47 resultados para Hormônios Peixes
Resumo:
A depresso uma desordem de importncia relevante, sendo que as mulheres apresentam o dobro da incidncia desta patologia em relao aos homens. No entanto, os trabalhos realizados em modelos animais no conseguem reproduzir estas condies consistentemente. DHEA um neuroesteride que est relacionado depresso. Suas concentraes esto alteradas em pacientes deprimidos e j tem sido usada na clnica, produzindo, no entanto, resultados contraditrios. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da administrao de desidroepiandrosterona (DHEA) sobre o comportamento tipo depressivo e nveis hormonais de ratos, machos e fmeas em diferentes fases do ciclo estral, submetidos ao teste do nado forado, um modelo animal de depresso. Para isto, foram utilizados ratos Wistar, adultos, machos e fmeas em diestro II e em proestro, 8 por grupo. Receberam injees intraperitoneais de DHEA: 0; 2; 10 e 50 mg/kg, nos tempos de 24, 5 e 1 h antes do teste do nado forado. No primeiro dia os animais foram treinados por 15 minutos em aqurios contendo gua a 25o 1 e 27 cm de profundidade. Aps 24 h, foram recolocados no aqurio e seus comportamentos gravados por 5 minutos para anlise posterior. Os comportamentos foram analisados detalhadamente: head-shake, mergulho, imobilidade (flutuar + congelar) e mobilidade (nadar + escalar). Trinta minutos aps o nado, os animais foram mortos e o sangue troncular coletado, para posterior dosagem de DHEA e corticosterona sricas. Um experimento para complementar a curva dose-resposta foi realizado, com a dose de 1 mg/kg, com machos, porm, experimento crnico, onde, no dia seguinte ao treino, os animais receberam a sem resultados significativos nos comportamentos. Foi realizado, ento, primeira injeo de DHEA, na dose de 2 mg/kg, com intervalos de 24 horas, durante dois ciclos estrais completos das fmeas. No dia seguinte ltima injeo, os animais foram submetidos ao teste do nado, com durao de 5 minutos e seus comportamentos gravados e analisados. O sangue troncular foi coletado trinta minutos aps o nado, para as dosagens de DHEA e corticosterona sricas. Para fins de comparao, DHEA e corticosterona sriica de ratos machos, fmeas em proestro e em diestro II no submetidos ao nado, foram dosados por radioimunoensaio. No experimento agudo, DHEA, na dose de 2 mg/kg aumentou o tempo de congelar para o grupo proestro. As concentraes sricas de DHEA e de corticosterona aumentaram significativamente. As fmeas responderam com aumento destes hormônios significativamente maior dos que os machos. No experimento crnico, machos e fmeas apresentaram diferenas em comportamentos no teste do nado forado, dependendo de estmulos estressores continuados, evidenciado pelo maior tempo de escalar das fmeas controle em diestro II. Tratamento com DHEA aumentou o tempo de escalar e a imobilidade das fmeas no diestro II. As concentraes de DHEA e de corticosterona no aumentaram em relao ao basal, e as diferenas de sexo desapareceram, indicando uma correlaco das respostas de corticosterona e DHEA com eventos estressores interagindo com os hormônios sexuais e o tempo de estresse experimentado. A maior resposta hormonal das fmeas no experimento agudo parece ter impedido a resposta comportamental no nado. Aps manipulao crnica, houve adaptao desta resposta e o efeito depressivo de DHEA apareceu. Estes resultados so importantes especialmente quando consideradas estratgias para o tratamento da depresso e doenas relacionadas ao estresse.
Resumo:
A manipulao neonatal imprime alteraes no desenvolvimento neuroendcrino, morfolgico e comportamental de ratos. A rea pr-ptica medial (MPOA) contm neurnios produtores do hormnio liberador do hormnio luteinizante (LHRH) que esto intimamente relacionados com a reproduo. Os ncleos periventricular anteroventral (AVPV) e a amgdala medial pstero-dorsal (MePD) so reas do sistema nervoso central (SNC) que apresentam receptores de estrgeno, portanto poderiam estar atuando no feedback das gonadotrofinas. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da manipulao neonatal sobre o volume do ncleo, a densidade de clulas, o dimetro do corpo celular de neurnios e o nmero total estimado de neurnios da MePD e AVPV dos lados direito e esquerdo, em ratas aos 11 e 90 dias de idade. Na MPOA, foram avaliadas a densidade de clulas e o dimetro do corpo celular de neurnios. A MPOA apresentou uma reduo da densidade numrica de 50% em ratas manipuladas de 11 dias e 50% em ratas manipuladas aos 90 dias de idade. A manipulao neonatal provocou alteraes nos parmetros analisados nas trs reas estudadas, quando comparadas aos grupos no manipulados. Na MePD a reduo foi 63% e de 47% respectivamente aos 11 e aos 90 dias de idade. No AVPV a reduo foi de 44% e de 54% aos 11 e 90 dias de idade. As dimenses lineares do soma dos neurnios da MePD e MPOA apresentaram uma reduo de tal forma que o dimetro dos neurnios no grupo manipulado foi significativamente menor do que o grupo no manipulado. Mas as dimenses lineares dos neurnios do AVPV no apresentaram alteraes significativas. A manipulao neonatal por uma causa ainda desconhecida induz a alteraes estveis na MPOA, MePD e AVPV. A diminuio do nmero de neurnios nessas estruturas pode explicar a reduo da atividade do eixo hipotlamo-hipfise-gonadal (HPG) em ratas adultas, manipuladas no perodo neonatal.
