71 resultados para Doenças cardiovasculares Fatores de risco - Teses


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O presente estudo investigou trs processos que acontecem na esfera interpessoal: vitimizao, agressividade e amizade. Foram identificados aspectos de risco e proteo destes trs comportamentos, a relao entre os mesmos e tambm a validade do uso de diferentes instrumentos estrangeiros no Brasil. Em uma amostra de 258 crianas, regularmente matriculadas em escolas de nvel scio-econmico baixo, utilizaram-se duas escalas para investigao do comportamento agressivo, uma respondida pelas prprias crianas e outra pelas suas professoras, e tambm um instrumento de nomeao baseado em caractersticas, respondido pelos colegas. Para investigao da amizade foi utilizada uma escala sobre qualidade da amizade percebida e, para a investigao do processo de vitimizao, foi utilizado o instrumento projetivo SCAN-Bullying. As aplicaes dos instrumentos foram todas coletivas, com exceo do instrumento projetivo SCAN-Bullying que acompanhado de uma entrevista estruturada Foram realizadas regresses mltiplas e correlaes de Pearson, a fim de verificar as interaes entre as variveis estudadas. Testes T de Student, Teste de Kruskall- Wallis e Testes de Qui-quadrado foram utilizados a fim de verificar possveis diferenas entre grupos de crianas com amizades recprocas e sem amizades recprocas, grupos de crianas classificados como agressores, vtimas, agressores-vtimas e pr-sociais e entre os gneros. De uma maneira geral, verificou-se que a agressividade individual um fator de risco para a vitimizao entre pares, enquanto a amizade recproca um fator de proteo. Verificou-se, entretanto, que a agressividade do amigo pode ser um fator de proteo associado popularidade da criana e reciprocidade na sua amizade. Estes resultados oportunizaram a compreenso e reflexo sobre a qualidade da interao de comportamentos e caractersticas sociais na promoo da resilincia. Os resultados obtidos podero gerar subsdios para programas de interveno que visem adaptao saudvel no ciclo vital.

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A implementao de programas de controle de salmonela em sunos, com objetivo de diminuir os riscos de infeco alimentar em humanos, exige mtodos rpidos e baratos para medir a intensidade da infeco, bem como reduzir seus fatores de risco. A partir disso, desenvolveu-se um teste de ELISA, utilizando antgeno lipopolissacardeo do sorovar Typhimurium, pela sua similaridade antignica com os sorovares prevalentes em sunos no Rio Grande do Sul. O teste padronizado foi utilizado na determinao da soroprevalncia em 65 rebanhos sunos, os quais participaram de estudo para identificao de fatores de risco. As granjas foram classificadas em trs categorias de soroprevalncia, baixa (at 40%), mdia (40-70%) e alta (mais de 70%) prevalncia, estabelecidas como varivel explicada. As respostas do questionrio contituram as variveis explicativas. Aquelas associadas varivel explicada pelo teste de 2 (p 0,1) foram submetidas anlise fatorial de correspondncia mltipla (AFCM). Paralelamente, foram avaliados seis desinfetantes (amnia quaternria, glutaraldedo, iodforo, hipoclorito de sdio (1 e 0,1%), fenol e cido peractico) frente a amostras de Salmonella Typhimurium isoladas de sunos. Os produtos foram testados na presena e ausncia de matria orgnica, sob duas diferentes temperaturas e, posteriormente, frente a 8 isolados com diferentes perfis de resistncia antimicrobiana, por um tempo de contato de 5 minutos. O teste de ELISA identificou a soroconverso nos animais inoculados (7 dias p.i.) e contatos (21 dias p.i.), bem como o aumento no nmero de animais positivos aps infeco natural (28,6% para 76,9%). A sensibilidade e a especificidade do teste foram respectivamente de 92 e 100%. Aps adaptaes para suco de carne, estabelecendo o soro como referncia, a sensibilidade do teste para suco de carne foi de 88,12% e a especificidade 70,43%. Em anlise de concordncia entre os testes, o ndice kappa foi de 5,78, com p=0,002 no teste MacNemar. A AFCM identificou a associao da maior soroprevalncia com o seguinte grupo de variveis: nas granjas terminadoras, uso de rao peletizada, distribuio de dejetos a menos de 100m do local de captao de gua, no utilizao de comedouro do modelo comedouro/bebedouro, transporte com freteiro misturando animais de vrias granjas; enquanto nas granjas de ciclo completo apareceram ingredientes de rao desprotegidos de outros animais, ausncia de controle de roedores, rao seca, ausncia de cerca, no uso da pintura com cal aps lavagem e desinfeco e a entrada de outras pessoas alm do tcnico na granja. Todos os desinfetantes foram eficazes na ausncia de matria orgnica, nas duas temperaturas testadas. Entretanto, quando na presena de matria orgnica ou aps cinco minutos de contato, somente o hipoclorito de sdio (1%), fenol e o cido peractico foram eficazes. Dessa forma, ao estabelecer uma ferramenta sorolgica para medir a infeco pelos principais sorovares de Salmonella que afetam os sunos no sul do Brasil e identificar fatores de risco associados alta soroprevalncia, ser possvel dar incio implementao e validao de protocolos de controle da infeco em rebanhos.

