38 resultados para Índios da América do Sul Bolívia Aspectos políticos
Resumo:
Na América do Sul h uma forte incidncia de Sistemas Convectivos de Mesoescala (SCM), que na maioria das vezes, esto associados a desastres naturais. Estes causam impactos no s do ponto de vista meteorolgico, mas tambm social e econmico. Neste trabalho analisa-se 49 Sistemas Convectivos de Meso-, que atuam na América do Sul, durante os anos de 1999, 2000 e 2001. Com o auxlio de imagens do satlite GOES-8(canal IR, 10,4m), identifica-se padres comportamentais ao longo da vida dos SCM. Para a caracterizao da evoluo temporal e espacial, faz-se uma diviso da anlise em duas partes: temporal e espacial. Na anlise temporal, observam-se as variaes rtmicas na intensificao da atividade convectiva. Na anlise espacial, so observadas caractersticas como: tamanho e tempo de vida dos SCM e de seus respectivos ncleos distncias entre os ncleos, trajetrias dos SCM entre outras caractersticas comportamentais dos ncleos convectivos que constituem o sistema. A anlise dos dados mostra que mais da metade dos casos analisados sofrem dois tipos de variaes na atividade convectiva, uma com perodo de 12 horas, e outra com menor periodicidade, 5,1 horas. Mostra-se que a evoluo espacial dos SCM d-se em mdia na direo das latitudes mais baixas, de forma discreta com o aparecimento de novos ncleos, na direo noroeste em relao ao ncleo antigo.
Resumo:
Flores das espcies Sambucus nigra, de origem europia, e Sambucus australis, nativa da América do Sul (Caprifoliaceae), denominadas sabugueiro e sabugueirodo- brasil, respectivamente, so utilizadas popularmente sob forma de infuso, como antiinflamatrias, laxativas e para condies febris resultantes de afeces do trato respiratrio. Estudos prvios para S. nigra indicam compostos fenlicos como principais constituintes qumicos, sendo estes relacionados s principais atividades biolgicas avaliadas. Objetivando comparar esta espcie com Sambucus australis, foram realizadas anlises botnicas macro e microscpicas das flores, identificando as principais diferenas entre as espcies, tais como o nmero de lculos no ovrio e presena de idioblastos cristalferos em algumas estruturas, e observando os possveis contaminantes (pedicelos). Tambm foram determinados os parmetros farmacopicos: cinzas totais e perda por dessecao. Aps a anlise qumica, foi escolhido o flavonide rutina como marcador das espcies, para realizar anlises quantitativas nas 31 amostras adquiridas e / ou coletadas, utilizando mtodo de CLAE previamente validado. Solues hidroetanlicas apresentaram maior capacidade de extrao do produto alvo. Os limites mnimos de rutina observados para ambas as espcies foram de aproximadamente 0,65%. Tambm foram quantificados, por mtodo espectrofotomtrico, os flavonides totais expressos em quercetina, sendo 0,93% e 1,46% os teores mnimos determinados para S.nigra e S. australis, respectivamente. O estudo da estabilidade acelerada (50C 90% U.R.), avaliando a degradao dos constituintes qumicos presentes permitiu sugerir a cintica de degradao de segunda ordem para da rutina nas duas espcies. Comparaes de atividades biolgicas das espcies foram realizadas pelos ensaios das atividades antiinflamatria (inibio do edema em pata de rato induzido por carragenina) e antioxidante (DPPH). Os resultados para o primeiro ensaio demonstraram ao equivalente em ambas as espcies para extratos hidroetanlicos a 80% (86% de inibio) e aquosos (81%), com atividade semelhante ao padro indometacina (~83%); para a atividade antioxidante os extratos hidroetanlicos a 80% foram mais ativos (CE50 = 16 g/ml) que os aquosos (CE50 = 27 g/ml) em S. australis, e ambos extratos, superiores ao 28 extrato padronizado Gingko biloba (CE50 = 40 g/ml) e aos extratos de S. nigra (CE50= 50 g/ml hidroetanlico e CE50= 32 g/ml aquoso).