Resumo:
O presente estudo investiga a funo reprodutiva de ratos machos com hipertenso induzida pelo modelo dois-rins, um-clipe (2R/1C), e de ratos 2R/1C normotensos devido ao tratamento com o bloqueador de canais de Ca2+ nifedipina. O aumento da AngII perifrica/central caracterstico do modelo 2R/1C. Parmetros de comportamento sexual (latncia e freqncia de monta com intromisso, latncia de ejaculao e durao do intervalo ps-ejaculatrio) e de espermatognese (quociente espermtico e trnsito epidimrio), e hormônios plasmticos (LH, FSH, PRL e testosterona) foram utilizados para a avaliao da funo reprodutiva dos animais. Noventa e nove ratos Wistar foram utilizados neste estudo, divididos em seis grupos: 2R/1C- ratos com hipertenso induzida pelo modelo 2R/1C; FICT- ratos com cirurgia fictcia; 2R/1C+V- ratos 2R/1C que usaram veculo; 2R/1C+N- ratos 2R/1C que foram tratados com nifedipina; FICT+V- ratos FICT que usaram veculo; FICT+N- ratos FICT que foram tratados com nifedipina. Os animais permaneceram clipados na artria renal durante vinte e oito dias. O tratamento oral com nifedipina (10mg/kg/rato) foi iniciado no primeiro dia aps o clipamento da artria renal. O comportamento sexual foi registrado por vdeo e a presso arterial mdia (PAM) foi aferida por cateter inserido na artria femoral. Aps o registro de PAM, os animais foram mortos para coleta de sangue e retirada das gnadas. Os resultados mostraram que o grupo 2R/1C exibe elevada PAM, aumento da latncia de monta com intromisso e de ejaculao, aumento da durao do intervalo ps-ejaculatrio, reduo do nmero de animais que ejaculam e que apresentam perodo ps-ejaculatrio, aumento da PRL com reduo da testosterona plasmtica, e reduo do quociente espermtico com aumento do trnsito epidimrio, quando comparado ao grupo FICT. Entretanto, animais 2R/1C+N apresentaram valores de comportamento sexual e dos hormônios plasmticos semelhantes aos animais FICT+V ou FICT+N, diferindo significativamente apenas dos ratos 2R/1C+V. Animais 2R/1C+V e 2R/1C+N mantiveram o prejuzo da espermatognese. Os dados sugerem uma associao entre hipertenso induzida pelo modelo 2R/1C e reduo da funo reprodutiva; no entanto, o comportamento sexual e a PRL plasmtica, ambos normais, foram coincidentes com uma PAM normal. Os efeitos da nifedipina sobre o impedimento em diminuir o comportamento sexual e em aumentar a PRL plasmtica, e sobre a manuteno do prejuzo na espermatognese acontece somente em animais clipados na artria renal. A AngII elevada, caracterstica do modelo 2R/1C, parece ter ao decisiva sobre o prejuzo na espermatognese, o mesmo no acontecendo quanto reduo do comportamento sexual e ao aumento da PRL plasmtica.
