28 resultados para Permeabilidade Modelosmatemáticos
Resumo:
A presente dissertao tem como objetivo caracterizar em laboratrio o comportamento mecnico de uma mistura asftica com cimento asfltico convencional (CAP 20) e de uma mistura asfltica com cimento asfltico modificado por polmero (3% SBS), verificando as propriedades de deformao plstica, deformao elstica, fadiga, desgaste e permeabilidade das misturas. Foram realizados ensaios em corpos de prova moldados no Laboratrio de Normas e Pesquisas do DAER-UNP e em corpos de prova extrados de pistas experimentais implantadas na rea de Pesquisas e Testes de Pavimentos da UFRGS - DAER/RS. Foram determinados o mdulo de resistncia, a resistncia trao, degaste Cantabro, o comportamento fadiga, a condutiviadade hidrulica e a deformao permanente. Tendo em vista a provvel oxidao do ligante no processo de usinagem, ficou comprometida a avaliao comparativa da mistura com asfalto modificado. A partir de ento passou a se estudar o comportamento mecnico de misturas asflticas que provavelmente sofreram processo de oxidao. De um modo geral, as misturas asflticas estudadas apresentaram praticamente o mesmo desempenho em relao a mdulo de resilincia, resistncia trao e s deformaes plsticas. Em relao ao desgaste, permeabilidade e fadiga, a mistura asfltica com cimento asfltico convencional, por apresentar melhor compacidade e menores volumes vazios, apresentou melhores resultados.
Resumo:
O objetivo geral da tese foi desenvolver um modelo sistmico de segurana do trabalho (tambm denominado 5C) com base nos fatores causais e contributivos aos acidentes do trabalho abordados na literatura, na anlise macroergonmica do trabalho e no ponto de vista de quem os percebe (fator subjetivo). A reviso de literatura sobre Teorias e Modelos da Causa do Acidente e uma Modelagem para o Gerenciamento de Risco foi a base para a definio dos cinco fatores (5C) da primeira verso do Modelo Sistmico de Segurana do Trabalho: carga de trabalho, confiabilidade, capacitao, custos e cultura de segurana. O referencial terico sobre cada fator C, para a definio dos respectivos subfatores e para a concepo da estrutura do modelo que pressupe hierarquia e permeabilidade entre os fatores 5C e fatores hipotticos de distncia e proximidade. A representao grfica do modelo seguiu o tipo diagramtico e configurao espiral. Os estudos de caso, cuja abordagem e procedimentos metodolgicos tiveram como base o mtodo de Anlise Macroergonmica Trabalho (AMT) de Guimares (1998; 2005), viabilizaram a submisso dos (sub)fatores 5C realidade. Os estudos foram realizados no contexto de trabalho de operadores trens urbanos (Cenrio I) e de eletricistas de redes areas desenergizadas do sistema de distribuio de energia eltrica (Cenrio II), os quais possuem grau de risco trs e periculosidade caracterizada por risco de contato ou de exposio a sistema eltrico de potncia, permanente ou intermitente A avaliao do modelo seguiu aborgadem hbrida. A avaliao qualitativa consistiu na confrontao dos (sub)fatores 5C prescritos do modelo com os fatores descritos obtidos nos estudos de caso (Cenrios I e II). Os resultados promoveram o estabelecimento dos parmetros qualitativos dos subfatores 5C e, em decorrncia, a confirmao dos (sub)fatores 5C do modelo. De outra parte, revelaram demandas de segurana no idnticas, o que era esperado, tendo em vista as caractersticas e peculiaridades de cada tarefa/sistema. A avaliao quantitativa foi realizada por meio de questionrio elaborado a partir das informaes geradas ao longo da pesquisa e testes estatsticos, aplicados sobre uma amostra da populao do Cenrio I. Os resultados indicaram que todos os (sub)fatores 5C impactam na segurana do trabalho em diferentes nveis (graus de importncia) e que a intensidade de cada fator 5C para a ocorrncia de acidentes varia em funo do tipo de acidente. Verificou-se, tambm, a existncia de correlaes entre os fatores 5C, o que confirma a natureza sistmica do modelo e, em decorrncia, a estrutura hierquica, o pressuposto de permeabilidade e os fatores hipotticos de distncia e proximidade. A verso final do Modelo Sistmico de Seguranado Trabalho seguiu a primeira verso, acrescida pelos subfatores 5C, relaes de constrangimento-resposta, quatro nveis (conceitual, estratgico, ttico e operacional) e uma proposta de usabilidade segundo as perspectivas bottom-up e top-down. A validao do modelo implicar na sua aplicao em diferentes contextos de trabalho.
