64 resultados para Incontinência urinária Teses


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Realizamos um estudo observacional de pacientes com mucopolissacaridose tipo VI, com o objetivo de determinar o perfil epidemiolgico, clnico e bioqumico de um grupo de pacientes sul-americanos a fim de contribuir em estudos futuros de correlao gentipo-fentipo e de avaliao de protocolos clnicos. Os critrios de incluso foram: ter 4 anos ou mais e confirmao bioqumica da doena (nveis reduzidos da atividade da ARSB, aumento de GAGs urinrios e atividade normal de outra sulfatase). Os critrios de excluso foram: terapia com reposio enzimtica atual ou prvia ou ter realizado transplante de medula ssea. Foram avaliados 28 pacientes por anamnese, exame fsico, acocardiograma, eletrocardiograma, avaliao oftalmolgica, medidas de glicosaminoglicanos urinrios e da atividade da N-acetilgalactosamina-4-sulfatase em leuccitos. A amostra estudada tinha 92,9% de brasileiros, sendo 53,8% da regio sudeste. No momento da avaliao, a mdia de idade foi de 97,1 meses e a mdia de idade ao diagnstico foram de 48,4 meses. Em 88% da amostra os sintomas iniciaram com menos de 36 meses e em 27% das famlias houve relato de consanginidade entre os pais. A mdia de peso e estatura ao nascimento foi de 3481 gramas e 51,3 centmetros, respectivamente. Da amostra, 57,1% nasceram de parto vaginal. Todos apresentavam alguma alterao ecocardiogrfica, bem como opacificao corneana. As manifestaes clnicas mais freqentes foram: baixa estatura, opacificao corneana, facies grosseira, contraturas articulares e mos em garra. A mdia da atividade enzimtica em leuccitos foi de 5,4 nmoles/h x mg protena e a excreo urinária de glicosaminoglicanos foi, em mdia, 7,9 vezes superior ao normal. O nmero de manifestaes clnicas citadas no apresentou correlao significativa com a idade, com a excreo urinária de GAGs ou com a atividade enzimtica em leuccitos. Tambm no houve correlao significativa entre a excreo urinária de GAGS e a atividade enzimtica. Conclumos que a MPS VI uma patologia com alta morbidade e que, comparados com a literatura, os pacientes da nossa amostra tm um diagnstico tardio e maior freqncia de alteraes cardiolgicas.

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Portanto, pode-se considerar que esses bioensaios so vlidos para demonstrar os efeitos que possveis aleloqumicos de extratos vegetais possam exercer. Experimentos a campo so essenciais para confirmar se o potencial aleloptico das 15 espcies se expressa em condies naturais, j que a maioria no apresenta indcios de alelopatia.

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Os efeitos individuais e interativos dos parmetros ambientais fsicos e qumicos, como temperatura, intensidade luminosa, salinidade e concentrao de fsforo inorgnico dissolvido na gua do mar, na produo de protenas, carboidratos, acmulo de fsforo tecidual e taxa de absoro do fsforo inorgnico disponvel no meio de cultura em Gelidium crinale (Turner) Lamouroux, foram investigados durante um perodo de sete dias de cultivo laboratorial, em condies controladas. A ao dos parmetros abiticos foi analisada de trs maneiras diferentes. A primeira avaliao integrou a ao de temperatura, intensidade luminosa e fsforo inorgnico dissolvido, mantendo-se fixa a salinidade em 25 ups, onde se constatou que em todos os componentes qumicos algais ocorreram interaes de terceira ordem. O incremento de 2,28 a 2,67 % nos teores de protenas foram obtidos temperatura de 25 C e 12 mol m-2 s-1 de intensidade luminosa, diminuindo com a elevao da intensidade luminosa para 40 mol m-2 s-1. Para carboidratos, ocorreram interaes significativas entre os trs parmetros, com um aumento de 6,85 % sendo registrado a 25 C de temperatura, 24 mol m-2 s-1 de intensidade luminosa e 10,0 M de fsforo inorgnico. O aumento mximo na taxa de fsforo tecidual (0,56 %) ocorreu em talos cultivados nas menores temperatura e intensidade luminosa e na maior concentrao de fsforo inorgnico dissolvido. Com relao intensidade luminosa, foi observada uma correlao negativa entre protenas e carboidratos. A segunda avaliao estabeleceu a ao independente e sinrgica de temperatura, salinidade e fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo, fixando-se a intensidade