Resumo:
A funo reprodutiva constitui-se em um dos diversos estados no qual o estresse pode atuar exercendo efeitos deletrios que colocam em risco a integridade individual e a manuteno da espcie. Dentre os diversos peptdeos que atuam controlando os processos reprodutivos, a angiotensina II (Ang II) possui um papel destacado pela sua atuao no controle de hormônios hipofisrios, alm de uma importante participao na regulao das respostas ao estresse. Considerando a importncia dos mecanismos que controlam as funes reprodutivas e as evidncias da influncia do estresse sobre esses processos, esta tese teve como objetivo estudar os possveis efeitos do estresse agudo sobre diferentes aspectos da funo reprodutiva em fmeas e a participao do sistema angiotensinrgico nesses mecanismos. Para isso, foi avaliada a resposta ao estresse de diversos hormônios com funes reprodutivas como a prolactina, o hormnio luteinizante e a progesterona em diferentes fases do processo reprodutivo. A participao do sistema angiotensinrgico foi avaliada atravs da utilizao de antagonistas da Ang II e da quantificao da densidade de receptores de Ang II em ncleos do sistema nervoso central como o ncleo arqueado, o locus coeruleus, o ncleo pr-ptico mediano e o rgo subfornicial em modelos experimentais com diferentes concentraes de estradiol e progesterona. O presente estudo demonstrou que o estresse agudo provoca uma reduo na concentrao plasmtica de prolactina em ratas ovariectomizadas tratadas com estradiol e progesterona e lactantes, sendo esta resposta mediada pelos receptores AT1 de Ang II no ncleo arqueado. Os esterides gonadais aumentam a densidade destes receptores de Ang II no ncleo arqueado e a progesterona parece ser a principal moduladora desta regulao. Alm disso, esse aumento tambm ocorre no locus coeruleus, ncleo pr-ptico mediano e rgo subfornicial, j que o tratamento de ratas ovariectomizadas com estradiol e progesterona provoca um aumento na densidade de receptores de Ang II nestes ncleos. J o estresse agudo na manh do proestro provocou uma reduo nas concentraes plasmticas de hormnio luteinizante, progesterona e prolactina na tarde do proestro, juntamente com uma reduo na ovulao, sendo estes efeitos mediados pelos receptores AT1 de Ang II. A aplicao de um estresse agudo por conteno durante 1 hora na tarde do proestro provocou uma reduo no comportamento sexual, porm esses efeitos no so mediados pelo sistema angiotensinrgico. Em conjunto, esses resultados permitem concluir que o estresse agudo provoca alteraes em diferentes aspectos do processo reprodutivo em fmeas, incluindo efeitos deletrios sobre a lactao, o comportamento sexual, a gerao dos picos hormonais pr-ovulatrios e a ovulao. O sistema angiotensinrgico tem uma participao efetiva em diversos mecanismos envolvidos na resposta ao estresse e parece ser um importante regulador dessas respostas.
Resumo:
A amgdala medial (AMe) um dos ncleos superficiais do complexo amigdalide que pode ser dividido de acordo com critrios citoarquitetnicos e hodolgicos em 4 subncleos distintos: ntero-dorsal (AMeAD), ntero-ventral (AMeAV), pstero-ventral (AMePV) e pstero-dorsal (AMePD). Destes, a AMePD, dentre outras funes, est envolvida na regulao do comportamento sexual de roedores. Em ratos, este subncleo uma estrutura sexualmente dimrfica, com ampla quantidade de receptores para hormônios gonadais e que se apresenta subdividida em trs colunas celulares: medial (AMePDm), intermediria (AMePDi) e lateral (AMePDl). O presente trabalho teve como objetivos estudar a densidade de espinhos dendrticos na AMePDm e na AMePDl as quais, em ratos, esto relacionadas com os comportamentos de intromisso peniana e ejaculao, respectivamente. Tambm estudou-se os efeitos da castrao com curta (8 dias) e longa (90 dias) durao na densidade dos espinhos dendrticos na AMePD. Todos os animais foram anestesiados e perfundidos, tiveram seus encfalos seccionados em cortes coronais de 200 m de espessura e submetidos tcnica de Golgi. Aps, os espinhos foram desenhados ao longo dos primeiros 40 m dendrticos com auxlio de uma cmara clara acoplada a microscpio ptico e tiveram sua densidade calculada. A anlise estatstica demonstrou que no h diferena significativa na densidade de espinhos dendrticos entre os neurnios da AMePDm e AMePDl quando comparadas entre si. Esses resultados sugerem que, embora funcionalmente diferentes, essas regies parecem estar realizando contatos sinpticos em nmero similares. Ainda no est claro se estes espinhos so necessrios para possibilitar que cada subregio contribua para um aspecto especfico do comportamento sexual masculino. Por outro lado, a anlise estatstica tambm revelou que a castrao por si s no capaz de alterar a densidade de espinhos dendrticos nos neurnios da AMePD a curto prazo mas, por outro lado, que a castrao de longa durao causou uma reduo significativa na densidade de espinhos dendrticos em relao aos animais controle neste subncleo, evidenciando a ao da testosterona na manuteno da integridade morfolgica a longo prazo nos neurnios da AMePD e sua importncia para a plasticidade sinptica nesta regio.
