46 resultados para Doença pulmonar obstrutiva Crônica


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A colestase crônica na infncia e na adolescncia interfere diretamente no cres-cimento e no desenvolvimento do indivduo e produz conseqncias clnicas relacionadas com a m absoro das vitaminas lipossolveis da dieta. A vitamina E exerce um importante papel na estrutura e na funo dos sistemas nervoso e musculoesqueltico. A vitamina D tem reconhecida influncia sobre a fisiopatologia da osteopenia colesttica que se manifesta como osteoporose, raquitismo ou osteomalcia. A realizao de dosagens plasmticas dessas vitami-nas essencial para detectar precocemente suas deficincias, bem como para monitorizar uma adequada suplementao. Essas dosagens no so realizadas de rotina no nosso meio. Os objetivos do presente estudo foram verificar os nveis plasmticos de vitami-nas D e E em uma amostra de crianas e adolescentes com colestase crônica; verificar o esta-do nutricional e a ingesto de macro e micronutrientes desses pacientes; verificar o uso de su-plemento de vitaminas, o tempo de colestase; e realizar avaliao neurolgica para estabelecer eventual relao com os nveis plasmticos de vitamina E. A amostra constou de 22 crianas e adolescentes com colestase crônica que con-sultavam no ambulatrio ou estiveram internadas na Unidade de Gastroenterologia Peditrica do Hospital de Clnicas de Porto Alegre no perodo de dezembro de 2000 a abril de 2002. Como controles, participaram 17 crianas eutrficas e normais do ponto de vista gastroentero-lgico com faixa etria correspondente. Foram realizadas avaliao nutricional e avaliao neurolgica. Foi pesquisado o tempo de colestase e o uso de suplemento de vitaminas lipossolveis. A tcnica utilizada para as dosagens da vitamina E foi a cromatografia lquida de alta preciso (HPLC) e as dosagens plasmticas de vitamina D pela tcnica de radioimunoensaio. A prevalncia de desnutrio variou entre 23,8% a 63,0% considerando as diferentes medidas e padres utilizados. O inqurito alimentar realizado demonstrou uma ingesto calrica mdia de 89,33 27,4% em relao ao recomendado para idade com uma distribui-o dos macronutrientes em relao s calorias ingeridas dentro dos valores de referncia para o grupo em questo, havendo, porm, uma pobre ingesto de micronutrientes como ferro e zinco. O exame neurolgico foi alterado em 43% dos pacientes colestticos, em que foram constatadas vinte alteraes neurolgicas em nove pacientes. No obtivemos resultados con-fiveis para os nveis plasmticos de vitamina E, apesar de realizar 3 etapas para validao. O valor mdio de vitamina D entre os pacientes foi de 13,7 8,39 ng/ml, enquanto que no grupo controle foi de 25,58 16,73 ng/ml (P = 0,007), havendo uma prevalncia de hipovitaminose D entre esses pacientes de 36%. No foi observada relao entre estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suplemento oral de vitaminas lipossolveis e os nveis plasmticos refe-ridos. Conclumos que a mdia de nveis plasmticos de vitamina D nas crianas e nos adolescentes colestticos do estudo foi significativamente menor do que nos controles nor-mais sem relao significativa com estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suple-mento de vitaminas. As alteraes neurolgicas foram freqentes e a prevalncia de desnutri-o nos pacientes foi semelhante encontrada na literatura. A ingesta calrica foi deficiente havendo porm, um equilbrio dos macronutrientes e ingesto insuficiente de ferro e zinco.

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Introduo: O conhecimento da distribuio da perfuso pulmonar pela cintilografia na bronquiolite viral aguda, pode auxiliar no entendimento das alteraes no equilbrio da ventilao - perfuso, peculiares a essa doença do lactente jovem. Objetivo: Avaliar o padro de distribuio da perfuso pulmonar em pacientes hospitalizados com bronquiolite viral aguda por meio de cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com macroagregado de albumina com tecncio (99mTc-MAA), estabelecendo associao com as avaliaes clnica e radiolgica, bem como determinando o seu padro evolutivo at a condio de normalidade. Tipo de estudo: Dois estudos prospectivos com enfoque diagnstico: um transversal, comparativo, e um longitudinal, evolutivo, controlado. Pacientes e mtodos: A amostra da pesquisa foi constituda por pacientes hospitalizados no Hospital de Clnicas de Porto Alegre com diagnstico de bronquiolite viral aguda, no perodo de abril de 1998 a setembro de 2000, baseada em critrios clnicos de incluso: idade entre 01 e 24 meses, com quadro respiratrio obstrutivo de vias areas inferiores (primeiro episdio de sibilncia expiratria de incio sbito, com sinais de coriza, tosse irritativa, hipertermia, taquipnia, tiragem, batimentos de asa de nariz, esforo expiratrio), com gravidade suficiente para determinar a hospitalizao e cujos pais aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes da pesquisa foram submetidos avaliao clnica, radiolgica e da perfuso pulmonar com o radiofrmaco. A cintilografia foi realizada na condio de crise (primeiras 24 horas da admisso) e na convalescncia (depois de 7 dias da alta hospitalar). A quantificao do fluxo sangneo pulmonar, representada em valores percentuais, foi realizada em trs reas de interesse, nas projees anterior e posterior, de ambos os pulmes. As comparaes foram feitas entre ambos os pulmes e entre