luminosa em 24 mol m-2s-1. A maior produo de protenas ocorreu em cultivos onde a temperatura foi de 25 C, com uma concentrao de 5,0 e 10,0 M de fsforo inorgnico dissolvido e salinidade entre 15 e 20 ups, cujos valores mdios do incremento variaram entre 2,62 a 2,83 % peso seco de alga, resultando em uma interao de terceira ordem altamente significativa. Para carboidratos a elevao de 6,85 % em sua concentrao est associada maior temperatura (25 C), maior salinidade (25 ups) e maior quantidade de fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo (10,0 M). Contudo, no foi observada uma interao de terceira ordem atravs da anlise estatstica. Para esta biomolcula observaram-se interaes de segunda ordem altamente significativa (P < 0,005) entre temperatura e diferentes concentraes de fsforo inorgnico e entre temperatura e salinidade (P < 0,000). O acmulo de fsforo nos talos da alga foi menor durante os cultivos em que a salinidade foi de 25 ups,nas temperaturas de 20 e 25 C e concentrao de fsforo disponvel de 2,5 M, com percentuais entre 0,08 a 0,11 % em peso de cinzas. O maior incremento ocorreu na menor temperatura, associada baixa salinidade e alta concentrao de fsforo inorgnico no meio. O coeficiente de correlao de Pearson revelou correlaes positivas, altamente significativas (P < 0,001) entre teor de protena, temperatura e disponibilidade de fsforo inorgnico no meio de cultivo. Para carboidratos, as correlaes foram positivas com os trs parmetros abiticos. Para fsforo tecidual somente com o fsforo inorgnico disponvel no cultivo foi que ocorreu uma relao positiva; com os outros dois parmetros esta correlao foi negativa. Entre os componentes qumicos encontrados nas algas, protenas e carboidratos apresentaram uma relao positiva, porm fsforo tecidual apresentou uma correlao negativa com ambos, embora com protenas esta relao no tenha sido significativa. A terceira avaliao estudou a ao individual e o sinergismo entre os parmetros ambientais, temperatura, intensidade luminosa e salinidade, a uma concentrao fixa de fsforo inorgnico disponvel no meio de cultivo (10,0 M), sobre a composio qumica, bem como na taxa de absoro de fsforo inorgnico disponvel. Observou-se a ocorrncia de interaes de terceira ordem em todos as variveis estudadas. O teor de protenas apresentou um aumento de 3,72 % durante o perodo de cultivo, passando de 20,63 % antes do cultivo, para 24,35 % aps o trmino do experimento, principalmente nas condies de 25 C de temperatura, 12 mol m-2s-1 de intensidade luminosa e 15 ups de salinidade. Para carboidratos, nas condies de baixa intensidade luminosa (12 mol m-2s- 1), a uma temperatura de 20 C e salinidades de 10 e 15 ups, foram registrados valores inferiores amostra controle, caracterizando um consumo desta biomolcula por parte das algas. Nestas mesmas condies ambientais, foram registrados os maiores teores de fsforo tecidual, variando entre 0,86 a 1,09 % do peso das cinzas. As maiores taxas de absoro do fsforo do meio ocorreram na salinidade de 25 ups e 25 C de temperatura, diminuindo da intensidade luminosa de 12 mol m-2s-1 para 40 mol m-2s-1. As maiores concentraes de fsforo inorgnico residual na gua do meio de cultivo ocorreram nas salinidades de 10 e 15 ups, em todas as intensidade luminosas e temperaturas estudadas. Atravs do coeficiente de correlao de Pearson, observou-se que os teores de protenas apresentaram uma forte correlao negativa com a intensidade luminosa e positiva com a temperatura e salinidade, embora com esta ltima no tenha sido significativa. Para carboidratos, as correlaes com os parmetros abiticos foram todas positivas. Correlaes negativa e positiva, no significativas, foram observadas entre esta biomolcula e o teor de protenas e a taxa de absoro de fsforo disponvel no meio, respectivamente. Por outro lado, com fsforo tecidual, ocorreu uma correlao negativa, altamente significativa. Este estudo mostra o estado fisiolgico de Gelidium crinale e contribui para o estabelecimento das melhores condies de cultivo para produo de protena, carboidrato e fsforo tecidual e indicao do uso racional de nutrientes, fornecendo informaes para a otimizao de processos de maricultura, tanto em termos de cultivo bem sucedido de algas, quanto de reduo no impacto sobre o ambiente.

