27 resultados para Saúde e trabalho Aspectos psicológicos
Resumo:
Atualmente, o enorme volume de informaes armazenadas em bancos de dados de organizaes ultrapassa a capacidade dos tradicionais mtodos de anlise dos dados baseados em consultas, pois eles se tornaram insuficientes para analisar o contedo quanto a algum conhecimento implcito e importante na grande massa de dados. A partir disto, a minerao de dados tem-se transformado em um tpico importante de pesquisa, porque prov um conjunto de tcnicas e ferramentas capazes de inteligente e automaticamente assistir o ser humano na anlise de uma enorme quantidade de dados procura de conhecimento relevante e que est encoberto pelos demais dados. O presente trabalho se prope a estudar e a utilizar a minerao de dados considerando os aspectos temporais. Atravs de um experimento realizado sobre os dados da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, com a aplicao de uma metodologia para a minerao de dados temporais, foi possvel identificar padres seqenciais nos dados. Este experimento procurou descobrir padres seqenciais de comportamento em internaes mdicas, objetivando obter modelos de conhecimento dos dados temporais e represent-los na forma de regras temporais. A descoberta destes padres seqenciais permitiu comprovar tradicionais comportamentos dos tratamentos mdicos efetuados, detectar situaes anmalas, bem como, acompanhar a evoluo das doenas existentes.
Resumo:
Esta pesquisa tem como objetivo descrever o que agentes comunitrios de saúde da cidade de Porto Alegre sabem em relao saúde bucal e como colocam em prtica esse saber. Partindo de um histrico recente do sistema pblico de ateno saúde no Brasil, so resumidas duas estratgias de ateno primria saúde - a saúde comunitria e a saúde da famlia. A seguir, so enfocados os trabalhadores em saúde coletiva, especificamente em termos de trabalho interdisciplinar e em relao sua formao e capacitao. Os agentes comunitrios de saúde so ento apresentados por um breve histrico da profisso, o desempenho de sua funo nas equipes de saúde e junto s comunidades, sua capacitao tcnica e seu papel em relao s aes em saúde bucal. A discusso est baseada em entrevistas realizadas com agentes comunitrios de saúde, buscando caracterizar sua origem, expectativas, condies de trabalho e satisfao com as mesmas. Finalmente, aspectos relativos saúde bucal so apresentados e relacionados aos demais. Ao final da pesquisa foi elaborada uma proposta de capacitao em saúde bucal para essa categoria profissional.
Resumo:
Este trabalho, baseado em estudo exploratrio, pretende analisar as alteraes ocorridas, ao longo dos anos, nas funes do mdico do trabalho e como estas mudanas so percebidas pelo profissional. Para isto, descreve as funes tradicionais do mdico do trabalho; identifica as mudanas que ocorreram e que possibilitam ou criam novas funes para o mdico do trabalho e relata a percepo do mdico do trabalho em relao a estas mudanas. Faz isto, enfocando a condio dos profissionais mdicos do trabalho nos seguintes aspectos: 1. Histrico 2. Gerenciamento de Recursos Humanos 3. As prticas mdicas 4. A formao profissional 5. Perfil dos profissionais 6. Relacionamento interno do servio 7. Relacionamento externo (em relao empresa) do servio 8. As alternativas de gesto para a rea de saúde ocupacional. Foram utilizadas para o levantamento de dados, as tcnicas de entrevista em profundidade, com um mdico do trabalho da empresa com muitos anos de atuao na rea e, questionrios aplicados individualmente com os demais pesquisados. Feito isto, os dados foram tabulados, analisados e comparados com a bibliografia existente. Por fim, j na fase final, o trabalho indica, preliminarmente, algumas alternativas para a atuao da empresa e do RH no sentido de otimizar os resultados da rea. v A apurao dos resultados apontou para situaes que sugerem um descompasso entre a evoluo e as alteraes ocorridas nos ltimos anos nas funes do mdico do trabalho e as condies e prticas que o profissional tem para desenvolver seu trabalho. Os profissionais indicam alternativas para a melhoria do desempenho do servio. Nesta dissertao, tambm, so apresentadas desde deficincias na formao do mdico do trabalho passando pelas necessidades, na viso destes mdicos pesquisados, para melhorar o desempenho do servio at o relacionamento dos profissionais com os diversos departamentos da empresa e com as instituies com as quais esto envolvidos.