as condies de crise e controle, considerando as reas de interesse e os gradientes entre elas e entre as projees anterior e posterior das mesmas. Para anlise comparativa das mdias foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas, considerando o nvel de significncia de 0,05. Resultados: Iniciaram o estudo transversal 38 pacientes e permaneceram no estudo longitudinal 19 pacientes; da amostra total, 22 eram do sexo masculino. A idade variou de 1 a 8 meses (mdia 2,8 meses). A distribuio do fluxo sangneo pulmonar regional foi maior na regio superior do pulmo esquerdo (PE) em relao ao pulmo direito (PD), na crise (P < 0,001), e maior na regio mdia do PD, no controle. Os gradientes de distribuio do fluxo sangneo pulmonar entre as regies superior e mdia e superior e inferior foi maior no PE, na crise e no controle (P < 0,05). O gradiente de distribuio do fluxo sangneo pulmonar entre as regies mdia e inferior foi maior no PD, na crise e no controle. O gradiente de distribuio do fluxo sangneo pulmonar no eixo ntero-posterior na regio superior foi > 1,0 em ambos os pulmes, na crise, e apenas no PE, no controle; na regio mdia, foi > 1,0 em ambos os pulmes, na crise e no controle; na regio inferior, foi > 1,0 apenas no PD, na crise e no controle (P < 0,05). A distribuio do fluxo sangneo pulmonar, comparada entre crise e controle, no mostrou diferena em quaisquer das regies ou dos gradientes avaliados. No houve associao entre o padro de distribuio do fluxo sangneo pulmonar regional na crise com a avaliao clnica ou com a avaliao radiolgica dos pacientes. Concluso: no se evidenciou uma distribuio do fluxo sangneo pulmonar com caraterstica de expressar o padro da relao ventilao-perfuso em lactentes jovens hospitalizados com bronquiolite viral aguda. Ocorreu apenas uma tendncia de redirecionamento da distribuio do fluxo sangneo pulmonar para as regies superiores.

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O estudo descreve, analisa e discute o manejo odontolgico do paciente com insuficincia renal crônica, em hemodilise, no mtodo clnico de interveno, em uma perspectiva de sade pblica. Trabalhou-se com o conceito ampliado de cura, resolutividade e integralidade enquanto construtores da excelncia do mtodo clnico de interveno. A discusso se faz atravs dos seguintes eixos: o doente renal crnico, as dificuldades no seu manejo quanto ao tratamento curativo/reabilitador, a construo da conscincia sanitria, bem como a aproximao da teoria da Reforma Sanitria brasileira prtica do Sistema nico de Sade. Abordou-se a excelncia do mtodo clnico, para este grupo populacional especfico, como uma das formas de contribuio para a implementao e implantao do S.U.S. democrtico oriundo da Reforma Sanitria brasileira. Conclui-se que para o conceito ampliado de cura e formao da conscincia sanitria preciso trabalhar com o paciente sujeito, enquanto doente renal crnico, assumindo que esta a identidade social do paciente, o que lhe confere o status de grupo populacional especfico. O auto-cuidado e o tratamento odontolgico adquirem sentido quando vinculados doença renal crônica e, em especial, ao transplante renal. Trabalhar de forma resolutiva foi uma condio "sine qua non", sendo que a resolutividade, inclusive com reabilitao prottica, foi uma mediao para o auto-cuidado. Sugere-se trabalhar com a otimizao dos tempos clnicos objetivando a alta e a constituio de centros de referncia clnica para este grupo especfico da populao, com trabalho multi e interdisciplinar.

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Objetivo: Estudar a concordncia no diagnstico radiolgico da doença respiratria aguda baixa (DRAB) em crianas. Mtodos: Sessenta radiogramas do trax de crianas menores de cinco anos foram avaliados, individualmente, por trs mdicos: um radiologista peditrico (RP), um pneumologista pediatra (PP) e 1 pediatra experiente no atendimento de sala de emergncias (PE). Todas as crianas tinham procurado atendimento por apresentar um quadro agudo de infeco respiratria com aparente participao pulmonar. Os avaliadores desconheciam os diagnsticos originais, mas receberam uma ficha padro com dados clnicos e laboratoriais dos pacientes no momento da consulta inicial. Variveis: Agrupadas em cinco categorias: a) qualidade tcnica do filme; b) localizao da alterao; c) padres radiogrficos; d) outras alteraes radiogrficas; e) diagnstico. Anlise Estatstica: Para estudar a concordncia entre as trs duplas posveis de observadores, utilizou-se a estatstica de Kappa, aceitndo-se os valores ajustados para vis de prevalncia (PABAK). Resultados: Os valores Kappa totais de cada dupla de observadores (RP x PP, RP x PE e PP x PE) foram 0.41, 0.43, e 0.39 respectivamente, o que representa em mdia, uma concordncia interobservadores moderada (0.41). Outras variveis: qualidade tcnica teve uma concordncia regular (0.30); com localizao, foi moderada (0.48); com padres radiogrficos foi regular (0.29); com outras alteraes radiogrficas foi moderada (0,43); e com diagnstico, regular (0.33). Quanto concordncia global intraobservadores, a mesma foi moderada (0.54), com valores menores dos descritos na literatura. Concluses: A variabilidade interobservadores inerente interpretao dos achados radiolgicos, e determinar o diagnstico exato da DRAB nas crianas tem seus desafos. Nossos resultados foram similares aos descritos na literatura.

