26 resultados para Saúde pública - Brasil


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Essa pesquisa busca, atravs da cartografia de uma Equipe de Saúde Mental, problematizar os mecanismos de subjetivao operados pelo modo de trabalhar em grupo. Para tanto, prioriza o trabalho como atividade coletiva e inventiva e suas relaes com a constituio de sujeitos e instituies, modos de produzir tecnologias, subjetividades e de se autoproduzir; e enfoca a implementao de um servio de saúde mental dito substitutivo ao modelo manicomial e sua relao com a Reforma Psiquitrica, o Movimento Antimanicomial e o Sistema nico de Saúde. Pretendemos que essa pesquisa nos possibilite pensar o quanto opera nesse grupo, elementos do discurso psiquitrico e classificatrio da doena mental; e, principalmente, o quanto opera elementos de outros discursos: de desinstitucionalizao, da Reforma Psiquitrica, do SUS e da poltica local. Essa pesquisa busca visibilizar algumas implicaes do trabalho grupal com os sujeitos da Equipe estudada, bem como o modo de trabalhar da mesma, tomando o grupal como plano de virtualidades capaz de engendrar novas modalidades de si e de mundos. Situa o operar em grupo como dispositivo de inveno, privilegiando conceitos como virtual, rede, autopoiese, transdisciplinaridade e clnica. Nessa perspectiva, o grupal tomado como prtica que atua diretamente na ontologia da realidade, no se limitando a influenci-la, mas sim, atravessando-a e constituindo-a.

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Esta pesquisa tem como objetivo descrever o que agentes comunitrios de saúde da cidade de Porto Alegre sabem em relao saúde bucal e como colocam em prtica esse saber. Partindo de um histrico recente do sistema pblico de ateno saúde no Brasil, so resumidas duas estratgias de ateno primria saúde - a saúde comunitria e a saúde da famlia. A seguir, so enfocados os trabalhadores em saúde coletiva, especificamente em termos de trabalho interdisciplinar e em relao sua formao e capacitao. Os agentes comunitrios de saúde so ento apresentados por um breve histrico da profisso, o desempenho de sua funo nas equipes de saúde e junto s comunidades, sua capacitao tcnica e seu papel em relao s aes em saúde bucal. A discusso est baseada em entrevistas realizadas com agentes comunitrios de saúde, buscando caracterizar sua origem, expectativas, condies de trabalho e satisfao com as mesmas. Finalmente, aspectos relativos saúde bucal so apresentados e relacionados aos demais. Ao final da pesquisa foi elaborada uma proposta de capacitao em saúde bucal para essa categoria profissional.

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A sociedade vive atualmente a era da competitividade, na qual os desafios so mais difceis e complexos. Os rgos governamentais enfrentam terrveis dficits, aumento de demanda no campo de servios tradicionais e, principalmente, na rea da saúde pública para atender as necessidades da populao. Cientes dessas dificuldades e com vistas a minimizar os desafios enfrentados pela Secretaria de Saúde de Pelotas, este trabalho de pesquisa aborda o gerenciamento na administrao de medicamentos desta Secretaria. O trabalho visou analisar os processos que influenciam na dispensao de medicamentos pela Farmcia Municipal. Medicamentos da rede bsica so distribudos aos postos de saúde e medicamentos controlados aos usurios finais. O estudo atingiu quatro zonas urbanas e uma rural, sendo que na zona do centro encontra-se a Farmcia Municipal. A abordagem proposta identificou vrias oportunidades de melhoria, revelando a necessidade de interferir em algumas zonas onde determinados itens e subitens obtiveram pontuao abaixo da faixa esperada. Essa situao conduziu o pesquisador a elaborar um plano de ao que permita, ao mesmo tempo, atender a demanda assim como reforar a organizao na dispensao de medicamentos bsicos e controlados pela Farmcia Municipal, contribuindo para a melhoria dos servios prestados ao municpio de Pelotas.