Resumo:
A possibilidade dos mecanismos de participao na gesto pblica, criados a partir da dcada de 70 estarem exercendo influncia nos processo de deciso sobre as polticas pblicas configura o debate central desenvolvido neste trabalho. O envolvimento do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre no processo de deciso sobre a poltica de saúde municipal. analisado sob dois aspectos: (1) o envolvimento do Conselho no processo de deciso sobre a poltica municipal de saúde e (2) os atores que tem controlado o processo decisrio no interior do prprio Conselho. Para analisar o primeiro aspecto, consideramos apenas se o Conselho participa ou no participa no processo, buscando verificar se ele exerce controle social sobre a definio da poltica de saúde e, se exerce, como est se processando. Para isso, analisamos as pautas das reunies plenrias do Conselho, buscando classificar os tipos de temas discutidos e os encaminhamentos dados pelo gestor.A anlise do segundo aspecto focalizou a possibilidade dos representantes de usurios influrem sobre a formao da pauta de discusses do Conselho e a capacidade destes atores de controlarem a implementao das decises deste mecanismo de participao. Os indicadores utilizados foram (a) a 11 presena dos conselheiros s reunies do Conselho e (b) a identificao da origem dos assuntos discutidos nas plenrias. O estudo concluiu que h uma participao efetiva do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre no processo de deciso sobre a poltica, evidenciado no bom relacionamento entre este frum e o gestor e no fato de que as principais questes relacionadas saúde em Porto Alegre tm sido analisadas e decididas nas reunies plenrias do Conselho. Entretanto, o estudo concluiu tambm que, no que tange influncia na formao da pauta de discusses, o gestor municipal predomina na proposio das aes debatidas no Conselho. Alm disso, no tem havido por parte do Conselho Municipal de Saúde um acompanhamento na implementao das decises. Assim, embora possamos atribuir ao tipo de envolvimento do Conselho Municipal de Saúde o status de participao (Arnstein, 1969), o que tem havido uma delegao de poder. O status de controle cidado s se efetivar quando o Conselho Municipal de Saúde, alm de ter poder de deciso sobre a poltica, conseguir efetivamente, exercer um controle sobre o gestor.
Resumo:
O presente texto trata de um estudo de caso que foi norteado pelo seguinte problema: Qual a influencia dos fatores depressivos no trabalho do enfermeiro psiquitrico?. Nesse sentido, verificar os fatores responsveis pela dualidade sofrimento e prazer no trabalho do enfermeiro psiquitrico, levando em considerao os fatores depressivos existentes nesta profisso, ser a questo mostradora desta pesquisa, que tem como base teoria de Cristoph Dejours. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro composto de questes fechadas com o intuito de caracterizar os entrevistados. Na seqncia, as entrevistas sofreram um processo de semi-estruturao, primeiramente, gravadas e posteriormente, transcritas. Essa coleta utilizou-se de sete enfermeiros da categoria psiquitrica da unidade psiquitrica do hospital geral (UPHG), ligada a uma Instituio Federal de Ensino Superior localizada na cidade de Santa Maria no interior do Estado do Rio grande do Sul. Para anlise das respostas referentes s questes das entrevistas, foi utilizada a metodologia da Anlise de Contedo. Os resultados esto apresentados em quatro categorias, que foram: Trabalho em linhas gerais, relata o trabalho num sentido mais amplo; A valorizao do bem-estar do enfermeiro, que ressalta a importncia de se ter um ambiente agradvel de trabalho; A busca do prazer no trabalho, que mostra caminhos para a busca do prazer no trabalho e por fim Aes preventivas para combater a depresso no ambiente de trabalho, que compreende formas de evitar aspectos depressivos na realidade do enfermeiro psiquitrico.
