23 resultados para Serviços de saúde


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Este estudo problematiza a insero dos psiclogos nas equipes municipais de saúde, a partir da anlise da experincia de um grupo formado por psiclogas que trabalham nas equipes de saúde de municpios do Vale do Taquari. So municpios pequenos: um deles tem 70 mil habitantes, os demais so menores, entre 3 e 20 mil habitantes. O estudo foi realizado no perodo de maro de 2002 a janeiro de 2004. Partiremos do pensamento foucaultiano com relao aos dispositivos, que no nosso estudo funcionam para o disciplinamento que forma-conforma psiclogos enquanto profissionais da rea da saúde. Atravs de encontros mensais com o grupo de psiclogas, discutimos e conhecemos suas prticas nos serviços municipais de saúde, e os conceitos de Sistema nico de Saúde (SUS) e do processo saúde-doena que sustenta essas prticas. A separao entre teoria e prtica, cincia e profisso, mantida pelos cursos de graduao, aliado manuteno de currculos voltados para a clnica tradicional (modelo mdico hegemnico), mostrou que os psiclogos no se reconhecem como trabalhadores do SUS, mas importam para os serviços do Sistema prticas tradicionais, desconsiderando necessidades e especificidades do contexto scio-econmico e cultural. A partir destas constataes entendemos que o psiclogo no se reconhece como trabalhador de saúde do SUS e, uma das razes fortes pode ser atribuda ao modelo de formao e prtica que vem produzindo e reproduzindo esses modelos h 41 anos. Precisamos formar parcerias para inventar estratgias e promover mudanas nos modos de fazer psicologia.

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Este trabalho foi desenvolvido no municpio de Porto Alegre e analisa qual a possibilidade de autonomia do gestor municipal da saúde, para definir prioridades para a rea, frente trajetria institucional da poltica de saúde brasileira. Duas caractersticas do desenvolvimento do sistema de saúde no Brasil foram consideradas de maior relevncia neste estudo: a centralizao decisria e financeira no governo federal e a posio que conquistaram as organizaes privadas prestadoras de serviços de saúde na gesto e operacionalizao do sistema. Considerando as caractersticas citadas, dois foram os objetivos principais que nortearam a pesquisa: (a) verificar a autonomia do gestor municipal na gerncia dos recursos financeiros da saúde e (b) verificar a capacidade de ao do gestor municipal frente influncia das instituies privadas prestadoras de serviços de saúde. Observou-se que a autonomia dos gestores municipais da saúde na gesto dos recursos setoriais limitada, por um lado, pela prvia estruturao dos recursos de transferncias federais, e, por outro lado, pela estrutura dos gastos fixos com os quais esto comprometidos os recursos prprios municipais. Apesar da regulamentao do Sistema nico de Saúde (SUS) garantir ao gestor municipal a prerrogativa de regular os serviços prestados pelo setor privado, esse mostra resistncia em se submeter gesto pblica. O que acaba por configurar uma tenso entre as tentativas do gestor pblico de expandir seu espao de ao na gesto dos serviços privados e as tentativas do setor privado de manter sua posio no sistema de saúde.

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O estudo tem por objetivo identificar e analisar os motivos pelos quais os usurios utilizam o pronto atendimento de um Centro de Saúde e analisar a organizao do trabalho nesse servio, identificando como se do o acesso, o acolhimento e o vnculo de usurios ao Sistema de Saúde. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio da observao livre, por amostragem de tempo. O foco de observao foi a organizao do processo de trabalho e o atendimento prestado aos usurios que obtiveram algum tipo de atendimento no Servio de Pronto Atendimento, no perodo de agosto, outubro, novembro e dezembro de 2003. A anlise dos dados teve uma abordagem dialtica. Os dados obtidos foram classificados em estruturas de relevncia e, posteriormente, agrupados em dois ncleos: as demandas do pronto atendimento; organizao do trabalho e a utilizao de tecnologias leves. O processo de trabalho no pronto atendimento est organizado para atender a algumas das necessidades de saúde da populao, respondendo, dentro de limites, finalidade de tratar a queixa principal, encaminhando os usurios, quando necessrio, para as referncias nos diferentes nveis de complexidade, normatizados na hierarquizao do Sistema de Saúde. O acolhimento est presente nas aes dos profissionais, mas ainda pouco explorado como estratgia de ampliao de acesso e vnculo com o Sistema. Os principais motivos pelos quais os usurios procuraram o servio foram: situaes graves e de risco, queixas agudas que envolviam desconforto fsico e emocional, necessidades pontuais caracterizadas como no urgentes, atendimento complementar ao recebido em outros serviços de saúde e vnculo com o prprio servio. Ficou evidenciado que para os usurios a procura por um servio de saúde diferente daquela identificada pelo trabalhador. O usurio busca o pronto atendimento para resoluo de necessidades que lhe trazem dificuldade e desconforto; para os trabalhadores, as necessidades do usurio so definidas com base no modelo biolgico e na organizao do Sistema.