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Os gneros Nicotiana L., Bouchetia Dunal e Nierembergia Ruiz & Pav. da tribo Nicotianeae G.Don (Solanaceae), presentes no estado do Rio Grande do Sul, apresentam diversas caractersticas em comum, como o hbito predominantemente herbceo, fruto seco, capsular, com numerosas sementes. Estes gneros distinguem-se basicamente por Nicotiana apresentar preflorao geralmente contorcido-conduplicada ou conduplicada, corola infundibuliforme, tubular ou hipocrateriforme, anteras dorsifixas e um disco nectarfero presente, enquanto que Bouchetia e Nierembergia apresentam preflorao imbricadoconduplicada ou imbricada e anteras ventrifixas. Em Bouchetia a corola campanulado-infundibuliforme e um disco nectarfero est presente, enquanto que em Nierembergia a corola hipocrateriforme e o disco nectarfero est ausente. O gnero Nicotiana, da subtribo Nicotianineae, est representado no Estado por seis espcies nativas: N. alata Link & Otto, N. bonariensis Lehm., N. forgetiana Hemsl., N. langsdorffii Weinm., N. longiflora Cav. e N. mutabilis Stehmann & Semir. Duas outras espcies, provavelmente originrias da Argentina, so tambm encontradas no Estado: N. glauca Graham, que ocorre de forma ruderal ou cultivada e N. tabacum L., tambm cultivada, de importncia econmica por ser fonte de matria prima para a indstria do fumo. A nica espcie do gnero Bouchetia, presente no Estado, Bouchetia anomala (Miers) Britton & Rusby, endmica da regio sul do Brasil, Uruguai, Paraguai e nordeste da Argentina. Pertence subtribo Nierembergiinae Hunz., junto com Nierembergia, com quem apresenta maior afinidade. Nierembergia est representado no Rio Grande do Sul por cinco espcies nativas: N. linariifolia Graham, N. micrantha Cabrera, N. pinifolia Miers, N. riograndensis Hunz. & A.A.Cocucci e N. scoparia Sendtn. Chaves analticas para identificao dos gneros da tribo Nicotianeae G.Don e para os da subtribo Nierembergiinae, assim como para as espcies de Nicotiana, Bouchetia e Nierembergia, so apresentadas. Descries para os trs gneros e suas espcies, ilustraes, mapas de distribuio geogrfica no Estado, consideraes quanto ao hbitat, observaes sobre a fenologia, variabilidade morfolgica e outros comentrios tambm so referidos.

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A presente dissertao consiste em um exame do argumento que Kant apresenta na Esttica Transcendental (Crtica da Razo Pura, A26/B42) em defesa da no espacialidade das coisas em si mesmas. Esse exame est amplamente baseado na interpretao de Henry Allison, seja por assimilar algumas de suas teses interpretativas centrais, seja por insistir no dilogo com os textos do intrprete nos momentos em que deles se distancia ou diverge. So dois os eixos principais da leitura desenvolvida na dissertao. O primeiro a compreenso da distino transcendental entre coisas em si mesmas e aparies [Erscheinungen] conforme a assim chamada teoria dos dois aspectos. Fruto dos trabalhos de Gerold Prauss e de Allison, essa tese de interpretao reza que a distino transcendental deve ser entendida no como uma oposio entre reinos disjuntos de entidades, mas como uma distino de aspectos. O segundo pilar da leitura proposta a defesa de uma concepo moderada da tese da no espacialidade. Nessa verso moderada, diversamente da formulao mais forte qual a maioria dos intrpretes costuma aderir, a tese kantiana no estabeleceria que as coisas em si mesmas seriam no-espacias em todo e qualquer sentido que se pudesse conferir ao adjetivo espacial. Os primeiros captulos da dissertao concentram-se em averiguar a solidez da teoria dos dois aspectos, em especial, em demonstrar sua compatibilidade com duas importantes teses kantianas, a afirmao que as aparies do sentido externo so espaciais e a referida tese da no espacialidade. O trabalho de conciliao resume-se a esclarecer como possvel afirmar, sem contradio, que aparies e coisas em si mesmas so as mesmas coisas (conquanto consideradas sob aspectos distintos) e que aparies possuem certas propriedades (determinaes espaciais) que as coisas em si mesmas no possuem.A soluo dessa dificuldade resultou na identificao de duas premissas fundamentais que uma caridosa interpretao baseada na teoria dos aspectos deveria reconhecer no argumento kantiano: de um lado, o princpio do carter constitutivo da relao cognitiva, de outro, a admisso de uma estrutura judicativa peculiar: o juzo reduplicativo. O terceiro captulo trata, por fim, do sentido da tese da no espacialidade. Em primeiro lugar, procurou-se desqualificar aquelas interpretaes que pretendem fortalecer o peso lgico da tese. Essencial para essa fase crtica da argumentao foi a discusso de dois paradoxos recorrentes na literatura secundria: a clebre objeo suscitada por A. Trendelenburg (a alternativa negligenciada) e a dificuldade de conciliao entre as afirmaes da no espacialidade e da incognoscibilidade das coisas em si mesmas. Em um segundo momento, buscou-se apresentar os fundamentos conceituais e exegticos em favor de uma verso mais fraca da tese kantiana. Em sntese, a investigao pretendeu confirmar a proposio segundo a qual a no espacialidade das coisas em si mesmas, ainda que baseada nas condies ontolgicas do representado, estaria prioritariamente fundada nas condies de representao, i.e., nas condies de atribuio dos contedos de uma representao consciente objetiva (cognio) ao representado.

