51 resultados para Lectinas de Ligação a Manose
Resumo:
O carrapato Boophilus microplus um ectoparasita hematfago de bovino que causa srias perdas econmicas. Estudos para o desenvolvimento de formas alternativas de controle do carrapato tem sido realizados para diminuir ou substituir a aplicao de agentes qumicos, que contaminam o ambiente, os derivados da carne, alm dos problemas de resistncia das geraes de carrapatos aos acaricidas. As vacinas so uma forma alternativa de controle do carrapato. As enzimas glutationa S-transferase (GSTs) so alvo potencial para interveno imunolgica contra alguns parasitas. Este trabalho teve como objetivo isolar e caracterizar parcialmente um cDNA de B. microplus similar a GST da classe Mu. O clone SG2 foi isolado dentre aproximadamente 8 x 103 pfu de fagos recombinantes de uma biblioteca de cDNA de glndula salivar de partengina, sondada com anti-soro de coelho contra glndula salivar. O clone SG2 contendo um inserto de 864 pb teve sua seqncia determinada e a fase de leitura aberta corresponde a 220 amino cidos. A anlise desta seqncia indicou que o gene clonado codifica uma GST de B. microplus (BmGST) com um motivo altamente conservado entre os resduos 60 e 68 que compreende o stio de ligação a glutationa (GSH) e outro motivo SLAILRYL, centrado no resduo 78 da seqncia. No alinhamento mltiplo da AgSG2 com outras GSTs foi observada uma similaridade de at 41% com GSTs da classe Mu de outros organismos e inclusive com outra GST da classe Mu isolada de larva de B. microplus (HE et al., 1999). A protena recombinante AgSG2 purificada apresentou atividade enzimtica contra o substrato cromognico CDNB. Ensaios de atividade enzimtica com extratos de tecidos, secrees e excrees foram realizados para verificar a presena de GST. Ensaios de RT-PCR com tecidos de B. microplus indicaram que os stios de sntese de BmGST so glndulas salivares e intestino de partengina e telegina.
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Velhice e corpo so termos de difcil definio. As pessoas no sabem definir corpo, porque no tm o hbito de faz-lo, nem de pens-lo, e tambm no sabem definir velhice, face heterogeneidade e complexidade do processo. Entretanto, uma coisa pode ser depreendida atravs de qualquer explicao que seja tentada para ambos, a viso biologicizada que se impe para a sua compreenso. O corpo compreendido como um conjunto de rgos e funes, e a velhice, como as alteraes que nele ocorrem. Diante de tantas mudanas que ocorrem no corpo com o envelhecimento, e que cada vez o afastam mais do corpo idealizado pela sociedade, cujo valor est no corpo jovem, belo e forte, que nos questionamos quanto ao significado do corpo na velhice. Para tal, realizamos uma pesquisa junto aos idosos participantes do Projeto CELARI (ESEF/UFRGS), constando de entrevistas e observaes. Na busca de significados o corpo se torna signo, se distingue de um fenmeno que diz respeito a uma composio biolgica, e passa a referir-se a um conjunto representativo mental ao qual o sujeito referencia a sua realidade de corpo, e atravs do caminho hermenutico que alcanamos a interpretao O homem j foi esprito e alma em oposio ao corpo, o que reservava espao privilegiado para a velhice que sabia cultiv-lo; j foi razo, abrindo espao para a modernidade que ressaltou a inteligncia e subtraiu o lugar dos velhos, o corpo j foi mquina, a qual se desgasta com o tempo, sugerindo que seja isto o que acontece com o corpo envelhecido, e agora ele mais do que nunca aparncia que deve ser conquistada a qualquer custo, ao mesmo tempo em que, na era da comunicao, ele o elemento de ligação, ento corpo uma forma de relacionar-se e a est o espao reaberto para o corpo envelhecido, aquele que engendra relaes. Por isso o significado do corpo na velhice no est no que ele , mas no que ele representa, ele exalta a vida e suas inmeras possibilidades, mas ao mesmo tempo proclama a finitude existencial.
