79 resultados para Metais tóxicos
Resumo:
A tecnologia de produo agrcola convencional est baseada no alto consumo de energia fssil o petrleo , devido, principalmente, ao uso intensivo de fertilizantes qumicos, agrotóxicos, maquinaria pesada e combustveis. Este modelo agrcola no vivel no longo prazo por dois motivos: alm de ser de baixa eficincia energtica, os aumentos crescentes do preo da energia, devido perspectiva de escassez (recurso finito), afetam cada vez mais os custos de produo agrcola, tornando os preos dos produtos agrcolas proibitivos para a maioria das populaes. Em segundo lugar, este modelo tem contribudo para a depauperizao do solo (capital bsico), atravs do desequilbrio biolgico e desestruturao fsica, alm da contaminao ambiental e dos produtos produzidos. Dentro deste contexto, este trabalho procura mostrar a importncia da anlise da eficincia energtica na empresa rural, ao lado da anlise econmica. Atravs da programao linear, analisa a mxima eficincia energtica e mxima eficincia econmica na empresa e respectivas estruturas de produo e consumo de recursos, considerando as variaes no preo da energia. As principais concluses foram: com a tecnologia hora em uso na agricultura, uma eficincia econmica mxima da empresa rural, est associada uma eficincia energtica mnima; a eficincia energtica varia em sentido inverso eficincia econmica; a medida que o preo da energia aumenta, a eficincia energtica aumenta, a eficincia econmica cai, os recursos produtivos mais intensivos energeticamente (principalmente fertilizantes qumicos), tornam-se menos competitivos, cedendo lugar aos menos intensivos energeticamente, como os adubos orgnicos Por fim, relaciona-se algumas sugestes para futuros trabalhos, enfocando principalmente o uso de tecnologias alternativas de produo, como: adubos orgnicos, trao animal, rotao e diversificao de culturas, adubao verde, energias alternativas, etc, com o intuito de: aumentar a eficincia energtica, buscando a independncia energtica da empresa; melhorar o equilbrio biodinmico do solo, para garantir a produtividade no longo prazo; evitar a contaminao ambiental e do prprio homem, procurando produzir produtos biologicamente sadios, livres de resduos tóxicos e, assim, garantir uma agricultura verdadeiramente autosustentvel.
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No Brasil, a idia original era de se utilizar o gs natural como substituto do leo diesel para o uso na frota de veculos pesados nos centros urbanos. Esta idia deu lugar a uma maior difuso do uso de gs natural na frota de veculos leves, em funo de algumas dificuldades inerentes ao mercado do gs natural como substituto do leo diesel, tais como a pequena diferena de preos entre o leo diesel e o gs natural. Com a liberao do uso de gs natural para veculos a gasolina, a partir de 1992, e o crescimento de postos de abastecimento, tem-se notado um grande aumento de veculos convertidos, nas cidades onde o combustvel encontra-se disponvel, como Porto Alegre. Devido ao aumento de veculos convertidos, decidiu-se elaborar um trabalho que descreve os principais componentes dos Kits de converso encontrados atualmente no mercado para os veculos equipados com carburador e injeo eletrnica, assim como procedimentos para a correta instalao destes componentes. Simultaneamente efetuou-se testes em veculos convertidos para o uso do gs natural, com a obteno de curvas de potncia as quais estabelecem um comparativo entre a utilizao de gasolina e gs natural. Tambm foram feitas anlises quanto a emisses de gases tóxicos dos veculos convertidos e a verificao do fator Lambda responsvel pela mxima potncia ao utilizar-se gs natural como combustvel Sendo assim, tem-se como objetivos neste trabalho, a anlise do desempenho de veculos adaptados para o uso do gs natural em relao a veculos alimentados com combustveis lquidos, descrevendo detalhadamente os elementos necessrios para a converso de um veculo, procedimentos bsicos para uma converso eficiente e segura, e vrios testes de veculos relacionando o uso do gs natural comparativamente ao uso de combustvel lquido. O trabalho concludo com a indicao dos Kits de converso mais eficientes alm da demonstrao de algumas tcnicas de regulagem baseadas nos resultados obtidos nos testes com os veculos convertidos, as quais visam a reduo da perda demasiada de potncia, a reduo do consumo de combustvel gs e a reduo das emisses de gases tóxicos.