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Este trabalho foi realizado com o intuito de estudar as plantas utilizadas como medicinais pelos moradores do bairro Ponta Grossa e pelos Agentes Comunitrios de Sade relacionados ao Posto de Sade da Famlia do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foram realizadas entrevistas estruturadas, na forma de questionrios, para obteno dos dados socioculturais e semi-estruturadas para o levantamento dos dados sobre as plantas. Foram coletadas 150 espcies utilizadas pela populao, sendo 9 delas identificadas somente at gnero, pertencentes a 59 famlias botnicas. As famlias mais representadas em nmero de espcies foram Asteraceae e Lamiaceae. As partes das plantas mais utilizadas foram folhas e partes areas, sendo o ch a principal forma de utilizao. As doenas e/ou sintomas mais mencionados foram os relacionados aos aparelhos digestrio e respiratrio. Em uma anlise dos nomes populares foram encontradas 56 espcies com etnohomnimos e 73 espcies com etno-sinnimos verdadeiros ou falsos. Tambm foi realizada uma reviso bibliogrfica comparativa entre as indicaes de uso originais e as indicaes atuais referidas no estado do Rio Grande do Sul e pases limtrofes. Esta reviso teve como objetivo verificar se houve alteraes do conhecimento popular. Uma espcie apresentou equivalncia entre as indicaes de usos originais e atuais e 140 apresentaram alterao do conhecimento popular. Para 16 espcies foi detectada alterao total do conhecimento, 61 apresentaram ampliao do conhecimento e 21 reduo do conhecimento popular. Ferramentas quantitativas foram utilizadas, como Valor de Uso (UV) e a porcentagem de Concordncia corrigida quanto aos Usos Principais (CUPc), para verificar quais as espcies mais importantes para a populao e as mais promissoras para a realizao de estudos biolgicos posteriores. Para as 21 espcies mais importantes foram feitas revises na literatura cientfica com o objetivo de reunir dados qumicos e biolgicos, que resultaro na elaborao de um manual didtico, o qual ser devolvido como um retorno para a populao estudada.

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A elaborao de diagnsticos e a tomada de decises sobre o meio fsico, com a finalidade de estabelecer diretrizes para a ocupao racional do solo, so cada vez mais prementes, especialmente, no que diz respeito ao direcionamento da expanso urbana para reas mais favorveis. Da mesma forma, a facilidade de acesso aos parmetros geotcnicos de uma regio constitu um inestimvel recurso nas etapas preliminares dos projetos de Engenharia, no planejamento de atividades extrativas e nos programas de preservao ambiental. A cartografia geotcnica, nesse sentido, tem sido um dos instrumentos mais eficientes para a avaliao do meio fsico nas ltimas dcadas. Entretanto, o desenvolvimento de um mapa geotcnico requer a anlise de um grande nmero de informaes que precisam ser tratadas e combinadas com rapidez. Esta tese apresenta uma metodologia para a integrao de dados, por meio da ferramenta bsica geoprocessamento, visando agilizar, na fase de escritrio, a elaborao de mapas geotcnicos e a anlise de determinados aspectos do meio fsico sob o ponto de vista da Geotecnia, bem como suas interaes com a mancha urbana existente. A rea teste escolhida o municpio de Porto Alegre (RS) situado na poro leste do estado do Rio Grande do Sul, margem esquerda do Lago Guaiba, cuja paisagem marcada pela diversidade de cenrios naturais formados por terrenos de coxilhas, morros, cristas, lagos e plancies. A metodologia envolve a captura, o processamento e a integrao de informaes provenientes de fontes diversas como mapas temticos, levantamento aerofotogramtrico, cartas topogrficas, fotografias areas, imagens de satlite, boletins de sondagens SPT (Standart Penetration Test), dissertaes e teses acadmicas. Para isso, constituda por nove etapas distintas, que utilizam: a) sistema de digitalizao para a converso de informaes analgicas para o meio digital; b) modelagem digital do terreno (MDT) para o modelamento e a identificao do relevo, a determinao de declividades, o mapeamento de reas com isodeclividades e o clculo do fator topogrfico, esse ltimo objetivando a determinao da suscetibilidade eroso laminar; c) tcnicas de processamento e classificao de imagens orbitais para os mapeamentos das reas inundveis e da mancha urbana; d) Sistemas de Informaes Geogrficas (SIGs) para o processamento e a integrao de informaes georreferenciadas no computador; e) banco de dados digital para o armazenamento de dados descritivos sobre o meio fsico e parmetros geotcnicos obtidos em laboratrio, sondagens e outras formas de investigao in situ. A estimativa das unidades geotcnicas procedida com base na proposta metodolgica para mapeamento geotcnico desenvolvida por Davison Dias (1995), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Alm da elaborao do mapa geotcnico, a metodologia prope a anlise e o cruzamento de vrios fatores do meio fsico com a mancha urbana existente, ou com uma subrea pertencente regio de estudo, a gerao de mapas de aptido do solo para diferentes usos e a identificao das reas consideradas de eventos perigosos e de risco geolgico. Os principais softwares empregados so o AutoCAD@, o SURFER@, ACESS@ e o IDRISI 2.0@, desenvolvido pela Clark University, USA. Os resultados obtidos a partir da implementao da metodologia demonstraram a importncia e a contribuio que a ferramenta bsica geoprocessamento pode trazer aos estudos geotcnicos. Os diferentes sistemas de geoprocessamento utilizados para a manipulao e tratamento das informaes espaciais mostraram-se adequados e eficientes quando aplicados na coleta, processamento e integrao de dados geotcnicos. Para a rea teste foram identificadas trinta e sete unidades com perfis de solos com comportamento geotcnico praticamente similar frente ao uso e ocupao do solo, cujas informaes descritivas sobre o meio fsico puderam ser facilmente acessadas e visualizadas, no computador, por meio da integrao banco de dados geotcnicos com Sistema de Informaes Geogrficas. Por outro lado, o emprego de tcnicas de processamento e classificao de imagens digitais revelou-se um recurso importante para a obteno de informaes sobre o meio fsico, enquanto o uso de modelagem digital do terreno (MDT) agilizou o mapeamento das declividades e o clculo da suscetibilidade potencial eroso laminar, alm de permitir a gerao do relevo em perspectiva da regio estudada.