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A possibilidade dos mecanismos de participao na gesto pública, criados a partir da dcada de 70 estarem exercendo influncia nos processo de deciso sobre as polticas públicas configura o debate central desenvolvido neste trabalho. O envolvimento do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre no processo de deciso sobre a poltica de saúde municipal. analisado sob dois aspectos: (1) o envolvimento do Conselho no processo de deciso sobre a poltica municipal de saúde e (2) os atores que tem controlado o processo decisrio no interior do prprio Conselho. Para analisar o primeiro aspecto, consideramos apenas se o Conselho participa ou no participa no processo, buscando verificar se ele exerce controle social sobre a definio da poltica de saúde e, se exerce, como est se processando. Para isso, analisamos as pautas das reunies plenrias do Conselho, buscando classificar os tipos de temas discutidos e os encaminhamentos dados pelo gestor.A anlise do segundo aspecto focalizou a possibilidade dos representantes de usurios influrem sobre a formao da pauta de discusses do Conselho e a capacidade destes atores de controlarem a implementao das decises deste mecanismo de participao. Os indicadores utilizados foram (a) a 11 presena dos conselheiros s reunies do Conselho e (b) a identificao da origem dos assuntos discutidos nas plenrias. O estudo concluiu que h uma participao efetiva do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre no processo de deciso sobre a poltica, evidenciado no bom relacionamento entre este frum e o gestor e no fato de que as principais questes relacionadas saúde em Porto Alegre tm sido analisadas e decididas nas reunies plenrias do Conselho. Entretanto, o estudo concluiu tambm que, no que tange influncia na formao da pauta de discusses, o gestor municipal predomina na proposio das aes debatidas no Conselho. Alm disso, no tem havido por parte do Conselho Municipal de Saúde um acompanhamento na implementao das decises. Assim, embora possamos atribuir ao tipo de envolvimento do Conselho Municipal de Saúde o status de participao (Arnstein, 1969), o que tem havido uma delegao de poder. O status de controle cidado s se efetivar quando o Conselho Municipal de Saúde, alm de ter poder de deciso sobre a poltica, conseguir efetivamente, exercer um controle sobre o gestor.

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Tendo como fio condutor a diversidade de abordagens que circunda a temtica territorial, particularmente em suas relaes histricas com o campo da saúde pública, esta pesquisa se prope a estudar as diferentes caractersticas que constituem o(s) territrio(s) do Morro da Cruz, em Porto Alegre, e suas relaes com o trabalho cotidiano desenvolvido pela Unidade Bsica de Saúde (UBS) local, buscando analisar, por um lado, quanto e como compreendida a complexidade territorial por aquela equipe e, por outro, de que maneira as prticas assistenciais empreendidas configuram estratgias de territorializao. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, baseada em um estudo de caso observacional, cujos dados foram coletados a partir das tcnicas de observao participante, entrevista semiestruturada e anlise documental. As informaes obtidas permitiram identificar nas prticas de territorializao empreendidas a influncia de conceitos referentes aos preceitos da Geografia Tradicional e da Geografia Quantitativa. Da primeira so herdadas a noo de espao absoluto naturalizado e uma aproximao ao territrio ratzeliano, que reconhece no Estado o poder que demarca os limites da territorialidade. Da Geografia Quantitativa, por outro lado, deriva uma representao lgico-positivista de espao, o qual, visto como varivel independente, perpassado por linhas que configuram distncias e tempos mensurveis. Ao ignorar os aportes recentes da Geografia Humanista e da Geografia Crtica, o processo de territorializao no apreende as relaes de poder e as ligaes simblico-afetivas que configuram a complexidade territorial local. Valendo-se desta base conceitual no campo geogrfico e supervalorizando a importncia das concepes epidemiolgicas para o conhecimento da realidade, as estratgias observadas tendem a produzir, ao mesmo tempo, um modelo de planejamento tradicional, de cunho normativo. Por outro lado, ao desenvolver aes como a prtica do acolhimento, trabalhos com grupos e visitas domiciliares, a equipe procura ampliar sua capacidade de entendimento e interveno, lanando mo de abordagens que buscam compreender a perspectiva do usurio. Assim, valendo-se de estratgias que no buscam diretamente a apropriao do territrio, a equipe consegue se aproximar da complexidade do mesmo.