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Introduo: O diagnstico microbiolgico da infeco por Legionella complexo, pois a bactria no visualizada colorao de Gram no escarro, e sua cultura no realizada na maioria dos laboratrios clnicos. A imunofluorescncia direta nas secrees respiratrias tem baixa sensibilidade, em torno de 40% e a tcnica da PCR no ainda recomendada para o diagnstico clnico (CDC, 1997). A deteco de anticorpos no soro a tcnica mais utilizada, e o critrio definitivo a soroconverso para no mnimo 1:128, cuja sensibilidade de 70 a 80% (Edelstein, 1993). Como critrios diagnsticos de possvel pneumonia por Legionella, eram utilizados: ttulo nico de anticorpos a L pneumophila positivo na diluio 1:256, em paciente com quadro clnico compatvel (CDC, 1990) e o achado de antgeno a Legionella na urina (WHO, 1990). Nos ltimos anos, porm, com o uso crescente do teste de antigenria, foram detectados casos de pneumonia por Legionella, que no eram diagnosticados por cultura ou sorologia, tornando-o mtodo diagnstico de certeza para o diagnstico de pneumonia por Legionella (CDC, 1997). Por sua fcil execuo, resultado imediato, e alta sensibilidade - de 86% a 98% (Kashuba & Ballow, 1986; Harrison & Doshi, 2001), tem sido recomendado para o diagnstico das PAC que necessitam internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001; Marrie, 2001), especialmente em UTI (ATS, 2001). Vrios estudos documentaram baixo valor preditivo positivo do ttulo nico positivo de 1:256, tornando-o sem valor para o diagnstico da pneumonia por Legionella, exceto, talvez, em surtos (Plouffe et al., 1995). Outros detectaram alta prevalncia de anticorpos positivos na diluio 1:256 na populao, em pessoas normais (Wilkinson et al., 1983; Nichol et al., 1991). A partir de 1996, o CDC de Atlanta recomendou que no seja mais utilizado o critrio de caso provvel de infeco por Legionella pneumophila por ttulo nico de fase convalescente 1:256, por falta de especificidade(CDC, 1997). A pneumonia por Legionella raramente diagnosticada, e sua incidncia subestimada. Em estudos de PAC, a incidncia da pneumonia por Legionella nos EUA, Europa, Israel e Austrlia, foi estimada entre 1% a 16% (Muder & Yu, 2000). Nos EUA, foi estimado que cerca de 8 000 a 23 000 casos de PAC por Legionella ocorrem anualmente, em pacientes que requerem hospitalizao (Marston et al., 1994 e 1977). No Brasil, a incidncia de PAC causadas por Legionella em pacientes hospitalizados tema de investigao pertinente, ainda no relatado na literatura. Objetivo: detectar a incidncia de pneumonias causadas por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em pacientes que internaram no Hospital de Clnicas de Porto Alegre por PAC, por um ano. Material e Mtodos: o delineamento escolhido foi um estudo de coorte (de incidncia), constituda por casos consecutivos de pneumonia adquirida na comunidade que internaram no HCPA de 19 de julho de 2000 a 18 de julho de 2001. Para a identificao dos casos, foram examinados diariamente o registro computadorizado das internaes hospitalares, exceto as internaes da pediatria e da obstetrcia, sendo selecionados todos os pacientes internados com o diagnstico de pneumonia e de insuficincia respiratria aguda. Foram excludos aqueles com menos de 18 anos ou mais de 80 anos; os procedentes de instituies, HIV-positivos, gestantes, pacientes restritos ao leito; e portadores de doença estrutural pulmonar ou traqueostomias. Foram excludos os pacientes que tivessem tido alta hospitalar nos ltimos 15 dias, e aqueles j includos no decorrer do estudo. Os pacientes selecionados foram examinados por um pesquisador, e includos para estudo se apresentassem infiltrado ao RX de trax compatvel com pneumonia, associado a pelo menos um dos sintomas respiratrios maiores (temperatura axilar > 37,8C, tosse ou escarro; ou dois sintomas menores (pleurisia, dispnia, alterao do estado mental, sinais de consolidao ausculta pulmonar, mais de 12 000 leuccitos/mm3). O estudo foi previamente aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa do HCPA. Os pacientes eram entrevistados por um pesquisador, dando seu consentimento por escrito, e ento seus dados clnicos e laboratoriais eram registrados em protocolo individual. No houve interferncia do pesquisador, durante a internao, exceto pela coleta de urina e de sangue para exame laboratoriais especficos da pesquisa. Os pacientes eram agendados, no ambulatrio de pesquisa, num prazo de 4 a 12 semanas aps sua incluso no estudo, quando realizavam nova coleta de sangue, RX de trax de controle, e outros exames que se fizessem necessrios para esclarecimento diagnstico.Todos os pacientes foram acompanhados por 1 ano, aps sua incluso no estudo.Foram utilizadas a tcnica de imunofluorescncia indireta para deteco de anticorpos das classes IgG, IgM e IgA a Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 no soro, em duas amostras, colhidas, respectivamente, na 1 semana de internao e depois de 4 a 12 semanas; e a tcnica imunolgica por teste ELISA para