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As deficincias da -cetotiolase mitocondrial e da 2-metil-3-hidroxibutiril-CoA desidrogenase (MHBD) so erros inatos do catabolismo da isoleucina. Os pacientes afetados pela deficincia da -cetotiolase apresentam crises agudas de cetose e acidose metablica, podendo apresentar convulses que podem evoluir ao coma e morte. Bioquimicamente, so caracterizados por excreo urinária aumentada de cido 2-metilacetoactico (MAA), 2-metil-3-hidroxibutrico (MHB) e tiglilglicina (TG). Alguns indivduos apresentam acidemia lctica durante as crises de descompensao metablica. Por outro lado, os indivduos afetados pela deficincia da MHBD so caracterizados por retardo mental, convulses e acidose lctica severa, apresentando excreo urinária aumentada de MHB e TG. O aumento do cido lctico em ambas as enfermidades sugere um comprometimento do metabolismo energtico. Tendo em vista que os mecanismos fisiopatognicos de ambas desordens so totalmente desconhecidos e que os achados bioqumicos sugerem um dficit na produo de energia dos pacientes, o presente trabalho teve por objetivo investigar os efeitos in vitro do MAA e do MHB sobre alguns parmetros do metabolismo energtico em crtex cerebral de ratos jovens. Nossos resultados demonstraram que o MAA inibiu a produo de CO2 a partir de glicose, acetato e citrato, indicando um bloqueio do ciclo do cido ctrico. Em adio, o complexo II da cadeia respiratria bem como a enzima succinato desidrogenase foram inibidos na presena do MAA. Portanto, possvel que a inibio da cadeia respiratria tenha levado inibio secundria do ciclo de Krebs. As enzimas Na+,K+-ATPase e creatina quinase (CK) no foram afetadas pelo MAA. O MHB inibiu a produo de CO2 a partir dos trs substratos testados bem como o complexo IV da cadeia respiratria, sugerindo que a inibio da cadeia respiratria tenha levado inibio da produo CO2 pelo ciclo de Krebs. A enzima Na+,K+- ATPase no foi afetada pelo cido. No entanto, o MHB inibiu a atividade total da CK s custas da CK mitocondrial (mi-CK). A presena do inibidor da enzima xido ntrico sintase L-NAME e do antioxidante glutationa reduzida (GSH) preveniram a inibio da atividade total da CK, enquanto que a GSH preveniu a inibio da mi-CK, sugerindo que os efeitos do MHB sobre a CK estejam relacionados oxidao de grupamentos tiis essenciais atividade enzimtica. Tais resultados sugerem que o metabolismo energtico cerebral inibido in vitro pelo MAA e pelo MHB. Caso estes achados se confirmem nas deficincias da -cetotiolase e da MHBD, possvel que um prejuzo no metabolismo energtico causado pelo acmulo destes metablitos possa explicar, ao menos em parte, o dano neurolgico encontrado nos pacientes portadores destas doenas.

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O cido L-piroglutmico (PGA) o principal intermedirio do ciclo -glutamil, que est relacionado sntese e degradao da glutationa. Altos nveis de PGA no lquido cefalorraquidiano, sangue e outros tecidos, juntamente com a alta excreo urinária do mesmo (acidria piroglutmica ou 5-oxoprolinria), ocorrem em alguns erros inatos do metabolismo envolvendo diferentes enzimas do ciclo -glutamil. Essas desordens so clinicamente caracterizadas por anemia hemoltica, acidose metablica e disfuno neurolgica severa. No entanto, os mecanismos de dano cerebral permanecem ainda no esclarecidos. Vrias aes neurotxicas foram previamente atribudas ao PGA, como excitotoxicidade, inibio da atividade da Na+,K+-ATPase e alterao do metabolismo energtico cerebral. No presente estudo, investigamos o possvel papel do estresse oxidativo na neurotoxicidade do PGA. O efeito in vitro do PGA nas concentraes de 0,5 3,0 mM foi estudado sobre o potencial antioxidante total (TRAP), a reatividade antioxidante total (TAR), quimiluminescncia, susbtncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBA-RS), e atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) em crtex cerebral e cerebelo de ratos de 14 dias de vida. Tanto o TRAP quanto o TAR foram significativamente reduzidos nas estruturas estudadas. Ao contrrio, a quimiluminescncia e o TBA-RS no foram afetados pelo PGA. As atividades da CAT, SOD e GPx tambm no foram alteradas. Esses resultados mostram que o PGA pode diminuir as defesas antioxidantes noenzimticas em crtex cerebral e cerebelo de ratos. Outros estudos, no entanto, parecem vlidos a fim de melhor caracterizar o papel dos radicais livres na neurotoxicidade do PGA.