Resumo:
Os concretos de alta resistncia, produzidos com reduzidas relaes gua/aglomerante, constituem um avano que est cada vez mais difundido na engenharia civil, dadas suas caractersticas tcnicas atraentes, relacionadas aos ganhos em termos de resistncia mecnica e durabilidade. No entanto, persistem ainda dvidas relacionadas ao comportamento deste material frente a elevadas temperaturas. As mesmas derivam da microestrutura muito compacta e da baixa permeabilidade a lquidos e gases destes concretos. Estas caractersticas podem conduzir a desplacamentos explosivos sob certas condies trmicas e mecnicas, tais como as vigentes durante o rpido aquecimento do concreto em casos de incndios. O acrscimo de presso nos poros, devido evaporao de gua e s tenses geradas pelos gradientes de deformaes trmicas, criam condies para a ocorrncia destes desplacamentos. Alm disto, o material concreto sofre alteraes microestruturais considerveis durante o aquecimento, que acabam influenciando suas propriedades macroestruturais, tais como resistncia mecnica e porosidade. Estas alteraes apresentam natureza fsica e qumica, envolvendo a perda de gua, a ocorrncia de expanses e/ou contraes trmicas e as modificaes no arranjo cristalino de alguns constituintes. A superposio destes efeitos pode reduzir substancialmente a resistncia dos elementos estruturais, levando edificaes ao colapso. Pesquisas relacionadas ao tema so usualmente voltadas ao monitoramento dos sinais externos de degradao, tais como microfissuras, expanses e desplacamentos J as alteraes fsico-qumicas da microestrutura do material so menos examinadas, embora sejam as razes primrias do processo de degradao pela exposio ao calor. Nesta pesquisa, analisam-se as alteraes microestruturais e as perdas de resistncia de pastas, argamassas e concretos em virtude do aquecimento. Avalia-se ainda a eficincia da adio de fibras de polipropileno ao concreto, para controlar os desplacamentos. Os resultados indicam que o fenmeno do desplacamento explosivo realmente inspira cuidados, mas que o emprego das fibras pode minimizar o mesmo, contribuindo para o acrscimo da resistncia residual. Ademais, os dados desta pesquisa contribuem para o desenvolvimento de metodologias de projeto mais adequadas s estruturas frente a incndios. Palavras chave: concreto de alta resistncia, desplacamentos, altas temperaturas, incndio.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo investigar o comportamento hidrulico e mecnico de misturas de solo-bentonita (SB) e de solo-cimento-bentonita (SCB), bem como analisar a influncia da variao do teor de bentonita e cimento com a finalidade de propiciar resultados capazes de auxiliar para um projeto construtivo de barreiras verticais de contaminantes. O programa experimental consistiu na realizao de ensaios de compresso no-confinada, ensaios triaxiais convencionais adensados no-drenados (CIU) e ensaios de condutividade hidrulica a fim de se estudar o comportamento das misturas de SB e SCB em termos de tenso-deformao-resistncia e permeabilidade. Foram analisados diferentes fatores gua-cimento, teores de umidade, tenses confinantes. Tambm foi avaliado o comportamento desses materiais atravs da definio de trs valores distintos de teor de bentonita nas amostras de SCB. J para as amostras de SB foram avaliados dois teores de bentonita. Em um primeiro instante, os resultados dos ensaios realizados para cada tipo de mistura foram analisados separadamente. A anlise global dos resultados permitiu identificar as alteraes provocadas na resistncia, deformabilidade e condutividade hidrulica pela variao dos parmetros. Os resultados dos ensaios de compresso no-confinada demonstraram que a variao do teor de umidade no implicou na variao de resistncia ao cisalhamento de pico para amostras com mesmo fator guacimento. Os ensaios CIU indicaram que o aumento do teor de bentonita nas amostras acarretou em um aumento da resistncia ao cisalhamento de pico e da rigidez do material. A condutividade hidrulica das misturas de SB apresentaram valores inferiores em relao s misturas de SCB.