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Dislipidemia so alteraes nas concentraes dos lipdios no organismo, e so divididos em hipo e hiperlipidemias. As hiperlipidemias possuem maior importncia clnica, frequentemente associadas com um aumento no risco em desenvolver outras doenças, como doenças coronarianas, pancreatites, etc. Altas concentraes dos lipdios plasmticos, principalmente colesterol total, esto associados com doenças coronarianas. Altos nveis de triglicerdios e baixos nveis de HDL-colesterol, tambm so fatores que predispem a doenças cardiovasculares. Os nveis de triglicerdios podem ter vrias causas: como a dieta ou alteraes relacionadas ao metabolismo lipdico. Este estudo foi composto por 96 indivduos descendentes de japoneses residindo no Sul do Brasil (Cascavel-PR). O objetivo deste trabalho foi analisar alteraes nos lipdios plasmticos em uma populao especfica indivduos descendentes de japoneses residentes na regio de Cascavel (PR) . Foram determinados os nveis de triglicerdios, colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, apolipoprotena A-I e B e o padro eletrofortico de lipoprotenas em 96 indivduos japoneses entre 10 a 89 anos. Para os nveis de triglicerdios, 18,7% dos indivduos descendentes de japoneses obtiveram valores acima de 200 mg/dL.. Quando relacionamos os nveis de colesterol total, 69,7% dos indivduos descendentes de japoneses possuem nveis acima da normalidade. Observamos dois padres eletroforticos de lipoprotenas na populao japonesa; 10,4% desses indivduos obtiveram alteraes na banda pr-beta relacionada ao VLDL-colesterol e 8,3% obtiveram alteraes nas bandas da origem (Quilomicra) e na banda pr-beta.

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Considerando que as doenças cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenças vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatrios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao freqente do diabete melito (DM) e acarreta grande morbi-mortalidade. A preveno desta complicao ser mais efetiva se os indivduos de maior risco, que se beneficiariam de tratamento intensivo dos fatores risco modificveis, fossem precocemente identificados. A microalbuminria, definida por valores de excreo urinria de albumina (EUA) de 20-199 g/min, ainda o melhor marcador da instalao e progresso da ND, alm de ser um fator de risco para o desenvolvimento de doenças macrovasculares. Estas associaes podem ser explicadas pela teoria de que a microalbuminria representa, na verdade, dano endotelial generalizado. A albuminria nos limites superiores da normalidade tambm est associada ao desenvolvimento futuro de micro- e macroalbuminria. Alm disso, existe uma associao entre albuminria normal-alta, doena cardiovascular e mortalidade geral em indivduos com e sem DM. A EUA tem correlao direta e contnua com o desenvolvimento de doena renal e cardiovascular, sem um ponto determinado a partir do qual ocorreria um aumento mais importante do risco. No entanto, na prtica clnica se faz necessrio o estabelecimento de um valor crtico para guiar o tratamento dos pacientes. Algumas evidncias apontam para valores de EUA em torno de 10 g/min como um novo ponto de corte para o diagnstico de microalbuminria.Concluindo, a associao entre a EUA e os desfechos renais e cardiovasculares parece ser contnua e j est presente at mesmo com nveis de EUA considerados normais. A adoo do valor de 10 g/min como de risco poder identificar os pacientes que deveriam receber tratamento mais precoce e agressivo dos fatores de risco modificveis.