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Esta tese tem como objeto de estudo o processo de formao e desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras. Visa formular uma interpretao sociolgica desse processo, a partir da abordagem terica configuracional proposta por N. Elias, sendo esta complementada pela utilizao de outras categorias de anlises, tais como Identidade Histrica, Identidade Social e Identidade Cognitiva (W. Lepenies), que permitem focalizar a dinmica deste e incorporar a sua dimenso histrica. Conforme essa orientao terica, o objeto de estudo reconstrudo, tendo como eixo de anlise a direo que este apresenta no decorrer do seu desenvolvimento. Essa direo, nesta tese, foi definida como uma tendncia que oscila entre diferenciao/integrao/diferenciao de grupos de pesquisadores envolvidos no processo. A partir desta tendncia, so identificados e caracterizados trs perodos, sendo eles: primeiro perodo (pr-1964): Pioneiros e precursores uma Identidade Histrica em construo; segundo perodo (ps-1964 at 1986): a construo de espaos institucionais (Identidade Social) e a redefinio da Identidade Cognitiva; terceiro perodo (1987 em diante): uma rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais diferenciada internamente. A formao da rea de Estudos da Religio analisada tambm levando-se em considerao as transformaes do campo religioso, das Cincias Sociais e das principais condies scio-polticas da sociedade brasileira contempornea. Nas Consideraes Finais, formula-se uma sntese comparativa dos trs perodos identificados na reconstruo do processo, que fornece uma viso de conjunto da evoluo do mesmo. Logo se examina, igualmente em perspectiva comparativa, a formao e o desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras em relao trajetria desses estudos nos trs pases do Cone Sul aqui selecionados: Argentina, Chile e Uruguai. Por fim, salientam-se algumas consideraes sobre a abordagem terica adotada neste estudo. O material emprico utilizado provm de vinte entrevistas realizadas, neste estudo, com antroplogos e socilogos dedicados ao estudo da religio e inseridos no campo das Cincias Sociais, de uma extensa reviso bibliogrfica de livros, artigos publicados em revistas acadmicas, teses de Doutoramento e dissertaes de Mestrado, bem como de bancos de dados disponibilizados pela Internet.

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A hipercolesterolemia um importante fator de risco para o desenvolvimento da nefropatia diabtica em pacientes com diabete melito tipo 2 (DM2). Tm sido descritas alteraes na composio dos cidos graxos (aumento na proporo de cidos graxos saturados e monoinsaturados e reduo da famlia n-6) em pacientes com DM2 e hiperlipidemia. No entanto, a composio de cidos graxos nas lipoprotenas de pacientes DM2, particularmente naqueles com microalbuminria, no conhecida. O objetivo deste trabalho foi analisar a composio dos cidos graxos sricos nas fraes fosfolipdeos, triglicerdeos e steres de colesterol, e o perfil lipdico srico de pacientes DM2 micro- e normoalbuminricos. Foi realizado um estudo caso-controle com 72 pacientes DM2: 37 normoalbuminricos (excreo urinária de albumina [EUA] < 20g/min: imunoturbidimetria) e 35 microalbuminricos (EUA entre 20 e 200g/min). Os pacientes receberam orientao nutricional de acordo com as recomendaes da Associao Americana de Diabete e foram acompanhados por 4 semanas. Aps este perodo foi analisada a composio dos cidos graxos nas fraes fosfolipdeo, triglicerdeo e steres de colesterol, determinada por cromatografia gasosa. O colesterol total e triglicerdeos sricos foram dosados por mtodo enzimtico colorimtrico; o colesterol HDL e fraes HDL2 e HDL3 por dupla precipitao com heparina, MnCl2 e sulfato de dextran; a apolipoprotena B por imunoturbidimetria; e o colesterol LDL foi calculado pela frmula de Friedewald. A aderncia orientao da dieta foi avaliada por registro alimentar com pesagem de alimentos e dosagem de uria urinária de 24h (mtodo cintico) para clculo da ingesto protica. Nos pacientes microalbuminricos, a proporo de cidos graxos poliinsaturados na frao triglicerdeo (24,8 11,0%) foi menor do que nos pacientes normoalbuminricos (34,1 11,3%; P = 0,001), principalmente na famlia n-6 (21,7 10,5 vs. 31,4 11,5%; P < 0,001). Pacientes com microalbuminria tambm apresentaram nveis maiores de cidos graxos saturados na frao triglicerdeo (43,4 18,0%, vs. 34,7 13,1%; P = 0,022). Feita a regresso logstica mltipla, somente a proporo de cidos graxos poliinsaturados na frao triglicerdeo permaneceu significativa quando associada com microalbuminria (OR = 0,92; 95% IC = 0,85-0,98; P = 0,019). Na frao steres de colesterol, os pacientes microalbuminricos apresentaram menor proporo de cidos graxos poliinsaturados n-3 (3,44 3,39% vs. 5,98 6,56%; P = 0,044). No se observou diferena na composio de cidos graxos na frao fosfolipdeo entre os dois grupos de pacientes. Os nveis de colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerdeos e apolipoprotena B no foram diferentes entre os pacientes normo- e microalbuminricos. Pacientes com DM2 e microalbuminria apresentam nveis menores de cidos graxos poliinsaturados, principalmente na famlia n-6 na frao triglicerdeo. Esta associao pode representar um fator de risco para a doena cardiovascular e pode contribuir para a progresso da nefropatia diabtica.