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Nos ltimos anos, as relaes interorganizacionais assumiram importncia acadmica e prtica em funo do potencial de inovaes e aprimoramentos que a gesto desse novo ambiente demonstra ter para as organizaes e para a sociedade. Ao mesmo tempo, os atuais sistemas de saúde so concebidos para serem integrados e, com isso, ter maior efetividade. O objetivo desse trabalho propor uma sistemtica de anlise de cadeias produtivas de saúde. Consideram-se os referenciais tericos mais relacionados ao tema para a formulao dessa proposta: cadeias produtivas, eco nomia do custo das transaes, imbricamento das relaes sociais nas atividades econmicas, cooperao entre organizaes, redes sociais, anlise de cenrios e qualidade em saúde. Essa sistemtica de anlise aplicada, de forma preliminar, em duas cadeias de saúde: os serviços que atendem aos pacientes diabticos e outra destinada a atender aos pacientes com HIV/AIDS. Os resultados indicam que a sistemtica proposta identifica a predominncia de modos de governana entre as organizaes, o uso de instrumentos de gesto do relacionamento, a presena de estruturas de rede entre unidades de saúde e as aes de cooperao entre organizaes. Acredita-se que seu uso possa trazer importantes contribuies na formulao de polticas dos sistemas de saúde e organizacionais.

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Um programa de preparo de alta hospitalar, enquanto uma estratgia de Educao em Saúde, pode contribuir para que a famlia ou o idoso possam dar continuidade aos cuidados no contexto domiciliar, aps a alta hospitalar. Assim, este estudo de carter qualitativo descritivo objetiva analisar a percepo que tem o cuidador familiar de idosos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) em relao ao Programa de preparo de alta para o paciente com seqelas neurolgicas de um Hospital Universitrio. Aps aprovao pelo Comit de tica e Pesquisa da instituio onde foi desenvolvido o presente estudo, foram entrevistados 12 cuidadores familiares de 9 idosos que participaram de tal Programa. As entrevistas foram transcritas e seu contedo foi analisado conforme a tcnica de anlise de contedo, emergindo quatro categorias: opinio sobre o programa, adequao das orientaes s demandas de cuidados, pontos de melhoria e repercusses do ser cuidador. Assim, sugere-se a implantao de programas similares nos serviços de saúde, bem como o desenvolvimento de estratgias educativas em saúde que contemplem o idoso com AVC e sua famlia.

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Esse trabalho aborda as questes relativas comunicao de serviços na rea da saúde. A cultura assistencialista existente nessa rea produziu restries ticas e legais em relao promoo de serviços na rea da saúde, o que torna a comunicao interpessoal um importante meio de comunicao dos serviços nessa rea. Utilizando a tcnica da anlise conjunta, a importncia relativa da comunicao de boca em boca foi verificada em comparao a categorias de mdias tradicionais como a mdia externa, mdia eletrnica, mdia impressa e mdia direcionada na escolha de serviços na rea da saúde pelos consumidores. A pesquisa realizada mostrou que os 80 pacientes de uma clnica odontolgica da cidade de Porto Alegre- RS vem a comunicao de boca em boca positiva como a mdia mais importante na escolha dos serviços na rea da saúde pelos consumidores. Alm disso, dentre outras coisas, ainda foi testada a influncia da familiaridade dos consumidores com os serviços na rea da saúde na importncia dada comunicao de boca em boca. Entretanto, no houve diferena significativa entre os pacientes que responderam que tinham familiaridade e os que responderam que no tinham familiaridade com os serviços nessa rea. Palavras-chave: comportamento do consumidor, serviços de saúde, comunicao de boca em boca.

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Este trabalho aborda as representaes e prticas dos fisioterapeutas inseridos no Sistema nico de Saúde. Com o intuito de desvendar o modo de pensar e agir, alm do nvel de insero que alcanou a fisioterapia dentro do Sistema nico de Saúde, busquei compreender a lgica orientadora de suas aes teraputicas bem como sua adequao s diretrizes desse Sistema. Para tal, utilizei uma abordagem antropolgica de cunho qualitativo com o privilgio da observao participante e entrevistas semi-estruturadas realizadas em dois serviços de saúde de Porto Alegre: um hospital e um ambulatrio de nvel secundrio. A reviso histrica da profisso ajudou na contextualizao e, deste modo, entender por que os fisioterapeutas esto centrados na abordagem fsica das pessoas. Esse modo de tratar as pessoas ensinado aos profissionais no processo de formao e reforado na prtica profissional dirigida reabilitao, tendo o manuseio do paciente um valor importante para o fisioterapeuta. Por sua vez, este tipo de trabalho manual associado a um papel feminino do cuidado so fatores de demrito frente as outras profisses da saúde. Isto refora a posio hierrquica inferior que o profissional possui dentro do Sistema nico de Saúde, que em alguns momentos confundido como um especialista da medicina fsica. Desse modo, este trabalho contribuiu para repensarmos as concepes de saúde que so ensinadas na academia, o que vem a ser o fazer fisioteraputico, bem como, a integralidade das aes teraputicas dentro do Sistema nico de Saúde.