Resumo:
Nucleotdeos extracelulares (ATP, ADP, AMP) e seu derivado adenosina so conhecidos sinalizadores do sistema cardiovascular podendo mediar vrios processos fisiolgicos entre eles a proliferao celular, agregao plaquetria, inflamao e o tnus vascular. Os nveis destas substncias, localmente e na circulao sangunea, so controlados pelas ecto-NTPDases em conjunto com a ecto-5nucleotidase (ecto-5-NT) que realizam a degradao completa do ATP at adenosina. Os hormônios tireoideanos tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e o hormnio esteride sexual estradiol (E2) atuam ativamente no sistema vascular promovendo vasodilatao. Nosso objetivo foi investigar quais enzimas da famlia das NTPDases esto presente em clulas musculares lisas vasculares (CMLVs) e se a atividade destas enzimas pode ser influenciada pela ao desses hormônios, uma vez que seus substratos e produtos podem sinalizar processos de relaxamento/contrao muscular. Para tanto, as CMLVs foram extradas da artria aorta de ratos Wistar adultos e cultivadas em meio de cultura DMEM. Aps atingirem a confluncia, as clulas foram tratadas com 50 nM de T3 ou T4 ou 1M de 17-estradiol por 72 horas. As atividades enzimticas foram medidas pela liberao de fosfato inorgnico enquanto que a expresso das ectonucleotidases foi verificada por imunocitoqumica (protena) e RT-PCR (RNAm). Os resultados deste trabalho mostram que as CMLVs expressam as NTPDases 1, 2, 3, 5 e 6 e a ecto-5-NT, responsveis pelo controle dos nveis de nucleotdeos e nucleosdeos extracelulares. O tratamento com os hormônios T3, T4 e E2 nestas clulas mostrou que a atividade da ecto-5-NT foi aumentada pelos trs hormônios. A anlise do RT-PCR demonstrou que os tratamentos foram capazes de aumentar tambm a quantidade de RNAm da ecto-5NT, indicando mecanismos de ao genmica dos hormônios estudados. Por outro lado, O tratamento com os hormônios tireoideos no alterou as atividades ATPsica e ADPsica, somente o estradiol foi capaz de aumentar a atividade ATPsica. Estes resultados tambm sugerem que, pela hidrlise aumentada do AMP, disponibilizem-se nveis maiores de adenosina, com importante potencial vasodilatador local. Entretanto, o fato de o estradiol ter aumentado a hidrlise de ATP, mas no a de ADP, nos permite pensar que o ADP, agregador plaquetrio bem estabelecido, possa estar acumulando extracelularmente, contribuindo para o desenvolvimento de problemas circulatrios.
Resumo:
Cunila galioides (Lamiaceae), conhecida popularmente como poejo, uma planta nativa encontrada em regies de campos de altitude do sul do Brasil. Devido suas propriedades qumicas empregada na medicina popular e apresenta potencialidades de utilizao como planta aromtica, visando a extrao do leo essencial. Neste sentido, foram desenvolvidos quatro experimentos com o objetivo de gerar subsdios para a explorao comercial desta espcie, avaliando a influncia de alguns parmetros agronmicos e ambientais na produo quantitativa e qualitativa em trs quimiotipos. Os experimentos desenvolvidos incluram a propagao sexuada e assexuada, diferentes nveis de calagem aplicada ao substrato, distintos nveis de alumnio em hidroponia e o cultivo em condies de campo em cinco regies agroecolgicas no Rio Grande do Sul utilizando-se nove populaes. Os resultados demonstraram que possvel realizar a propagao por sementes ou estaquia. A taxa de germinao de sementes baixa, aumentando consideravelmente utilizando-se tratamentos de superao de dormncia. A estaquia mostrou-se eficiente, mesmo sem a utilizao de hormônios, indicando que o poejo uma espcie de fcil enraizamento. A calagem mostrou efeito na produo de biomassa, teor e composio qumica do leo essencial, ocorrendo interao entre quimiotipo e dosagem de calcrio Foram observadas diferenas de tolerncia ao alumnio entre os quimiotipos com aumento na concentrao de flavonides nas populaes tolerantes. O cultivo em cinco regies do Estado mostrou diferenas de produo de biomassa entre as populaes e entre os locais, ocorrendo interao gentipo x ambiente. A composio qumica do leo essencial das populaes manteve-se praticamente estvel, em todos os locais, com algumas variaes. Observou-se, uma maior concentrao de sesquiterpenos em alguns leos essenciais que pode ser atribuda ao estresse ambiental.