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Introduo: Obesidade pode ser definida como uma condio de acmulo anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo que acarreta prejuzo sade. Em pases desenvolvidos, a obesidade considerada um problema de sade pblica, e pela Organizao Mundial da Sade, uma epidemia global. Esta patologia predispe ao desenvolvimento de outras doenças como: diabetes, hipertenso arterial, dislipidemias, doenças cardiovasculares, cncer, distrbios respiratrios (entre eles apnia do sono), colilitase, esteatose heptica e afeces osteoarticulares. Em adolescentes e crianas, a obesidade contribui com mais de um tero das consultas endocrinolgicas peditricas (5). Dados americanos referentes ao excesso de peso durante a adolescncia indicam que jovens com ndice de massa corporal (IMC) elevado apresentam maior risco de desenvolver hipertenso, dislipidemia, intolerncia glicose e doenças crnicas como, por exemplo, doena cardiovascular. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 70 bilhes so gastos anualmente em obesidade, enquanto que doenças como diabetes e doena coronariana consomem apenas 50 bilhes de dlares. Em outros pases, os gastos com obesidade representam uma proporo expressiva dos oramentos destinados sade: 4% na Holanda, 3,5% em Portugal, 2,5% na Nova Zelndia, 2% na Austrlia, 2,4% no Canad e 1,5% na Frana. Tratando-se exclusivamente de crianas e adolescentes, em 1979-1981, o sistema americano de sade gastou, em mdia, 35 milhes de dlares com tratamento da obesidade e, em 1997-1999, os custos chegaram a 127 milhes.A elevao dos custos est diretamente relacionada ao aumento da prevalncia de obesidade, ocorrida nos ltimos anos. No Brasil, segundo dados do Plano de Oramento Familiar, havia 38 milhes de brasileiros com excesso de peso e 10,3 milhes com obesidade em 2003. Objetivos: estimar a prevalncia de excesso de peso em adolescentes em uma amostra representativa da Cidade de Porto Alegre. Alm de calcular taxas de prevalncia de obesidade, sobrepeso e adiposidade utilizando diferentes pontos de corte internacionais para circunferncia da cintura, razo cintura quadril, razo cintura-altura, percentual de gordura corporal e ndice de massa corporal. Material e mtodos: este estudo transversal de base populacional incluiu adolescentes, entre 12 a 19 anos, que residiam em Porto Alegre. Os adolescentes foram selecionados atravs de amostragem aleatria de base populacional. A coleta dos dados se deu atravs de entrevista domiciliar utilizando questionrio padronizado, com questes sobre: idade, sexo, escolaridade, consumo de bebidas alcolicas, tabagismo, freqncia e durao de prtica de hbitos sedentrios. Aferiu-se peso (kg), altura (cm), e circunferncia da cintura (CC) em duplicata. Razo cintura-altura (RCA), razo cintura-quadril (RCQ), percentual de gordura corporal (%GC) e IMC [quilos (kg)/altura (m)2] tambm foram calculados. A anlise dos dados incluiu as distribuies de percentis para cada varivel antropomtrica, regresso linear para calcular coeficiente de determinao, e anlise de varincia para calcular mdias e desvios-padres para idade e sexo. As taxas de prevalncia e intervalos de confiana de 95% (IC 95%) foram calculadas utilizando-se padronizao direta. Clculo de tamanho da amostra determinou que 183 adolescentes deveriam ser estudados para que, com intervalo de confiana de 95%, fossem detectadas prevalncias de 22%, com erro de 4%. Resultados: Cento e dois meninos e 99 meninas foram avaliados nesta anlise interina, correspondendo a 25% da amostra global. A distribuio por idade e sexo foi comparvel a do IBGE para adolescentes de Porto Alegre. As distribuies dos percentis 85 e 90 para IMC, CC, RCQ caracterizaram pontos de corte que incluam valores anormais para indivduos adultos. Um total de 20,9% dos meninos e 22,1% das meninas apresentavam sobrepeso e 7,9% e 4,6% obesidade, respectivamente. O IMC apresentou correlao mais forte com CC e RCA (r 0,80) do que com RCQ (r=0,33); e associou-se significativamenye com %GC (P,0,001). Detectaram-se associaes estatisticamente significativas de CC, RCQ e %GC com sexo, e RCQ com idade e sexo, mas no houve interao entre sexo e idade. Concluso: esta amostra de adolescentes permitiu detectar prevalncias de sobrepeso e obesidade que esto entre as descritas em outros pases e mesmo em outras partes do Brasil. Os percentis 80 a 85 dos ndices antropomtricos podem capturar um risco mais elevado para apresentar outros fatores de risco cardiovasculares. Unitermos: prevalncia, adolescente, obesidade, sobrepeso, circunferncia da cintura, razo cintura-quadril, razo cintura-altura.