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Com esse estudo objetivou-se analisar a possibilidade da aplicao do conceito de integralidade da ateno para sujeitos portadores de necessidades especiais. Enfocou-se o conceito de integralidade da ateno, submetendo-o a esse recorte da realidade, tanto pelo fato dele ser central contempornea discusso do que fazer em saúde pública, face a Reforma Sanitria Brasileira, bem como, por entendermos que a integralidade praticamente a nica alternativa para ateno desses sujeitos, tanto no mtodo clnico como no coletivo de interveno. A populao alvo constou da famlia de sujeitos portadores de necessidades especiais que freqentam a APAE do municpio de Lajeado, bem como dos trabalhadores daquela instituio. Verificou-se o discurso da referida populao alvo sobre etiologia e preveno da crie dentria, doena periodontal, cncer de boca, m-ocluso e fissuras de lbio e palato, tentando identificar hbitos, valores e dificuldades que possam intermediar a possibilidade da aplicao do conceito de integralidade da ateno para sujeitos portadores de necessidades especiais. Concluiu-se que : A utilizao do conceito de integralidade intermediado pelo saber ou no saber, pela cultura somtica dos indivduos; A falta de um saber sobre saúde bucal que melhore o cotidiano dos sujeitos impede que se trabalhe com o conceito ampliado de cura, 9 que fundante da noo de autonomia, que se agrega noo de integralidade; A famlia do sujeito especial e a instituio que o mesmo freqenta so um locus privilegiado para a prxis da noo de integralidade da ateno; O sujeito especial se constitui como sujeito com inteireza, somente a partir da adoo intencional do conceito de integralidade, quer na instituio, quer na famlia; O corpo de trabalhadores da instituio deveria contar com o trabalho de um cirurgio dentista com especialidade em saúde pública, ou com uma tcnica em higiene dental, para atuar junto s famlias e com os trabalhadores de forma intra e interdisciplinar; H uma necessidade premente de aes de educao em saúde e capacitao para as famlias e trabalhadores da instituio, no que tange saúde bucal, enfocando as 5 patologias bucais que so tidas como problemas de saúde pública.

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A dissertao analisa o posicionamento dos mdicos gachos frente ao princpio da liberdade profissional que vigorava no Rio Grande do Sul durante a Primeira República. A Constituio estadual de 1891 permitia o exerccio da medicina por indivduos no portadores de diploma acadmico. Neste contexto, o estudo demonstra que os mdicos diplomados procuravam legitimar cientificamente suas posies nas instituies que ocupavam. A Faculdade de Medicina de Porto Alegre ocupou um lugar privilegiado neste processo de afirmao da supremacia do conhecimento cientfico face a prticas de cura derivadas de outros princpios. Desta maneira, a dissertao acompanha a produo intelectual, expressa em conferncias e artigos publicados na imprensa especializada, de um grupo de mdicos ligados a esta instituio. Descreve tambm a organizao dos servios de saúde pública no Estado e o crescente envolvimento do discurso mdico com as questes sociais. O conceito de medicina social, veiculado pelos mdicos no perodo analisado, reuniu as noes de higiene, eugenia e educao sanitria e contribuiu para a formulao de normas para regular a vida nas cidades. Atravs da defesa da medicina social foi possvel articular os interesses corporativos aos da sociedade como um todo, apresentando a regulamentao profissional como uma necessidade social.

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A dengue representa um srio problema de saúde pública no Brasil, que apresenta condies climticas favorveis ao desenvolvimento e proliferao do Aedes aegypti, vetor transmissor da doea. O mosquito Aedes aegypti passa por diferentes estgios de desenvolvi- mento com caractersticas distintas, logo, para uma descrio mais aproximada da histria de vida desta espcie e, consequentemente, do comportamento da epidemia, considera-se neste trabalho um modelo com distribuio etria, fundamental para a determinao das propriedades de estabilidade de populaes que tm fases distintas de desenvolvimento. O modelo com distribuio etria para a populao de mosquitos descrito por um conjunto de equaes diferenciais ordinrias com retardo de difcil anlise e implementao. Inicialmente, apresenta-se o modelo SEIR com dinmica vital, onde a populao de mosquitos estabiliza rapidamente e, aps, incorpora-se a ele um modelo com competio larval uniforme para populao de insetos, com distribuio etria, o que provoca um perodo de instabilidade nas populaes de larvas e adultos, estgios de desenvolvimento considerados para o vetor. A anlise realizada investiga as consequncias que este perodo de instabilidade provoca na evoluo da epidemia.