Resumo:
Em pacientes portadores de fibromialgia, a administrao de doses farmacolgicas de DHEA ocasionou reduo da sensao de dor muscular e fadiga, o que permitiu inferir seu envolvimento na modulao da percepo dolorosa. sabido que a DHEA pode ser convertida, tanto perifericamente como no SNC, em sua forma sulfatada (DHEAS) por ao de enzimas sulfotransferases, tendo esta papel na modulao da nocicepo. Outro hormnio esteride com ao sobre a nocicepo a progesterona, cuja administrao resultou em efeitos anestsicos e sedativos. A maioria destes resultados foram obtidos em mamferos e humanos. Todavia, um estudo recente demonstrou que o tecido enceflico de r foi capaz de sintetizar esterides a partir de colesterol, sendo este processo de biossntese similar quele descrito em mamferos. Deste modo, o presente estudo utilizou a r Rana catesbeiana, adulta, macho, para determinar os efeitos da administrao aguda (1,0, 2,0 e 10,0 mg/kg) e crnica (2,0 mg/kg) de DHEA, DHEAS e progesterona sobre o limiar nociceptivo das mesmas. Este limiar foi determinado pela utilizao do teste qumico do cido actico, o qual foi realizado 2 horas antes da administrao das solues e aps 2, 6 e 24 horas nos estudos de tratamento agudo e 48 horas aps o trmino da ltima injeo nos estudos crnicos, sendo que nestes as rs receberam 6 injees subcutneas, havendo entre cada administrao um intervalo de 72 horas. Foram utilizados 3 grupos: controle, veculos e tratados. No tratamento agudo, as doses de 1,0 e 2,0 mg/kg de DHEA, DHEAS e progesterona no ocasionaram modificaes estatisticamente significativas no limiar nociceptivo das rs. J a dose de 10,0 mg/kg de DHEA e DHEAS induziu um acrscimo significativo no limiar nociceptivo destes animais. Esta alterao no foi observada nas rs tratadas com progesterona nesta dose. Entretanto, a administrao crnica de DHEA, DHEAS e progesterona, provocou aumento estatisticamente significativo no limiar nociceptivo das rs. A interrupo da administrao de DHEA por 05 dias resultou no retorno do limiar nociceptivo a valores semelhantes queles obtidos antes das injees subcutneas de DHEA. A repetio deste tratamento por mais 07 dias ocasionou um novo aumento no limiar nociceptivo das rs. Estes resultados sugerem que o efeito antinociceptivo destes esterides apareceram precocemente na evoluo dos vertebrados, estando ainda presente em humanos. Assim, as rs, constituem modelos experimentais que podero contribuir para o esclarecimento dos mecanismos celulares de ao da DHEA, da DHEAS e da progesterona sobre a nocicepo, tema ainda muito especulativo na neurocincia.
Resumo:
O cultivo de carpa capim em gaiolas no tem sido relatado no Brasil. Estudos direcionados ao diagnstico da piscicultura neste pas revelam a necessidade de agregao de valor ao peixe cultivado. O objetivo deste estudo foi avaliar a performance da espcie em gaiolas, bem como desenvolver tecnologia para seu beneficiamento na forma de hambrguer. O cultivo foi desenvolvido em gaiolas colocadas em aude de 22 ha, onde se compararam as densidades de estocagem de 75 e 40 peixes/m. A dieta comercial oferecida era extrusada com 32% de protena. Os parmetros de qualidade da gua mantiveram-se, quase totalmente, dentro dos padres para o cultivo desta espcie. Taxas de crescimento de 0,8 e 1,1 g/dia foram observadas nos tratamentos com maior e menor densidades, respectivamente. Em ambos os tratamentos, a converso alimentar aparente foi de 1,7 e a taxa de sobrevivncia de 99%. Os resultados no diferiram significativamente, revelando que densidades maiores podero ser testadas. Um experimento inicial, em que se inclua forragem verde na alimentao das carpas, foi finalizado devido a danos causados s gaiolas por roedores Myocastor coypus. O rendimento mdio dos fils obtidos de carpas jovens foi de 29,8%, comparado com 39,1% dos fils de carpas adultas. As carcaas dos peixes jovens tiveram rendimento de 49,7%, contra 60,4% das carcaas adultas. Foram produzidos hambrgueres de peixe a partir destes quatro mtodos de processamento. Vrios atributos foram comparados na avaliao sensorial e apenas a suculncia dos hambrgueres produzidos com fils de carpas jovens foi significativamente superior a dos demais.