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A Sida carpinifolia tem como substncia ativa txica o alcalide indolizidnico 1,2,8-triol, tambm chamado de swainsonina. Este alcalide age inibindo por competio a enzima -manosidase do lisossomo e a enzima -manosidase II do aparelho de Golgi. Essa inibio resulta em uma degradao deficiente dos oligossacardeos, causando seu acmulo no interior da clula que leva a vacuolizao e morte. Para este estudo foram utilizados sete ovinos que receberam Sida carpinifolia secada sombra e moda. Um animal morreu sem apresentar sinais clnicos, aos 18 dias do incio do experimento, e foi necropsiado. Outros cinco animais foram eutanasiados e necropsiados aos 30, 45, 53, 75 e 100 dias. A fim de se verificarem as regresses dos sinais clnicos e leses microscpicas, um ovino teve a Sida carpinifolia retirada da sua dieta ao 80 dia do experimento e foi eutanasiado e necropsiado aos 150 dias aps o incio do experimento. A quantidade mnima consumida voluntariamente da planta seca foi de 11,19 g/kg/dia e a quantidade mxima foi de 30,31 g/kg/dia. O quadro clnico e evoluo da doena foi semelhante em todos os casos, observando-se diarria em torno dos 20 dias do experimento. A partir dos 25 dias os ovinos apresentaram sinais clnicos neurolgicos caracterizados por ataxia com hipermetria e dismetria, tremores da cabea, reaes posturais atpicas, quedas freqentes, lentido dos movimentos, dificuldade em apreender e deglutir os alimentos. Esses sinais clnicos se acentuavam quando os animais eram manuseados. Em quatro animais foi observada emaciao progressiva. Na necropsia foi observado apenas aumento de volume dos linfonodos mesentricos. Na microscopia foram observadas alteraes mais significativas no sistema nervoso central, caracterizando-se por distenso e vacuolizao citoplasmtica mltipla e acentuada, afetando principalmente as clulas de Purkinje do cerebelo, os neurnios do crtex cerebral, do tlamo, do mesencfalo e dos cornos ventrais da medula espinhal. Tambm foram observados esferides axonais no encfalo e mais freqentes na camada granular do cerebelo. A vacuolizao citoplasmtica caracterstica foi observada tambm no epitlio dos cinos pancreticos e dos tbulos renais e, ainda, nas clulas foliculares da tireide, nos hepatcitos e macrfagos de rgos linfides. As leses ultra-estruturais observadas foram vacuolizaes citoplasmticas algumas envoltas por membranas em neurnios de Purkinje do cerebelo e nas clulas foliculares da tireide. O ovino que permaneceu 70 dias sem consumir Sida carpinifolia no apresentou alteraes significativas. Na microscopia eletrnica apresentava apenas dilatao do retculo endoplasmtico rugoso das clulas de Purkinje do cerebelo. Na histoqumica das lectinas, os vacolos nas clulas de Purkinje do cerebelo reagiram fortemente com a Concanavalia ensiformis, Triticum vulgaris e Triticum vulgaris succinilado. O padro obtido neste estudo similar ao encontrado em ovinos naturalmente intoxicados por Sida carpinifolia.
