29 resultados para Poética eletroacústica


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Gravidade por um fio: o peso e a leveza em um projeto de instalação é uma pesquisa em Poéticas Visuais, com a qual pretende-se discutir sobre os valores do peso e da leveza passíveis de serem apresentados em uma instalação, cujo título é Noventa Graus. Trata-se de pesquisa poïética, que visa verificar como a instauração deste trabalho plástico - aqui compreendido enquanto processualidade e projeto - responderia às diversas nuances que a relação peso/leveza poderia abarcar: materiais, visuais, gestuais, físicas, relacionais, abrindo espaços para que se possam perceber as nuances semânticas. Como estrutura de construção das análises das obras em processo, adotou-se os parâmetros metodológicos colocados por Sandra Rey, que busca articular as idéias iniciais do trabalho, os procedimentos técnicos utilizados, os referenciais artísticos, chegando aos conceitos operacionais: vinculações a conceitos de outras áreas do conhecimento, dadas a partir do próprio fazer. Para tal, os dados de análise foram esboços, estudos de planta-baixa da galeria, fotomontagens, maquetes e ensaios de fragmentos de trabalhos, realizados após a experiência fenomenológica no espaço vazio da Pinacoteca do Instituto de Artes. Como referenciais artísticos e teóricos, foram utilizados depoimentos de artistas e suas obras para análise, análises críticas de obras modernas e contemporâneas, conceitos dentro da Teoria da Arte, História da Cultura, Psicologia e Filosofia Contemporânea.

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Este trabalho tem por objetivo fazer uma leitura filosófica da imagem do vinho na obra do escritor e crítico francês Charles Baudelaire. Analisa-se essa imagem como uma figura que estrutura o texto e que é também por ele estruturada. A figura do vinho é considerada como um elemento de base da estética desenvolvida pelo escritor francês. Portanto, este trabalho desenvolve uma análise mais textual à luz de noções filosóficas, considerando o vinho como uma “interimagem”, grão do texto baudelairiano. Essa imagem poética é o fio condutor para o estabelecimento de uma coerência, uma interpretabilidade outra da poética do autor de As flores do mal. Para tanto, esta dissertação analisa os elementos textuais concernentes à formação da imagem do vinho, suas reminiscências e o papel do poeta, relacionando sempre a crítica e a poesia.

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Este estudo pretendeu “ler” Carlos Drummond de Andrade num outro contexto cultural, procurando avaliar, através dessa “leitura”, a recepção de sua obra para além do cenário crítico-literário brasileiro. Desse modo, buscou-se novas perspectivas para a interpretação da poética de um dos autores mais representativos da poesia brasileira do século XX. A intenção foi verificar como o poeta tem sido acolhido pelo público, pelos seus pares e pela crítica especializada portuguesa, bem como a atenção que tem merecido da imprensa lusitana em geral, além de procurar averiguar o espaço editorial conferido à sua obra em Portugal. Acreditando, contudo, que o exame da recepção da obra de Drummond em Portugal não deve contentar-se somente com as referências a seu nome nos discursos críticos, geralmente oriundos dos meios acadêmicos, tentou-se pensar também acerca de sua presença em outras esferas culturais, como nas obras de ficção, sobretudo as de poesia, a partir do diálogo estabelecido com alguns poetas portugueses do século XX. Nesse sentido, achou-se válido analisar, por outro lado, também a presença de Portugal em Drummond, a partir dos reflexos mais visíveis de Camões e Fernando Pessoa em sua obra.

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Este trabalho tem como finalidade destacar a figura do negro como personagem literário, (re)contando sua história no continente americano. Ao tomar a palavra, o negro tem a oportunidade de narrar sua trajetória através do seu ponto de vista e algumas características como a passividade perante o sistema escravocrata vão sendo desconstruídas. As obras analisadas – Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro e Changó, el gran putas, de Manuel Zapata Olivella – exemplificam as mudanças que estão ocorrendo na poética e na visão de mundo do romance histórico. Com o advento das teorias pós-ocidentais na América Latina, as vozes que eram silenciadas passam a ser ouvidas e uma nova história é contada: a partir dos fatos históricos, resgata-se uma história onde o mito também tem o seu lugar. A nova teorização latino-americana engloba conceitos como transculturação, entre-lugar e crioulização, demonstrando a emergência de um terceiro espaço onde surgem novos sujeitos transculturados representativos da mistura das várias culturas que povoaram as Américas.