Resumo:
A Hiperplasia Prosttica Benigna (HPB) uma anormalidade proliferativa relacionada com a idade e muito freqente no perodo da senescncia. A Prevalncia da HPB encontra-se em torno de 40 a 50% aos 50 anos e de aproximadamente 80% aos 70 anos. A patognese da formao tumoral tem sido estreitamente associada ao dos hormônios esterides. Os efeitos andrognicos so mediados pela testosterona e dihidrotestosterona (DHT) nas clulas alvo e suas aes tm sido demonstradas na morfognese, diferenciao, proliferao celular e secrees da glndula prosttica. A ligao dos andrognios promove a ativao do receptor de andrognios, recrutamento de cofatores, promovendo a transcrio de genes alvo hormnio-dependentes. O gene do AR humano est localizado no cromossomo X apresentando regies polimrficas no exon 1. O polimorfismo CAG o mais estudado e seu nmero de repeties est inversamente correlacionado com a atividade transcricional do receptor. Este trabalho teve como objetivo analisar a freqncia do polimorfismo CAG do AR em uma amostra da populao masculina do Rio Grande do Sul com e sem HPB e verificar se o nmero de repeties est relacionado com o desenvolvimento da HPB. Foram avaliados 44 pacientes com HPB e 52 controles. O DNA foi extrado de leuccitos do sangue perifrico. A regio do gene do AR correspondente ao polimorfismo CAG foi amplificada por reao em cadeia da polimerase (PCR). O produto da PCR foi avaliado por eletroforese capilar e analisado pelo software Genemapper no seqenciador automtico ABI3100 Avant. A anlise estatstica foi feita atravs do teste t para amostras independentes, teste de qui-quadrado, anlise de regresso linear mltipla e anlise de varincia seguida pelo teste complementar de Duncan quando mais de trs grupos foram comparados. O nmero de repetioes CAG variou de 16 a 30 no grupo controle e de 16 31 no grupo HPB. A mdia de repeties foi de 22,27 3,04 e 21,64 2,89 respectivamente (p=0,30). A testosterona srica diferiu entre os grupos HPB (4,18 1,34 ng/dl) e controles (4,92 1,29 ng/dl), sendo menor no grupo com HPB (p=0,009). A correlao entre estas variveis de 0,256 (p= 0,014). Porm, quando corrigida pela idade, a correlao diminui e perdeu a significncia (p=0,104). Estes resultados sugerem que no h correlao entre o nmero de repeties CAG e o risco de HPB na amostra estudada. Os nveis sricos de testosterona no esto associados com o nmero de repeties CAG. Pacientes com HPB tm nveis de testosterona mais baixos que os controles.
Resumo:
A endometriose caracteriza-se pela presena de tecido endometritico glndulas e estroma fora da cavidade uterina. A doena acomete superfcies peritoniais da plvis, ovrios e septo rectovaginal, sendo mais comum a endometriose plvica. Embora os dados sobre a prevalncia exata de endometriose sejam incertos, as evidncias indicam uma prevalncia em torno de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Dor, dismenorria, dispareunia e infertilidade so sintomas freqentes da doena. Alm de apresentar dependncia aos hormônios sexuais, a endometriose est associada a um conjunto de desordens de diferentes etiologias, sendo considerada uma doena multifatorial de carter gentico e imune. Neste sentido, a carncia de respostas imunolgicas adequadas, aliada a um provvel desequilbrio entre os processos de proliferao e apoptose celular, pode ter um papel importante na instalao e manuteno das leses endometriticas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a expresso de genes relacionados aos processos de proliferao e diferenciao celular em implantes endometriticos e endomtrio eutpico de mulheres infrteis sem e com endometriose, atravs da anlise semiquantitativa por RT-PCR. Foram estudadas 34 pacientes consultando por infertilidade e submetidas laparoscopia diagnstica. Quinze pacientes (31,7 1,5 anos) apresentavam endometriose e 19 (32,9 0,9 anos) foram consideradas controles infrteis sem endometriose. Os dois grupos apresentaram IMC e SHBG similares. As bipsias de endomtrio foram realizadas, em fase folicular, nas pacientes do grupo controle (C) e nas pacientes com endometriose (endomtrio eutpico (EUT) e ectpico (ECT)). A presena do mRNA para os receptores de estrognio e progesterona detectada nos 3 grupos estudados, sustenta a existncia de sensibilidade tecidual local aos hormônios sexuais. Nas condies experimentais do presente estudo no foi observada diferena estatstica na expresso gnica de bcl2 entre os grupos. A expresso do gene do ER endometrial tambm foi similar entre os grupos controle, eutpico e ectpico. Contudo, o endomtrio ectpico apresentou nveis de mRNA mais elevados para PR-A (0,84 0,02 UA) em relao aos grupos controle e eutpico (0,60 0,04 UA e 0,63 0,04 UA; p < 0,05). A expresso gnica do PR-B no foi estatisticamente diferente entre os grupos do presente trabalho. Porm, houve forte correlao negativa entre a expresso dos genes bcl2 e PR-B nas amostras de endomtrio sem e com endometriose (r = - 0,795 e p = 0,018), sugerindo que um papel anti-proliferativo do PR-B possa ser operativo neste modelo de estudo.