a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 na urina, colhida na primeira semana de internao. As urinas eram armazenadas, imediatamente aps sua coleta, em freezer a 70C, e depois descongeladas e processadas em grupos de cerca de 20 amostras. A imunofluorescncia foi feita no laboratrio de doenças Infecciosas da Universidade de Louisville (KY, EUA), em amostras de soro da fase aguda e convalescente, a partir da diluio 1:8; e a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1, nas amostras de urina, foi realizada no laboratrio de pesquisa do HCPA, pelos investigadores, utilizando um kit comercial de teste ELISA fabricado por Binax (Binax Legionella Urinary Enzyme Assay, Raritan, EUA). As urinas positivas eram recongeladas novamente, para serem enviadas para confirmao no mesmo laboratrio americano, ao fim do estudo. Foram adotados como critrios definitivos de infeco por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, a soroconverso (elevao de 4 vezes no ttulo de anticorpos sricos entre o soro da fase aguda e da fase convalescente para no mnimo 1:128); ou o achado de antgeno de L pneumophila sorogrupo 1 na urina no concentrada, numa razo superior a 3, conforme instrues do fabricante e da literatura.Os pacientes foram classificados, de acordo com suas caractersticas clnicas, em 1) portadores de doenças crônicas (doenças pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal); 2) portadores de doenças subjacentes com imunossupresso; 3) pacientes hgidos ou com outras doenças que no determinassem insuficincia orgnica. Imunossupresso foi definida como esplenectomia, ser portador de neoplasia hematolgica, portador de doença auto-imune, ou de transplante; ou uso de medicao imunossupressora nas 4 semanas anteriores ao diagnstico (Yu et al., 2002b); ou uso de prednisolona 10 mg/dia ou equivalente nos ltimos 3 meses (Lim et al., 2001). As caractersticas clnicas e laboratoriais dos pacientes que evoluram ao bito por pneumonia foram comparados quelas dos pacientes que obtiveram cura. Para a anlise das variveis categricas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Para as variveis numricas contnuas, utilizou-se o teste t de Student. Um valor de p< 0,05 foi considerado como resultado estatisticamente significativo (programas SPSS, verso 10). Foi calculada a freqncia de mortes por pneumonia na populao estudada, adotando-se a alta hospitalar como critrio de cura. Foi calculada a incidncia cumulativa para pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em um hospital geral, no perodo de 1 ano. Resultados: durante um ano de estudo foram examinados 645 registros de internao, nos quais constavam, como motivo de baixa hospitalar, o diagnstico de pneumonia ou de insuficincia respiratria aguda; a maioria desses diagnsticos iniciais no foram confirmados. Desses 645 pacientes, foram includos no estudo 82 pacientes, nos quais os critrios clnicos ou radiolgicos de pneumonia foram confirmados pelos pesquisadores. Durante o acompanhamento desses pacientes, porm, foram excludos 23 pacientes por apresentarem outras patologias que mimetizavam pneumonia: DPOC agudizado (5), insuficincia cardaca (3), tuberculose pulmonar (2), colagenose (1), fibrose pulmonar idioptica (1), edema pulmonar em paciente com cirrose (1), somente infeco respiratria em paciente com sequelas pulmonares (4); ou por apresentarem critrios de excluso: bronquiectasias (4), HIV positivo (1), pneumatocele prvia (1). Ao final, foram estudados 59 pacientes com pneumonia adquirida na comunidade, sendo 20 do sexo feminino e 39 do sexo masculino, com idade entre 24 e 80 anos (mdia de 57,6 anos e desvio padro de 10,6). Tivemos 36 pacientes com doenças subjacentes classificadas como doenças crônicas, dos quais 18 pacientes apresentavam mais de uma co-morbidade, por ordem de prevalncia: doenças pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal; neoplasias ocorreram em 9 pacientes, sendo slidas em 7 pacientes e hematolgicas em 2. Dos 59 pacientes, 61% eram tabagistas e 16,9%, alcoolistas. Do total, 10 pacientes apresentavam imunossupresso. Dos demais 13 pacientes, somente um era previamente hgido, enquanto os outros apresentavam tabagismo, sinusite, anemia, HAS, gota, ou arterite de Takayasu. A apresentao radiolgica inicial foi broncopneumonia em 59,3% dos casos; pneumonia alveolar ocorreu em 23,7% dos casos, enquanto ambos padres ocorreram em 15,2% dos pacientes. Pneumonia intersticial ocorreu em somente um caso, enquanto broncopneumonia obstrutiva ocorreu em 5 pacientes (8,5%). Derrame pleural ocorreu em 22% dos casos, e em 21 pacientes (35%) houve comprometimento de mais de um lobo ao RX de trax. Foram usados beta-lactmicos para o tratamento da maioria dos pacientes (72,9%9). A segunda classe de antibiticos mais usados foi a das fluoroquinolonas respiratrias, que foram receitadas para 23 pacientes (39,0%), e em 3 lugar, os macroldeos, usados por 11 pacientes (18,6%). Apenas 16 pacientes no usaram beta-lactmicos, em sua maioria recebendo quinolonas ou