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Investiga a pertinência de considerar a configuração social contemporânea como sendo uma sociedade de Moda, na qual os sujeitos sociais são desencaixados de suas experiências diretas e reencaixados por imagens, que os significam. O maior significante dessas imagens encontra-se no novo, e a sua manipulação permeia a busca de ser um outro, para qualificar o mesmo. Analisa as transformações que Florianópolis passou entre os anos de 1950 a 1970, evidenciando a busca da modernidade como meio de assemelhar-se a outras cidades consideradas modernas, especialmente, o Rio de Janeiro. Apresenta tal historicidade como processo de emersão, tendo em vista que, os discursos propaladores da cidade moderna, foram considerados centrais na constituição da imagem de Florianópolis “realizada”. Analisa a constituição da poética moderna da aparência, ressaltando o papel da publicidade, lato sensu, na instituição dos padrões de elegância e beleza e seus vínculos com a estratificação social. Salienta a presença da cultura francesa na instituição desses padrões e relaciona-os a reconversão das elites contemporâneas. Investiga os processos de recepção da poética da aparência, no contexto florianopolitano, destacando a ação do cronismo social, que agencia a manipulação de fichas simbólicas de elegância, beleza, distinção e do moderno para configurar novas formas de ser elite. As fontes são tratadas a partir da estética da recepção de Jauss. As concepções de modernidade e de suas implicações são baseadas em Marshall Berman e Anthony Giddens, especialmente. As concepções de poder partem dos pressupostos de George Balandier, entre outros. Aplica-se a definição de capital-aparência de Pagès-Delon e de reconversão social de Robert Castel e Dominique de Saint-Martin. Conclui que a positivação da aparência, numa sociedade regida pela imagem do novo, promove subjetividades que encontram no parecer sua essência de ser, isto é, instituía seres de parecer ou sujeitos-moda que, logo, estabelecem suas estratégias de poder por meio da aparência.

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O rei castelhano Afonso X, o Sábio (1221-1284) é considerado como o idealizador de uma vasta obra que inclui textos de caráter jurídico, historiográfico, científico e sua produção poética. Este estudo propõe evidenciar o caráter propagandístico da obra afonsina considerando as condições de produção e difusão dos textos e a sua relação com o projeto político centralizador do Rei Sábio. Procurando observar a maneira pela qual o pensamento político afonsino é revelado em sua obra, são aqui analisadas as imagens do rex christianus, cujo poder provém de Deus, do rex iustus, cuja função é administrar a justiça em seu reino, e do rex sapiens, que dispõe da virtude e do conhecimento necessários para bem governar.

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Este estudo propõe uma análise da obra fotográfica de Alair Gomes (1921-1992), engenheiro, filósofo e crítico de arte que também atuou como fotógrafo nos últimos 26 anos de sua vida. O recorte principal do trabalho está vinculado à presença de uma sensibilidade melancólica em sua trajetória, tanto biográfica quanto artística, uma vez que estas duas instâncias se cruzam e são inseparáveis em sua fotografia de forte viés homoerótico. A relação entre a melancolia e a obra do artista é pensada a partir da noção de escrita pessoal, a qual se ancora no caráter confessional e narrativo de sua fotografia e de seus textos escritos. A singularidade da sua poética distancia-se do contexto em que ele viveu e produziu, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro, durante as décadas de 1970 e 1980. Como diversos fotógrafos que se dedicaram à representação do desejo homoerótico ao longo da história da fotografia, Alair atuou de modo silencioso e quase sempre nas bordas do sistema das artes. Isto não o impediu, entretanto, do desenvolvimento de um trabalho de dimensões gigantescas, cuja originalidade e a narrativa íntima estavam à frente de sua época, pré-anunciando tendências da arte contemporânea recente.