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A maioria dos gastrpodes apresenta um sistema nervoso central razoavelmente simples, com um nmero de neurnios que varia entre 50.000 a 200.000. O comportamento das espcies desse grupo apresenta complexidade intermediaria, sendo mais simples do que o de vertebrados e artrpodes, contudo mais complexo e elaborado do que os invertebrados tais como equinodermas e aneldeos. Essas caractersticas comportamentais associadas a um sistema nervoso que apresenta neurnios de grande tamanho e de fcil identificao, tornam os componentes desse grupo muito atraentes para a resoluo de problemas relacionadas s neurocincias. O pulmonado, terrestre da espcie Megalobulimus abbreviatus se enquadra nessas caractersticas e tem sido usado como modelo para estudos neurobiolgicos. O objetivo desse trabalho foi o de estudar as interaes entre o sistema nervoso central e o sistema circulatrio dessa espcie. Com o propsito de estabelecer quais so as relaes funcionais e anatmicas entre os dois sistemas foram feitos estudos anatmicos, histoqumicos e ultra-estruturais com um traador eletron-denso. Para o estudo dos componentes vasculares responsveis pelo aporte sangneo do sistema nervoso central foi injetada, na rvore vascular, um mistura de carmim-gelatina e, para identificao dos endotlios, foi usada a tcnica histoqumica para a deteco da atividade fosfatase alcalina. O estudo da ultra-estrutura foi realizado por meio de tcnica para microscopia eletrnica de transmisso e a permeabilidade foi, testada utilizando lantnio como traador eltron-denso ou soluo de azul tripn. O sistema nervoso central do caracol irrigado pela aorta anterior, da qual se originam uma srie de finas artrias que irrigam os gnglios constituintes do complexo ganglionar subesfogiano. A extremidade distal da aorta anterior origina artrias que irrigam o bulbo bucal, a poro anterior do p, os gnglios cerebrais, a glndula corpo dorsal e a poro anterior do sistema reprodutor. No h vasos no tecido nervoso, esses restringem-se bainha de tecido conjuntivo perignglionar, onde se arranjam formando alas vasculares que se alojam em interdigitaes e imbricaes existentes na regio limtrofe entre o tecido nervoso e a bainha que envolve os gnglios. Esse arranjo permite um aumento da superfcie de contato, reduzindo a distncia entre as pores mais profundas dos gnglios e os vasos, otimizando assim, a rea de troca. O azul tripn injetado no p alcanou a bainha que envolve os gnglios nervosos, contudo no penetrou no tecido nervoso. O endotlio vascular, a lmina basal de espessura varivel que envolve o tecido nervoso, e os prolongamentos das clulas gliais constituem a zona de interface entre a hemolinfa e os neurnios. O lantnio injetado no p alcanou o tecido conjuntivo da cpsula perineural, entretanto no penetrou no tecido nervoso parando, sua difuso, ao nvel da lmina basal. Nos gnglios preparados por imerso em soluo com lantnio coloidal o traador foi encontrado entre os processos gliais, junto ao lado neural da lamina basal. Esses achados, associados aos resultados obtidos com as injees de azul tripan, indicam que lmina basal presente entre a cpsula perineural e o tecido nervoso, limita o trfego das substncias em direo ao sistema nervoso central deste caracol.