Resumo:
Este trabalho analisa a atividade turstica na rea Antrtica Especialmente Gerenciada baa do Almirantado (AAEG), ilha Rei George, arquiplago Shetlands do Sul, atravs de levantamento realizado com turistas, guias e pessoal das estaes cientficas. A dissertao revisa o turismo no rtico e na Antrtica e, apesar das diferenas geogrficas, a preocupao com a regulamentao, a proteo ambiental e o gerenciamento do espao transnacional so preocupaes presentes nas duas regies. Os dados foram coletados por entrevistas e questionrios. Aplicaram-se 144 questionrios aos visitantes da estao polonesa Henryck Arctowski (6210S, 5828W) na temporada 2003/2004, a qual recebeu todos os turistas que entraram na AAEG naquele vero. Doze guias foram entrevistados e o pessoal da estao polonesa e da Estao Antrtica Comandante Ferraz (Brasil, 6205S, 5824W) responderam 9 e 26 questionrios, respectivamente. Desse levantamento foi possvel obter o perfil, as expectativas e motivaes do turista antrtico. Nas entrevistas com guias observou-se que h preocupao com o rpido crescimento do turismo a partir da dcada de 1990. Alm disso, as respostas do pessoal das duas estaes demonstram que nem sempre as visitas so bem vindas, j que elas modificam a rotina e o trabalho dos pesquisadores. A AAEG, por estar na rota dos navios que deixam os portos do sul da América do Sul, principal ponto de partida para os que desejam visitar o continente, por ser de fcil acesso, por permitir ancoragens seguras e pela beleza paisagstica, recebe aproximadamente 90% dos turistas antrticos. O levantamento revelou o predomnio de cidados norte americanos e alemes, entre esses um grande nmero de aposentados. A vida selvagem a principal motivao para visitar a Antrtica, revelando expectativas e motivaes semelhantes a outros estudos j realizados no prprio continente e no arquiplago de Svalbard no rtico. Os possveis impactos da atividade turstica que mais preocupam os especialistas so a ameaa vida selvagem e os distrbios causados s atividades dos pesquisadores nas estaes cientficas. A preocupao com o crescente nmero de turistas nessa que uma das reas mais remotas do planeta, aponta para a necessidade de aplicao de metodologias avaliadoras de impacto e de restrio ao turismo como a Limits of Acceptable Change (LAC), empregada juntamente com Recreational Opportunity Spectrum (ROS), j h muito tempo utilizada em parques nacionais dos EUA e Austrlia.
Resumo:
A Integrao Regional Continental dos Estados tema de grande relevncia para a Cincia Poltica. O presente estudo se configura interdisciplinar ao combinar Direito Internacional com Relaes Internacionais e Cincia Poltica. Na abordagem das principais correntes tericas da Integrao Regional, busca - se reflexo intensiva e extensiva sobre a categoria Capital Social. Na anlise histrico-analtica da Integrao Regional, abordamos os legados da construo das sociedades e dos Estados-membros do MERCOSUL, contextualizando, em termos de cultura poltica, o tema proposto, em especial, a forma de incorporao das populaes no campo poltico. Nas relaes entre a Integrao Regional e Capital Social, traamos uma linha comparativa entre o MERCOSUL e a Unio Europia, a partir do modelo institucional e da adoo de polticas pblicas. Tratamos tambm de documentos, concernentes Integrao Regional no que tange cooperao estatal, suas relaes com a soberania estatal e a conformao do modelo institucional. Na busca de demonstrar os entraves e as perspectivas da efetiva utilizao do Capital Social de Integrao Regional e seus possveis efeitos positivos no Processo de Integrao Continental da América do Sul.
Resumo:
O crescimento gradual da produo de leite no Brasil levar, num breve momento, a um excesso de oferta desse produto no mercado local. Entretanto, percebe-se que a demanda interna no ter condies, no curto prazo, de suprir o excesso de oferta, visto que o pas possui problemas macroeconmicos e de distribuio da renda que dificultam o consumo desse excedente, apesar do potencial de seu mercado e tamanho da populao. Neste contexto, surge a indagao do que fazer com o excesso da produo de leite do pas. Pode-se dizer que existem duas sadas: elevar o consumo interno, que depende de melhores ndices de crescimento na economia e, por conseguinte, da renda per capita, ou buscar mercados prospectivos no mbito internacional, capazes de adquirir este excesso de produo. O propsito desta pesquisa avaliar a estrutura do agribusiness do leite no Brasil, identificando as principais limitaes logsticas para exportao. Especificamente pretende identificar as principais empresas exportadoras de produtos lcteos, os produtos mais exportados e os pases de destino; relatar as maneiras mais freqentes de insero dos produtos no mercado externo e mencionar as estruturas fsicas utilizadas pelas empresas para realizarem suas exportaes, avaliando suas vantagens e limitaes. A presente pesquisa qualitativa e de natureza exploratria. O propsito foi pesquisar as maiores empresas exportadoras de produtos lcteos do Brasil. Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliogrfica em livros, revistas especializadas, jornais nacionais e internacionais, teses e dissertaes; pesquisa documental nos arquivos de secretarias, ministrios, rgos e institutos de pesquisa que tenham a ver com o tema; pesquisa de campo por meio de entrevistas semi-estruturadas e aplicao de questionrios, de acordo o acesso e disponibilidade dos sujeitos da pesquisa. Os dados foram analisados de forma estatstica e anlise de significado para as respostas consideradas abertas. Como resultado, constatou-se que o leite em p o produto mais exportado (em volume) seguido do leite condensado; entre os continentes principais importadores de lcteos brasileiros, a frica se destacou com o maior nmero de pases, seguida dos pases da América do Sul; a forma mais freqente de insero dos derivados lcteos no mercado externo por meio de tradings; dentre os principais problemas logsticos para se exportar mencionados, pode-se citar os rodovirios, porturios, burocrticos, greves e fiscalizao, altos custos de pedgios, atrasos e quarentena, falta de contineres disponveis e insegurana do processo. Diante de tais resultados, pode-se dizer que as estruturas logsticas impem limites ao comrcio internacional de lcteos no Brasil.