Resumo:
Esta pesquisa avalia o nvel de satisfao dos usurios e trabalhadores da saúde no Centro de Saúde Modelo do Municpio de Porto Alegre. Baseia-se no modelo de avaliao em saúde de Avdis Donabedian, aplicado s condies, contexto e limitaes de um estudo de posto de saúde. Responderam s entrevistas 9 trabalhadores e 9 usurios. As mesmas serviram como base para a elaborao de um instrumento de coleta de dados quantitativo; alm disso foi feita anlise do discurso dessas entrevistas. Para os questionrios, foi utilizado uma escala tipo Likert, com respostas de 1 a 5, correspondendo aos nveis de satisfao: muito insatisfatrio, insatisfatrio, indiferente, satisfatrio e muito satisfatrio. As questes abrangem aspectos relativos s dimenses de estrutura, processo e resultado. Foi elaborado um questionrio com questes que avaliam o nvel de satisfao dos usurios quanto ao servio do Centro de Saúde Modelo, e outro, que, alm destas questes, com a finalidade de avaliar a percepo dos trabalhadores da saúde quanto ao servio que eles produzem, agrega questes referentes avaliao do nvel de satisfao dos trabalhadores no seu ambiente de trabalho. Os resultados evidenciam que o nvel de satisfao tanto dos usurios quanto dos trabalhadores do Centro de Saúde Modelo de Porto Alegre satisfatrio, sendo que os resultados foram bem positivos em praticamente todos os atributos pesquisados. A anlise das variveis permite identificar diversas questes a serem melhoradas, bem como, sugere um aprofundamento das questes mais polmicas.
Resumo:
Este estudo problematiza a insero dos psiclogos nas equipes municipais de saúde, a partir da anlise da experincia de um grupo formado por psiclogas que trabalham nas equipes de saúde de municpios do Vale do Taquari. So municpios pequenos: um deles tem 70 mil habitantes, os demais so menores, entre 3 e 20 mil habitantes. O estudo foi realizado no perodo de maro de 2002 a janeiro de 2004. Partiremos do pensamento foucaultiano com relao aos dispositivos, que no nosso estudo funcionam para o disciplinamento que forma-conforma psiclogos enquanto profissionais da rea da saúde. Atravs de encontros mensais com o grupo de psiclogas, discutimos e conhecemos suas prticas nos servios municipais de saúde, e os conceitos de Sistema nico de Saúde (SUS) e do processo saúde-doena que sustenta essas prticas. A separao entre teoria e prtica, cincia e profisso, mantida pelos cursos de graduao, aliado manuteno de currculos voltados para a clnica tradicional (modelo mdico hegemnico), mostrou que os psiclogos no se reconhecem como trabalhadores do SUS, mas importam para os servios do Sistema prticas tradicionais, desconsiderando necessidades e especificidades do contexto scio-econmico e cultural. A partir destas constataes entendemos que o psiclogo no se reconhece como trabalhador de saúde do SUS e, uma das razes fortes pode ser atribuda ao modelo de formao e prtica que vem produzindo e reproduzindo esses modelos h 41 anos. Precisamos formar parcerias para inventar estratgias e promover mudanas nos modos de fazer psicologia.