Resumo:
Resumo no disponvel.
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Problemas de sade pblica causados pelo consumo de carnes envolvem diversos pases e obrigam a cadeia agroalimentar a repensar o modo de produo e os sistemas de garantia de qualidade. Devido a este fato, esta pesquisa teve como objetivo estudar a rastreabilidade na cadeia avcola, tendo como foco o consumidor. Para isso foi realizado um survey, no qual foram realizadas entrevistas com 393 consumidores da cidade de Porto Alegre. Os questionrios foram aplicados no perodo de abril a julho de 2004 em supermercados de pequeno, mdio e grande porte, alm do mercado pblico da cidade. Os atributos sanitrios que o consumidor considera importantes para se rastrear na carne de frango so: Influenza Aviria (Gripe do Frango), Salmonela, Hormônios, Controle do ndice de Absoro de gua e Resduos de Antimicrobianos. Alm disso, os entrevistados consideram que as seguintes informaes devam constar na embalagem da carne de frango: Data de Validade, o nmero do SIF, Certificado de Qualidade, Advertncia quanto a Riscos de Toxinfeco Alimentar, Preo, Data de Abate e Origem/Procedncia. So exploradas na pesquisa as correlaes de diversas variveis com o nvel de escolaridade, renda e faixa etria. Com base nestes dados e utilizando a anlise de filire, buscou-se propor maneiras de se atingir na rastreabilidade os pontos cruciais indicados pelos consumidores. Apesar da cadeia avcola ser bem organizada, foi evidenciada por esta pesquisa a necessidade de melhorar a circulao da informao na cadeia; para isso, sugere-se um sistema integrado de informao. Finalmente, foi proposto um modelo de rastreabilidade que contempla toda a cadeia avcola, incluindo todos os elos, desde o consumidor at o matrizeiro, indicando-se possveis fatores que podem dificultar a construo do mesmo.
Resumo:
Este trabalho teve trs objetivos principais: a) Estabelecer valores de referncia para os parmetros bioqumicos e hematolgicos do jundi cultivado em aude; b) Determinar a CL50 da cipermetrina ao jundi, bem como verificar o efeito nos parmetros sangneos; c) Determinar as caractersticas fsicas e qumicas do smen do jundi. Os animais foram obtidos de audes de um Produtor de Peixes em Rolante, RS e conduzidos ao Laboratrio do ICBS, UFRGS, onde permaneceram em tanques de 500l. O sangue era obtido por puno do vaso caudal atravs de seringa descartvel, transferidos a tubos com e sem EDTA 10%, e os testes bioqumicos e hematolgicos realizados no HCPA. Para a avaliao da CL50 da cipermetrina no jundi grupos (n 10) de animais foram tratados com a exposio a 8 diferentes concentraes de cipermetrina (ppm) (0:controle; 0,08; 0.1; 0,12; 0,16; 0,2; 0,24; 0,36). Os peixes foram observados aps 24, 48, 72 e 96h do incio do tratamento para avaliar o percentual de mortalidade. No estudo do estresse metablico, grupos (n 6) receberam os tratamentos: ausncia de exposio ao pesticida (controle) e duas doses (0.08 e 0.12 ppm) de cipermetrina. Foram feitas coletas de sangue antes, aps 2, 4 e 8 dias da aplicao do pesticida para anlise no HCPA. Para o estudo do smen, este foi obtido em diferentes perodos durante as 4 estaes. A densidade espermtica foi medida pela tcnica do espermatcrito e pela contagem microscpica. A durao da motilidade espermtica foi observada num microscpio, usando para interpretao uma escala arbitrria variando de 0 a 5. Parte do smen foi centrifugado para a obteno do fluido seminal, o qual foi imediatamente congelado a 200C at anlise no HCPA Com a concentrao 0,12 ppm as variaes bioqumicas foram incrementadas e j se observaram alteraes nos movimentos e no equilbrio. Em estaes de aqicultura, produtores podem realizar avaliao peridica em uma pequena populao de seus peixes, quantificando o grau de estresse metablico. Esses indicadores de estresse podem ser precocemente detectados apesar da aparncia exterior e comportamentos normais dos peixes. A tcnica para a medida da densidade espermtica atravs do espermatcrito apresentou correlao com a contagem celular por microscpio, com a vantagem de ser mais simples, rpida e econmica. As caractersticas que foram encontradas no smen parecem ser bons indicadores da qualidade espermtica e podem auxiliar na seleo de machos doadores de gametas de alta qualidade em sistemas de cultivo deste peixe.
