentos de suporte para esta atividade a outorga de uso, licena emitida pelo Estado, para que o usurio possa derivar determinados volumes de gua para atender suas necessidades. Para a instruo de um processo de outorga, necessrio o cotejo de duas grandezas fundamentais: a disponibilidade hdrica (oferta) e a demanda. A demanda pode ser estimada a partir do cadastramento de usurios, dinmico e contnuo no tempo. A disponibilidade hdrica varia no tempo e no espao e estimada a partir da avaliao do regime hidrolgico da bacia. Esta a informao bsica de apoio deciso e possui diversas interpretaes, funo de particularidades jurdicas, sociais, ambientais e econmicas de cada regio. Sendo assim, o objetivo da presente tese se insere na fase inicial de instruo do processo de outorga (planejamento) e a contribuio se concentra na avaliao de aspectos tcnicos e conceituais que embasam duas etapas relativas (i) avaliao de disponibilidades hdricas para outorga, definidas por curvas de permanncia de vazes e considerando os aspectos de variabilidade, sazonalidade, aleatoriedade e erros de estimativas; (ii) gerenciamento da outorga, considerando o equacionamento do problema de outorga para atendimento da demanda, bem como a avaliao da influncia de diferentes aspectos no atendimento da demanda e na conservao ambiental, atravs do balano hdrico do sistema. Para o desenvolvimento da pesquisa foram utilizados dados fluviomtricos existentes das bacias dos rios Vacaca, Vacaca-Mirim, Pardo, Pardinho e Baixo Jacu, pertencentes bacia do rio Guaba, no Rio Grande do Sul. Os estudos com simulao de outorga foram aplicados s sees de referncia definidas em estudo anterior na bacia do Baixo Jacu. Foram estudados dois critrios para obteno da curva de permanncia de vazes. O primeiro aceita a hiptese de que a curva representa o risco ou probabilidade no perodo da amostra. Neste critrio, tradicionalmente utilizado em hidrologia, a freqncia de excedncia calculada pelo processamento conjunto de toda srie histrica de vazes. O segundo critrio aceita a hiptese de que cada ano um evento hidrolgico independente e prev o clculo de uma curva de permanncia de vazes para cada ano. Neste critrio, a disponibilidade hdrica caracterizada pela mdia das curvas e respectivo intervalo de confiana, o qual representa a variabilidade interanual das vazes. Para considerao da sazonalidade, foi adotado o critrio de clculo das curvas de permanncia obtidas para cada ms do ano. Para o cotejo entre a disponibilidade hdrica (vazo de referncia) e a demanda, foi utilizado um modelo de balano hdrico otimizado, considerando todo sistema e vazes de referncia como disponibilidade, desenvolvido em planilha eletrnica. A aplicao do modelo, considerando a variabilidade e sazonalidade da disponibilidade hdrica e diferentes critrios de outorga, permitiu avaliar oito diferentes aspectos do problema de outorga e concluir pela adequabilidade da tcnica para seu planejamento, bem como anlise de cenrios futuros e cenrios de racionamento. A grande diferena entre os valores outorgados com as disponibilidades estimadas pelos critrios da srie toda e do ano a ano, indica que ambos devem ser considerados no planejamento da outorga, embora no sejam concorrentes entre si e a escolha entre eles reflita o risco a ser selecionado pelos planejadores para a outorga. Posteriormente, foi realizada uma anlise do desempenho do modelo de proporo de reas e de uma verso modificada deste, para transferncia de informaes fluviomtricas de uma seo com dados para outra sem, a partir de uma pequena amostragem no local. Os resultados mostraram que o modelo modificado uma tcnica potencialmente mais adequada, para a sntese de informaes em locais com poucos dados, do que a simples proporo de reas e de tcnicas de regionalizao. Isso porque consegue sintetizar a influncia de particularidades relativas a fatores antropognicos, geomorfolgicos e pedolgicos. Foram realizadas, tambm, simulaes de verificao das conseqncias ambientais das outorgas planejadas com o modelo otimizado, que mostraram que o critrio de outorga, baseado em vazes de referncia, pouco agressivo ao ambiente. Isso devido fraca influncia na alterao do padro de pulsos hidrolgicos dos rios, devendo-se, porm, tomar cuidado quando do seu uso em sistemas sujeitos a obras de regularizao.

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Este estudo tem como objetivo principal investigar as representaes sociais do lugar de professores, arquitetos e crianas com relao escola. Teoricamente, desenvolve-se ao redor de dois grandes eixos: a teoria das Representaes Sociais e a Psicologia Ambiental, combinadas no constructo de Representaes Sociais do Lugar. O trabalho divide-se em trs estudos: o primeiro discute uma experincia da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e seu projeto arquitetnico para uma escola construtivista. O segundo e o terceiro estudos investigam as representaes de professores de escolas pblicas e particulares, arquitetos e crianas com relao ao lugar escola, e como estas representaes estruturam-se. Os resultados do primeiro estudo indicaram que a experincia de uma arquitetura construtivista desenvolveu-se a partir de trs eventos, a saber, o Legal, o denominado Implementao de um projeto arquitetnico-construtivista e o Poltico, baseados em uma concepo de autonomia da criana e na oposio ao papel higinico-assistencial da escola. No segundo estudo, observaram-se diferenas entre as representaes de professores pblicos, particulares e arquitetos. Professores pblicos representaram a escola como um lugar de ensino e servios, enquanto professores de escolas particulares a entendem como um lugar de desenvolvimento. Para os arquitetos, as representaes do lugar escola configuraram-se em torno de aspectos fsicos. No caso das crianas, as de escola pblica representam-na como um lugar assistencial, enquanto as de escola particular, como um lugar pedaggico. Os resultados indicam uma representao diferenciada do lugar escola para os trs grupos estudados, principalmente quanto aos seus objetivos.