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A nefropatia diabtica (ND) uma complicao microvascular freqente, que acomete cerca de 40% dos indivduos com diabete melito (DM). A ND associa-se a significativo aumento de morte por doena cardiovascular. a principal causa de insuficincia renal terminal em pases desenvolvidos e em desenvolvimento, representando, dessa forma, um custo elevado para o sistema de sade. Os fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da ND mais definidos na literatura so a hiperglicemia e a hipertenso arterial sistmica. Outros fatores descritos so o fumo, a dislipidemia, o tipo e a quantidade de protena ingerida na dieta e a presena da retinopatia diabtica. Alguns parmetros de funo renal tambm tm sido estudados como fatores de risco, tais como a excreo urinria de albumina (EUA) normal-alta e a taxa de filtrao glomerular excessivamente elevada ou reduzida. Alguns genes candidatos tm sido postulados como risco, mas sem um marcador definitivo. O diagnstico da ND estabelecido pela presena de microalbuminria (nefropatia incipiente: EUA 20-199 g/min) e macroalbuminria (nefropatia clnica: EUA 200 g/min). medida que progride a ND, aumenta mais a chance de o paciente morrer de cardiopatia isqumica. Quando o paciente evolui com perda de funo renal, h necessidade de terapia de substituio renal e, em dilise, a mortalidade dos pacientes com DM muito mais significativa do que nos no-diabticos, com predomnio das causas cardiovasculares. A progresso nos diferentes estgios da ND no , no entanto, inexorvel. H estudos de interveno que demonstram a possibilidade de preveno e de retardo na evoluo da ND principalmente com o uso dos inibidores da enzima conversora da angiotensina, dos bloqueadores da angiotensina II e do tratamento intensivo da hipertenso arterial. Os pacientes podem entrar em remisso, ou at mesmo regredir de estgio. A importncia da deteco precoce e da compreenso do curso clnico da ND tem ganhado cada vez mais nfase, porque a doena renal do DM a principal causa de dilise no mundo e est associada ao progressivo aumento de morte por causas cardiovasculares.