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As solues aquosas obtidas aps o tratamento final de efluentes de processos de eletrodeposio de Cd contm baixas concentraes de ons Cd2+. Neste trabalho determinaram-se as melhores condies para a utilizao de eletrodos de carbono vtreo reticulado (CVR) no polimento destas solues. A eletrodeposio do on Cd2+ sobre eletrodo de carbono vtreo reticulado de porosidades distintas, 30, 60 e 100 ppi, com e sem recobrimento com polipirrol, foi investigada em solues aquosas aeradas de cido sulfrico e sulfato de potssio em pH 4,8. Sob condies potenciostticas, uma elevada eficincia de remoo foi obtida para solues contendo 5 e 10 mg L-1 de on Cd2+, na faixa de potenciais entre 0,9 e 1,1 V para CVR e em 3,0 V para CVR recoberto com polipirrol (CVR-PPy0). Aps cada experimento de eletrodeposio, a diminuio da concentrao do on Cd2+ no eletrlito foi monitorada por voltametria de redissoluo andica. Neste experimenteo, empregando um eletrodo de gota pendente de mercrio sendo estes resultados comparados com medidas por espectrometria de emisso atmica (ICP). Para o eletrodo de CVR, neste intervalo de potenciais, -0,9 e 1,1 V, a eletrodeposio do on cdmio controlada por transporte de massa e a concentrao de ons cdmio varia exponencialmente com o tempo, seguindo uma cintica de pseudo primeira ordem. Para a concentrao 10 mg L-1 e usando eletrodo de CVR 30 ppi, as eficincias de corrente e de remoo determinadas a -1,1 V aps 30 minutos de eletrlise foram, 38 % e 97% , respectivamente. Para eletrodo de CVR 60 ppi foram encontrados 30 % e 99 %, respectivamente. Para o eletrodo de CVR-PPy0 a maior eficincia de remoo encontrada foi de 84% aps 90 minutos de eletrlise em 3,0 V, sendo a eficincia de corrente menor do que 2%. A presena de Cd metlico depositado na superfcie do eletrodo de CVR e CVR-PPy0 depois da reduo em 1,1 V e 3,0 V, respectivamente, foi confirmada por anlise de Microscopia Eeletrnica de Varredura (MEV) e espectrometria de energia dispersiva (EDS).
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A avaliao do potencial genotxico um importante ndice da ao do homem sobre os corpos dgua, complementando os critrios legalmente exigidos na avaliao da qualidade de guas. A bacia do Lago Guaba a mais importante do Rio Grande do Sul em termos scio- econmicos, concentrando em suas margens mais da metade da populao e 86% da produo do estado. Esse estudo avaliou o potencial mutagnico de amostras no concentradas das guas superficiais dos rios que compem a bacia hidrogrfica do Guaba, e do prprio Lago Guaba, pelo ensaio Salmonella/Microssoma. Paralelamente foi analisada a presena de hidrocarbonetos aromticos policclicos (criseno e benzo[a]pireno), de pesticidas (pentaclorofenol, organofosforados e carbamatos), e de elementos inorgnicos, buscando uma possvel correlao desses com os efeitos mutagnicos encontrados. As amostras apresentaram fraca atividade mutagnica, sendo detectado um nico resultado positivo frente a linhagem TA98, na presena de ativao metablica em guas coletadas no lago Guaba prximo a um local de liberao de efluente urbano Foram ainda observados cinco indcios de mutagenicidade, indicando a provvel presena de compostos de ao indireta sobre o DNA, que causam mutaes do tipo substituio nos pares de bases (detectado pela TA100). Os efeitos tóxicos encontrados foram igualmente pouco intensos, podendo estarem relacionados presena de elementos inorgnicos detectados acima dos limites permitidos pela resoluo nmero 20 do CONAMA. Alm disso, observou-se influncia sazonal sobre a resposta mutagnica das amostras de gua da bacia do Lago Guaba. Os resultados nos levam a concluir que os rios que formam a Bacia do Guaba contribuem com uma parte muito pequena da atividade genotxica das guas do Lago Guaba, sendo o grande problema a contaminao por esgoto urbano.