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A presente dissertao resulta de uma pesquisa em que se discute como determinadas jovens escolares aprendem estratgias para cuidar do corpo, nos dias de hoje. Utilizo a abordagem da anlise cultural, tal como desenvolvida pelos Estudos Culturais e de Gnero, que se aproximam do Ps-Estruturalismo de Michel Foucault, para examinar depoimentos de 18 mulheres jovens entre 13 e 15 anos, estudantes da 8 srie do ensino fundamental e 1 ano do ensino mdio do Colgio de Aplicao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAP/UFRGS). Esses depoimentos foram produzidos no contexto de discusses conduzidas em grupos focais, as quais foram gravadas e, posteriormente, transcritas para anlise. Exploro as falas das jovens tomando como base os conceitos de cultura, discurso, gnero e poder, com o propsito de analisar os diferentes modos pelos quais o cuidado com o corpo significado. Discuto quais so as prticas que as jovens privilegiam quando cuidam do corpo, que discursos se articulam para configurar tais prticas e, finalmente, como o gnero institui e atravessa as relaes de poder/saber no mbito destas formaes discursivas. As anlises desenvolvidas permitem-me dizer que determinados atributos como a forma fsica e a aparncia que ela revela so elevados a marcadores sociais importantes na classificao e na hierarquizao dos estilos de vida contemporneos. As estratgias para cuidar do corpo esto relacionadas com os desenvolvimentos tecnolgicos, cientficos ou mercadolgicos que procuram lhes dar sentido. Alm disso, as aprendizagens parecem resultar de investimentos num conjunto de estratgias direcionadas s mulheres (principalmente). Dessa forma, tais aprendizagens configuram, cada vez mais cedo um jeito especfico de cuidado e controle destes corpos, relacionados alimentao, s dietas, aos exerccios fsicos e ao vesturio. A relevncia das anlises dos depoimentos em torno das questes do cuidado pode ser percebida nas muitas hesitaes demonstradas pelas jovens nesses depoimentos. Em particular, quando pensam em cuidar do corpo - entre o fazer e o no fazer, entre o prazer e o risco. Problematizaes como essas so interessantes na medida em que desestabilizam a unidimensionalidade dos processos de se tornar mulheres e homens jovens. Sugiro, ainda, que pensar nas transformaes no cuidado problematizar o que se espera que seja cuidado, o modo de cuidar e, principalmente, o que efetivamente objeto de cuidado. Enfim, a discusso da temtica do cuidado permite pensar a mudana em ns mesmos na nossa sociedade.

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Este estudo insere-se em um Programa Interdisciplinar de Pesquisa (PROINTER), em que a temtica geral fundamentada na Evoluo e diferenciao da agricultura, transformao do meio natural e desenvolvimento sustentvel em espaos rurais do sul do Brasil. O PROINTER um acordo de cooperao entre Universidades brasileiras (UFRGS e UFPR) e francesas (Bordeaux 2, Paris 7 e Paris 10), agregando pesquisadores de vrias reas do conhecimento com o intuito de inter-relacionar os diferentes olhares na busca de solues para o desenvolvimento dos municpios da Metade Sul do Rio Grande do Sul. A rea inicial de pesquisa formada pelos municpios de Arambar, Camaqu, Canguu, Chuvisca, Cristal, Encruzilhada do Sul, Santana da Boa Vista e So Loureno do Sul. A rea da sade, no contexto do PROINTER, fundamenta-se na perspectiva das Interfaces entre a Sade Pblica e a Antropologia em torno das Desigualdades Sociais no Meio Rural, priorizando segmentos mais fragilizados da populao, como os idosos. O presente estudo, portanto, objetivou caracterizar atravs de um enfoque sociodemogrfico e epidemiolgico as condies de vida e sade dos idosos do meio rural de Arambar, bem como, as concepes que envolvem o envelhecimento e a qualidade de vida. A metodologia para alcanar os objetivos combina a anlise quantitativa com a qualitativa, privilegiando o delineamento epidemiolgico do tipo seccional. A coleta de dados foi atravs de roteiro de entrevista com questes quantitativas e qualitativas. Os dados quantitativos foram analisados atravs do software Epi-Info 6.4 e os qualitativos por anlise de contedo. Os resultados mostraram um nmero maior de homens idosos do que mulheres no meio rural e, de forma geral, uma insero socioeconmica precria: baixa escolaridade, renda familiar reduzida, segregao em espaos rurais delimitados por latifndios, condies sanitrias deficientes. O enfrentamento dessas condies a continuidade no trabalho agrcola, mesmo para aqueles que so aposentados. Os problemas de sade so basicamente doenas crnicas, comuns ao envelhecimento, mas h problemas que se ocultam na definio do que patolgico e do que inerente ao trabalho, como as dorsopatias. As redes de apoio ao idoso limitam-se s relaes familiares que so influenciadas pelo contexto rural e pelas suas trajetrias pessoais. Essa influncia define tambm preconceitos, valores, tabus e as diferentes concepes de envelhecimento e qualidade de vida, como auto-imagem, sexualidade, limitaes, entre outros. O estudo mostra uma heterogeneidade nas formas de envelhecer no meio rural construda pela inter-relao de fatores que permite, a partir de suas informaes, influenciar em polticas pblicas locais direcionadas aos idosos do meio rural do municpio, bem como, subsidiar a construo da problemtica de pesquisa do PROINTER, considerando no somente as condies materiais de existncia, mas tambm, os aspectos socioculturais que influenciam e so influenciados pelas dinmicas de vida e sade dessa populao e definem as desigualdades sociais existentes.