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A patognese dos clculos coraliformes assunto controverso, mas a maioria dos autores considera a infeco urinária por germe produtor de urease como o principal e, s vezes, nico mecanismo de formao e crescimento destes clculos. Neste estudo, avaliamos os resultados da aplicao de um protocolo de pesquisa de distrbios metablicos associados litase renal em 42 pacientes portadores de clculo coraliforme, provenientes do Ambulatrio de Urolitase do Hospital de Clnicas de Porto Alegre, e comparamos os resultados com um grupo de referncia, sem doena litisica. Na nossa amostra, encontramos indivduos principalmente do sexo feminino (35 : 7), com idades entre a 4 e a 5 dcadas de vida. Encontramos pelo menos uma alterao metablica em 66% dos pacientes estudados. A hipercalciria esteve presente em 40% dos pacientes, seguida de hiperuricosria (24%), hipocitratria (16%) e hiperoxalria marginal (13%). Em 34% dos pacientes no se detectou alteraes metablicas. A infeco urinária esteve presente em 67% das histrias clnicas, mas somente 45% das uroculturas foram positivas. Conclumos que, na amostra estudada, 66% dos pacientes portadores de clculo coraliforme apresentam, pelo menos, um distrbio metablico associado litase renal, o que justifica a aplicao rotineira deste protocolo, permitindo a instituio de medidas teraputicas adequadas a este grupo de pacientes.

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Vrios estudos associam a infeco crnica pelo vrus da hepatite C a manifestao extra-hepticas incluindo glomerulonefrite membranoproliferativa. A prevalncia de anormalidades urinárias associadas a esta infeco ainda controversa. Este trabalho tem por objetivo investigar a prevalncia de alteraes urinárias assintomticas em doadores de sangue com anti VHC positivo. No perodo de Julho de 1997 a Maro de 1998 foram avaliados 58 doadores de sangue anti VHC + (41 homens e 17 mulheres; com idade mdia de 34 anos) e 128 doadores VHC -, considerado grupo controle (93 homens e 35 mulheres; com idade mdia de 31 anos). Todos foram questionados quanto histria prvia de doenas sistmicas, do trato urinrio, uso de drogas (incluindo AINE e uso de analgsico ), transfuso de sangue, fumo e uso de lcool. O anti VHC foi medido pela tcnica de enzima imunoensaio, de segunda gerao (Abbot Laboratories). As amostras de urina foram inicialmente rastreadas utilizando-se fitas Combur 10 (Boehringer). A microalbuminuria foi medida pela imunoturbidimetria (Bayer, kit 6813) e a NAG foi medida pela tcnica de espectrofotometria ( SIGMA N 9376 ). Hematria assintomtica foi definida como > 5 hemcias no sedimento urinrio, proteinria com o aparecimento de 1+ na fita reagente; cilindrria quando foi visualizado qualquer tipo de cilindro; microalbuminria alterada quando foi >16 mg/l; relao microalbuminria/creatininria elevada quando >15mg/g e a NAG urinária elevada, quando os valores estavam > 5,6U/g de creatinina na urina. Na anlise estatstica utilizou-se um nvel de significncia de 95% (p=0,05). Verificou-se que a cor branca e o sexo masculino predominaram nos dois grupos, o grupo VHC + apresentou uma freqncia significativamente aumentada em relao ao uso de AINE (p= 0,003), lcool p< 0,001), transfuso (p= 0,006) e drogas (p< 0,001) quando comparado ao grupo VHC -. No grupo VHC + as enzimas hepticas estavam significativamente mais elevadas (AST p=0,004, ALT p< 0,001), assim como as mdias de GGT (p= 0,004). Conclumos que o grupo anti VHC + em estudo no apresenta anormalidades urinárias significativas comparativamente com o grupo controle. A prevalncia de hematria e proteinria nos grupos VHC + e VHC foi respectivamente 12,0% x 9,4% e 5,4% x 5,5%, sem diferena estatstica entre os dois grupos. As mdias da microalbuminria nos dois grupos foram respectivamente (10,5 + 22,5 ; 8,7 +12,2 , p= 0,560) e a da NAG (3,2 + 1,8 ; 4,2 + 3,3 , p= 0,232). Constatamos uma associao estatisticamente significativa entre a presena de hematria e proteinria (p= 0,011), proteinria e cilindrria ( p< 0,001), proteinria e ndice de elevado de microalbuminria ( p<0,001), NAG e ndice de microalbuminria elevado (p= 0,02); hematria e sexo feminino (p<0,001), nveis de GT elevados nos indivduos com proteinria (p=0,038) e uma associao entre NAG e tabagismo ( p=0,004).