macroldeos. Dos 43 pacientes que usaram beta-lactmicos, 25 no usaram nem macroldeos, nem quinolonas. Em 13 pacientes as fluoroquinolonas respiratrias foram as nicas drogas usadas para o tratamento da pneumonia. Do total, 8 pacientes foram a bito por pneumonia; em outros 3 pacientes, o bito foi atribudo a neoplasia em estgio avanado. Dos 48 pacientes que obtiveram cura, 33 (68,7%) estavam vivos aps 12 meses. Os resultados da comparao realizada evidenciaram tendncia a maior mortalidade no sexo masculino e em pacientes com imunossupresso, porm essa associao no alcanou significncia estatstica. Os pacientes que usaram somente beta-lactmicos no apresentaram maior mortalidade do que os pacientes que usaram beta-lactmicos associados a outras classes de antibiticos ou somente outras classes de antibiticos. Examinando-se os pacientes que utiizaram macroldeos ou quinolonas em seu regime de tratamento, isoladamente ou combinados a outros antibiticos, observou-se que tambm no houve diferena dos outros pacientes, quanto mortalidade. Os pacientes com padro radiolgico de pneumonia alveolar tiveram maior mortalidade, e essa diferena apresentou uma significncia limtrofe (p= 0,05). Nossa mortalidade (11,9%) foi similar de Fang et al. (1990), em estudo clssico de 1991 (13,7%); foi tambm similar mdia de mortalidade das PAC internadas no em UTI (12%), relatada pela ATS, no seu ltimo consenso para o tratamento emprico das PAC (ATS, 2001). Foram detectados 3 pacientes com pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupo 1 na populao estudada: 2 foram diagnosticados por soroconverso e por antigenria positiva, e o 3 foi diagnosticado somente pelo critrio de antigenria positiva, tendo sorologia negativa, como alguns autores (McWhinney et al., 2000). Dois pacientes com PAC por Legionella no responderam ao tratamento inicial com beta-lactmicos, obtendo cura com levofloxacina; o 3 paciente foi tratado somente com betalactmicos, obtendo cura. Concluses: A incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, no HCPA, foi de 5,1%, que representa a incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 em um hospital geral universitrio. Comentrios e Perspectivas: H necessidade de se empregar mtodos diagnsticos especficos para o diagnstico das pneumonias por Legionella em nosso meio, como a cultura, a sorologia com deteco de todas as classes de anticorpos, e a deteco do antgeno urinrio, pois somente com o uso simultneo de tcnicas complementares pode-se detectar a incidncia real de pneumonias causadas tanto por Legionella pneumophila, como por outras espcies. A deteco do antgeno de Legionella na urina o teste diagnstico de maior rendimento, sendo recomendado seu uso em todas as PAC que necessitarem internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001); em todos os pacientes com PAC que apresentarem fatores de risco potenciais para legionelose (Marrie, 2001); e para o diagnstico etiolgico das pneumonias graves (ATS, 2001). Seu uso indicado, com unanimidade na literatura, para a pesquisa de legionelose nosocomial e de surtos de legionelose na comunidade.

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O abscesso de pulmo continua sendo hoje, em plena era dos antibiticos, um importante problema mdico. O presente trabalho se prope mostrar aspectos diagnsticos e teraputicos da doença em uma srie de pacientes coletada nos ltimos 34 anos em um hospital universitrio especializado em doenças pulmonares. No perodo de 1968 a 2002 foram reunidos e estudados 241 casos de abscesso pulmonar de aspirao - 199 em homens e 42 em mulheres, com mdia de idade de 41,3 anos. Em 69,0% dos pacientes esteve presente a ingesto de lcool e em 64,0% o hbito tabgico. Tosse, expectorao, febre e comprometimento do estado geral foram os achados clnicos mais freqentes, encontrados na quase totalidade dos casos; 62,5% tinham dor torcica e 30,0% hipocratismo digital. Verificaram-se dentes em mau estado de conservao em 81,7 % dos pacientes, episdio de perda de conscincia em 78,0% e presena de odor ftido em 66,0%. Em 85,5% das vezes as leses localizaram-se em segmento posterior de lobo superior ou segmento superior de lobo inferior, 97,1% delas unilaterais, ocorrendo com igual freqncia tanto no pulmo direito como no esquerdo. A maioria das leses (66,0%) mediram entre 4,0 e 8,0 cm de dimetro. Em 25 pacientes (10,4%) houve a associao de empiema pleural. Flora mista, indicativa da presena de germes anaerbios, foi identificada em secrees broncopulmonares ou pleurais em 172 pacientes (71,4 %). Estreptococos e Gram negativos aerbios foram tambm algumas vezes encontrados. Todos os pacientes foram inicialmente tratados com antibiticos (penicilina em 78,0% das vezes) e submetidos a sesses de drenagem postural. Em 51 (21,2%) acabou sendo necessrio algum procedimento cirrgico (24 drenagens de empiema, 21 resseces pulmonares e 6 pneumostomias). Cura foi obtida em 231 pacientes (95,8%) e 10 (4,2%) foram ao bito, estes em geral com grandes abscessos, trs dos quais tambm com empiema.