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Resumo no disponvel
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Os crescentes problemas relacionados durabilidade das estruturas de concreto armado, alm dos elevados custos de manuteno e recuperao, tm incentivado os tecnologistas de concreto a buscarem alternativas para melhorar a qualidade do concreto e, conseqentemente, aumentar a vida til das estruturas. Nesse sentido, adies minerais como a slica ativa, que um subproduto das indstrias de processamento de ligas de slicio, vm sendo utilizadas, apresentando como resultado inmeros benefcios s propriedades do concreto. Contudo, existem algumas questes ainda no esclarecidas em relao ao efeito da slica ativa na corroso das armaduras. Por outro lado, a slica ativa, em funo do reduzido tamanho e da elevada reatividade pozolnica, promove a densificao da matriz cimentante, proporcionando uma diminuio significativa da porosidade e permeabilidade da pasta de cimento, o que pode impedir ou retardar o ingresso dos agentes agressivos desencadeadores do processo corrosivo. Por outro lado, por reagir com ohidrxido de clcio produzido na hidratao do cimento e diminuir a alcalinidade do concreto pode acelerar a despassivao da armadura Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o efeito da slica ativa na corroso da armadura desencadeada tanto por ons cloreto como por carbonatao, atravs da tcnica de resistncia de polarizao, em concretos com relaes gua/aglomerante na faixa de 0,40 a 0,70 e teores de slica ativa variando de 0% a 20%. Paralelamente, foi avaliada a influncia da slica ativa na absortividade, resistncia compresso, profundidade de carbonatao e no teor de cloretos. Os resultados indicaram que, no caso da corroso desencadeada por carbonatao, o efeito da slica ativa depende do teor utilizado. At 10% de adio, a slica ativa no altera a resistncia corroso, podendo, ainda, apresentar um efeito favorvel quando utilizada em teor inferior a esse limite, enquanto que para teores maiores que 10% aumenta o risco de corroso da armadura por carbonatao do concreto. No entanto, com exceo da profundidade de carbonatao, independente do teor utlizado, a slica ativa apresenta favorvel influncia na resistncia corroso desencadeada por ons cloreto e nos demais parmetros analisados.
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As pesquisas com o concreto buscam cada vez mais alternativas para melhor-lo em desempenho, no apenas nas resistncias mecnicas, mas tambm e principalmente quanto sua durabilidade. Para isso, a utilizao das adies minerais nos concretos, principalmente a partir da dcada de 80, no Brasil, passaram a fazer parte dos experimentos, em funo dos benefcios que trazem para minimizar os problemas patolgicos de deteriorao do material. No entanto, estudos em concretos com essas adies precisam ser melhor investigados, especialmente na proteo da armadura contra a corroso. Em vista disso, o presente trabalho teve como objetivo principal avaliar o desempenho dos concretos com e sem adies minerais frente corroso do ao induzida por carbonatao acelerada. Foram pesquisados, nas relaes gua/aglomerante (a/ag) nominais de 0,50, 0,60 e 0,70, cinco tipos de concreto, sendo quatro com adies minerais (substituio em massa): cinza volante 25% e 50%, cinza de casca de arroz 25% e escria granulada de alto-forno 70% e um sem adio: 100% cimento CPV-ARI, tomado como referncia. Os concretos foram curados por 49 dias em cmara mida e, em seguida, passaram por um processo de prcondicionamento para equilbrio de umidade interna at completarem 91 dias, segundo recomendaes da RILEM-TC116/1999. O processo da corroso foi induzido por carbonatao (10% de CO2 em volume) e acelerado por ciclos de molhagem/secagem, sendo avaliado atravs das tcnicas eletroqumicas do potencial de corroso e resistncia de polarizao bem como do ensaio de perda de massa gravimtrica. Tambm foram realizados os ensaios complementares de resistncia compresso axial, permeabilidade a gases, absoro capilar dgua, profundidade de carbonatao e pH. Os resultados mostraram que os concretos feitos com adies minerais, principalmente aqueles com altos teores (cinza volante/50% e escria/70%), apresentaram menor proteo para o ao contra a corroso, quando comparados com o concreto de referncia, feito somente com cimento. Portanto, no contexto das presentes condies experimentais, concluiu-se que os concretos com os tipos e teores de adies minerais estudados, para resistncias compresso 40 MPa e relaes a/ag 0,50, no apresentaram desempenhos adequados no tocante corroso do ao induzida por carbonatao, necessitando, no entanto, de mais experimentos que comprovem tal comportamento para concretos em estruturas reais.