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Esse trabalho nasce da percepção de um campo de trabalho e de produção de subjetividade permeado por diferentes problemáticas da vida contemporânea e da própria formação histórica da profissão. Procura dar visibilidade a um modo de trabalhar na Terapia Ocupacional próximo a uma concepção de saúde que pressupõe a justaposição dos conceitos de complexidade e transdisciplinaridade, bem como a superação das certezas e verdades universais. Aproxima-se da problematização dos corpos e dos modos de subjetivação no processo terapêutico e, conseqüentemente, no campo político-social do qual emergem, potencializando a construção de uma prática voltada às diferenças e às singularidades dos sujeitos atendidos. Busca o entendimento do campo molecular pelo qual circula a ação do terapeuta ocupacional e da capacidade de invenção que transversaliza as ações do sujeito no mundo. Neste sentido, propõe um modo poético e singular de criar um processo de investigação e, simultaneamente, de atuação profissional que procura romper com o método de investigação mecanicista e dicotômico. Uma estratégia metodológica que prevê uma reflexão crítica sobre as experiências profissionais do terapeuta ocupacional através da análise de casos-pensamento. Um procedimento que emerge na zona de indiscernibilidade entre terapeuta e pesquisador e que tem como teia-conceitual os referenciais da Filosofia da Diferença, da Terapia Ocupacional, da Psicologia e da Literatura. Neste caminho, descortina-se a aliança da Terapia Ocupacional a uma clínica dos afectos. Encontro que aproxima arte e vida, clínica e poïética, cotidiano e invenção. Espaço entre corpos. Lugar de experimentação de si, produção de novos sentidos e expressão do pensamento, ou seja, um campo de problematização e criação da própria vida. Uma vida com intenso potencial de fazer variar os modos de estar no mundo, libertando os corpos de seus engessamentos e empobrecimentos.

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Que corpo é esse? é o título desta dissertação, que encontra uma poética referenciada nos meus desenhos. É o resultado da investigação realizada no mestrado, tendo como objeto de estudo a minha produção plástica do período entre 2001 e 2004. A utilização do desenho como meio para a realização das minhas intenções (idéias, vontades e desejos) foi o instrumento que permitiu a investigação do corpo nos seus mais diferentes aspectos: a representação e apresentação do corpo humano, o meu próprio corpo enquanto artista que realiza o gesto, a ação no desenho, e o corpo do trabalho, que é o desenho propriamente dito. Ressalto que essa reflexão encontrou subsídio teórico em autores como Flávio Gonçalves e Edith Derdyk, que abordam os processos fenomenológicos do desenho. Já para a temática do corpo, tive o embasamento teórico de autores como Paul Schilder, dentro de um viés da concepção de corpo mais holística, e Juan-David Nasio, numa vertente psicanalítica. Como referencial artístico, estabeleci relações da minha produção plástica com o trabalho de Louise Bourgeois e Kiki Smith.

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O presente trabalho está centrado em aspectos da música e da literatura do século XVIII no Brasil colonial. Mais especificamente, focaliza algumas questões relevantes sobre as etnias que convergiram na formação do complexo histórico, étnico e sócio - cultural do período, com vistas ao exame das condições da produção poético-musical na colônia em fins do século XVII e XVIII. A pesquisa aborda manifestações musicais desse espaço de tempo, principalmente modinhas e lundus, destacando a produção poética de Domingos Caldas Barbosa. Partindo das vertentes que forjaram o amálgama característico da formação do Brasil, concentramo-nos no exame da poética de Caldas Barbosa, cuja produção literária na obra “Viola de Lereno” revela estar o autor inteiramente inserido na sedimentação de uma brasilidade literária anterior ao século XIX.

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O presente estudo parte de interrogações sobre o intervalo existente entre o projeto e o trajeto em arte. A idéia que persigo diz respeito à percepção do tempo vivido durante o acontecimento da criação. Tais como pontos de passagem, este tempo refere-se ao "tempo em suspenso", o tempo desterritorializado, que não pode ser medido ou espacializado. Por trabalhar com gravura em metal, tanto na prática de atelier, como na orientação de trabalhos no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), interesso-me pela possibilidade de desvendar a proximidade ou distância que possa haver entre o que idealizamos e o que realizamos, ou entre a intenção poética e a criação da obra. As idéias aqui contidas foram influenciadas por Henri Bergson, Gilles Deleuse, André Compte-Sponville, Cecília Salles, Sandra Rey, Nilza Haertel, Edith Derdyk, Ernesto Bonato, Jean Lancri, Jorge Larrosa, Tomaz Tadeu e Marly Meira, entre outros. São abordados aspectos das imagens de tempo que foram sendo construídas, conforme autores dos campos da física, da filosofia e da arte; depois, questões relacionadas à gravura em metal e à "criação em processo". E, no final, estabeleço a interseção destas duas primeiras, na tentativa de encontrar pontos de contato possíveis entre a experiência que temos do tempo nos percursos que se prolongam por substâncias incorporais. Há uma conecção entre os três tempos kronos, aiôn e kairós durante os desacertos a que nos submetemos ao aventurar-nos na experiência da criação, o que nos impõe eternos recomeços.