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Com o avano da globalizao, surgem dvidas quanto s conseqncias desse significativo processo para os pases em desenvolvimento. Apesar disso, alguns fatos so inquestionveis, como, por exemplo, a necessidade que tero as empresas, em especial as brasileiras, de buscar novas frmulas para continuar competindo neste novo contexto globalizado. A tecnologia deve permanecer sendo um divisor de guas entre os lderes de mercado e seus seguidores, no entanto, seria razovel supor que a competio no se restrinja somente a esse aspecto, devendo abranger outros, tambm importantes, como o caso dos processos de produo. Nesse contexto, surge a Produo Enxuta, que, por atacar sistematicamente os desperdcios dentro dos processos produtivos, busca a maximizao da eficcia operacional dos mesmos, e por essa razo, tem-se mostrado como uma opo bastante exitosa dentro da competio globalizada. Apesar disso, a adoo da Produo Enxuta nas empresas ocidentais no tem acontecido na proporo e velocidade que permitissem a necessria reduo da vantagem competitiva que as empresas japonesas auferiram atravs do seu uso. Isso se deve, no entender desta pesquisa, falta de um entendimento mais profundo dos seus conceitos, elementos, e, principalmente, ausncia de um cuidado maior por parte das referidas empresas em estabelecer uma coerncia com a sua prpria poltica competitiva, ao tentar introduzir esses novos conceitos nos seus sistemas fabris. Este trabalho parte da premissa de que deve existir essa clara ligação entre as aes de melhoria executadas no cho-de-fbrica e a prpria estratgia competitiva da empresa Nesse sentido, prope o modelo de uma abordagem estruturada que pode permitir tal coerncia. Desta forma apresentada uma reviso bibliogrfica, dividida em 4 partes onde, na primeira so abordados os conceitos bsicos de estratgias competitivas, na segunda so revisados os sistemas de produo, em especial o Sistema de Produo em Massa, para assim permitir o seu contraste com a Produo Enxuta, apresentada logo aps, na terceira parte. E, finalmente, na quarta parte, devido sua relevncia dentro da lgica de gesto enxuta de produo, feita uma releitura da Autonomao, seus conceitos e potencialidades como preparao ao estudo de caso apresentado no final do trabalho, o qual foi desenvolvido na Pirelli Pneus S.A., onde o referido modelo foi aplicado com sucesso no processo de um produto considerado maduro, que j demonstra, inclusive, caractersticas de um commodity. A pesquisa finalizada com a resenha dos resultados alcanados, bem como com a apresentao de consideraes do autor quanto s dificuldades e peculiaridades relevantes relativas experimentao do modelo proposto, concluindo-se, ento, que a Eliminao das Perdas e a Autonomao podem servir de base para uma estratgia de produo com potencial para alavancar toda a estratgia competitiva da empresa.
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Neste trabalho apresentado um estudo sobre a dinmica de paredes de domnios atravs de medidas de impedanciometria. proposto um mtodo que permite a obteno dos seguintes parmetros das amostras estudadas: mobilidade e velocidade crtica das paredes, largura dos domnios e de suas paredes, densidade de energia de parede e constante efetiva de troca. Todas essas informaes so obtidas a partir do espectro em freqncia da permeabilidade e de relaes apropriadas entre a permeabilidade e a impedncia complexa. O elo de ligação entre essas quantidades feita atravs do efeito da profundidade de penetrao, cuja definio inclui a freqncia, a resistividade e a permeabilidade do material. O mtodo foi aplicado ao estudo de dois tipos diferentes de materiais, (i) (110)[001]FeSi3%, policristalino e altamente texturizado com tamanho de gros bastante grande (~ 5 mm) e (ii) amostras nanocristalinas obtidas atravs do recozimento de fitas amorfas de Fe73.5Cu1Nb3Si16.5B6. Enquanto o primeiro sistema foi utilizado para se fazer uma comparao entre os parmetros aqui obtidos com aqueles de outros autores e tcnicas, o segundo foi estudado em termos das modificaes da anisotropia magntica associadas ao alvio das tenses internas com a temperatura de recozimento.