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O presente trabalho abrange um estudo integrado que busca as relaes existentes entre processos de biorremediao de solos e alteraes das condies fisiolgicas dos organismos que habitam os locais contaminados. Nos estudos envolvendo biorremediao, analisou-se como um derrame de gasolina, simulado atravs de ensaios de laboratrio em microcosmos, altera a microbiota do solo e a dinmica dos contaminantes ao longo do tempo. Para tanto, avaliou-se a populao microbiana (atravs de mtodos de contagem direta e mtodos qualitativos com lmina enterrada, e identificao dos microrganismos), o nitrognio mineral, o pH e a condutividade eltrica do solo, evoluo de CO2, cromatografia gasosa, alm de ensaios de permeabilidade, pluviometria e agregao de partculas do solo. Observou-se que materiais orgnicos melhoram as caractersticas gerais dos solos ao final dos tratamentos, e ao mesmo tempo retm o contaminante no caso gasolina por um maior perodo de tempo. Existe uma evidente influncia dos microrganismos nos processos de biorremediao de gasolina e do diesel analisados, comprovada atravs de cromatografia gasosa. Atravs de testes em modelo animal, analisados atravs de parmetros sangneos, histologia, pH e condutividade eltrica de macerados de rgos, observou-se alteraes importantes no metabolismo dos animais e, em especial, identificou-se um novo teste baseado na variao de condutividade eltrica que pode auxiliar na anlise fisiopatolgica de rgos com supostas leses. Uma integrao entre as reas de Engenharia Geotcnica, Agronomia, Medicina, Biologia, Farmcia e Bioqumica foi obtida, provando a necessidade de projetos multidisciplinares no futuro da pesquisa.
Resumo:
A crescente preocupao com a qualidade e durabilidade das estruturas de concreto tem gerado grandes avanos na tecnologia do concreto, porm existem muitas questes ligadas aos processos de deteriorao ainda a serem esclarecidas. Entre os vrios processos que afetam a durabilidade do concreto, encontra-se a reao lcali-agregado (RAA), um fenmeno bastante complexo, mas que foi descoberto h muitos anos, porm responsvel por ter afetado mais de 140 barragens no mundo. Ainda no se dispe de uma maneira totalmente eficiente e econmica de combater a reao, uma vez instalada no concreto. A presente pesquisa aborda, do ponto de vista cientfico e tecnolgico, o tema RAA. A investigao se deu em trs etapas. Na primeira, o objetivo principal foi estudar aproximadamente cem testemunhos de concreto, provenientes de uma estrutura de usina hidreltrica j afetada pela RAA, e verificar o reflexo desta patologia nas suas propriedades como a resistncia compresso, trao, mdulo de elasticidade, velocidade de pulsos ultra-snicos e permeabilidade. Em conjunto, foram realizados ensaios para avaliar expanses residuais e investigaes microscpicas com o objetivo de verificar os agentes causadores da reao. Na segunda etapa, o agregado quartzito, proveniente da regio da usina hidreltrica avaliada, foi estudado, desde anlises microscpicas, ensaios de expanso em argamassas e concretos at a determinao das propriedades de concretos confeccionados em laboratrio. As propriedades avaliadas foram as mesmas dos testemunhos. Nas duas primeiras etapas realizadas, o papel do ltio tambm foi abordado com o objetivo de verificar a sua eficincia no combate a RAA Por fim, na terceira etapa, foi realizado um amplo estudo do gel exsudado coletado na superfcie do concreto da estrutura deteriorada pela RAA. O estudo envolveu desde a sua simples caracterizao atravs da determinao de suas propriedades at uma caracterizao avanada fazendo-se o emprego de tcnicas como a difrao de raios X, microscopia eletrnica de varredura, anlise trmica, espectroscopia no