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Introduo: Imunidade inata a primeira linha de defesa do hospedeiro contra microorganismos invasores, a qual mediada por molculas especficas que reconhecem patgenos, chamadas receptores toll-smile (TLRs). Os TLRs so tambm capazes de reconhecer ligantes endgenos, tais como contedos de clulas necrticas e protenas de choque trmico (HSP), resultando na produo de citocinas e ativao do sistema imune adquirido. A funo exata dos TLRs ainda pouco entendida em transplante de rgos. No entanto, tem sido sugerido que eles podem estar envolvidos na rejeio aguda ou crônica e atuar na resposta do enxerto a leso por isquemia e reperfuso. Objetivo: Examinar as alteraes na expresso gnica dos TLRs durante a fase inicial do transplante pulmonar em humanos e sua relao com citocinas potencialmente envolvidas na leso por isquemia e reperfuso em transplante de rgos. Mtodos: Foram analisadas bipsias pulmonares de 14 pacientes submetidos a transplante pulmonar (LTx). Estas amostras foram coletadas no final do perodo de isquemia fria (TIF, n=14), no final do perodo de isquemia quente (TIQ, n=13),1 hora (n=12) e 2 horas (n=8) aps a reperfuso do enxerto. RNA total foi isolado a partir de tecido pulmonar e os nveis de RNA mensageiro (mRNA) dos TLRs (1-10) bem como citocinas (IL-8, IL-6, IL-10, IFN-, IL-1) e protena de choque trmico 70 (HSP70) foram medidos por reao em cadeia pela polimerase em tempo real. Resultados: Foi detectada a expresso de mRNA de todos TLRs em tecido pulmonar. Nas amostras no TIF, os nveis de mRNA dos TLRs apresentaram-se com diferentes expresses gnicas. Os nveis de expresso dos TLRs, com exceo para o TLR3, estavam altamente correlacionados entre si no TIF e com os nveis de mRNA de IFN-, IL-10 e IL-1 e menos significativamente com os nveis de IL-6 e IL-8. Houve diminuio dos nveis de mRNA na grande maioria dos TLRs aps reperfuso, o que foi diferente para a maioria das citocinas e HSP70, que apresentaram tendncia a aumentar aps transplante. A expresso gnica de TLR4 apresentou-se correlacionada com os nveis de IL-8 e IL-1 antes e aps transplante (P<0.05). Pulmes de doadores que foram intubados por perodos acima de 72 horas (n=5) apresentaram nveis mais elevados de TLR2 e TLR10 (P<0.05). Concluso: Pela primeira vez, foi demonstrado que a expresso dos TLRs altera-se durante o perodo de isquemia e reperfuso em transplante pulmonar em humanos. O tempo de intubao dos doadores pulmonares pode influenciar a expresso de receptores Toll-smile especficos. A correlao entre TLR4 e IL-8/IL-1 sugere que os TLRs pulmonares podem ter alguma funo na resposta precoce do enxerto.