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A temperatura baixa um estresse comum na cultura do arroz em regies temperadas, portanto a tolerncia ao frio uma caracterstica altamente desejvel em gentipos brasileiros de arroz cultivados no sul do pas, onde as temperaturas baixas prejudicam o estabelecimento da lavoura e diminuem o redimento de gros. O mapeamento molecular uma estratgia promissora para o estudo e compreenso de de caractersticas com controle complexo, tais como a tolerncia ao frio em arroz. Com base nisso, os objetivos deste trabalho foram estudar a herana e herdabilidade das caractersticas de tolerncia ao frio e das caractersticas de importncia agronmica a serem maepadas, desenvolver um mapa molecular a partir da populao segregante F2 proveniente do cruzamento IRGA 417 (ndica) x Quilla 66304 (Japnica) e identificar locos de caractersticas quantitativas (QTLs) para a tolerncia ao frio no perodo de germinao e vegetativo e caractersticas agronmicas que diferenciam estas duas subespcies. Por fim, investigar a possibilidade de obter indivduos recombinantes com caracteristicas agronmicas desejveis e tolencia ao frio em uma populao F2 do cruzamento entre IRGA 417 x Quilla 66304. As anlises das distrbuies de freqncias da gerao F2 evidenciaram a dificuldade de estimar o nmero de genes que controlam as caractersticas analisadas, sendo que todas elas apresentam distribuio contnua e segregao transgressiva em relao aos genitores. O mapa foi construdo com base em oito marcadores SSR e 42 marcadores do tipo AFLP com uma densidade mdia de marcador a cada 38,8 cM, sendo o comprimento total do mapa de 581,6 cM. Foram identificados cinco QTLs, sendo que um deles confere tolerncia ao frio no perodo de germinao, e explica 15,9% da variao fenotpica deste carteer. O outros quatro QTLs identificados foram para largura do grgo (21,3%), esterilidade de espiguetas (61,6%), estatura das plantas (34, 5%) e comprimento do gro (21,9%). A deteco de um QTL associado tolerncia ao frio no perodo de germinao, e outros QTLs associados demais caractersticas a viabilidade deste tipo de anlise. Entretanto, um mapa de ligação enriquecido nceessrio para permitir a deteco de outros QTLs associados s caractersticas estudadas. Plantas recombinantes com alto recrescimento de coleptilo e outrras caracteristicas agronmicas desejveis foram encontradas, o que evidencia o potencial da populao proveniente de IRGA 417 x Quilla 66304 para o melhoramento da tolerncia ao frio de gentipos de arroz adaptados ao Sul do Brasil.
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O estresse oxidativo tem um papel importante no desenvolvimento da falncia orgnica mltipla e choque sptico. O presente estudo foi realizado para determinar diferentes parmetros de dano oxidativo a biomolculas, produo de superxido mitocondrial, atividades da superxido dismutase e catalase e suas relaes com a mortalidade por sepse em um modelo animal. Alm disso, ns avaliamos os efeitos da combinao de antioxidantes (N-acetilcistena e deferoxamina) em um modelo murino de sepse polimicrobiana induzida por ligação cecal e puno (CLP). Ratos Wistar machos (250-300 g) foram randomicamente divididos em quatro grupos: sham-operated, CLP ressuscitado com soluo salina (50 ml/Kg imediatamente e 12h aps CLP), CLP ressuscitado com soluo salina e antibioticoterapia (soluo salina 50 ml/ Kg imediatamente e 12h aps CLP + ceftriaxone 30 mg/Kg e clindamicina 25 mg/Kg de 6/6h), e CLP com N-acetilcistena (20 mg/kg subcutneo, 3h, 6h, 12h, 18h e 24h aps CLP) + deferoxamina (20mg/kg, subcutneo, 3h e 24h aps CLP). A peroxidao lipdica, a carbonilao protica e a atividade da superxido dismutase se apresentaram significativamente aumentadas nos animais no-sobreviventes podendo predizer a mortalidade. Ns demonstramos que existe uma modulao diferente da superxido dismutase e da catalase nos animais no-sobreviventes Existe um grande aumento da atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional da atividade da catalase nos no-sobreviventes. Os ratos tratados com antioxidantes apresentaram uma reduo significante da atividade da mieloperoxidase e da peroxidao lipdica em todos os rgos estudados. A produo de superxido mitocondrial apresentou uma reduo significante nos animais tratados com antioxidantes. Alm disto, o tratamento com antioxidantes melhorou o equilbrio entre a atividade da catalase e superxido dismutase. A sobrevivncias nos ratos spticos no tratados foi de 10%. A sobrevivncia aumentou para 40% com a ressuscitao volmica e antibiticos. Ratos tratados apenas con N-acetilcistena e desferoxamina apresentaram uma sobrevivncia de 47%, similar aos ratos que receberam suporte bsico. Este estudo demonstrou pela primeira vez que a atividade da superxido dismutase deve ser um marcador precoce de mortalidade em sepse. Nossos resultados auxiliam o entendimento de aspectos importantes da resposta oxidativa na sepse; um aumento na atividade da superxido dismutase sem um aumento proporcional na atividade da catalase. Alm disto, nossos resultados demonstraram que o tratamento combinado com N-acetilcistena e desferoxamina reduzem as conseqncias da sepse, reduzindo o estresse oxidativo, limitando a ativao de neutrfilos e a disfuno mitocondrial, levando a uma melhor sobrevida.