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O presente estudo trata da organizao dos horrios de trabalho em turnos fixos, analisando seu impacto na qualidade do sono, na utilizao do tempo livre pelo trabalhador e de aspectos relacionados sua percepo quanto sade. A pesquisa foi realizada com auxiliares do setor de impresso e acabamento de uma grfica e editora localizada na cidade industrial, em Curitiba no estado do Paran. Para avaliar a qualidade do sono, das relaes sociais e da sade, utilizou-se a verso traduzida do Standard Shiftwork Index (SSI) (JAFFE; SMOLENSKI; WUN, 1996). Para a identificao do cronotipo (vespertinidade/matutinidade) foi utilizado o questionrio de Horne e Ostberg (1976). Os resultados demonstraram no haver diferenas significativas entre os trs turnos quando comparados os valores mdios dos escores de cada constructo, com exceo para as atividades sociais e familiares. Quando analisadas separadamente, cada questo do SSI referente ao sono, algumas tendncias indicaram que quando o cronotipo relacionado com o turno de trabalho, existem percepes diferentes quanto qualidade do sono. Foi constatado tambm nos trs turnos um anseio dos trabalhadores por um dia a mais de folga na semana, pois o descanso semanal no suficiente para reparar a fadiga ocasionada pelo trabalho, principalmente para os trabalhadores do terceiro turno.

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A premncia da entrada no "sculo biotecnolgico" acabou provocando o engendramento de distintos posicionamentos em relao possibilidade de incorporao das novas biotecnologias ao modus operandi das sociedades. Fenmeno global, diga-se de passagem, mas que alcanou singular destaque no estado do Rio Grande do Sul face tentativa de criao da primeira "zona livre de transgnicos" do mundo. A hiptese de configurao de um espao de disputas estabelecido em torno das subjetividades envolvidas nas lutas pela imposio da definio legtima das biotecnologias aliada aventada desigualdade de foras e s distintas estratgias investidas pelos agentes em disputa, uma vez que, a partir de uma localizao particular na estrutura de distribuio de poderes biotecnolgicos, os mesmos pretendem afirmar diferentes imagens de agricultura, desenvolvimento, sociedade e natureza, e, ainda, a adoo do pressuposto da herana de uma tal estrutura, que se constituiria em uma continuidade em relao s lutas tecnolgicas ocorridas no contexto da agricultura no estado gacho entre as dcadas de 1970 e 1990, acabaram tornando oportuna a instrumentalizao das noes de espao social, habitus e violncia simblica, de Pierre Bourdieu. Por outro lado, a percepo de que os distintos posicionamentos assumidos pelos agentes estabeleciam relaes diretas com tambm distintas apreenses de risco e impactos acabou precipitando uma aproximao s discusses em torno da modernidade reflexiva, e da o acrscimo da noo de renaturalizao ao trabalho. Uma constante reviso documental, bem como a realizao de entrevistas com os agentes envolvidos nas disputas, forneceram o material necessrio analise do problema de pesquisa Em decorrncia de uma tal anlise, pode-se compreender a partir de que princpios e propriedades possvel falar da grande polarizao estabelecida entre os "agentes do otimismo tecnolgico" e "crticos da cautela" em torno da soja geneticamente modificada e apreender como, relacionalmente, os mesmos agentes associam tais inovaes a distintos e distintivos signos, aparentemente inconciliveis, entre os quais: sade/doena, bem/mal, vida/morte, seguro/arriscado, biologia molecular/agroecologia e soja Roundup Ready/transgnico caboclo. Ademais, o peso da estrutura de distribuio de poderes biotecnolgicos que, inicialmente (1999), emitia esparsos sinais de resistncia atravs da coero fsica exercida pelos produtores rurais sobre os fiscais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, cede lugar, lentamente, doce e suave violncia da ordem, imposio de uma verdade universal sobre as biotecnologias que acaba se projetando em nvel nacional a partir de uma sucesso de medidas provisrias e leis liberando o plantio da soja transgnica.