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O descarte no solo uma alternativa vivel de disposio final e aproveitamento agrcola de vrios resduos industriais. Com o objetivo geral de avaliar os efeitos do resduo alcalino dregs+grits (DG) como corretivo de acidez e em atributos de solo, plantas e gua de percolao, foram conduzidos dois experimentos em vasos, a cu aberto. No primeiro experimento, em vasos de 2 L de um Latossolo Vermelho distrfico (camada de 0-20 cm), avaliaram-se as fraes granulomtricas do DG (< 0,30; 0,30-0,84; 0,842,00; >2,00 mm) e o DG integral, em doses baseadas no valor de neutralizao (VN); DG integral com base no ndice PRNT; mistura de CaCO3+MgCO3 e testemunha sem correo. No segundo experimento, em colunas de PVC, contendo as camadas de 0-20 e 20-50 cm de trs solos (Latossolo Vermelho distrfico, Argissolo Vermelho distrfico arnico e Argissolo Vermelho distrfico tpico), foram avaliadas doses de DG de 0, 0,5; 1,0 e 2,0 vezes a necessidade de calagem para atingir pH 6,0 para cada solo, alm de CaCO3+MgCO3 e dose DG 1,0 sem adubao. No primeiro experimento, aps 180 dias, todas as fraes proporcionaram valores de pH superiores a 6,0, com reao mais rpida das fraes mais finas e maior efeito residual das fraes mais grossas. O ndice PRNT se mostrou inadequado para definio de doses do resduo, sendo o VN mais apropriado No segundo experimento, os efeitos imediatos e residuais sobre atributos relacionados acidez do solo, avaliados at 240 dias, aumentaram com as doses do resduo, com resposta dependente do tipo de solo. A concentrao de Na+, mesmo com a dose 2,0 DG, no afetou a estrutura fsica dos solos, enquanto os teores de metais pesados no solo, plantas e guas de percolao no apresentaram diferenas entre os tratamentos. O resduo DG pode ser usado como corretivo de acidez do solo, no apresentando efeitos significativos em atributos de solo, planta e gua relacionados qualidade ambiental.
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Resduos do refino de petrleo dispostos no meio ambiente representam fontes de contaminao por metais pesados e hidrocarbonetos para solos, subsolos, guas superficiais e subterrneas. O presente estudo foi realizado na rea designada Borreiro da Refinaria Alberto Pasqualini, RS REFAP, onde nas dcadas de 70 e 80 foram depositados resduos do refino de petrleo (borra) intercalados com camadas de aterros em volume total da ordem de 100.500 m3. O uso da rea cessou h cerca de 20 anos, estando os materiais, desde ento sujeitos aos mecanismos de atenuao natural. objetivo do trabalho avaliar a situao da rea, relacionando e descrevendo as interaes dos sedimentos e das guas subterrneas com os contaminantes. Para caracterizao geolgica e hidrogeolgica da rea foram realizadas 35 sondagens e construdos 6 poos de monitoramento com profundidades de 5 a 7 metros. Visando avaliar a contaminao do meio ambiente pela disposio de borra, foram amostrados os materiais do depsito, bem como os sedimentos cenozicos que constituem a base do depsito, formada dominantemente por areia fina siltico-argilosa. Tambm foram coletadas, amostras de guas subterrneas do aqfero fretico que juntamente com os sedimentos foram analisadas por Espectrofotometria de Absoro Atmica e por Cromatografia Gasosa. Para caracterizao da distribuio espacial e anlise da mobilidade dos componentes da borra, foram construdos mapas de isoteores e perfis verticais das sondagens, comparando textura dominante e profundidade de cada amostra com seu contedo de contaminante. Foram realizados testes de lixiviao e de solubilizao para avaliar a relao dos contaminantes com os materiais, permitindo classificar as amostras de acordo com a NBR-10.004, determinando, assim as zonas mais impactadas da rea. A caracterizao geolgica e hidrogeolgica serviu de base de dados para a apresentao da disperso dos contaminantes no depsito, nos sedimentos cenozicos e no aqfero fretico. Foi definida a disperso dos contaminantes orgnicos nas fases, livre, adsorvida, residual, gasosa e dissolvida bem como a distribuio dos metais na superfcie, no subsolo e nas guas subterrneas.