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Esta tese fundamenta-se na descrio e interpretao das polticas e da gesto do ensino pblico desenvolvido em Porto Alegre durante os 16 anos (1989-2004) em que o PT- Partido dos Trabalhadores, atravs da Administrao Popular, governou a cidade, tendo como problemtica os avanos, os limites e as contribuies dessa experincia na produo de um outro mundo possvel. O referencial terico, fundamentado em autores do campo da poltica, sociologia, da educao e de teorias crticas de outros campos do conhecimento, como Karl Marx, Henri Lefebvre, Immanuel Wallerstein, Boaventura de Sousa Santos e Stephen Stoer, apresentado nos 3 primeiros captulos. O mesmo desloca-se do mais global e abstrato, da globalizao econmica, poltica e social, inserindo nela a discusso dos conceitos Estado, de gesto (gerir, surfar e pilotar), de poltica (polity, politics e policy) e as reconfiguraes dos sistemas de ensino (STOER, 2004) na transio paradigmtica (SANTOS, 1999) e da crise do sistema-mundo (WALLERSTEIN, 2005), para o mais cotidiano (LEFEBVRE, 1973, 1991) das relaes sociais e educativas na cidade. Chegando a este ponto, se verificou como estabeleceram as relaes da gestora da educao em Porto Alegre (a Secretaria Municipal de Educao) no sistema municipal de ensino, em particular, na sua relao com as escolas e professores, no processo de implementao das polticas educativas durante os 16 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve frente da Prefeitura Municipal da cidade. Na parte emprica do estudo, captulos 4 ao 8, apresento e discuto o que o PT, em seus documentos nacionais, percebia e qualificava como educao no contexto de nosso pas ao longo dos anos oitenta e noventa, como pano de fundo e paralelo ao desenvolvido em Porto Alegre atravs da SMED. Detalho manifestaes de dirigentes da educao e do governo municipal, das atividades de cada gesto (1989-2004) e das Leis encaminhadas pelo Executivo e/ou vereadores como as que criaram o Conselho Municipal de Educao, os Conselhos Escolares, as Eleio de Diretores e o Sistema Municipal de Ensino. Apresento manifestaes das escolas e dos professores e alunos, publicadas em mbito acadmico. Portanto, a partir do referencial terico (dialtico-histrico-espacial, HARVEY, 2004) que articulou o descritivo, o analtico-regressivo e o histrico-gentico (LEFEBVRE, 1984), na descrio, sistematizao e interpretao do material emprico (polticas, documentos, panfletos, programas do PT; mais Leis, relatrios de gesto, manifestaes de dirigentes da SMED; teses, dissertaes, pesquisas e artigos de pesquisadores da UFRGS), aponto os avanos, limites e contradies revelados na produo da democracia sem fim (SANTOS, 1998, 2005), desta experincia contra-hegemnica . Disto, a tese: foras polticas contra-hegemnicas ao sistema capitalista em que vivemos, ao ocuparem espaos de poder, podem avanar no desenvolvimento de polticas alternativas quele, bem como na produo de novas relaes sociais. Neste sentido, as escolas, professores, comunidades escolares e movimentos sociais podem se tornar sujeitos de suas prprias aes e obra educativa, na relao com o Estado/governo, ainda que o Estado e suas instituies estejam circunscritos a regras legais, normas e procedimentos e prticas sociais a grupos vinculados ao status quo e ao establishment. Isto depende da forma como as polticas, os contedos e as formas de implementao so geridas. Agindo assim, constri-se um Estado como novssimo movimento social (SANTOS, 1998, 2005), para o qual, a experincia de gesto da e na educao municipal de Porto Alegre, pelo PT e partidos de esquerda por 16 anos, aportaram contribuies significativas para a efetivao de um outro mundo possvel, em alternativa ao que vivemos.