Resumo:
Foram estudados 125 pacientes em idade escolar que procuraram o Posto de Atendimento Mdico Especializado (PAME) da cidade de So Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil, nos anos de 2003 e 2004, encaminhados pela escola, pelo pediatra ou Conselho Tutelar, por estarem apresentando dificuldades na escolarizao. Realizaram-se entrevistas com os pais ou responsveis, exame neurolgico tradicional, exame neurolgico evolutivo, eletroencefalograma em sono e viglia em todas as crianas e tomografia cerebral e ressonncia magntica, quando necessrio. Foram estudados aspectos neuropsicossociais dos indivduos e de suas respectivas famlias. Encontraram-se famlias comprometidas em sua histria prvia e atual: 29,30% com dificuldades escolares, 27,20% com doenas psiquitricas, 26,10% com epilepsia, 21,70% com alcoolismo e 10,90% com deficincia mental. As comorbidades tiveram um papel relevante no desempenho escolar: 50,50% com hiperatividade, 17,20% com distrbio de conduta e 17,20% com problemas emocionais (listados como queixa principal por ocasio do encaminhamento para a triagem).
Resumo:
Este trabalho estuda as relaes causais entre cargas de trabalho classificadas em organizacionais, psicossociais, fsico-ambientais e posturais/ do mobilirio e os seus efeitos enquanto determinantes de desgaste/ adoecimento entre os trabalhadores bancrios. Tem como objetivo avaliar o peso e a hierarquia de cada fator ou grupo de fatores causais para a produo do efeito sobre a saúde, nesta forma auxiliando a mobilizao pela transformao das realidades de trabalho. O estudo se constitui como uma apreciao ergonmica, sendo parte de um projeto mais amplo, de Vigilncia em Saúde do Trabalhador, o qual protagonizado pelo Sindicato dos Bancrios de Porto Alegre. Na metodologia, valoriza a percepo coletiva dos trabalhadores acerca de suas condies de trabalho e saúde, entendendo-os como os sujeitos sociais mais habilitados para revelar o essencial a ser transformado. O estudo foi realizado atravs da aplicao de um questionrio sigiloso e auto-aplicado, respondido por 1518 trabalhadores, dentre estes 1087 bancrios, 192 estagirios e 230 terceirizados, distribudos entre quatro instituies bancrias, dois Bancos Pblicos e dois Privados. O desgaste/ adoecimento foi analisado atravs de estatsticas descritivas e analticas, pelas diferenas de mdias, Anlise de Variana ANOVA, Teste Duncan, Teste Exato de Fisher com Simulao de Monte Carlo, Regresso Linear Mltipla, Coeficientes de Pearson e de Determinao Entre os achados com significncia estatstica, tem-se uma maior intensidade das cargas de trabalho, do estresse e do desgaste/ adoecimento percebido entre os bancrios do Pblico A e do Privado C, no sexo feminino, na funo de caixa, da faixa etria entre 40 a 49 anos, entre bancrios com tempo de banco acima de dois anos e jornadas de trabalho entre 8 e 10 horas. Entre todos os fatores causais analisados por diferenas de mdias, as cargas de trabalho foram as que mais impactaram o desgaste/ adoecimento. Pelo Teste de Regresso Linear Mltipla e Coeficiente de Determinao, constatou-se que as cargas de trabalho do tipo organizao do trabalho e psicossociais, em termos genricos, tm pesos semelhantes entre si e impactam muito mais o desgaste/ adoecimento comparativamente s fsico-ambientais e posturais/ do mobilirio. O impacto dessas cargas sobre o desgaste/ adoecimento especialmente mais intenso no Banco Privado Grande D, que mais moderno e reestruturado. Os fatores de maior peso estatisticamente significantes para todos os Bancos foram a atividade estressante, a desvalorizao do trabalho, a exigncia de esforo mental e de repetitividade das tarefas, alm dos posturais. No Banco Privado Grande D, outros fatores como as posturas das chefias, remunerao inadequada, volume de trabalho excessivo, pausas insuficientes e exigncia de alcanar metas tambm demonstraram ter grande peso explicativo para o desgaste/ adoecimento. Conclui-se que as cargas de trabalho so hierarquicamente distintas em relao sua capacidade de determinao do adoecimento e que a reestruturao produtiva no sistema bancrio incrementa grandemente os riscos saúde dos trabalhadores.
Resumo:
Resumo no disponvel.