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So apresentados os aspectos tericos, prticos e bibliogrficos envolvidos no desenvolvimento da tese de doutorado intitulada Modificao estrutural de bentonitas nacionais: caracterizao e estudos de adsoro. O trabalho consistiu no desenvolvimento de um material adsorvente a partir de bentonitas, do tipo montmorilonitas, modificadas estruturalmente com o objetivo de aumentar sua capacidade de adsoro de poluentes, orgnicos e inorgnicos. O estudo visa incrementar o valor agregado deste recurso mineral e insere-se na rea de tratamento de efluentes lquidos usando adsorventes no tradicionais, eficientes e de baixo custo em substituio ao carvo ativado ou s resinas de troca inica. Foram estudadas as propriedades fsicas e qumicas; distribuio de tamanho de partculas, rea superficial, potenciais eletrocinticos, capacidade de troca catinica, composio mineralgica, morfologia superficial e espaamento basal, bem como as propriedades adsorptivas dos argilominerais no tratados e modificados, no modificadas e pilarizadas respectivamente. Tambm so discutidos os mecanismos de adsoro envolvidos e o desenvolvimento de um reator contnuo (adsoro em flocos) e de separao slido/lquido. As modificaes estruturais dos argilominerais foram realizadas via homoionizao com cloreto de clcio e posterior intercalao com compostos orgnicos com ao quelante de metais. A FENAN, bentonita obtida pela intercalao com Orto Fenantrolina (OF), foi a que apresentou melhor viabilidade tcnica em termos de adsoro, adsoro/dessoro, floculao e de acumulao de poluentes na forma floculada e no floculada. Adicionalmente os estudos de reversibilidade da intercalao revelaram a alta estabilidade da OF na FENAN, em solues fortemente cidas, onde aproximadamente 90% da OF permanece ligada superfcie da argila. A quantidade de OF adsorvida na forma de unidades micelares foi de 112 mg por grama de bentonita a pH 8,5 0,5. A caracterizao das bentonitas, via difrao de Raios X, anlise trmica, microscopia eletrnica de varredura e por microscopia de fora atmica, revelou que as FENAN possuem um comportamento estrutural muito estvel ao longo da seqncia de adsoro/dessoro e que aps a adsoro de poluentes inorgnicos, o quelato metlico formado apresenta alta estabilidade dentro da estrutura da organobentonita. A capacidade de acumulao alcanada nas FENAN foi de 110 mg de Cu/g de bentonita, valor superior de diversos materiais adsorventes alternativos propostos em outros trabalhos similares. Os estudos de acumulao das FENAN floculadas FENANFLOC, indicaram que a presena de floculante, na quantidade utilizada, no afeta significativamente a capacidade de remoo das bentonitas modificadas. Este comportamento apresentado, permitiu o desenvolvimento do Reator Expandido de Flocos Adsorventes (REFA), cujas caractersticas e parmetros operacionais so discutidos em detalhe. Finalmente, os resultados so discutidos em termos dos fenmenos interfaciais envolvidos e dos potenciais prticos deste novo adsorvente e da nova tcnica de adsoro em flocos no REFA.
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Este trabalho objetiva avaliar a contaminao das guas subterrneas em uma rea de disposio de resduos, originados, principalmente, nas indstrias pertencentes ao ramo coureiro-caladista, a partir da comparao dos resultados das anlises fsicas e qumicas realizadas em amostras de gua subterrnea do aqufero fretico jusante da rea, com os padres de potabilidade da gua estabelecidos na legislao vigente e com as caractersticas das guas subterrneas do aqufero montante da rea de disposio de resduos, atravs da determinao dos seguintes parmetros: condutividade, SDT, Eh, pH, OD, temperatura, DQO, alcalinidade, turbidez, SST, cloreto, sulfato, nitrato, ferro, mangans, cromo, sdio, magnsio, potssio, clcio, cdmio, cobre, chumbo, zinco e nquel. Objetiva, tambm, quantificar os diferentes tipos de resduos dispostos na rea e fornecer subsdios tcnicos para o Sistema de Gerenciamento de Resduos Slidos Industriais da FEPAM, no que tange ao monitoramento da qualidade das guas subterrneas em reas de disposio de resduos slidos. A rea estudada a UTRESA - Usina de Tratamento de Resduos S/A, que abrange 29 ha e est localizada no extremo sudoeste do municpio de Estncia Velha- RS. A metodologia utilizada consistiu das seguintes etapas: quantificao dos resduos depositados na rea, seleo e instalao de nove poos de monitoramento, realizao de quatro amostragens das guas subterrneas, no perodo compreendido entre junho de 1999 e maro de 2000 e tratamento dos dados, com a determinao de ndices de qualidade de gua subterrnea para cada poo de monitoramento. O monitoramento demonstrou que alguns parmetros amostrados nos diferentes poos de monitoramento no atenderam os valores recomendados para a potabilidade das guas pelo Ministrio da Sade e pela Organizao Mundial da Sade, bem como apresentaram valores superiores quando comparados ao ponto controle, localizado montante da rea, observando-se o pior ndice de qualidade das guas subterrneas no PM 05, devido a presena de cromo, nitrato, sulfato, cloreto, sdio e SDT.