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A associao de hipertenso pulmonar com cirrose e hipertenso porta foi primeiramente descrita em 1981 como um subtipo de hipertenso pulmonar, passando a ser reconhecida como secundria em 1993, e denominada a partir de ento de hipertenso porto-pulmonar (HPP). Seu conceito envolve a excluso de outras causas de hipertenso pulmonar secundria, sendo definida como presso mdia da artria pulmonar maior ou igual a 25 mmHg no repouso e/ou resistncia vascular pulmonar acima de 120 dinas/seg/cm-5 em associao com doença heptica severa ou hipertenso porta. A prevalncia de hipertenso porto-pulmonar varia de 1 a 2 % em pacientes com cirrose ou hipertenso porta, sem preferncia por sexo, com maior predomnio na faixa dos 40 anos de idade. Estudos em material de autpsias mostraram uma prevalncia de hipertenso porto-pulmonar variando entre 0,25% e 0,73% na populao com hipertenso porta ou cirrose, contrastando com 0,13% de hipertenso pulmonar em indivduos no cirrticos. Cateterismo cardaco, mtodo de escolha para diagnstico e estimativa da gravidade da hipertenso pulmonar, associado com o diagnstico de hipertenso porta por endoscopia digestiva alta ou ecografia abdominal com doppler colorido, permite associar os achados e concluir quanto presena de hipertenso porto- pulmonar. No presente estudo revisaram-se, retrospectivamente, 130 pronturios de pacientes submetidos ao transplante heptico, dos quais 128 apresentavam hipertenso porta, verificada por endoscopia digestiva alta e/ou ecodoppler abdominal. Nos casos em que os valores da presso mdia na artria pulmonar, aferida por cateterismo cardaco, foi igual ou superior a 25 mmHg - aps serem excludas outras causas de hipertenso pulmonar - estabeleceu-se o diagnstico de hipertenso porto- pulmonar (HPP). A prevalncia encontrada de HPP foi de 14,6% (19 casos) no grupo de 130 indivduos cirrticos candidatos ao transplante heptico, sendo que a maioria dos casos (84,2%) apresentou-se sob a forma de doença leve, com medidas de presso mdia da artria pulmonar entre 25 e 35 mmHg. Previamente ao transplante foi realizada avaliao ecocardiogrfica, cujas medidas da presso mdia estimada na artria pulmonar foram condizentes com os valores encontrados pelo cateterismo cardaco.

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A capacidade reprodutiva diminui na presena de insuficincia renal. O grande desafio no acompanhamento de gestantes com doença renal manter o ambiente intra-uterino favorvel ao feto. Um dos prognsticos comuns nessas gestaes envolve prematuridade, crescimento restrito e retardo mental. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a evoluo clnica das pacientes no perodo gestacional, verificar o nascimento e o desenvolvimento dos fetos e a prevalncia de insuficincia renal crônica em gestantes atendidas no Hospital de Clnicas de Porto Alegre RS (HCPA). Trata-se de um estudo de caso-controle retrospectivo em 10 anos. O grupo de casos composto de gestantes com insuficincia renal crônica (IRC). O grupo controle foi pareado pela idade materna, idade gestacional e contemporaneidade entre casos e controles. A prevalncia de insuficincia renal crônica foi de 6 por 10.000 gestantes. A idade mdia das gestantes era de 28 anos, sendo a maioria de cor branca. Quarenta por cento apresentaram pr-eclmpsia e 56% apresentaram hipertenso arterial sistmica (HAS) como doença bsica. A mdia de hematcrito foi 24%, e de hemoglobina foi 6,7%, o que demonstra que as pacientes apresentaram anemia no perodo gestacional. A creatinina apresentou valores mdios de 4,61 mg/dl. Sessenta e quatro por cento dos casos evoluram para um mtodo de terapia renal substitutiva. Sobre a evoluo dos fetos no grupo de estudo, mantendo uma significncia de 5%, observamos maior ndice de prematuridade, maior ndice de parto cirrgico tipo cesariana, baixo peso ao nascer, ndice de APGAR no primeiro e quinto minuto reduzido quando comparado ao grupo controle. A presso arterial foi significativamente superior nos casos em relao aos controles.

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Pesquisa qualitativa, de carter descritivo-exploratrio, realizada em uma clnica de hemodilise, no interior do Paran. A coleta de dados ocorreu com pacientes que se encontravam em tratamento hemodialtico, no perodo entre setembro e novembro de 2003, totalizando quinze sujeitos. O objetivo consistiu em conhecer situaes significativas para o paciente renal crnico vivenciadas no espao de hemodilise. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas e o material foi submetido anlise de contedo. Quatro categorias principais apontam os resultados do estudo: incio do tratamento; possibilidade de vida; estar com o(s) outro(s) e organizao do ambiente fsico. Nos relatos, sobressaram dificuldades associadas ao processo de comunicao, sendo que a falta de informaes e o desconhecimento de aspectos que envolvem o tratamento resultam em um fator de insatisfao, no cotidiano vivenciado na clnica. O tratamento hemodialtico apreendido como uma possibilidade de continuar vivendo, mas esta condio iluminada e sustentada pela esperana de acessar o transplante renal, como nica forma de libertao do prprio tratamento. Ainda ficou patente a atribuio de importncia famlia, relao com os demais usurios e com os membros da equipe de sade, como forma de contribuir para o processo de recuperao e de adaptao, em meio s adversidades impostas pela doença, mas tambm quelas requeridas pelo tratamento. Aspectos relacionados apresentao e esttica do ambiente, como limpeza, temperatura e conforto das instalaes, emergiram nas falas como fatores que tambm interferem na satisfao dos pacientes, amenizando o sofrimento e colaborando para o enfrentamento de condies adversas a que esto submetidos.