Resumo:
Resumo no disponvel.
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A doena de Machado-Joseph (DMJ), ou ataxia espinocerebelar tipo 3 (SCA3), uma desordem neurodegenerativa autossmica dominante, originalmente descrita em famlias de ancestralidade portuguesa-aoriana. Incordenao generalizada da marcha, dos membros e da fala podem estar presentes nos pacientes afetados por essa doena. O incio das manifestaes clnicas ocorre, em geral, entre os 30 e os 40 anos, apresentando uma progresso bastante lenta. O tempo mdio de sobrevida depois do incio da doena de 14 a 17 anos. O gene associado doena, denominado MJD1, foi identificado em 1994 e localiza-se no cromossomo 14. Este gene se caracteriza por apresentar uma repetio nucleotdica CAG na regio 5` do exon 2. O nmero destas repeties polimrfico na populao, sendo que indivduos normais apresentam de 12 a 37 repeties CAG, enquanto os afetados pela DMJ podem apresentar de 61 a 84 repeties. Um recente estudo mundial de hapltipos demonstrou a presena de dois diferentes hapltipos em famlias de origem aoriana, que so especficos ilha de origem. Em famlias da poro continental de Portugal, os dois hapltipos foram encontrados. A maioria das famlias no portuguesas tambm compartilha o mesmo hapltipo encontrado em famlias originrias da ilha de Flores, mas trs outros hapltipos foram encontrados nessas famlias. At o momento, a hiptese mais forte declara que a difuso da mutao original est diretamente ligada imigrao portuguesa-aoriana No presente estudo, esta hiptese foi testada atravs da anlise de disequilbrio de ligação de trs polimorfismos intragnicos (A669TG/C669TG, C987GG/G987GG, TAA1118/TAC1118). O polimorfismo na posio 669 foi identificado por PCR seguido de SSCP e confirmado por sequenciamento direto. Os polimorfismos nas posies 987 e 1118 foram detectados por PCR alelo-especfico. Os resultados obtidos indicaram que o hapltipo intragnico A-C-A estava associado ao alelo com a expanso na maioria dos pacientes (92%). Estes resultados confirmam achados em outros estudos. Isto indica que uma nica mutao na DMJ foi introduzida em vrias populaes, seguida de um efeito fundador local, e indicando tambm que provavelmente esta mutao muito antiga. E, para finalizar, baseado neste estudo e comparando com dados gerados no estudo mundial de hapltipos, pode-se especular que a origem da mutao associada a DMJ nos pacientes do sul do Brasil proveniente da ilha de Flores.
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Foram estudados fragmentos dos fgados, linfonodos hepticos e mesentricos, bem como dos intestinos de 100 bovinos machos, castrados, entre 3 e 4 anos de idade, da raa Nelore e provenientes do estado de Mato Grosso, onde eram mantidos em pastagens de Brachiaria decumbens e/ou Brachiaria brizantha. Macroscopicamente, os fgados apresentavam colorao amarela que se mantinha mesmo aps a fixao em formalina, o que no foi constatado nos animais alimentados com outros pastos. O parnquima dos linfonodos apresentava reas esbranquiadas em forma de estrias paralelas, especialmente intensas nos linfonodos hepticos. As alteraes histolgicas incluram tumefao de hepatcitos, colangite mononuclear, reas com proliferao de ductos e a presena de macrfagos espumosos de distribuio multifocal no fgado, nos linfonodos mesentricos e hepticos e na submucosa do intestino. Os tecidos com clulas espumosas foram submetidos a estudos histoqumicos, lectinoistoqumicos e imunoistoqumicos com o objetivo de caracterizar o contedo destas clulas. Atravs da Colorao de Perls, constatou-se as clulas espumosas com citoplasma corados de azul-claro, especialmente nos linfonodos e evidenciando a presena de depsitos de sais frricos, possivelmente em conseqncia da fagocitose de eritrcitos extravasados. Na imunoistoqumica, o anticorpo Mac 387, marcador de macrfagos, no marcou as clulas espumosas. Na lectinoistoqumica, observou-se que a lectina PNA atuou como marcador devido s altas afinidade e especificidade de unio com as clulas espumosas. Com esta lectina, observaram-se clulas espumosas isoladas, as quais no eram vistas atravs de outras coloraes. Alm disto, em estudos feitos em humanos e em nossos animais, a PNA demonstrou ser especfica para macrfagos, o que refora a hiptese de que as clulas espumosas sejam macrfagos. A comparao do padro de afinidade das lectinas entre os animais alimentados e os no alimentados com Brachiaria sp., demonstrou que h alteraes na composio de glicdios nos animais alimentados por Brachiaria spp.