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notrio que esta agricultura moderna, que ainda manejada na maioria das superfcies agrcolas do mundo, mostrou-se insustentvel pela degenerao das condies que a tornam possvel. O processo de converso para uma agricultura mais limpa e sana est tendo cada vez mais adeptos, tanto por parte dos produtores como dos consumidores. O morango uma das frutas pequenas mais importantes e cultivada em diversos pases. No Brasil, o estado do Rio Grande do Sul se destaca como um dos maiores produtores. A carncia de informaes e pesquisas induz a utilizao de produtos tóxicos para garantir a produo causando o aumento da propaganda negativa do morango como uma fruta obrigatoriamente contaminada. Este estudo, de dois anos, discute o processo de transio do cultivo de dois cultivares de morangueiro do manejo convencional para o ecolgico demonstrando seu potencial alternativo para uma agricultura familiar, o estabelecimento do artrpode Tetranichus urticae nos sistemas, o equilbrio na relao planta-solo-ambiente e o comportamento da planta inoculada com fungos micorrzicos arbusculares (FMA). Pode-se deduzir que a diferena de produtividade entre os sistemas tende a diminuir conforme o tempo de cultivo; o peso dos frutos foi superior no sistema convencional e neste sistema tendem a concentrar maior acidez e menor teor em vitamina C; os diferentes cultivares reagem distintamente s prticas realizadas; o nmero de artrpodes presentes nos sistemas no segundo ano de cultivo foi menor; registrou-se importantes espcies de predadores apenas no sistema em transio; a relao simbitica micorrzica beneficiada pelo manejo em transio; e os FMA proporcionam maior contedo de substncias de reserva s plantas, incrementando o desenvolvimento vegetativo das mesmas.
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O grande desenvolvimento da industria eletrnica, aliado ao aumento do consumo de bens pela populao, gera um nmero cada vez maior de equipamentos defeituosos e obsoletos, entre eles as Placas de Circuito Impresso (PCI), as quais precisam ser dispostas. A sucata destas placas representa uma matria prima interessante, pois contm metais e ligas metlicas, o que torna sua reciclagem bastante atraente. Como linha geral, as PCI possuem 49% de materiais cermicos, vidros e xidos, 19% de plsticos, 4% de bromo e 28% de metais. A composio real depende da origem do circuito impresso, assim como do tipo e idade do equipamento. O uso do Processamento Mecnico na reciclagem desse resduo uma alternativa na recuperao dos metais presentes e tambm uma maneira de separar seus vrios componentes, permitindo assim dispor adequadamente este resduo. Neste trabalho as PCI passaram por vrias etapas de processamento mecnico. Primeiramente foram modas abaixo de 1mm e aps foram classificadas, caracterizadas e diferentes fraes foram separadas por densidade. A primeira classificao foi feita por granulometria e gerou trs fraes diferentes: uma menor que 0,25mm, outra entre 0,25 e 0,50mm e outra entre 0,50 e 1,0mm. Aps foi feita uma separao por densidade obtendo-se uma frao rica em metais, em especial o cobre, e outra frao leve composta por polmeros e cermicos As fraes classificadas por granulometria e as fraes leves originadas da separao por densidade foram lixiviadas para caracterizar o resduo a respeito da sua toxicidade antes e depois do processo. O uso do processamento mecnico mostrou-se muito eficiente na recuperao dos metais, pois foi possvel recuperar cerca de 80% dos metais presentes, com destaque para o cobre, que representa quase 75% da frao metlica. Atravs da lixiviao foi determinado que as PCI deveriam ser classificadas como resduos perigosos, pois apresentam uma concentrao de chumbo bem acima do permitido. Aps a separao por densidade foi feito novamente ensaio de lixiviao e embora a concentrao de Chumbo na frao leve tenha diminuido significativamente ela ainda permaneceu acima dos limites estabelecidos pelas normas brasileiras.