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“Intervenções na paisagem: do olhar ao tocar”, aborda uma produção pessoal em Artes Plásticas, constituída de intervenções na paisagem natural e urbana, realizadas no período de 2000 - 2003. Nesta pesquisa investiga-se como as intervenções criam novas relações poéticas na paisagem, ressignificando o lugar em que se instalam, interferindo no cotidiano dos transeuntes que se relacionam com elas e traduzindo uma visão da relação humana com a paisagem e a natureza. Algumas ações são efêmeras restando apenas registros fotográficos e filmes. Outras ações possuem maior duração, ainda que o material seja efêmero. Esses trabalhos objetivam criar uma nova poética no cotidiano das pessoas, uma nova paisagem que traduza a relação do ser humano com ela.

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Corpo, Fenômeno e Manifestação: Performance é uma pesquisa em Poéticas Visuais onde convergem questões de um processo artístico de performance, respaldado por uma prática intensa na dança, experimentações, apresentações, leituras filosóficas e reflexões. Dessa confluência de fatores originou-se a produção textual que investiga e traz à tona as questões do corpo enquanto fenômeno e manifestação na arte da performance. As performances feitas, no decorrer do processo de pesquisa, bem como a observação de performances de outros artistas e estudos sobre teorias da arte, propiciaram o embasamento para a escrita. Puderam ser observados procedimentos operatórios similares, que me levaram a diferentes configurações, em distintas circunstâncias. Por exemplo, a toda performance apresentada foi fundamental o trabalho perceptivo corporal envolvendo todas as articulações de meu corpo, bem como sua musculatura; nesse sentido podia me assegurar que um ser sensível e responsivo surgisse para a atuação, que estivesse ali – o ser -, em pleno domínio de seu estado de presença. A tal procedimento deu-se o nome de corpo percepcionado. A preparação do ambiente, onde a ação performática seria realizada, isto é, o ambiente que receberia o meu corpo, também passou a fazer parte de um regramento para atuar. A esse procedimento chamei espaço preparado. Ao espaço preparado se trouxe a luz, elemento que passou a gerar influência sobre minha poética e sobre a estética que se fazia surgir. O corpo vivo, na performance, é elemento plástico; sua presença interfere no espaço. Percebi que a luz intensificava o lugar do espaço e o lugar do corpo que se pretendia em evidência; era um desencadeador perceptivo. Uma via dupla se estabelecia, entre a ação do corpo e o olho do receptor, através dos recortes de luz no espaço e no corpo, durante as ações realizadas. O corpo, no que lhe cabia, operava o procedimento de reunir as informações colhidas e os elementos trazidos, a cada performance realizada. Nessa questão se estabeleceu a proposta de uma dialética entre corpo e espaço; enquanto isso, no corpo, sínteses se pronunciavam e determinavam a configuração apresentada. Cheguei à conclusão que é justamente assim – em plena percepção de suas possibilidades de ação sensorial e motora, e na preparação e apropriação do ambiente imediato que o circunda - que meu corpo, em sua temporalidade, assume o espaço e, juntamente com suas memórias – e grande parcela de intencionalidade – configura uma aparência. Mais do que na aparência, centra-se o objeto do presente estudo na questão do fenômeno; do que permite o corpo fenomenal engendrar uma manifestação. Palavras-chave: percepção, corpo, espaço, ação, configuração, performance.

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O presente estudo tem como objeto final a análise do romance belga francófono contemporâneo Une paix royale, publicado em 1995 por Pierre Mertens. No que diz respeito a um espaço nacional sem conformidade com o modelo canônico do Estadonação, quer-se evidenciar o estatuto de uma poética romanesca no seu processo de invenção do mito da nação e as peculiaridades da representação nacional que essa poética contribui a gerar. Tal abordagem do texto literário tem como pressuposto um estudo teórico sobre o conceito de nação, do qual são apresentadas uma história e uma definição. Também é levada em consideração a natureza das relações que a ficção romanesca estabelece com o mito da nação: a invenção do mesmo – que pode incluir sua desconstrução - utiliza uma linguagem específica da qual o romance e o campo literário em geral são enunciadores privilegiados. Essas considerações teóricas abrem caminho para um método interpretativo de textos francófonos que são os portadores contemporâneos do mito da nação belga, ou seja, manifestos publicados por intelectuais e por escritores entre 1976 e 2003, e o romance Une paix royale. A tese manifesta o papel criativo das Letras belgas francófonas na renovação da nação, que conserva uma atualidade