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Nesta dissertao, apresentamos um estudo da geminao de consoantes no italiano. A hiptese que norteia nossa anlise de que a geminao fonolgica. Com base nos pressupostos da Fonologia Autossegmental, analisamos a caracterizao da geminada enquanto segmento de ligação dupla no italiano, apreciando as propriedades que o segmento deve apresentar pela atuao dos princpios que lhe bloqueiam a aplicao de regras. De modo a justificar sua caracterizao como segmento subjacentemente longo, consideramos sua distribuio heterossilbica, de acordo com as condies de preenchimento de ataque e coda no italiano. No que se refere sua constituio prosdica, ponderamos as hipteses de Condio de Rima Forte (Vogel, 1982; Chierchia, 1986), de Condio de Boa-Formao de ps mtricos, que prev ps bimoraicos (DImperio Rosenthal, 1999), e de atribuio de acento sensvel quantidade (Sluyters, 1990). Pela considerao de que o acento no italiano cclico, qualquer uma das hipteses da configurao prosdica da geminada nos encaminha concluso de que a geminao subjacente no italiano; porm, considerado o fato de as propostas de anlise da geminao como condio de boa-formao silbica e prosdica no explicarem a geminao em contextos no acentuados, acreditamos que a melhor opo para explicar a relao entre geminao e acento nessa lngua seja a considerao de que o sistema de acento no italiano sensvel quantidade, conforme prope Sluyters (1990).
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Neste trabalho, estudaram-se reaes de co- e terpolimerizao com sistemas metalocnicos, cocatalisadas por metilaluminoxano (MAO). A estrutura destes complexos foi analisada com respeito aos efeitos estricos e eletrnicos. A otimizao da geometria destes complexos foi realizada atravs de clculos de campo de fora, e os aspectos eletrnicos dos complexos neutros foram analisados por espectroscopia de UV-visvel e fotoeletrnica de raios-X (XPS). A performance cataltica destes complexos foi avaliada com relao atividade, incorporao de propileno, massa molar mdia e sua distribuio em diferentes condies de polimerizao. O sistema cataltico Et(4-Ph-7MeInd)2ZrCl2/MAO foi testado pela primeira vez na literatura aberta para a reao de copolimerizao de etileno-propileno obtendo-se altas atividades, alta incorporao de propileno e microestrutura tipo bloco nos copolmeros. A heterogeneizao dos sistemas metalocnicos foi avaliada atravs de trs rotas bsicas: imobilizao diretamente sobre slica, sobre slica modificada com MAO e sobre slica modificada com compostos atuando como espaadores horizontais. Estes trs mtodos foram comparados com relao s caractersticas finais dos copolmeros. Na etapa de modificao da slica com MAO, inicialmente estudaram-se as condies de preparao do sistema cataltico, concentrao de Zr e Al e temperatura, que poderiam levar a mudanas no produto final. Atravs de tcnicas de anlise de superfcie como XPS, DRIFTS (Espectroscopia de Infravermelho por refletncia difusa) e UV-DRS (Espectroscopia de UV-Visvel por refletncia difusa) foi possvel o estudo das espcies formadas na superfcie da slica modificada com MAO. Os sistemas catalticos suportados na slica modificada com espaadores horizontais mostraram ser mais ativos que o sistema suportado diretamente sobre slica incorporando distintos teores de propileno. As modificaes na superfcie da slica com relao ao teor final de grupos hidroxilas e energia de ligação dos