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A poluio do meio ambiente por metais pesados apresenta um problema grave devido a sua alta toxicidade e a capacidade de bioacumulao. Tendo em vista o vasto uso do sulfato de cobre em algumas indstrias e nas lavouras do Rio Grande do Sul, e a importncia de se avaliar possveis danos causados nos seres vivos, o objetivo deste trabalho foi determinar o potencial txico do sulfato de cobre em Planria e verificar a utilidade deste organismo para biomonitoramento ambiental. O sulfato de cobre induziu dano dose-dependente no DNA aps exposio aguda e crnica, sendo que o efeito observado a primeira evidncia da genotoxicidade do cobre detectada com o Teste Cometa. A interferncia dos ons de cobre com o processo de reparo do dano no DNA induzido pelo MMS sugere que o cobre poderia modular os efeitos genotóxicos associados com a exposio s misturas complexas no meio ambiente. Monitoramento da cintica do reparo no DNA em planrias mostrou reparo mais lento in vivo em comparao aos dados obtidos em cultura de clulas, acentuando a importncia dos testes in vivo na avaliao do risco associado com a exposio adversa. O contedo da protena hsp60 em planria Dugesia schubarti no foi alterado em resultado da exposio ao cobre, mostrando que no um parmetro adequado para avaliao da contaminao qumica. Animais no tratados apresentaram quantidades detectveis de protena hsp60, revelando um alto nvel basal de expresso desta protena que poderia mascarar possvel induo em resultado da exposio qumica. Contudo, induo da hsp60 foi observada aps choque trmico. A atividade da catalase em planria foi significativamente induzida aps exposio s baixas concentraes de sulfato de cobre, mostrando-se um indicador sensvel para exposio aguda ao cobre e sugerindo possvel uso deste ensaio em estudos com outros agentes oxidantes. A atividade relativamente alta da catalase, detectada nas planrias no tratadas, provavelmente est relacionada com o alto nvel de oxignio dissolvido no seu habitat. A exposio das planrias ao mutagnico conhecido MMS, in vivo, induziu quebras no DNA, de maneira dose-dependente, em concentraes similares com as da referncia em clulas de mamferos, comprovando a sensibilidade do sistema utilizado. A planria se mostrou tambm um organismo bastante apropriado para a deteco de danos no DNA utilizando-se o Teste Cometa, sugerindo que poderia ser til para o monitoromento de efeitos genotóxicos induzidos por agentes qumicos no ambiente aqutico. Os resultados apresentados neste estudo revelam o potencial txico e genotxico do sulfato de cobre em planrias e tambm sugerem que este organismo-teste pode ser considerado um sistema valioso para avaliao da contaminao qumica em estudos ambientais.