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Este estudo insere-se em um Programa Interdisciplinar de Pesquisa (PROINTER), em que a temtica geral fundamentada na Evoluo e diferenciao da agricultura, transformao do meio natural e desenvolvimento sustentvel em espaos rurais do sul do Brasil. O PROINTER um acordo de cooperao entre Universidades brasileiras (UFRGS e UFPR) e francesas (Bordeaux 2, Paris 7 e Paris 10), agregando pesquisadores de vrias reas do conhecimento com o intuito de inter-relacionar os diferentes olhares na busca de solues para o desenvolvimento dos municpios da Metade Sul do Rio Grande do Sul. A rea inicial de pesquisa formada pelos municpios de Arambar, Camaqu, Canguu, Chuvisca, Cristal, Encruzilhada do Sul, Santana da Boa Vista e So Loureno do Sul. A rea da saúde, no contexto do PROINTER, fundamenta-se na perspectiva das Interfaces entre a Saúde Pública e a Antropologia em torno das Desigualdades Sociais no Meio Rural, priorizando segmentos mais fragilizados da populao, como os idosos. O presente estudo, portanto, objetivou caracterizar atravs de um enfoque sociodemogrfico e epidemiolgico as condies de vida e saúde dos idosos do meio rural de Arambar, bem como, as concepes que envolvem o envelhecimento e a qualidade de vida. A metodologia para alcanar os objetivos combina a anlise quantitativa com a qualitativa, privilegiando o delineamento epidemiolgico do tipo seccional. A coleta de dados foi atravs de roteiro de entrevista com questes quantitativas e qualitativas. Os dados quantitativos foram analisados atravs do software Epi-Info 6.4 e os qualitativos por anlise de contedo. Os resultados mostraram um nmero maior de homens idosos do que mulheres no meio rural e, de forma geral, uma insero socioeconmica precria: baixa escolaridade, renda familiar reduzida, segregao em espaos rurais delimitados por latifndios, condies sanitrias deficientes. O enfrentamento dessas condies a continuidade no trabalho agrcola, mesmo para aqueles que so aposentados. Os problemas de saúde so basicamente doenas crnicas, comuns ao envelhecimento, mas h problemas que se ocultam na definio do que patolgico e do que inerente ao trabalho, como as dorsopatias. As redes de apoio ao idoso limitam-se s relaes familiares que so influenciadas pelo contexto rural e pelas suas trajetrias pessoais. Essa influncia define tambm preconceitos, valores, tabus e as diferentes concepes de envelhecimento e qualidade de vida, como auto-imagem, sexualidade, limitaes, entre outros. O estudo mostra uma heterogeneidade nas formas de envelhecer no meio rural construda pela inter-relao de fatores que permite, a partir de suas informaes, influenciar em polticas públicas locais direcionadas aos idosos do meio rural do municpio, bem como, subsidiar a construo da problemtica de pesquisa do PROINTER, considerando no somente as condies materiais de existncia, mas tambm, os aspectos socioculturais que influenciam e so influenciados pelas dinmicas de vida e saúde dessa populao e definem as desigualdades sociais existentes.

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Fundamentao. A doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) um problema de saúde pública prevalente que acomete aproximadamente 15% da populao acima dos 40 anos, sendo a quarta causa de morte entre todas as doenas. No ano de 2001, foram registradas no Brasil 243.865 internaes hospitalares, com gastos de R$ 105 milhes e 10.325 bitos decorrentes dessa patologia. Enquanto no for alcanado maior sucesso nas campanhas antitabagismo, pouco se espera no que diz respeito mudana desse panorama. A DPOC compreende a presena dos componentes de bronquite crnica e de enfisema. Ao paciente com DPOC e predomnio de enfisema, restam poucas teraputicas mdicas quando a doena diagnstica em fase avanada, sendo a reabilitao pulmonar ainda o recurso melhor estabelecido para o tratamento desses pacientes. A cirurgia redutora de volume pulmonar (CRVP), surgida em 1950, permanece como um procedimento cirrgico maior, com morbidade e mortalidade significativas e aplicvel a apenas um grupo restrito de pacientes. Objetivos. O uso de vlvulas unidirecionais implantadas atravs de broncoscopia em brnquios segmentares tem por objetivo melhorar o funcionamento do sistema respiratrio pulmonar por meio do redirecionamento do ar, reduo do espao morto, reduo do volume pulmonar e amenizao da hiperinsuflao dinmica. Pacientes e mtodos. Neste estudo foram tratados 19 pacientes com enfisema grave no perodo de junho de 2002 a outubro de 2004. O acompanhamento por at 24 meses incluiu exames de imagem, provas de funo pulmonar, questionrios de qualidade de vida, gasometria arterial e avaliaes broncoscpicas. Resultados. No houve pneumonia obstrutiva em nenhum dos 64 segmentos tratados; a principal complicao relacionada ao procedimento foi a presena de granuloma nos segmentos tratados (sem repercusso clnica); houve tendncia de melhora nos parmetros funcionais mantidos em at 24 meses e melhora significativa em at 6 meses em diversos parmetros de qualidade de vida aferidos por questionrios validados. Concluso. Implantes broncoscpicos de vlvulas unidirecionais constituem-se em uma contribuio ao tratamento do enfisema pulmonar.