eltrons 3d5/2 do tomo de Zr tambm foram analisadas. Foi feito o estudo cintico da co- e terpolimerizao de etileno-propileno para alguns sistemas metalocnicos estudados. No caso da terpolimerizao foi realizado o estudo terico e experimental da reao de terpolimerizao para a sntese de EPDM com o sistema cataltico Et(Ind)2ZrCl2/MAO e 2-etilideno-5-norbornadieno (ENB) como termonmero. Finalmente, este modelo foi adaptado s reaes de copolimerizao realizadas na primeira etapa do trabalho. As razes de reatividade foram determinadas para os precursores catalticos Me2Si(2-MeInd)2ZrCl2, Et(IndH4)2ZrCl2, Me2Si(IndH4)2ZrCl2 and Et(4-Ph-7-MeInd)2ZrCl2 e tambm para os respectivos sistemas suportados em slica modificada por MAO. Tambm realizou-se a determinao do coeficiente de transferncia de massa convectivo para o etileno e o propileno nas reais condies de polimerizao. As razes de reatividade e os parmetros de transferncia de massa foram usados no modelo da reao de copolimerizao para sistemas metalocnicos homogneos e suportado. Este modelo permitiu o discernimento das reaes que controlam as caractersticas finais dos copolmeros sintetizados.
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Descrevem-se os achados clnicos e patolgicos da intoxicao espontnea e experimental por Sida carpinifolia em caprinos. Os achados da intoxicao espontnea sero apresentados em dois artigos. Um deles relata pela primeira vez uma doena investigada em de 1997 no municpio de Lajeado, RS. O outro artigo descreve os aspectos clnicos e patolgicos da intoxicao espontnea em dois surtos adicionais, ocorridos no ano de 2001 no municpio de Glorinha e em Porto Alegre, RS. Nesses trabalhos caracterizou-se atravs de exames clnicos, patolgicos e ultra-estruturais uma doena de depsito lisossomal. Por anlise do padro de colorao com histoqumica de lectinas, em cortes histolgicos do cerebelo, pncreas e fgado, observou-se afinidade de marcao especificamente com Concanavalia ensiformis, Triticum vulgaris e T. vulgaris-succinilado, similar ao de alfa-manosidose hereditria ou adquirida por ingesto de plantas do gnero Swainsona, Oxytropis, Astragalus e Ipomoea. A caracterizao do princpio txico da planta, associada com as leses que induzem o quadro clnico, foi apresentada em forma de um artigo. A metodologia e resultados do estudo experimental da intoxicao por Sida carpinifolia sero aqui descritos. Para caracterizar o quadro clnico e patolgico, foi administrada a 14 caprinos, divididos 7 grupos de dois indivduos cada, Sida carpinifolia, secada a sombra e triturada por perodos de 15, 20, 40, 60, 90 e 120 dias. O consumo dirio variou de 14 a 21g/kg nos diferentes grupos durante o experimento. Para outros 3 caprinos efetuou-se a administrao forada da planta seca por via oral, de 10 a 12,5 g/kg, durante 30 dias. O quadro clnico at os 30 dias de consumo da planta consistia principalmente de letargia, alterao intermitente da consistncia das fezes e diminuio no ganho de peso. Por volta de 40 dias de consumo, os caprinos demonstravam tambm incoordenao motora aos estmulos e aps os 60 dias de consumo ocorria incoordenao motora espontnea, com tremores musculares de cabea e pescoo principalmente. As principais alteraes histolgicas e ultra-estruturais foram vacuolizao e tumefao citoplasmtica em neurnios, clulas da tireide e pncreas observadas com intensidade leve aps 15 dias de consumo e acentuada aps os 90 dias de consumo de Sida carpinifolia.