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A enzima estudada no presente trabalho delta-aminulevulinato dehidratase (-ALA D), uma enzima sufidrlica, cuja atividade pode ser inibida por uma variedade de agentes bloqueadores de grupos tilicos . A reao catalisada pela -ALA D (formao do composto monopirrlico porfobilinognio) faz parte da rota de sntese de compostos tetrapirrlicos como o grupamento heme, consequentemente a inibio desta enzima implica em alteraes patolgicas decorrentes da inibio da rota de biossntese do heme e ainda resultar no acmulo do substrato ALA, o qual pode ter atividade pr oxidante por estar envolvido na produo de espcies ativas de oxignio. Avaliou-se a susceptibilidade da -ALA D de fgado de peixe e rato frente a inibio por selnio orgnico e inorgnico. Os resultados demostraram claramente que a enzima -ALA D de peixes e mamferos susceptvel a inibio in vitro por compostos orgnicos e inorgnicos de selnio. A anlise comparativa demostrou que a enzima -ALA D de peixes mais resistente a inibio por selnio em relao a de mamferos. Todavia no foi possvel esclarecer as causas deste diferente comportamento. Os resultados demostraram que o sistema de hidroxilao previamente descrito em ratos que acelera cataliticamente a oxidao de DTT na presena de disselenetos tambm ocorre em tecidos de peixe. Neste sistema esto envolvidos fatores enzimaticos, uma vez que este efeito foi anulado pela desnaturao trmica do sobrenadante. O presente trabalho mostra que a enzima -ALA D de peixes e ratos sensvel a inibio; in vitro, por composto de selnio orgnico e inorgnico. A manuteno dos grupos SH do stio ativo da enzima no estado reduzido essencial para a ao cataltica da -ALA D. A inibio da -ALA D causada por selnio orgnico ( (PhSe2) e (BuSe2)) e selnio inorgnico (selenito de sdio) prevenida por DTT. Estes resultados indicam que o selenio orgnico e inorgnico inibe a -ALA D por oxidao de grupos tiis essenciais da enzima. A inibio desta enzima e conseqentes alteraes na rota de sntese de tetrapirris podem ser responsveis pelos efeitos tóxicos de selenetos orgnicos e inorgnicos em peixes e outros animais. Em peixes os efeitos toxicos mais relatados referem-se a deficincias reprodutivas, principalmente na reduo da sobrevivncia larval. Coincidentemente os ovrios so o local de maior acumulao de selnio nos tecido de peixe e o desenvolvimento larval exige intensa atividade da enzima -ALA D.
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Filmes de polianilina (PAni) puros no apresentam propriedades mecnicas satisfatrias quando depositados sobre metais e mergulhados em solues aquosas. Propriedades mecnicas melhoradas podem ser obtidas adicionando um plastificante ao polmero. Neste caso foi utilizado o dodecilfenol (DDPh) e as condies mais adequadas de adio do DDPh a PAni previamente solubilizada em N-metilpirrolidinona (NMP) foram determinadas a partir da avaliao das propriedades dos filmes depositados sobre eletrodos metlicos de ao carbono. As melhores condies foram: adio de 5% de DDPh PAni seguido de aquecimento sob vcuo a 200o C durante uma hora. A PAni sintetizada quimicamente foi utilizada nas condies dedopada e dopada com 5% de cido para-toluenosulfnico (TSA). Tambm foi preparada uma mistura de PAni com poli(orto-metxianilina) (POMA) em diversas propores e igualmente dedopadas e dopadas com 5% de TSA. Os filmes obtidos nestas condies foram analisados por tcnicas variadas (espectroscopia infravermelho, Raman e de massa), testados por tcnicas eletroqumicas (voltametria cclica e medida do potencial de corroso ao longo do tempo) e ensaios acelerados de corroso (nvoa salina e cmara mida) O melhor desempenho como filme protetor contra a corroso foi apresentado pela PAni plastificada com 5% de DDPh e dopada com 5% de TSA. No ensaio de potencial de corroso contra o tempo, este filme foi capaz de manter o potencial do sistema PAni-DDPh-TSA / ao carbono durante sete dias num valor positivo. Filmes da mistura PAni-POMA plastificados e dopados com TSA tambm atuaram conforme um mecanismo do mesmo tipo, porm por um perodo de tempo inferior, demonstrando a influncia da POMA nas propriedades da PAni. Os ensaios acelerados de corroso mostraram que os filmes de PAni plastificados com 5% de DDPh e dopados com 5% de TSA so muito superiores na proteo contra a corroso do ao quando comparados ao filme de PAni pura. No ensaio de nvoa salina o ao revestido pelo filme de PAni plastificado com 5% de DDPh e dopado com 5% de TSA, no apresentou corroso por um perodo de sete dias.