Resumo:
OBJETIVO: Estudos j confirmaram a importncia do zinco como um elemento-trao essencial no metabolismo humano. A deficincia de zinco predispe, por exemplo, ao retardo do crescimento, a deficits neurosensoriais, desordens no metabolismo de diversos hormônios e enzimas, dificuldade de cicatrizao, leses na pele, demora da maturao sexual e imunodeficincia. Poucos estudos na literatura avaliaram e compararam a concentrao de zinco plasmtico em crianas e adolescentes com e sem cirrose. O objetivo deste estudo foi avaliar a concentrao de zinco plasmtico em pacientes peditricos com cirrose e investigar a associao entre estes resultados e dados antropomtricos, ingesto de zinco e gravidade da doena heptica. PACIENTES E MTODOS: Estudo exposto-controle, em que foram avaliadas 57 crianas e adolescentes: 30 com cirrose (105,0 60,0 meses, 22 do sexo feminino), atendidos regularmente na Unidade de Gastroenterologia Peditrica do Servio de Pediatria do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA), e 27 hgidas e sem doena heptica (122,33 47,38 meses, 14 do sexo feminino). PACIENTES E MTODOS: Estudo exposto-controle, em que foram avaliadas 57 crianas e adolescentes: 30 com cirrose (105,0 60,0 meses, 22 do sexo feminino), atendidos regularmente na Unidade de Gastroenterologia Peditrica do Servio de Pediatria do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA), e 27 hgidas e sem doena heptica (122,33 47,38 meses, 14 do sexo feminino). Os fatores etiolgicos da cirrose foram: atresia das vias biliares (10), doenas auto-imunes (9), histiocitose (1) e deficincia de alfa 1antitripsina (1). Em 9 pacientes no foi identificada a causa da cirrose. O comprometimento heptico foi determinado pelos critrios de Child-Pugh, PELD e MELD. Por Child-Pugh, 15 pacientes foram classificados como A, 10 como B, e 5 como C; pelo PELD, 15 pacientes apresentaram escores abaixo de 15 e 5 acima; e pelo MELD, 9 pacientes tiveram escores abaixo de 15 e 1 acima. Os pacientes foram avaliados por antropometria, onde foram verificados peso, altura, circunferncia braquial (CB), espessura de prega cutnea tricipital (PCT) e circunferncia muscular do brao (CMB). Os ndices antropomtricos, peso para idade e estatura para idade (P/I e E/I), foram calculados utilizando-se o escore Z. CB, PCT e CMB foram calculados de acordo com as frmulas de Frisancho (1974) e comparados com os valores de referncia das tabelas de Frisancho (1981). O zinco plasmtico foi avaliado por espectrofotometria de absoro atmica e os valores normais considerados foram 70 150 g/dL, sem relao com idade e gnero. Os fatores etiolgicos da cirrose foram: atresia das vias biliares (10), doenas auto-imunes (9), histiocitose (1) e deficincia de alfa 1antitripsina (1). Em 9 pacientes no foi identificada a causa da cirrose. O comprometimento heptico foi determinado pelos critrios de Child-Pugh, PELD e MELD. Por Child-Pugh, 15 pacientes foram classificados como A, 10 como B, e 5 como C; pelo PELD, 15 pacientes apresentaram escores abaixo de 15 e 5 acima; e pelo MELD, 9 pacientes tiveram escores abaixo de 15 e 1 acima. Os pacientes foram avaliados por antropometria, onde foram verificados peso, altura, circunferncia braquial (CB), espessura de prega cutnea tricipital (PCT) e circunferncia muscular do brao (CMB). Os ndices antropomtricos, peso para idade e estatura para idade (P/I e E/I), foram calculados utilizando-se o escore Z. CB, PCT e CMB foram calculados de acordo com as frmulas de Frisancho (1974) e comparados com os valores de referncia das tabelas de Frisancho (1981). O zinco plasmtico foi avaliado por espectrofotometria de absoro atmica e os valores normais considerados foram 70 150 g/dL, sem relao com idade e gnero .