Resumo:
Descreve-se uma enfermidade hereditria em bovinos caracterizada por acmulo lisosssomal de glicognio em diversos rgos. A doena foi diagnosticada em um rebanho da raa Brahman com 20 vacas e um touro, mantidos em criao extensiva, no municpio de Porto Lucena, Rio Grande do Sul, Brasil. A doena afetou 3 de 16 bezerros nascidos (18,75%) no ano 2000, 5 de 19 (26,3%) em 2001 e 2 de 12 (16,6%) em 2002. Os animais afetados, aps 1 ms de idade, apresentavam dificuldade de acompanharem a me e crescimento retardado, desenvolviam fraqueza e tremores musculares, letargia e perda de condio corporal progressivos. Com o agravamento dos sinais clnicos os animais eram eutanasiados por apresentarem dificuldade em se alimentar ou beber gua sem auxlio. Todos os bezerros eram descendentes do mesmo touro. Aps a retirada deste animal do plantel e introduo de um touro Nelore no houve o nascimento de animais doentes. Foi realizada necropsia em 3 bezerros doentes e palidez muscular do tronco e membros foi a nica alterao macroscpica encontrada. Vacuolizao citoplasmtica de diversos rgos foi a principal alterao histolgica observada. Os vacolos citoplasmticos eram mais evidentes na musculatura esqueltica, miocrdio, especialmente nas fibras de Purkinje e neurnios do Sistema Nervoso Central (SNC). Nos tecidos mais afetados, tambm foi observada grande quantidade de grnulos cido peridico de Schiff (PAS) positivos e negativos quando o tecido era tratado previamente com diastase. A microscopia eletrnica de transmisso mostrou acmulo anormal de glicognio livre no citoplasma das clulas ou envolto por membrana na musculatura esqueltica, neurnios do SNC e fgado As amostras processadas de pele, musculatura esqueltica e tecido nervoso na histoqumica de lectinas apresentaram reao com as lectinas Griffonia simplicifolia (GS-II) e Concanavalia ensiformes (Con-A). Uma mutao letal no gene da alfa glicosidase cida, causadora da glicogenose generalizada em bovinos da raa Brahman, a 1057TA, foi detectada pela tcnica de reao em cadeia de polimerase (PCR) em tecidos dos animais necropsiados. Tambm foi detectada presena dessa mutao no gene da alfa glicosidase cida, atravs da anlise de amostra de sangue, de animais que tem parentesco com bezerros que nasceram com a doena. Os achados clnicos, patolgicos e ultra-estruturais so semelhante s descries de glicogenose tipo II em bovinos da raa Brahman. At o momento no h casos descritos de glicogenose tipo II em bovinos da raa Brahman no Brasil. O diagnstico de glicogenose hereditria foi baseado nos dados epidemiolgicos, sinais clnicos, achados histolgicos e ultra-estruturais, histoqumica de lectinas e pelos resultados de PCR.
Resumo:
Abordagens clssicas de linguagens de consultas para bancos de dados possuem certas restries ao serem usadas, diretamente, por aplicaes que acessam dados cujo contedo no completamente conhecido pelo usurio. Essas restries geram um cenrio onde argumentos de consultas, especificados com operadores boleanos, podem retornar resultados vazios. Desse modo, o usurio forado a refazer suas consultas at que os argumentos usados estejam idnticos aos dados armazenados no banco de dados. Em bases XML, este problema reforado pela heterogeneidade das formas em que a informao encontra-se armazenada em diferentes lugares. Como soluo, uma alternativa seria o uso de funes de similaridade na substituio de operadores boleanos, a fim de que o usurio obtenha resultados aproximados para a consulta especificada. Neste trabalho apresentada uma proposta para suporte a argumentos de consulta vagos atravs da extenso da linguagem XPath. Para isso, so utilizadas expresses XPath que utilizam novas funes, as quais so, diretamente, adicionadas ao processador da linguagem de consulta. Alm disso, apresentada uma breve descrio das mtricas de similaridade utilizadas para a criao das funes. As funes que foram adicionadas a um processador XPath possuem uma ligação muito estreita com as mtricas utilizadas. Como as mtricas, as funes trabalham com valores simples (elementos atmicos) e compostos (elementos complexos). As funes que trabalham com elementos atmicos podem ser classificadas tanto pelo tipo de dado que ser analisado, como pelo tipo de anlise que ser feita. As funes para elementos complexos comparam conjuntos de elementos atmicos de acordo com a forma do agrupamento (conjunto, lista ou tupla).