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Introduo: A hipertenso fator de risco importante para doenças cardiovasculares, mas o controle da presso arterial insatisfatrio. Um dos motivos para o controle inadequado a fraca adeso entre os pacientes que recebem antihipertensivos, parcialmente explicada pela ocorrncia de eventos adversos. A incidncia de eventos adversos chega a 28% em ensaios clnicos, mas a real magnitude do problema na prtica assistencial pouco conhecida. Mtodos: Realizou-se um estudo de coorte prospectivamente planejado, acompanhada de 1989 a 2000, no ambulatrio de hipertenso arterial do Hospital de Clnicas de Porto Alegre (Diviso de Cardiologia e Farmacologia Clnica do HCPA). Os objetivos foram, determinar a incidncia de eventos adversos (EA) relacionadas terapia anti-hipertensiva, referidos por pacientes hipertensos, descrever os EA mais freqentes e os fatores de risco para ocorrncia de EA. Em cada consulta, os pacientes eram indagados sobre a presena de evento adverso e, no caso de resposta positiva, era aplicada uma lista dirigida a eventos adversos especficos. Resultados: De 1957 pacientes da coorte, 1508 preencheram os critrios de incluso e foram seguidos por 12,3 12,2 meses (mediana, 10 meses), resultando em 18548 pacientes/ms. Entre todos os pacientes includos, 534 (35,4%) apresentaram pelo menos uma queixa de evento adverso durante o acompanhamento, resultando em 28,8 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 26,4 a 31,3). Entre os pacientes em tratamento farmacolgico (1366), a incidncia foi de 31,3 pacientes com EA /1000 pacientes/ms (IC 95% 28,6 a 33,9) e, entre aqueles em uso de monoterapia, de 29,6 pacientes com EA /1000 pacientes / ms ( IC 95% 22,3 a 36,9). Os pacientes em uso de mais de um anti-hipertensivo apresentaram risco relativo bruto para eventos adversos de 2,10 (IC 95% 1,67 a 2,63). Houve associao entre a classe do anti-hipertensivo usado em monoterapia e a ocorrncia de eventos adversos em algum momento do seguimento (P < 0,001), os quais foram mais freqentes com bloqueadores dos canais de clcio comparados aos tiazdicos e betabloqueadores. Entre as queixas especficas, tontura (P = 0,007), cefalia (P = 0,003) e problemas sexuais (P= 0,045) foram mais freqentes no primeiro grupo. Concluses: O presente estudo descreveu a incidncia de eventos adversos em uma coorte de pacientes hipertensos de um ambulatrio especializado, confirmando dados de estudos observacionais e ensaios clnicos que indicam que estes so problemas freqentes. O uso de mais de um anti-hipertensivo aumenta significativamente o risco de eventos adversos e, entre as classes de antihipertensivos usados em monoterapia, os tiazdicos mostram-se os mais seguros.

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Introduo: A incidncia da doena arterial coronria uma das principais causas de morbidade e motalidade em diversos pases e o estudo dos fatores de risco tm grande importncia na preveno e no tratamento dessa enfermidade. Entre outros fatores, a obesidade e a obesidade abdominal tm sido associadas com a maior incidncia de DAC. A ingesto diria de nutrientes tambm pode estar relacionada com essa doena, porm, uma vez que a alimentao complexa e contm diversos nutrientes, ainda no foi possvel elucidar o impacto da alimentao no risco de desenvolver a doena arterial coronria. Objetivo: Avaliar a relao entre o consumo alimentar dirio, a presena de obesidade abdominal e achados angiogrficos de obstruo arterial em pacientes portadores de cardiopatia isqumica, submetidos a cateterismo cardaco. Mtodos: Foi realizado um estudo transversal, com 284 pacientes submetidos a cateterismo cardaco, da unidade de hemodinmica de um hospital universitrio. Foi avaliada a RCQ, o IMC, a ingesto alimentar diria atravs de um inqurito nutricional, a anlise bioqumica do sangue e a avaliao do laudo do cateterismo cardaco. Resultados: Dos pacientes avaliados, 172 indivduos (60,6%) apresentavam alteraes em uma ou mais artrias coronrias. A ingesto mdia diria de calorias foi de 2450,56 Kcal/dia. O consumo de protenas foi em mdia 1,66 g/Kg/dia, de carboidratos foi de 3,83 g/Kg/dia e de lipdeos foi de 1,21 g/Kg/dia. A idade, o sexo masculino, os nveis sricos de triglicerdeos, o consumo de lcool e a glicemia em jejum foram estatisticamente significativos na anlise multivariada. Concluso: Nos pacientes avaliados, o consumo dirio de calorias encontra-se adequado, porm a ingesto de protenas, carboidratos e lipdeos esto inadequados. Em relao aos fatores de risco para DAC, as mulheres apresentaram maior associao para desenvolver a sndrome metablica do que os homens.