infravermelho e espectroscopia de ressonncia nuclear magntica. Nesta etapa, o ltio tambm foi abordado com o objetivo de se verificar o seu efeito no gel exsudado. Os resultados com os testemunhos de concreto indicam que houve reflexos negativos em algumas propriedades devido a RAA, destacando o mdulo de elasticidade. Verificou-se ainda a existncia de expanses residuais nos testemunhos de concreto extrados quando expostos a determinadas condies ambientais. Nos ensaios de expanso com os testemunhos, o ltio se mostrou capaz de reduzir em parte as expanses residuais nos testemunhos de concreto estudados. Adicionalmente, o agregado quartzito provou ser bastante reativo, chegando a expanses de 0,24% nas argamassas pelo mtodo acelerado e 0,09% nos prismas de concreto, nas idades de 16 e 365 dias, respectivamente. Entre as propriedades estudadas nos concretos moldados, e atacados em laboratrio, verificou-se tambm que o mdulo de elasticidade foi a propriedade mais afetada no tempo. Ainda o ltio nesta etapa tambm mostrou algum efeito positivo nas expanses. No estudo do gel exsudado, foi possvel caracteriz-lo como um silicato de potssio hidratado com grande potencialidade para expandir. A partir principalmente da ressonncia nuclear magntica, verificou-se que o potssio faz parte da estrutura do gel enquanto que o sdio se apresenta combinado na forma de trona, um produto cristalizado que se encontra segregado na rede do silicato de potssio amorfo. O ltio em contato com o gel se mostrou capaz de afetar a sua estrutura atravs das alteraes observadas por ressonncia nas ligaes do silcio.
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gua de alta pureza utilizada para uma grande variedade de aplicaes industriais, como na gerao de vapor de alta presso, na indstria de componentes eletrnicos e na fabricao de medicamentos. Os processos de separao por membranas (PSM), em particular a osmose inversa (OI), esto sendo cada vez mais utilizados na desmineralizao de guas de uso industrial. As vantagens dos PSM, em relao aos processos convencionais, so que estes ocorrem sem mudana de fase, operam na temperatura ambiente e so altamente seletivos e modulares. Estes processos apresentam algumas limitaes ao seu uso, sendo a principal o fouling das membranas, o qual pode ser devido precipitao de substncias, adsoro ou at mesmo ao desenvolvimento microbiano. Este problema pode ser minimizado quando o sistema de OI projetado e monitorado adequadamente, incluindo o pr o pstratamento da gua. O desenvolvimento microbiano no sistema de membranas um dos fatores que causa a maior perda de desempenho do sistema de OI. O seu controle realizado atravs da utilizao de agentes desinfetantes no pr-tratamento da gua. O cloro o agente oxidante mais utilizado na desinfeo da gua e, mesmo em concentraes muito baixas (abaixo de 0,1 ppm), pode degradar a poliamida (PA), material amplamente utilizado na fabricao de membranas de OI. Tendo em vista este problema, o presente estudo tem como objetivo pesquisar um agente oxidante alternativo ao cloro, especificamente o dixido de cloro, que possa ser mantido em baixas concentraes na corrente de alimentao do sistema de OI, sem danificar as membranas Os experimentos foram realizados em uma unidade de bancada de OI com escoamento tangencial, com mdulo de membrana plana. Os efeitos de ClO 2 sobre a membrana de PA foram verificados a partir de alteraes do seu desempenho. O desempenho da membrana de PA foi avaliado atravs de medidas de fluxo permeado, permeabilidade hidrulica e de reteno salina. Os resultados obtidos indicam que as membranas de PA so degradadas quando expostas a solues contendo ClO 2 na concentrao aproximada de 500 ppm. Nos experimentos onde a concentrao do oxidante foi mantida em torno de 50 ppm, a degradao da membrana de PA exposta ao ClO 2 foi menor que a observada quando a membrana foi exposta ao cloro livre (aprox. 