Resumo:
O gnero Paspalum L. compreende aproximadamente 400 espcies no mundo e cerca de 220 no Brasil. Paspalum ecologicamente e economicamente importante e tem sido utilizado como pastagem. Paspalum notatum Flgge (grama-forquilha) uma valorosa gramnea forrageira nos subtrpicos. Esta espcie consiste de vrios bitipos sexuais (diplides) e apomticos (tetraplides, ocasionalmente tri e pentaplides). Neste trabalho, os Inter Simple Sequence repeat (ISSR) foram utilizados para acessar a diversidade gentica da grama-forquilha (Paspalum notatum). Os tecidos vegetativos de 95 acessos de grama-forquilha foram obtidos de vrios locais da América do Sul (Brasil, Argentina e Uruguai). Um total de 91 de fragmentos reproduzvel ISSR foi observado. Oitenta e nove fragmentos (97,5% do total observado) foram polimrficos. A anlise de agrupamento (UPGMA) foi realizada para o conjunto de dados ISSR. Os resultados ilustram as relaes genticas entre 95 acessos de Paspalum notatum. A comparao entre dados moleculares, morfolgicos e nvel de ploidia foi realizada. Em resumo, os marcadores moleculares ISSR mostraram-se eficientes para distino dos gentipos analisados e observou-se uma variabilidade ampla para a espcie. Estes resultados adicionam novas informaes sobre a diversidade gentica em Paspalum notatum, conseqentemente contribuindo para o conhecimento biolgico desta espcie e fornecendo subsdios para futuros programas de melhoramento gentico e para programas de conservao.
Resumo:
A Provncia Basltica Continental do Paran (PBCP) ocupa uma rea de cerca 1,2 x 106 km2 na América do Sul e tem sua origem vinculada a fragmentao do Gondwana e a abertura do Oceano Atlntico Sul durante o Cretceo Inferior. Estudos enfocando a morfologia e origem das estruturas nos basaltos na PBCP, realizados na poro oeste do estado do Paran, determinaram a identificao de derrames do tipo pahoehoe e aa , com o predomnio de pahoehoe simples e compostos. Em alguns locais constatou-se o processo de interao entre lavas e sedimentos e a ocorrncia de peperitos fluidais. Na rea estudada verificou-se que os derrames pahoehoe compostos so formados por lobos do tipo P (pipe) e do tipo S (spongy), com o predomnio dos primeiros. A predominncia de lobos do tipo P pode ser relacionada com o rompimento e gerao de pequenos lobos na poro distal de espessos derrames inflados. As caractersticas destes lobos indicam um longo tempo de residncia das lavas, em um sistema de distribuio antes da extruso. As feies de superfcie originadas em derrames pahoehoe e aa esto bem preservadas e so de fcil reconhecimento. Os derrames possuem extenso lateral de at 50 km e podem ser divididos em trs pores em relao ao conduto: proximal, mediana e distal. Na poro proximal os derrames pahoehoe so espessos (40-70 m) e possuem a crosta superior e o ncleo macio bem delimitado. Na poro mediana predominam derrames pahoehoe simples com espessura entre 20 e 30 m, localmente ocorrem derrames compostos. Na poro distal predominam derrames compostos de at 5 m de espessura, formados por lobos. A gerao de derrames tipo pahoehoe inflados sugerem baixas taxas de erupo na gerao dos basaltos do oeste do Paran. Estimativas baseadas na espessura da crosta superior indicam um perodo de 33 meses para a gerao de fluxos inflados com 25 m de espessura total. Os peperitos foram gerados pela interao entre derrames e sedimentos midos, predominantemente silte e argila, depositados em um ambiente lacustre. A presena destes sedimentos indica uma mudana climtica, que ocorreu entre a erupo da poro basal da PBCP, associada com ambiente desrtico (Formao Botucatu) e a poro superior associada com ambiente lacustre. Nesta fase interrupes no vulcanismo possibilitaram a deposio de sedimentos em pequenos lagos estabelecidos sobre os derrames. A presena de sedimento