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A osteodistrofia renal uma complicao comum da insuficincia renal crônica. A bipsia ssea continua sendo o melhor mtodo para o diagnstico das doenças sseas metablicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da ultra-sonografia e da cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireide, como mtodos diagnsticos no invasivos em pacientes com osteodistrofia renal em hemodilise. Foram investigados 30 pacientes com insuficincia renal crônica, em tratamento com hemodilise por no mnimo 6 meses, com sintomas e/ou com alteraes bioqumicas sugestivas de doença ssea renal, sendo 19 mulheres e 11 homens, com mdia de idade de 43,9 9,17 anos. Quinze pacientes (50%) apresentaram diagnstico de hiperparatireoidismo secundrio, 5 (16,7%) de doença ssea mista, 3 (10%) de osteomalcia e 3 (10%) de doença ssea adinmica. Glndulas aumentadas da paratireide foram observadas em 12 (40%) pacientes na ultra-sonografia e em 15 (50%) na cintilografia com Tc-99m-sestamibi. O grupo de pacientes com glndulas aumentadas da paratireide na ultra-sonografia, comparado com o grupo com glndulas no detectadas, apresentaram nveis sricos de PTHi aumentados (1536,6 881,8 x 811,7 705,5 pg/ml, p<0,05) e nveis sricos de albumina menores (3,690,24 x 4,030,44 g/dl, p<0,05). Todos os pacientes com nveis sricos de PTHi inferiores a 280 pg/ml apresentaram ecografias da paratireide com resultados normais. Nove de 12 pacientes (83,3%), com ultra-sonografia com glndulas aumentadas da paratireide, apresentavam nveis de PTHi superiores a 720 pg/ml. Ultra-sonografia mostrando glndulas aumentadas da paratireide apresentou uma sensibilidade de 50%, uma especificidade de 66% e um valor preditivo positivo de 83% para o diagnstico de doenças de alto remanejamento sseo. Em relao aos resultados das cintilografias de paratireide com Tc-99m-sestamibi, no houve diferenas nas mdias dos nveis de PTHi entre os pacientes com ou sem glndulas aumentadas da paratireide, assim como para os outros exames bioqumicos. Quando comparado aos nveis de PTHi, 2 pacientes apresentaram resultados positivos na cintilografia com PTHi inferior a 280 pg/ml e 8 (53,4%) acima de 720 pg/ml. Semelhante aos resultados das ultra-sonografias, a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo da cintilografia para o diagnstico das doenças de alto remodelamento sseo foram baixos, 50%, 33% e 71%, respectivamente. Podemos concluir que a ultra-sonografia e a cintilografia com Tc-99m-sestamibi da paratireide no foram bons mtodos para o diagnstico de doenças sseas com alto remodelamento, no entanto, a ultra-sonografia da paratireide foi superior a cintilografia com Tc-99m-sestamibi na deteco de glndulas aumentadas, sugerindo ser um marcador mais til de gravidade em pacientes sintomticos com hiperparatireoidismo secundrio severo.

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As caractersticas clnicas da hepatite C em transplantados renais ainda no esto bem definidos. A puno bipsia heptica (PBH) o padro-ouro para o diagnstico do grau de leso nesses pacientes, O presente estudo objetivou avaliar o papel da citologia heptica obtida por meio de puno aspirativa com agulha fina (PAH) no diagnstico das leses hepticas em transplantados renais com hepatite crônica pelo vrus C. Avaliou-se, tambm, a freqncia e a gravidade das leses hepticas nesses pacientes e caractersticas clnico-laboratoriais correlacionadas com a gravidade da doença. Vinte e oito pacientes foram submetidos PBH e PAH e os resultados comparados. A PAH utilizou a tcnica de Hayry e von Willebrand calculando-se o Incremento Corrigido Total e o nmero de clulas imunoativadas (CIA). Dezoito pacientes (66,6%) apresentaram, na PBH, ausncia de leses, leses mnimas ou leses no caracterizadas como hepatite crônica; 6 pacientes (22,2%) apresentaram hepatite crônica persistente ou lobular e 3 pacientes (11,1%) tiveram hepatite crônica ativa. No se verificou associao estatisticamente significativa entre os resultados da PAH e os da histologia (erro = 0,82). A idade dos pacientes mostrou associao significativa com o diagnstico histolgico, sendo a idade mdia dos pacientes com leses mnimas igual a 37,50 (10,1) anos, com hepatite crônica persistente igual a 51,33 (6,2) anos e com hepatite crônica ativa igual a 58,33 (12,7) anos (p=0,0015 - ANOVA). O uso de OKT3 associou-se presena de leses de hepatite crônica (p=0,0420). A presena de rejeies agudas, um maior nmero de rejeies e ter recebido pulsos de metilprednisolona associou-se a leses histolgicas de menor gravidade. As demais variveis no apresentaram relao significativa com o diagnstico da PBH. Na anlise multivariada, apenas a idade manteve-se como fator independentemente associado presena de leses de hepatite crônica. Conclui-se que a citologia heptica obtida mediante puno aspirativa com agulha fina no demonstrou utilidade para diagnosticar ou estabelecer o nvel de gravidade ou de evoluo da doença heptica em transplantados renais com hepatite crônica pelo vrus C, embora essa possibilidade no possa ser totalmente excluda. A imunossupresso e as rejeies mostraram resultados contraditrios, no estando ainda clara a sua relao com o dano heptico provocado pelo vrus C. A idade foi o nico fator consistentemente associado maior gravidade das leses histolgicas nesses pacientes.