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O entendimento do processo de fabricao por usinagem passa pelo estudo de fenmenos de formao de cavaco, esforos de corte, qualidade superficial do material usinado, mecanismos de desgaste de ferramenta e a influncia de parmetros de corte e tipo de material usado sobre essas variveis. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho analisar os efeitos do desgaste de ferramenta sobre as foras de corte e a rugosidade dos componentes usinados. O procedimento adotado foi a realizao de ensaios de usinabilidade de longa durao em torneamento cilndrico externo, durante os quais foram medidos desgaste de flanco, fora de corte, fora de avano e rugosidade mdia dos componentes usinados. Os ensaios foram realizados para os aos ABNT 1040 e 1045 usando ferramentas de metal duro com revestimento duplo (TiN-Al2O3). Os resultados de vida de ferramenta foram analisados atravs da equao de Taylor, com maiores vidas de ferramenta observadas para o ao ABNT 1040 em todas as velocidades de corte testadas. As demais variveis medidas foram analisadas em funo do tempo de usinagem, desgaste de flanco mximo e acabamento superficial No domnio do tempo, foram encontradas correlaes fortes para o desgaste de flanco mximo, fora de corte e fora de avano para ambos os materiais. A relao entre a rugosidade mdia e o tempo de corte observada foi mais estvel para o ao ABNT 1040. Contudo, variaes no comportamento da rugosidade mdia foram observadas na velocidade de corte inferior usada na usinagem do ao ABNT 1045, devido ao desgaste mais lento do raio de ponta de ferramenta. No se observou relao entre as foras de usinagem e a rugosidade mdia. A relao entre a fora de corte e o desgaste de flanco mximo apresentou forte correlao para ambos os materiais, assim como a relao entre a fora de avano e o desgaste de flanco mximo, sendo realizada regresso linear para ambas as relaes. Foi observada fraca influncia da velocidade de corte nas relaes fora-desgaste de flanco, o que sugere que uma nica equao pode descrever estas relaes para toda a faixa de condies de corte estudada. Os resultados da anlise de regresso permitem a determinao do desgaste de flanco mximo em funo da fora de corte com um erro mdio de 15% para os aos ABNT 1040 e 1045. Para a previso do desgaste de flanco em funo da fora de avano, o erro mdio encontrado foi de 19% para o ao ABNT 1040 e 15% para o ao ABNT 1045.
Resumo:
No presente trabalho estudamos de forma sistemtica a difuso de impurezas em filmes polimricos usando as tcnicas de implantao inica e anlise por feixe de ons, retroespalhamento Rutherford e de perfil de profundidade por nutrons. Com este propsito foram implantadas e realizadas medidas em diferentes intervalos de temperatura para diferentes sistemas como (Au, Ag) no fotoresiste AZ1350, (Bi, Eu, Er, B) no fotoresiste S1813 e (Xe, Kr) no termoplstico Poliestireno. Como resultado mostrou-se que para implantaes em baixas energias e fluncias Au, Ag seguem uma difuso regular. Os valores obtidos para os parmetros de difuso so semelhantes indicando assim um mecanismo de difuso verdadeiramente atmico. mostrado tambm que com o aumento da fluncia, devido aos danos gerados pelo processo de implantao, tomos so aprisionados na regio implantada levando a um mecanismo de difuso por aprisionamento e liberao. Contudo, mostrou-se que a energia de ativao indica que este processo de difuso ainda de carter atmico. Da anlise dos valores de D observamos um efeito de massa associado onde D(T)Au < D(T)Ag, pois a massa de Ag duas vezes menor que a de Au. Para os elementos como Bi, Eu e Er, considerados quimicamente mais ativos que Au, no foram observados efeitos de possveis ligaes qumicas nestes sistemas. Valores de energia de ativao de Bi apresentaram-se prximos aos de Au para as fluncias de implantao aplicadas, o mesmo ocorrendo para a difuso de Er e Eu. O B mostrou que depois de implantado difunde durante ou imediatamente aps a implantao. Difuso esta dada na presena de armadilhas saturveis induzidas por radiao, indo alm da difuso trmica, por ordem de magnitude de 10-12, contra 10-13 cm2s-1, respectivamente. Quanto a Xe e Kr, observou-se que estes tambm difundem durante ou imediatamente aps a implantao, e que a frao do gs retido no pico depende da fluncia implantada. Implantaes em baixa temperatura (80 K) e posteriores anlises foram determinados in situ por RBS na faixa de 80 a 300 K. Verificou-se que a difuso segue um perfil regular. Em cada caso mostrou-se que a dependncia dos valores de D como funo da temperatura segue um comportamento tipo Arrhenius, com valores de energia de ativao para os metais (Au, Ag, Bi) entre 580 e 680 meV, para os lantandeos (Er, Eu) valores entre 525 a 530 meV, para o semi-metal (B) 100 meV, e finalmente para os gases nobres Kr e Xe entre 40 e 67 meV.