vesiculado preenchendo vesculas e fraturas e a deformao de estruturas sedimentares indicam que a frao sedimentar estava inconsolidada ou pouco consolidada e mida, quando da gerao dos peperitos. As texturas presentes nos peperitos fluidais indicam que os principais fatores que influenciaram no mingling entre lava e sedimentos foram: 1- as propriedades da lava (baixa viscosidade), 2- a presena de sedimentos inconsolidados a pouco consolidados e midos e 3- um evento nico na interao entre lava e sedimento. Neste ambiente os peperitos eram formados na base do derrame e processos posteriores, como a inflao do derrame e a extruso de outros derrames, no causaram perturbaes nos domnios de peperito gerados previamente. Os trabalhos realizados na poro oeste do Paran indicam que os derrames da PBCP so dominantemente do tipo pahoehoe, tanto simples como compostos, associados com fluxos inflados. Estas evidncias contrariam a estruturao convencionalmente estabelecida para a Formao Serra Geral onde os derrames so espessos, macios e com geometria tabular. Esta aparente organizao pode ser tambm gerada pela amalgamao de sucessivos e simultneos lobos de lavas.
Resumo:
So descritos dois novos txons de Crocodyliformes do Cretceo do Mato Grosso, que apresentam: crnios curtos; dentio heterodonte composta por dentes com lado labial mais convexo que o lado lingual e serrilhados; dentes anteriores do dentrio procumbentes; presena de uma superfcie distintamente lisa, acima da margem alveolar, na superfcie lateral da maxila, acima da qual ocorrem forames neurovasculares; e vrtebras anficlicas. Estes novos materiais foram informalmente chamados Crocodilo I e Crocodilo II. O Crocodilo I apresenta as seguintes caractersticas: fenestra pr-orbitria pequena; barra palatina posterolateral em forma de basto; dente caniniforme hipertrofiado na pr-maxila; 6 dentes maxilares; dentes anteriores do dentrio levemente voltados para trs; junta quadrado-articular localizada ventralmente fileira dentria. O Crocodilo II, por sua vez, apresenta: focinho tubular em seo; amplo palato secundrio; espleniais fusionados; 5 dentes maxilares; mandbula com regio sinfiseal alongada e espatulada. Em ambos os casos, a morfologia geral aponta muitas semelhanas com os notossquios: postura elevada, regies diferenciadas na coluna, dentio heterodonte, palato secundrio relativamente amplo e cavidade nasal relativamente ampla. Para testar as relaes filogenticas dos dois txons, bem como o prprio monofiletismo dos notossquios, foi construda uma matriz de dados com 27 txons (incluindo, tanto quanto possvel, todos aqueles que j foram ou so considerados notossquios) e 60 caracteres. Com base nos mesmos, foi efetuada uma anlise de parcimnia utilizando Paup 3.1.1 (stepwise addition - random, com 100 repeties e tree-bisection-reconnection) e Nona 2.0 (algoritmo heurstico, com 10 replicaes e TBR - mult*max*) que apontou uma relao dos dois novos txons como grupos irmo sucessivos de Notosuchus e Mariliasuchus (Crocodilo II (Crocodilo I (Notosuchus, Mariliasuchus))). Em comparao com outros crocodiliformes do Cretceo da América do Sul, frica, Madagascar e China, possvel assumir que ambos so notossquios (sensu Pol & Apesteguia, 2005). Em nossa anlise, os notossquios formam um grupo, exceo de A. buitreraensis, mais proximamente relacionado aos Eusuchia. Na anlise ordenada, A. buitreraensis, A. patagonicus e Anatosuchus aparecem mais proximamente relacionados a Eusuchia e Lybicosuchus aloca-se junto a Baurusuchus e Sebecus. Paralelamente, so discutidas anlises filogenticas prvias envolvendo notossquios, nas quais foram introduzidas modificaes, levando a diferentes topologias. A partir disso, prope-se uma discusso acerca da influncia das escolhas e procedimentos de cada autor no resultado final de anlises filogenticas.