50ppm) em condies operacionais semelhantes. Observou-se ainda que pode existir uma relao entre o nvel de degradao e a composio da alimentao. Como uma etapa complementar a este trabalho, foi acompanhada a partida de um sistema de OI industrial, no qual as membranas so de PA e a corrente de alimentao contm uma concentrao residual de ClO 2 proveniente do sistema de pr-tratamento da gua.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo investigar o comportamento hidrulico e mecnico de misturas de Solo-Bentonita (SB) e de Solo-Cimento-Bentonita (SCB) quando permeada com gua e leo diesel, bem como analisar a influncia da variao do teor de cimento com a finalidade de propiciar resultados capazes de auxiliar para um projeto construtivo de barreiras verticais de contaminantes. O programa experimental consistiu na realizao de ensaios de compresso no-confinada, ensaios de condutividade hidrulica com um permemetro de parede rgida do tipo Compaction mold e ensaios de difrao de raios-X a fim de se estudar o comportamento das misturas de SB e SCB em termos de resistncia e permeabilidade. Os resultados dos ensaios realizados para cada tipo de mistura foram analisados separadamente. A anlise dos resultados permitiu identificar as alteraes provocadas na condutividade hidrulica pela variao do fator a/c e do lquido percolante. Os resultados dos ensaios de compresso no-confinada demonstraram uma maior resistncia com a diminuio do fator a/c. A mistura de SB apresentou um aumento da condutividade hidrulica quando permeada com leo diesel comparado com o valor encontrado quando permeado com gua, o que pode ser explicado pelo inchamento intracristalino demonstrado pelo ensaio de difrao de raios-X. As amostras de SCB, devido introduo de cimento, apresentaram um acrscimo inicial na condutividade hidrulica (permeadas com gua) quando comparadas com amostras de SB, seguidas de uma reduo na condutividade hidrulica quando permeadas com leo diesel.
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O pantoprazol (PAN) um inibidor da bomba de prtons clinicamente empregado para o tratamento de lcera gstrica e refluxo gastro-esofgico. Estudos relacionados estabilidade fsico-qumica mostraram que a degradao do PAN est diretamente relacionada com a acidez do meio, determinando a necessidade de administr-lo em uma forma gastrorresistente. Desse modo, este trabalho props-se a desenvolver micropartculas base de polmero gastrorresistente (Eudragit S100), polmero de baixa permeabilidade (Eudragit RS30D) ou de blenda polimrica (Eudragit S100/ Eudragit RS30D), contendo PAN pela tcnica de spraydrying . O estudo de dissoluo in vitro utilizando clula de fluxo demonstrou que o PAN foi liberado das micropartculas em 120 minutos, seguindo cintica de primeira ordem, de acordo com o modelo monoexponencial. A avaliao da gastrorresistncia in vitro em clula de fluxo e em dissolutor evidenciou que as formulaes de micropartculas base de Eudragit S100 e da blenda (Eudragit S100/ Eudragit RS30D), garantiram adequada proteo ao frmaco em ambiente cido. Estudos in vivo confirmaram esses resultados, pois possibilitaram a constatao da proteo do frmaco pelas micropartculas durante a passagem pelo estmago, o que possibilitou absoro entrica do PAN em quantidade adequada para exercer atividade farmacolgica. Por fim, a investigao ex vivo da permeao do PAN carreado por micropartculas no epitlio intestinal mostrou que estes sistemas foram capazes de garantir a absoro da totalidade do frmaco carreado, constatando-se ainda que este processo ocorreu segundo o modelo monoexponencial.